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    Camponeses na universidade: a criação do Mestrado em Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe

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    m2013,foicriadooMestradoemDesenvolvimentoTerritorialnaAmé- rica Latina e Caribe (TerritoriAL) no Instituto de Políticas Públicas e Re- lações Internacionais (ippri) da Universidade Estadual Paulista (unesp), com o apoio da Cátedra unesco de Educação do Campo e Desenvolvi- mento Territorial, em parceria com a Via Campesina e convênio com a Escola Nacional Florestan Fernandes (enff) do Movimento dos Tra- balhadores Rurais Sem Terra (mst). Este é o primeiro Programa de Pós – Graduação dirigido preferencialmente à população camponesa com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de seus territórios. Apresentare- mos nossa leitura da construção deste Mestrado, abordando-a desde as origens do processo de criação da Educação do Campo, um paradigma teórico-político construído na relação de movimentos socioterritoriais do campo com universidades e governos.

    Que Reforma Agrária?

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    Que reforma agrária está se realizando no Brasil? Este é um questionamento que fazemos neste artigo. Utilizando dados de pesquisa de campo, do IBGE, do Incra, da CPT e do MST, analisamos o crescimento das ocupações e da política de assentamentos rurais implantada pelo governo FHC

    A TERRITORIALIZAÇÃO DO MST - MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM-TERRA - BRASIL.

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    O Brasil conheceu uma intensa transformação em sua agricultura no período de 1965 a 1985. Nessas décadas de ditadura, os governos militares implantaram uma política de desenvolvimento agropecuário para a modernização do campo. Esse modelo causou transformações profundas, privilegiando a agricultura capitalista em detrimento da agricultura camponesa. Essas transformações geraram, de um lado, a modernização tecnológica financiada pelo Sistema Nacional de Crédito Rural, de modo que a agricultura passou a depender menos dos recursos naturais e cada vez mais da indústria produtora de insumos, consolidando o processo de industrialização da agricultura e promovendo o crescimento das relações de trabalho assalariado. Por outro lado, o campo brasileiro foi transformado em espaços de conflitos intensivos, pelo crescimento das desigualdades socioeconômicas. Esse modelo de modernização conservou a secular concentração da estrutura fundiária, intensificando a histórica luta pela terra e criou uma crise política que persiste até os dias de hoje. Alguns dos fatores da crise desse modelo são, por exemplo: a não realização da reforma agrária; a concentração do poder político nas mãos da bancada ruralista2; a política de privilégios à agricultura capitalista e a conseqüente destruição da agricultura camponesa; a rápida e violenta transformação do campo brasileiro com a expulsão e a expropriação de milhões de famílias, que migraram para as cidades por e para diferentes regiões brasileiras; o surgimento de milhões de famílias sem-terra; a extrema violência com que são tratados os conflitos fundiários; a persistência de empresários rurais na utilização do trabalho escravo; a concepção tecnicista e economicista de desenvolvimento da agricultura; o crescimento contínuo da violência no campo e os diferentes problemas ambientais causados pela intensa exploração agrícola etc. Ainda, outros fatores que impulsionaram esse modelo de modernização foram: o avanço da industrialização e do crescimento urbano; o intenso processo de transformação de sua estrutura produtiva; as quantidades crescentes de créditos agrícolas que financiaram a modernização tecnológica para alguns setores da agricultura; o desenvolvimento do comércio agrícola com a expansão do mercado interno; a mundialização da economia; o protecionismo por meio de subsídios fiscais destinados a projetos agropecuários; a liberação de mão-de-obra para a agricultura capitalista com o êxodo rural etc. Os conjuntos de fatores apresentados servem para a reflexão sobre a realidade insustentável do campo brasileiro. Hoje somos o país com o segundo maior índice de concentração de terras do mundo3. Perdemos apenas para o Paraguai. Também consta nos relatórios das Nações Unidas e do Banco Mundial, que o Brasil é o país de maior nível de desigualdade social do mundo. Outro título nada recomendável que possuímos é o de estarmos entre os campeões mundiais de analfabetismo. Evidentemente que a concentração de terras possui relação com outras disparidades da sociedade: a concentração da renda, a concentração do mercado etc. Nessa realidade, 30 milhões de brasileiros estão abaixo da linha da pobreza absoluta e a fome é um dos maiores problemas que precisamos enfrentar

    EDUCAÇÃO DO CAMPO E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL RURAL

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    Este artigo é resultado da Conferência proferida no I Encontro de Educação para o campesinato do município de Goiás no ano de 2010. Apresento uma reflexão das experiências de Educação do Campo com que tenho convivido e as perspectivas de se construir caminhos para continuar a caminhada da construção desta política pública, cujo nome foi cunhado pelos movimentos camponeses na construção de seu projeto de educação

    Land grabbing for agro-extractivism in the second neoliberal phase in Brazil

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    Building territorial policies to free lands for national and international corporations to produce large-scale commodities for export, called agro-extractivism is one of the components of the neoliberal agrarian question. In Brazil, in the last thirty years, the agrarian question had two phases: the Neoliberal and the post-neoliberal. These policies intensified the territorial disputes between the agribusiness corporations and the peasant, indigenous and quilombola movements. To better understand these disputes we analyze the new conflicts from the reading of Brazil agrarian and rural Brazil. Through the method of paradigmatic debate, we analyze theoretical and political references for territorial development. Conflictuality is analyzed on a national scale with emphasis on new territory: MATOPIBA, created exclusively for agribusiness, is territorialized and attracts interest from several companies and international financial capital. Another case that we analyze is the conflict between the Landless Rural Workers Movement (MST) and Del Monte Corporation in the territorial dispute in the Apodi plateau in the state of Ceará. We analyze the hegemony of Agrarian capitalism in the neoliberal and post-neoliberal phases and the actions of the peasantry to resist and advance, facing the binomial latifundio-agribusiness. With this article, we contribute to updating the readings on the Brazilian agrarian question

    O uso do livro paradidático em sala de aula

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    Sem resumo no original

    A Judiciarização da reforma agrária

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    The fight for land reform has received attention of the media, specially, because of the violence in the confrontation between the different actors of the historical land property conflict. However, history has also showen that one of these characters has been massacred by the means of announced death and killing. Those are landless rural workers, that for a long time fought for the land without succeding in accomplishing they objective.. In this text, we start a reflection about the question that is outstanding in the land property conflict: the action of the judiciary system in the land reform. We discuss the different answers that the Judiciary system has given to the action of the Movement of Landless Rural Workers (MST), with the objective of contribuing to the debate about the land reform questionA luta pela reforma agrária tem recebido atenção da mídia, especialmente, pela violência dos enfrentamentos entre os diferentes atores do histórico conflito fundiário. Todavia, a história também tem mostrado que um desses personagens tem sido massacrado por meio de mortes e matanças anunciadas. Esses são os trabalhadores rurais sem-terra, que há séculos têm lutado pela terra sem terem conseguido, no entretanto, realizar plenamente os seus objetivos. Neste texto, iniciamos uma reflexão a respeito de uma questão que vem se destacando nos conflitos fundiários: a judiciarização da reforma agrária. Discutimos as diferentes respostas que o Poder Judiciário tem dado às ações do Movimento do Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), com o objetivo de contribuir com o debate a respeito da questão da reforma agrári

    Espaços agrários de inclusão e exclusão social: novas configurações do campo brasileiro

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    Este artigo se apresenta dividido em três partes, na primeira, desenvolvo uma análise a respeito do atual momento da luta pela terra e da política do governo Fernando Henrique Cardoso, denominada de novo mundo rural. A segunda parte é uma breve reflexão a respeito dos conceitos de agricultura camponesa e agricultura familiar, realçando aspectos postos pela luta política na atualidade e contribuições da discussão teórica. A terceira, apresenta uma proposta de debate a respeito do sentido de uma política de reforma agrária hoje e suas perspectivas no governo Lula.Escolhi analisar o espaço como dimensão da realidade que se configura como território e é construído por diferentes relações sociais, definindo novas configurações do campo brasileiro. Discuto diferentes espaços de inclusão como a luta pela terra por meio das ocupações, acampamentos, assentamento. Igualmente, discuto diferentes espaços de exclusão como, por exemplo, a judiciarização da luta pela terra e a agricultura familiar

    Peruvian birds.

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    27 p. ; 24 cm.Includes bibliographical references
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