16 research outputs found

    On the genetic kinship of the languages Tikúna and Yurí

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    We subject the hypothesis that Tikúna - nowadays considered an isolated language ”“ is related to the now extinct Yurí language to a more systematic analysis than one finds anywhere else in the published literature. We conclude that the evidence for the Yurí-Tikúna group has been underappreciated and that it points strongly to a genetic connection. The subsidiary goal of this paper is to stand as a condensed statement of the proposals already made for the genetic classification of the Tikúna language.A proposta de relação genética entre a língua Tikúna, atualmente considerada como uma língua isolada, e a já extinta língua Yurí é analisada aqui de forma mais sistemática do que se encontra na literatura publicada. Nossa conclusão é de que as evidências de um grupo Yurí-Tikúna foram subestimadas e que se configuram como um forte indício de relação genética. Subsidiariamente, este artigo pretende expor de forma condensada as propostas já elaboradas de classificação genética da língua Tikúna

    Variação de VOT, duração e equações de lócus em função do contexto prosódico nas oclusivas do Tikúna

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    Neste artigo os resultados de uma investigação experimental acerca dos parâmetros acústicos que expressam algumas das categorias fonológicas da língua Tikúna são apresentados. Especial ênfase é atribuída à discussão e apresentação de variações de duração, VOT e Equações de Lócus nas oclusivas que podem ser compreendidas em função da sua relação com a colocação do acento primário de palavra. Os resultados aparentemente não esperados de acomodação coarticulatória encontrados nos padrões das Equações de Lócus para as oclusivas bilabiais são interpretados como evidência adicional para uma hipótese já apresentada na literatura, segundo a qual as vogais anteriores do Tikúna apresentariam um padrão distinto de resistência coarticulatória. Por fim, os dados de duração indicam a existência de um efeito de fortalecimento do gesto supralaríngeo de oclusão em condição acentual, mas não justificam a inferência de um efeito semelhante para o gesto laríngeo de abdução que caracteriza as oclusivas surdas

    Evolutionary psychology and sexual selection: the case of language

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    Na tentativa de entender o caráter adaptativo e a história evolucionária dos processos cognitivos subjacentes ao comportamento lingüístico, uma série de mecanismos e conceitos advindos da teoria evolucionária tem tido, recentemente, sua potencial relevância aferida em uma série de estudos, entre eles, o chamado "Efeito Baldwin" e a teoria da seleção inclusiva (Kin Selection Theory). No presente trabalho, é oferecida, além de uma breve revisão do conceito de seleção sexual e do seu uso e status na Psicologia Evolucionista, uma crítica de uma proposta particular acerca do papel que o processo de seleção sexual possa ter tido no desenvolvimento da capacidade de linguagem na linhagem do Homo sapiens sapiens. Além de pontos específicos à hipótese sujeita à análise, são levantados também problemas e questões de natureza mais ampla e relevante para pesquisas posteriores.Within the broader project that strives to understand the evolutionary history of the processes that brought about the emergence of the cognitive capacities underlying the linguistic behavior of our species, a number of concepts and theoretical accomplishments from evolutionary biology have been subject to scrutiny. Among them, the so-called "Baldwin Effect" and the theory of kin-selection have figured prominently. In the present study we will develop a short review about the concept of sexual selection, its use and status in Evolutionary Psychology, as well as a critical assessment of a particular hypothesis that calls on sexual selection to explain some features of the human language faculty. Besides the specific points regarding this hypothesis, some general issues and directions for future research will be discussed

    The Structure of Akroá and Xakriabá and their relation to Xavante and Xerente: A contribution to the historical linguistics of the Jê languages

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    The goal of this paper is twofold: on the one hand, we aim at clarifying aspects of the phonology and morphology of Akroá and Xakriabá, to the extent that these are discernible on the basis of both the interpretation of XIX century vocabulary lists collected by explorers and the comparison with their closest extant relatives, the Xavante and Xerente languages. On the other hand, we show that by means of this comparison our knowledge of the relations among these four languages which are taken to form the central branch of the Jê linguistic family, is greatly advanced, contributing in this way to the historical investigation of the Jê languages at large

    Naturalidade e arquitetura da gramática

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    O presente trabalho tem como objetivo apresentar o papel que a noção de naturalidade tem nos debates contemporâneos acerca da arquitetura da gramática, em especial no que diz respeito à escolha entre modelos ‘clássicos’ baseados em regras ordenadas e os modelos baseados em restrições de output, como a Teoria da Otimalidade (OT). Introduzimos a questão da importância da dimensão diacrônica de explicação dos padrões sonoros e traçamos um breve histórico do desenvolvimento da noção de naturalidade e da função teórica da mesma. Concluímos com a apresentação da posição de Vaux (2008) segundo a qual a OT enfrentaria problemas fundamentais em lidar com padrões fonológicos sincronicamente não-naturais. A posição por nós adotada é a de que, ao contrário dos argumentos, por exemplo, em favor da introdução de níveis de derivação na OT, o argumento acerca da expressão de padrões não-naturais está longe de ser conclusivo.</p

    Estruturas fonéticas da língua tikúna : um estudo acústico preliminar

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    Dissertação (mestrado) - Universidade de Brasília, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, 2010.A presente dissertação tem como principal objetivo apresentar uma descrição básica da implementação fonética de algumas oposições e categorias da fonologia da língua Tikúna. Para tanto, lançamos mão da análise de uma série de parâmetros da organização acústica dos sinais de fala produzidos sob condições controladas por 4 falantes nativos da língua, além de medidas derivadas a partir destes parâmetros.As categorias fonológicas submetidas à análise são as vogais orais, as consoantes obstruintes (oclusivas simples e africadas) e as consoantes soantes /r/ e /w/. O capítulo mais longo se dedica às vogais, no qual apresentamos os valores médios para cada um dos parâmetros de F1, F2, F3, duração e F0, e sua variação em função do contexto prosódico controlado pelo protocolo de elicitação de dados utilizado. Além de apresentarmos dados que atestam o efeito do contexto consonantal sobre a qualidade vocálica, também observamos alterações na manutenção de contrastes na região posterior do espaço vocálico em função do contexto prosódico. Apresenta-se evidências de que a oposição entre as vogais posteriores /u/ e /o/ é neutralizada em posição não-acentual na língua Tikúna. Um comportamento singular por parte das vogais anteriores /e/ e /i/ também é sugerido pelos dados, uma constatação recuperada no capítulo seguinte sobre as consoantes oclusivas. No capítulo sobre as consoantes obstruintes do Tikúna se apresentam dados relativos à alteração de parâmetros como duração da oclusão, presença ou não de vozeamento e VOT em função do contexto prosódico. Também são derivadas Equações de Lócus, que podem ser interpretadas como indicadoras do grau de articulação. A variação nas mesmas em função do contexto prosódico, do ponto de articulação e da categoria vocálica seguinte é também apresentada. No capítulo final, dedicado às consoantes soantes /r/ e /w/, apresentamos dados relativos à duração das oclusões, a manutenção de vozeamento, além de evidências que atestam alterações de modo de articulação. _________________________________________________________________________________ ABSTRACTIn the present dissertation we aim at providing a basic description of the phonetic implementation of some opositions and categories postulated to be at work in the phonology of the Tikúna language. To this end we have computed a number of acoustic parameters relating to the acoustic organization of the speech signal produced under controlled conditions by 4 native speakers. Derived measures obtained from these acoustic parameters were also employed. The phonological categories subject to investigation were the oral vowels, obstruent consonants (stops and affricates) as well as the two resonant consonants /r/ and /w/. The longest chapter is devoted to the analysis of the oral vowels, in which the mean values for F1, F2, F3, duration and F0 are reported and their variation as a function of the prosodic context determined. Along with evidence bearing on the variation in vowel quality as a function of the consonantal context, we also amass evidence that the maintenance of certain phonological oppositions may be subject to prosodic conditioning. We show in particular that the opposition between the back vowels /o/ and /u/ seems to be neutralized in non-stressed syllables in Tikúna. The patterns found also point to a distinguished behavior of the front vowels /e/ e /i/ something which is also taken into consideration in the chapter on obstruent consonants. The chapter on the obstruent consonant brings evidence bearing on the variation in parameters such as VOT, duration and presence or absence of voicing as a function of the prosodic context. Locus Equations are derived and interpreted as indexes of the degree of coarticulation holding in CV sequences. Their variation as a function of the prosodic context, consonantal place of articulation and following vowel category is also assessed. The final chapter deals with the resonant consonants /ɾ/ and /w/. In this chapter evidence describing parameters such as occlusion duration and the maintenance of voicing are presented. We also describe variations in manner of articulation

    On a Supposed Dogma of Speech Perception Research: A Response to Appelbaum (1999)

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    Neste trabalho temos como objetivo criticar o trabalho de Appelbaum (1999) no qual a autora argumenta a favor da posição de que os pesquisadores da área de Percepção de Fala têm defendido uma hipótese acerca da natureza da fala para a qual não há justificativa empírica, mas que tem sido mantida através de “reparos teóricos” efetuados pelos pesquisadores. Nós demonstramos que as considerações da autora acerca do status putativamente dogmático da pesquisa em Percepção de Fala são injustificados. Em termos mais gerais, o presente trabalho pode ser compreendido como um esforço particular de elucidaçãoepistemológica básica dos fundamentos da pesquisa sobre a linguagem.In this paper we purport to qualify the claim, advanced by Appelbaum (1999) that speech perception research, in the last 70 years or so, has endorsed a view on the nature of speech for which no evidence can be adduced and which has resisted falsification through active ad hoc “theoretical repair” carried by speech scientists. We show that the author’s qualms on the putative dogmatic status of speech research are utterly unwarranted, if notmisconstrued as a whole. On more general grounds, the present article can be understood as a work on the rather underdeveloped area of the philosophy and history of Linguistics

    On a Supposed Dogma of Speech Perception Research: A Response to Appelbaum (1999)

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    In this paper we purport to qualify the claim, advanced by Appelbaum (1999) that speech perception research, in the last 70 years or so, has endorsed a view on the nature of speech for which no evidence can be adduced and which has resisted falsification through active ad hoc &ldquo;theoretical repair&rdquo; carried by speech scientists. We show that the author&rsquo;s qualms on the putative dogmatic status of speech research are utterly unwarranted, if notmisconstrued as a whole. On more general grounds, the present article can be understood as a work on the rather underdeveloped area of the philosophy and history of Linguistics.http://dx.doi.org/10.5007/1808-1711.2009v13n1p93Neste trabalho temos como objetivo criticar o trabalho de Appelbaum (1999) no qual a autora argumenta a favor da posição de que os pesquisadores da área de Percepção de Fala têm defendido uma hipótese acerca da natureza da fala para a qual não há justificativa empírica, mas que tem sido mantida através de “reparos teóricos” efetuados pelos pesquisadores. Nós demonstramos que as considerações da autora acerca do status putativamente dogmático da pesquisa em Percepção de Fala são injustificados. Em termos mais gerais, o presente trabalho pode ser compreendido como um esforço particular de elucidaçãoepistemológica básica dos fundamentos da pesquisa sobre a linguagem
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