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    A CARTOGRAFIA SOCIAL COMO FERRAMENTA DE GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE GÊNERO FEMININO NA COMUNIDADE PESQUEIRA DE BOM JESUS DOS POBRES, SAUBARA – BA – BRASIL

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    Este artigo aborda uma analise das políticas públicas que beneficiam as pescadoras artesanais do distrito de Bom Jesus dos Pobres, município de Saubara, Bahia - Brasil, entre 1988 a 2013. Foram realizadas oito oficinas de mapeamento participativo, subsidiando a construção de uma Cartografia Social, com o objetivo de dar voz e visibilidade às mulheres pescadoras. Esta ferramenta de gestão de políticas públicas reuniu informações sobre o histórico da atividade pesqueira; dados sobre os recursos pesqueiros; dificuldades, problemas sociais e de infraestrutura, e as políticas públicas direcionadas às pescadoras. A Cartografia Social foi apresentada como Trabalhos de Conclusão de Curso de Mestrado, na modalidade de produção técnica, contribuindo com informações sobre a pesca do território de identidade do Recôncavo da Bahia - Brasil, na promoção do desenvolvimento da atividade de pesca

    O significado cultural do uso de plantas da caatinga pelos quilombolas do Raso da Catarina, município de Jeremoabo, Bahia, Brasil

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    Resumo Uma das formas que os negros no Brasil criaram para enfrentar o regime escravocrata foi a formação de quilombos, dos quais centenas estão localizados no estado da Bahia, e vêm mantendo ao longo dos séculos conhecimentos e práticas de manejo sobre a flora local, ainda pouco estudados. Esta pesquisa visou determinar o valor local das espécies vegetais utilizadas pelos quilombolas do município de Jeremoabo, na região nordeste da Bahia, principalmente aquelas da caatinga. A coleta de dados se deu através de entrevistas semiestruturadas e lista livre. Os entrevistados citaram 86 espécies que estão distribuídas em dez categorias de uso: medicinal, ritual ou religioso, construção, alimentação, combustível, veterinário, melífera, forrageira, comercialização e artesanato. As cinco espécies que tiveram o maior valor local, em ordem decrescente, foram: Gochnatia oligocephala (candeia), Myrcia sp. (araçá), Schinus terebinthifolius (aroeira), Hymenaea courbaril (jatobá), Mimosa tenuiflora (jurema-preta). Os resultados dessa pesquisa, sobretudo as espécies vegetais de maior valor local identificadas, podem ser aplicados em programas de recuperação de áreas degradadas, desenho de sistemas agroflorestais e educação ambiental nas escolas locais

    A vida de alunos pescadores da comunidade de Baiacu (Bahia) e sua relação com a escola: dois mundos distintos?

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    This research analyzes the ethnobiological knowledge about crustaceans of young people in a fishing community in Baiacu, Bahia, constructed through their daily lives in fishing. The young people are all students at a public school. Fishing activities in Baiacu involve the capture of several crustacean species. The school is hard to access and its teaching is not attractive to those who make their living from fishing. Data was collected through direct observation and activities conducted at the school, as well as informal conversations and visits to the community. We found that no stable forms of dialogue exist between the school and traditional knowledge. This means that, although traditional knowledge is culturally relevant, it is not taken into account in the school's teaching. Losses are evident for both of these worlds. Finally, we indicate certain pathways which may lead to an initial exchange between these two fields of knowledge.A pesquisa analisa o conhecimento da biologia de crustáceos de jovens de uma comunidade pesqueira de Baiacu, Bahia, construído através de seu cotidiano na lida com a pesca. Esses jovens também são alunos de uma escola pública. As atividades pesqueiras em Baiacu envolvem a captura de crustáceos de várias espécies. Já na escola, além da dificuldade de acesso, o ensino é desinteressante para aqueles que vivem da pesca. Os dados foram obtidos através de observação direta e atividades na própria escola, conversas informais e visitas à comunidade. Verificou-se que não há formas estáveis de diálogos entre os saberes tradicionais e escolares. De maneira que os saberes tradicionais, apesar de culturalmente relevantes, não são levados em conta quando se desenvolve o ensino na escola. Os prejuízos são evidentes para os dois mundos. Ao final, indicamos alguns caminhos que possam levar ao início de trocas entre esses dois campos de conhecimento
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