7 research outputs found

    Cuidado em Saúde Mental com Gestantes Usuárias de Crack

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    Neste manuscrito, apresentamos uma pesquisa cujo objetivo foi o de compreender como vem sendo produzidas as práticas de cuidado às gestantes usuárias de crack nos serviços de saúde de um município do interior do Rio Grande do Sul. Este estudo de abordagem qualitativa, foi realizado junto a dois serviços públicos, o Programa de Redução de Danos (PRD) e o Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e outras Drogas (CAPSad III), com cinco mulheres voluntárias para a pesquisa. As histórias de vida foram reconstruídas a partir de suas narrativas e também de profissionais da saúde que proveram algum tipo de cuidado às participantes. Após a exposição das histórias, refletimos sobre três pistas importantes para pensarmos as práticas de cuidado às gestantes usuárias de crack: saúde mental, uso de drogas e interseccionalidade; direitos humanos, hierarquias reprodutivas e concepções de maternidade; e as práticas de cuidado em saúde. Observamos que as concepções dos profissionais acerca da maternidade direcionam as práticas de cuidado em saúde, caracterizando-se como um cuidado no espectro da saúde materno-infantil, e não um cuidado direcionado à saúde da mulher. Conhecer as demandas de cuidado dessas mulheres é essencial para que possamos pensar em práticas de saúde pautadas pela clínica ampliada

    Adolescência e os sentidos produzidos acerca da drogadição

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    Este artigo refere-se a um recorte espacial, temporal e subjetivo acerca do fenômeno da drogadição, compreendendo sua dimensão não só individual, mas também histórica e coletiva. A fim de analisar os sentidos atribuídos por adolescentes escolares ao fenômeno da drogadição, neste recorte são discutidos os dados produzidos através de grupos focais realizados com 63 adolescentes, entre 12 e 18 anos, em quatro escolas públicas do município de Santa Cruz do Sul, no período de março a julho de 2018. Os resultados apontam que, independentemente do território, os adolescentes demonstram uma atitude ativa diante da proposta de debate, propondo problematizações sobre a drogadição para além das experiências de uso e dependência. Em suas narrativas, divergem entre percepções que remetem a uma escolha individual do sujeito, responsabilizando-o, e outras a uma não-escolha em relação ao envolvimento com a drogadição. Observa-se, ainda, que os sentidos produzidos sobre o que é droga são diversos, relacionando-se às experiências do território. Por fim, considera-se importante o desenvolvimento de intervenções que permitem a circulação da palavra e que se deem para além da prevenção ao uso drogas, envolvendo os diferentes agentes que compõem as políticas pública

    Os “nós” da rede: a construção de ações intersetoriais na prevenção ao uso de drogas com jovens escolares

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    A adolescência é definida como um momento de procura por aceitação que faz o jovem suscetível ao uso de substâncias psicoativas. Nesse sentido, o presente artigo constitui um recorte da pesquisa Narrativas de adolescentes sobre drogas e os Serviços de Saúde Mental CAPSia e CAPSad: intersecções possíveis no contexto de Santa Cruz do Sul cujo objetivo é analisar o lugar da droga na constituição do sujeito e seus efeitos, bem como as questões da intersetorialidade na rede básica do município quanto à promoção de saúde e à prevenção do uso e abuso de droga por escolares. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde responsáveis pelo Programa Saúde na Escola (PSE). Os resultados apontaram distanciamento entre as instituições saúde e educação, demonstrando escassez de estratégias para uma intervenção para com os adolescentes. Diante isso, faz-se urgente o desenvolvimento de ações que busquem dar conta da articulação entre as instituições saúde e educação

    O FENÔMENO DA DROGA E OS DISPOSITIVOS DE CUIDADO EM SAÚDE: PERCEPÇÕES DE ADOLESCENTES ESCOLARES

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    A problemática da droga vem sendo evidenciada por levantamentos e estudos como uma questão a ser trabalhada na adolescência, dado que é nessa fase da vida que se dá o primeiro contato com as drogas, além de ser um momento de intensas mudanças para o sujeito. Objetiva-se analisar os sentidos produzidos nas falas dos adolescentes sobre o fenômeno da droga e sobre os dispositivos de cuidado ofertados ao usuário. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, utilizando a técnica de grupos focais. Para isso foram realizados durante 3 semanas consecutivas com alunos de escolas públicas, contendo cerca de 15 alunos. A análise dos dados se ancorou nos pressupostos da análise dos sentidos proposta por Mary Jane Spink. Esse artigo refere-se aos resultados de 12 escolas abrangidas. Como dispositivos de cuidado, as internações em clínicas e comunidades terapêuticas e/ou hospitais foram as mais citadas (n=7), os serviços da rede de saúde pública pouco citados (n=4), seguidos pelos dispositivos pertinentes ao âmbito da segurança pública (n=3). A territorialidade apresentou-se como fator de influência no que tange ao lugar que a droga ocupa nas subjetividades dos adolescentes. Conclui-se que os dispositivos de cuidado mais conhecidos são marcados pela lógica da abstinência e da segurança pública em detrimento dos serviços de saúde pública. Os programas preventivos devem compreender a adolescência como potência e primar por uma assistência integral que considere o adolescente em toda sua complexidade

    Cuidado em Saúde Mental com Gestantes Usuárias de Crack

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    Neste manuscrito, apresentamos uma pesquisa cujo objetivo foi o de compreender como vem sendo produzidas as práticas de cuidado às gestantes usuárias de crack nos serviços de saúde de um município do interior do Rio Grande do Sul. Este estudo de abordagem qualitativa, foi realizado junto a dois serviços públicos, o Programa de Redução de Danos (PRD) e o Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e outras Drogas (CAPSad III), com cinco mulheres voluntárias para a pesquisa. As histórias de vida foram reconstruídas a partir de suas narrativas e também de profissionais da saúde que proveram algum tipo de cuidado às participantes. Após a exposição das histórias, refletimos sobre três pistas importantes para pensarmos as práticas de cuidado às gestantes usuárias de crack: saúde mental, uso de drogas e interseccionalidade; direitos humanos, hierarquias reprodutivas e concepções de maternidade; e as práticas de cuidado em saúde. Observamos que as concepções dos profissionais acerca da maternidade direcionam as práticas de cuidado em saúde, caracterizando-se como um cuidado no espectro da saúde materno-infantil, e não um cuidado direcionado à saúde da mulher. Conhecer as demandas de cuidado dessas mulheres é essencial para que possamos pensar em práticas de saúde pautadas pela clínica ampliada

    Construindo espaços de fala e escuta com adolescentes escolares: um relato de experiência

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    A presente escrita trata-se de um trabalho na modalidade de relato de experiência desenvolvido pela Liga Acadêmica de Psiquiatria da Universidade de Santa Cruz do Sul (LAP-UNISC) com adolescentes de duas escolas do município, sendo uma privada e outra pública. Objetiva-se relatar o trabalho de educação em saúde, realizado por meio de oficinas temáticas, com a intenção de indicar a importância de trabalhar a valorização da vida, abarcando temas como depressão, suicídio, bullying, bem como outros temas relevantes com os adolescentes escolares na contemporaneidade.</p

    Os "nós" da rede: a construção de ações intersetoriais na prevenção ao uso de drogas com jovens escolares

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    ABSTRACT Adolescence is defined as a moment of seeking acceptance, which makes young people susceptible to the use of psychoactive substances. In this sense, this article is an excerpt from the research Narratives of adolescents about drugs and the Mental Health Services CAPSia and CAPSad: possible intersections in the context of Santa Cruz do Sul, whose objective is to analyse the place of drugs in the constitution of the subject and its effects, as well as the issues of intersectoriality in the basic network of the municipality, regarding health promotion and prevention of drug use and abuse by school students. Semi-structured interviews were conducted with health professionals, responsible for the Health at School Program (PSE). The results showed a distance between health and educational institutions, showing a lack of strategies for an intervention with adolescents. Given this, there is an urgent need to develop actions that aim to give support in the articulation between health and educational institutions.RESUMO A adolescência é definida como um momento de procura por aceitação que faz o jovem suscetível ao uso de substâncias psicoativas. Nesse sentido, o presente artigo constitui um recorte da pesquisa Narrativas de adolescentes sobre drogas e os Serviços de Saúde Mental CAPSia e CAPSad: intersecções possíveis no contexto de Santa Cruz do Sul cujo objetivo é analisar o lugar da droga na constituição do sujeito e seus efeitos, bem como as questões da intersetorialidade na rede básica do município quanto à promoção de saúde e à prevenção do uso e abuso de droga por escolares. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde responsáveis pelo Programa Saúde na Escola (PSE). Os resultados apontaram distanciamento entre as instituições saúde e educação, demonstrando escassez de estratégias para uma intervenção para com os adolescentes. Diante isso, faz-se urgente o desenvolvimento de ações que busquem dar conta da articulação entre as instituições saúde e educação.RESUMEN La adolescencia se define como un tiempo para buscar la aceptación, que hace al joven susceptible al abuso de sustancias psicoactivas. En este sentido, este artículo es un extracto del estudio Narrativas de los adolescentes sobre las drogas y Servicios de Salud Mental CAPSIA y CAPSad: intersecciones posibles en el contexto de Santa Cruz do Sul cuyo objetivo es analizar el lugar de la droga en la constitución del sujeto y sus efectos, así como las cuestiones intersectoriales en la red central del municipio, como la promoción de la salud y la prevención del uso y abuso de drogas por parte de la escuela. Se llevaron a cabo entrevistas semi estructuradas con profesionales de la salud, responsables por el Programa de Salud Escolar (PSE). Los resultados mostraron la brecha que hay entre las instituciones de salud y educación, lo que demuestra la falta de estrategias de intervención a los adolescentes. Antes de eso, se hace urgente el desarrollo de acciones que buscan dar cuenta de la relación entre las instituciones de salud y educación
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