58 research outputs found

    Historical processes, learning and education of a "second human nature"

    Get PDF
    Processos históricos é uma expressão corrente na historiografia. A historiografia é um produto que decorre de um processo metódico que identifica questões históricas, planeja sua pesquisa e constrói sua explicação mediante argumento demonstrativo. Na educação histórica, a historiografia-produto participa como componente dos processos de formação cultural das pessoas. Na cultura histórica de todo grupo social tem-se o conteúdo da reflexão historicizante sobre si e sua origem e a prática de transmissão dessa reflexão entre seus integrantes, nas dimensões vertical (passado-futuro) e horizontal (presente). A dimensão horizontal é a plataforma de mediação entre continuidade e mudança na memória coletiva e individual. Para todo e qualquer agente, a cultura histórica é, necessariamente, uma situação dada sob cujo influxo ele atua (aquisição gradual da consciência histórica por mimetismo inicial e por distanciamento crítico). Admitida uma "primeira natureza humana" caracterizada pela racionalidade discursiva e argumentativa, a educação histórica, que use a historiografia, pode ser vista como construtora de uma "segunda natureza", instaurada e desenvolvida na dimensão temporal da existência dos agentes racionais humanos - nos processos educacionais existentes no respectivo meio sociocultural, que instituem hábitos e convicções. Na tradição histórica ocidental, desde Cícero, ressalta-se o mimetismo inercial da cultura em que se é educado como uma "segunda natureza". Por certo não se considera mais tal "natureza" como uma determinação ontológica, mas como um dado histórico adquirido e modificável. A historiografia moderna demonstra como a análise metódica dos processos históricos desde o Iluminismo permite entender e explicar a realidade da educação e da consciência históricas adquiríveis nos meios socioculturais dos agentes.Historical processes is a current expression in historiography. Historiography is a product that stems from a methodical process that identifies historical questions, plans its research and builds its explanation upon argumentative statements. In education, historiography as a product participates as a component in the processes of one's cultural education. The historical culture of every social group promotes a historicizing reflection about itself and its origin and about the practice of its transmission among its members in both the vertical (past-future) and horizontal (present) dimensions as well. The horizontal dimension is the platform of mediation between continuity and change in the individual and collective memory. For all and any agent, historical culture is necessarily a given situation, under whose influence he acts (along a gradual acquisition of historical awareness by initial mimicry and then by critical distance). Admitted a "first human nature" characterized by discursive and propositional rationality, the educational process that uses historiography as a source can be seen as a builder of a "second nature", introduced and developed in the temporal dimension of the existence of rational human agents - along the educational process in their present socio-cultural environment, in which habits and convictions are established. In the Western historical tradition, from Cicero onwards, the inertial mimicry of the culture in which one is brought up is emphasized as a 'second nature'. Certainly such a "nature" is not considered anymore as an ontological determination, but as a historic one, acquired and modifiable. Modern history shows how the methodical analysis of historical processes since the Enlightenment allows us to understand and explain the reality of acquirable historical education and awareness in the social and cultural milieus of the agents

    Memory and Identity: how societies construct and administer their past?

    Get PDF
    The main interest of the debate on memory and collective (social) identity is the historical one. The richness of the various continents the participants come from, with their complexity and differences, should permit our debate to take in account the variety not only of theEuropean experience (traditionally linking society, nation and state together),but specially those of the emerging, complex, multicultural societies outside Europe's as well.The main interest of the debate on memory and collective (social) identity is the historical one. The richness of the various continents the participants come from, with their complexity and differences, should permit our debate to take in account the variety not only of theEuropean experience (traditionally linking society, nation and state together),but specially those of the emerging, complex, multicultural societies outside Europe's as well

    Processos históricos, aprendizagem e a educação de uma ‘segunda natureza humana’

    Get PDF
    Processos históricos é uma expressão corrente na historiografia. A historiografia é um produto que decorre de um processo metódico que identifica questões históricas, planeja sua pesquisa e constrói sua explicação mediante argumento demonstrativo. Na educação histórica, a historiografia-produto participa como componente dos processos de formação cultural das pessoas. Na cultura histórica de todo grupo social tem-se o conteúdo da reflexão historicizante sobre si e sua origem e a prática de transmissão dessa reflexão entre seus integrantes, nas dimensões vertical (passado-futuro) e horizontal (presente). A dimensão horizontal é a plataforma de mediação entre continuidade e mudança na memória coletiva e individual. Para todo e qualquer agente, a cultura histórica é, necessariamente, uma situação dada sob cujo influxo ele atua (aquisição gradual da consciência histórica por mimetismo inicial e por distanciamento crítico). Admitida uma 'primeira natureza humana' caracterizada pela racionalidade discursiva e argumentativa, a educação histórica, que use a historiografia, pode ser vista como construtora de uma 'segunda natureza', instaurada e desenvolvida na dimensão temporal da existência dos agentes racionais humanos - nos processos educacionais existentes no respectivo meio sociocultural, que instituem hábitos e convicções. Na tradição histórica ocidental, desde Cícero ressalta-se o mimetismo inercial da cultura em que se é educado como uma 'segunda natureza'. Por certo não se considera mais tal 'natureza' como uma determinação ontológica, mas como um dado histórico adquirido e modificável. A historiografia moderna demonstra como a análise metódica dos processos históricos desde o Iluminismo permite entender e explicar a realidade da educação e da consciência históricas adquiríveis nos meios socioculturais dos agentes

    Ética e relações internacionais: elementos de uma agenda político-cultural

    Get PDF
    As relações internacionais passaram a refletir, em ritmo crescente, a partir dos anos 1990, a exigência de moralização do espaço público. O tema da ética, já presente na agenda política interna, é incorporado no programa de ação dos organismos multilaterais e cobrado cada vez mais intensamente dos agentes políticos. Nos campos interno como externo a agenda ética contemporânea articula-se sobretudo em torno dos direitos humanos, como pauta de valores comportamentais válida de igual forma para indivíduos e coletividades, inclusive as politicamente institucionalizadas. Disso dão exemplo a política interna e externa brasileira, a tendência organizacional dos blocos regionais, como a União Européia, e a "cláusula social" tornada indispensável às relações econômicas, comerciais e financeiras.The international relations began to reflect more intensively since the 1990s the requirement of moralization of the public sphere. The theme of ethics - often present on the internal political agendas - gets into the action programs of multilateral organizations and becomes strongly requested from public agents. On the internal and external field as well the contemporary ethical agenda takes the human rights as its substantial reference, as the leading values for a valuable private and public behavior, including the international organizations. For such a historical trend some examples may be mentioned: the internal and external Brazilian policy on human rights, the organizing tendency of the regional blocks, as the European Union, and the "social clause" considered as indispensable to the economic, commercial and financial relations

    Antropologia e História

    Get PDF
    Uma concepção integral do homem, eis o que busca elaborar uma antropologia que se quer filosófica. A antiga disciplina filosófica da “psicologia metafísica” , com suas aspirações de definir os primeiros princípios imutáveis do funcionamento das estruturas cognitiva e volitiva do “ espírito humano” , cedeu seu lugar, já há tempos, a uma nova e sempre renovada ciência do homem. Uma ciência que não pretende, de forma alguma, impor um molde de homem-ideal, mas que se elabora a partir da fonte: da ou dos homens tais como existem e agem. Esta atitude básica, de modesto aprendizado da realidade, poder-se-á batizar de etnográfica, e sua sistematização teórica poderá encaminhar-se para uma etnologia, para uma psicologia, para uma sociologia, ou para a sua expressão interdisciplinar, numa antropologia

    Fora da história não há salvação? Filosofia da história no início do século 21

    Get PDF
    .

    Pensamento histórico, cultura e identidade

    Get PDF

    TEMPO E MEMÓRIA

    Get PDF
    A tarefa de assenhorear-se do tempo pela memória, de o inserir na consciência histórica e de dar-lhe um sentido aceitável é uma constante da atividade humana. O agente racional humano busca, ininterruptamente, atribuir sentido ao que faz. Isso ocorre no plano intencional: valores, idéias ou interesses fundamentam e orientam o agir. Esse plano antecede, ao menos logicamente, o agir concreto. No plano interpretativo, existe a mesma preocupação com o estabelecimento de um sentido plausível para o agir constatado pela pesquisa. Em ambos os casos, dá-se o esforço por construir um tempo histórico em que a existência e a ação tenham sentido e produzam sentido

    Ceticismo nas Relações Internacionais: o caso europeu

    Get PDF
    O ceticismo aparece na cena política e social internacional na forma de uma descrença crescente, entre os cidadãos, quanto ao sistema político – notadamente quanto à democracia mesma – à forma de governar e às relações entre os Estados. Na Europa, tal ceticismo atinge o cerne mesmo da construção europeia e as oscilações da opinião pública, como captadas pelo Eurobarômetro, apontam para os riscos de tal instabilidade.Skepticism appears on the international political and social scene in the form of a growing disbelief, among citizens, about the political system - notably regarding democracy itself - the way of governing and the relations between States. In Europe, such skepticism reaches the very heart of European construction and the fluctuations in public opinion, as captured by the Eurobarometer, point to the risks of such instability

    History, historiography and research in historical education

    Get PDF
    O pensamento histórico, cuja articulação produz a consciência histórica, conduz todo agente racional humano a produzir sobre si e sobre seu meio ambiente uma narrativa histórica, fator de identidade (própria e social) e feitora de cultura. A cultura histórica como meio ambiente intelectual envolvente da educação histórica esteia-se, ao menos desde a cientificização da História a partir de meados do século 19, em dois pilares: a narrativa histórica em geral e a narrativa historiográfica em particular. A relevância para a pesquisa em educação histórica da interação e do diálogo entre essas narrativas e de sua interdependência é argumentada neste artigo.Historical thought, whose articulation produces the historical consciousness, leads every rational human agent to produce about himself and his environment a historical narrative, factor of identity (own and social) and factor of culture. Historical culture, as an intellectual environment encompassing historical education, has been based, at least since the scientification of history from the mid-19th century, on two pillars: the historical narrative in general and the historiographical narrative in particular. The relevance to historical education research of the interaction and dialogue between these narratives and their interdependence is argued in this article
    corecore