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    Vulnerabilidade de moradoras de rua à infecções sexualmente transmissíveis / Vulnerability of street people to sexually transmitted infections

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    Introdução: Segundo pesquisa realizada em 2015 pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o Brasil abriga mais de 100 mil pessoas vivendo em situação de rua. Frente a essa realidade de condições insalubres de vida, é notável que essa população está ainda mais sujeita a contrair doenças infecciosas, entre elas as IST’s. Embora as pesquisas apontem que a maior parte dessa população seja  preenchida pelo gênero masculino, a mulher em situação de rua se torna ainda mais vulnerável por viver em um contexto permeado por abusos, violência, preconceito, desigualdade de gênero e de direitos sociais. Um dos grandes problemas de saúde pública do Brasil está relacionado à alta prevalência de infecções sexualmente transmissíveis. Como são doenças que podem ser prevenidas, as condições de vida da população é um elemento crucial a ser avaliado, visto que, quanto mais precárias, maiores as chances de exposição aos agentes. Desse modo, analisar os fatores de vulnerabilidade do grupo que vive em situação de rua é importante para que possamos traçar estratégias de minimizar o fluxo da cadeia de transmissão e melhorar a saúde da mulher.Objetivo: Identificar quais os comportamentos e fatores de exposição, tornam pacientes em situação de rua do sexo feminino mais vulneráveis a IST’s. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal retrospectivo, de caráter quantitativo. Os dados foramn coletados a partir da analisede prontuários de pacientes que passaram pelo Consultório na rua, com histórico de IST, também foi aplicado questionário estrutura em uma amostra dessa população, a análise ods dados  Resultados: Foram analisados 106 prontuários de pacientes do sexo feminino do Consultório na Rua, onde 38,67% possuíam história de infecção sexualmente transmissível. Conclusões: A vulnerabilidade das mulheres em situação de rua se dá pelo uso de drogas e álcool, relação sexual sem camisinha e violências

    Illness experiences due to communicable chronic conditions: integrative literature review

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    The objective of this article is to identify and describe the illness experiences of people living with communicable chronic conditions. An integrative literature review was carried out in May 2015 in the PubMed, the Literature in the Health Sciences in Latin America and the Caribbean (LILACS) and in the Scopus databases. Through the intersection of keywords and controlled descriptors, eight search strategies were conducted and resulted in the final selection of 12 articles, which were catalogued into two theme categories, in order to group matching themes: (1) experiences with communicable chronic conditions; (2) coping strategies for communicable chronicle diseases. Stigma was identified as the most impacting experience in subjects’ lives, which reverberated negatives feelings. In spite of their illness, subjects adopted healthy lifestyle habits and found support on religiosity/spirituality and on the dimensionality of time as a way to live harmoniously with diseases. We also noticed that the support network (family, health services) plays a key role in the process of living with communicable chronicle diseases. Since the diagnostic, the subjects experience negative feelings and sensations not only because of the fragileness that the disease imposes on their body but also because of the maintenance of the condition, which make them more vulnerable to discrimination, prejudice and stigma. It becomes necessary to strengthen the support network around the subject, in order to encourage improvements in the quality of life of people living with communicable diseases.O objetivo deste artigo é identificar e descrever as experiências de adoecimento de pessoas que vivem com condições crônicas transmissíveis. Revisão integrativa da literatura foi realizada em maio de 2015 nas bases de dados PubMed, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e Scopus. A partir do cruzamento de palavras-chave e de descritores controlados, foram adotadas oito estratégias de busca, que resultaram na seleção final de 12 artigos. Realizou-se fichamento dos artigos, sendo elaboradas duas categorias temáticas, tendo em vista o agrupamento de temas coincidentes: (1) experiências com as condições crônicas transmissíveis; e (2) estratégias de enfrentamento das condições crônicas transmissíveis. Identificou-se o estigma como sendo a experiência de maior impacto na vida dos sujeitos, o qual reverberou em sentimentos negativos. Apesar disso, os sujeitos adoecidos adotaram hábitos de vida saudáveis, bem como apoiaram-se na religiosidade/espiritualidade e no dimensionamento do tempo como forma de harmonizar sua convivência com as doenças. Observou-se, ainda, que a rede de apoio (família, serviços de saúde) tem papel fundamental na vivência das condições crônicas transmissíveis. Os sujeitos experimentam sensações e sentimentos negativos desde o diagnóstico, seja pela fragilidade que a doença impõe ao seu organismo, seja pela manutenção da condição que os torna mais vulneráveis à discriminação, ao preconceito e ao estigma. Torna-se necessário fortalecer a rede de apoio em torno do sujeito, no sentido de favorecer a melhoria na qualidade de vida das pessoas que vivem com condições crônicas transmissíveis

    Hospitalization for HIV/AIDS in Ribeirão Preto-SP

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    Apesar dos avanços tecnológicos e terapêuticos para o manejo do HIV/aids, os desfechos desfavoráveis da doença, como é o caso das internações, se mantém com um desafio para a saúde pública. Nesse sentido, objetivou-se analisar as internações hospitalares por aids ocorridas em 2013 em um hospital de grande porte de um município do interior de São Paulo. Trata-se de estudo descritivo, exploratório, do tipo levantamento, quantitativo. Foram incluídos indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos, hospitalizados no período de janeiro a dezembro/2013, cujas causas de internação principal ou secundárias estivessem relacionadas ao HIV/aids, considerando os seguintes códigos, segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10): B20.0 ao B24, Z20, Z20.6, Z21 e R75. Elaborou-se um formulário específico para a coleta de dados, cujas fontes secundárias de informação utilizadas foram: Sistema de Internação Hospitalar, prontuário clínico, Sistema de Informação de Agravos de Notificação, HygiaWeb, Sistema de Controle Logístico de Medicamentos. Os dados foram analisados por meio de técnicas exploratórias, incluindo proporções, medidas de tendência central e variabilidade. Foram identificadas 259 internações relacionadas a 179 pessoas que viviam com aids, com reinternações no período (42,5%). O perfil dos sujeitos constitui-se por homens (62,1%); faixa etária entre 40 e 50 anos (38%); cor branca (62,1%); solteiros (50,8%); baixa escolaridade (40,2%); alguma fonte de renda (36,3%); histórico de uso de álcool (49,2%), tabaco (63,1%) e outras drogas ilícitas (46,3%) e de má adesão à terapia antirretroviral (TARV) (49,7%). A duração média das internações foi de 14,1 dias (DP± 12,6) e o desfecho predominante foi a alta médica (83,4%. Na maioria dos casos havia alguma manifestação clínica no momento da internação (55,2%), bem como a presença de doenças oportunistas (71,8%) e condições crônicas associadas (55,2%). Das pessoas internadas, a maioria possuía baixa contagem de células T CD4+ (83,8%) e carga viral detectável (71%). Quanto aos antecedentes assistenciais, 49,7% dos sujeitos tinham algum histórico de tratamento em serviços de assistência especializada em HIV/aids (SAE) da rede pública municipal. Considerando o período de 12 meses antes da internação, 35,8% dos sujeitos passaram em pelo menos uma consulta no SAE municipal; 46,9% nunca utilizaram serviços de atenção básica; 64,8% utilizaram pronto atendimento; 67,6% procederam a alguma retirada da TARV e 29% realizaram 80% ou mais das possíveis retiradas da TARV. Apesar do aprimoramento de testes diagnósticos e a disponibilização da TARV em larga escala, a hospitalização por HIV/aids mantém relação com grupos minoritários desfavorecidos, os quais possuem o status imunológico agravado em decorrência da ação viral no organismo, sugerindo disparidades que perpassam o acesso ao diagnóstico precoce, tratamento oportuno e profilaxia de infecções oportunistas. Urge a necessidade de ações intra e intersetoriais que visem a focalização de sujeitos mais vulneráveis para superar as barreiras assistenciais de modo que os benefícios da TARV sejam disponíveis a todas as pessoas que vivem com a doençaDespite technological and therapeutic advances in the HIV/ADS management unfavorable outcomes of the disease, as the case of hospitalization, remains a challenge to public health. In this sense, this study aimed to analyze hospital admissions due to AIDS in 2013 occurred in a large hospital in a city of São Paulo. This is a descriptive, exploratory study, type survey, quantitative. Were included individuals aged over 18 years, hospitalized in the period of January-December/2013 whose main or secondary causes of hospitalization were related to HIV/AIDS, considering the following codes according to the International Classification of Diseases (ICD 10) the B20.0 to B24, Z20, Z20.6, Z21 and R75. A specific form was elaborated for data collection, whose secondary sources of information were used: System Hospitalization, clinical record, System for Notifiable Diseases, HygiaWeb, Logistics Management System of Medicines. Data were analyzed using exploratory techniques, including proportions, measures of central tendency and variability. Were identified 259 hospitalizations related to 179 people living with AIDS, with readmissions in the period (42.5%). The profile of the individuals is constituted by men (62.1%); aged between 40 and 50 years (38%); white color skin (62.1%); single (50.8%); low education (40.2%); some source of income (36.3%); history of alcohol use (49.2%), tobacco (63.1%) and other illicit drugs (46.3%) and poor adherence to antiretroviral therapy (ART) (49.7%). The average length of hospitalization was 14.1 days (SD ± 12.6) and the predominant outcome was medical discharge (83.4%. In most cases there was any clinical signs at admission (55.2%) as well as the presence of opportunistic infections (71.8%) and chronic conditions associated (55.2%). of hospitalized persons, the majority had low CD4+ T cell count (83.8%) and detectable viral load (71 %). As for healthcare background, 49.7% of subjects had a history of treatment in specialized care services on HIV/AIDS (SHS) of the municipal public network. Considering the 12 months prior to admission, 35.8% the subjects passed in at least one visit in the municipal SHS; 46.9% never used primary care services; 64.8% used emergency care; 67.6% have carried out any withdrawal of antiretroviral therapy and 29% had 80% or more of possible withdrawn from ART. Despite the improvement of diagnostic tests and the availability of HAART on a large scale, hospitalization for HIV/AIDS remains relation to disadvantaged minority groups, which have the immune status worsened due to the viral action in the body, suggesting disparities that pervade the access to early diagnosis, timely treatment and prophylaxis of opportunistic infections. There is an urgent need for intra and inter-sectoral actions aimed at targeting vulnerable individuals to overcome barriers assistance so that the benefits of ART are available to all people living with the diseas

    Repercussions of the COVID-19 pandemic in an emergency care unit: the implementation of interprofessional protocols for the organization of the care flow and the perception of health professionals

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    Trabalho em formato de dois artigos, sendo primeiro uma pesquisa qualitativa com abordagem da pesquisa-ação cujo objetivo foi descrever os protocolos interprofissionais implantados para a organização do fluxo assistencial em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) durante a pandemia de COVID-19. O estudo considerou os ciclos da pesquisa-ação propostos por TRIPP (2005): planejamento, implementação, a descrição e a avaliação. A reorganização da unidade evidenciou pontos positivos como participação e envolvimento da equipe, revisão de processos, busca por evidências e parcerias intersetoriais; e negativas como a dificuldade na segregação do paciente contaminado dentro da estrutura física da UPA. O segundo artigo teve como objetivo avaliar a percepção de profissionais que atuaram na linha de frente na mesma UPA durante os diferentes períodos de enfrentamento da pandemia de Covid-19 (2020, 2021 e 2022), por meio de um estudo qualitativo com técnicas de análise de conteúdo e análise de similitude, utilizando um instrumento com características sociodemográficas e três questões norteadoras. As percepções de profissionais indicaram sentimentos negativos, alertando sobre a deterioração da saúde mental, com repercussões crônicas que requerem atenção e investimento em saúde do trabalhador adequadas e de longo prazo. Enquanto aspectos positivos, observa-se a relevância do trabalho em equipe e a transformação cultural a nível pessoal e organizacional; a educação em saúde, como ferramenta para autonomia e segurança do profissional. Ambos os trabalhos demonstraram situações relevantes sobre a gestão em saúde durante a pandemia, descrevendo experiências com potencialidades e fragilidades que podem ser replicadas em novos contextos, além do mais, alguns achados das pesquisas sevem de alerta para a condução do setor saúde em um cenário pós pandemiaWork in the format of two articles, the first being a qualitative research with an action research approach whose objective was to describe the interprofessional protocols implemented for the organization of the care flow in an Emergency Care Unit (UPA) during the COVID-19 pandemic. The study considered the action research cycles proposed by TRIPP (2005): planning, implementation, description and evaluation. The reorganization of the unit showed positive points such as participation and involvement of the team, review of processes, search for evidence and intersectoral partnerships; and negative ones such as the difficulty in segregating the contaminated patient within the physical structure of the UPA. The second article aimed to evaluate the perception of professionals who worked on the front line in the same UPA during the different periods of facing the Covid-19 pandemic (2020, 2021 and 2022), through a qualitative study with analysis techniques of content and analysis of similarity, using an instrument with sociodemographic characteristics and three guiding questions. The professionals\' perceptions indicated negative feelings, warning about the deterioration of mental health, with chronic repercussions that require attention and investment in adequate and long-term worker health. As positive aspects, the relevance of teamwork and cultural transformation at a personal and organizational level can be observed; health education as a tool for professional autonomy and safety. Both works demonstrated relevant situations on health management during the pandemic, describing experiences with strengths and weaknesses that can be replicated in new contexts. pandemi

    Experiências de adoecimento por condições crônicas transmissíveis: revisão integrativa da literatura

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    Resumo O objetivo deste artigo é identificar e descrever as experiências de adoecimento de pessoas que vivem com condições crônicas transmissíveis. Revisão integrativa da literatura foi realizada em maio de 2015 nas bases de dados PubMed, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e Scopus. A partir do cruzamento de palavras-chave e de descritores controlados, foram adotadas oito estratégias de busca, que resultaram na seleção final de 12 artigos. Realizou-se fichamento dos artigos, sendo elaboradas duas categorias temáticas, tendo em vista o agrupamento de temas coincidentes: (1) experiências com as condições crônicas transmissíveis; e (2) estratégias de enfrentamento das condições crônicas transmissíveis. Identificou-se o estigma como sendo a experiência de maior impacto na vida dos sujeitos, o qual reverberou em sentimentos negativos. Apesar disso, os sujeitos adoecidos adotaram hábitos de vida saudáveis, bem como apoiaram-se na religiosidade/espiritualidade e no dimensionamento do tempo como forma de harmonizar sua convivência com as doenças. Observou-se, ainda, que a rede de apoio (família, serviços de saúde) tem papel fundamental na vivência das condições crônicas transmissíveis. Os sujeitos experimentam sensações e sentimentos negativos desde o diagnóstico, seja pela fragilidade que a doença impõe ao seu organismo, seja pela manutenção da condição que os torna mais vulneráveis à discriminação, ao preconceito e ao estigma. Torna-se necessário fortalecer a rede de apoio em torno do sujeito, no sentido de favorecer a melhoria na qualidade de vida das pessoas que vivem com condições crônicas transmissíveis
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