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Gilberto Freyre: A cidade como personagem
A partir da leitura do romance Dona Sinhá e o filho padre, escrito em 1964, o artigo pretende mostrar a centralidade do tema “cidade” na obra de Gilberto Freyre. Partindo de sua correspondência dos primeiros anos nos Estados Unidos e seus artigos no jornal Diário de Pernambuco, examina o modo pelo qual o sentido atribuído à cidade na formação nacional se transforma no decorrer de sua obra. A relação entre o tradicional e o moderno é a chave que conduz sua interpretação da sociedade brasileira
Gilberto Freyre and the hybridism of Iberian Society
El artículo aborda cómo la lectura de los autores españoles Ángel Ganivet, Miguel de Unamuno y José Ortega y Gasset fue fundamental para el desarrollo de los temas “regionalismo”, “tradicionalismo” y “formación del pueblo” en la obra de Gilberto Freyre. Argumenta que, además de los temas centrales en su reflexión, el autor pernambucano reivindica el método en el que se basa el abordaje dado por los escritores hispánicos, caracterizando su narrativa. El texto argumenta también que la combinación de esos elementos permite considerar a la Península Ibérica y a Brasil como sociedades caracterizadas por trazos simultáneamente orientales y occidentales. Busca presentar, asimismo, ese perfil híbrido no como una visión dualista, sino componiendo una definición articulada, apuntando una interpretación del conjunto de los autores analizados no marcada por el regionalismo, sino por un carácter totalizador.O artigo aborda como a leitura dos autores espanhóis Ángel Ganivet, Miguel de Unamuno e José Ortega y Gasset foi fundamental para o desenvolvimento das temáticas “regionalismo”, “tradicionalismo” e “formação do povo” na obra de Gilberto Freyre. Argumenta que além dos temas centrais em sua reflexão o método que ancora a abordagem dos escritores hispânicos é reivindicado pelo autor pernambucano, caracterizando sua narrativa. O texto argumenta, ainda, que a combinação desses elementos possibilita a consideração da Península Ibérica e do Brasil como sociedades caracterizadas por traços simultaneamente orientais e ocidentais. Busca apresentar, também, esse perfil híbrido não como uma visão dualista, mas compondo uma definição articulada, apontando a interpretação do conjunto dos autores analisados não marcada pelo regionalismo, mas de caráter totalizador.This article discusses how the reading of Spanish authors Ángel Ganivet, Miguel de Unamuno and José Ortega y Gasset was fundamental for the development of the themes “regionalismo”, “traditionalism” and “formation of the people” in the work of Gilberto Freyre. We argue that in addition to the central themes of reflection, the method that anchors the approach of Hispanic writers is claimed by the Pernambuco’s author, characterizing his narrative. The text also argues that the combination of these elements makes it possible to consider the Iberian Peninsula and Brazil as societies characterized by both Eastern and Western features. It also seeks to present this hybrid profile not as a dualist vision, but composing an articulated definition, pointing out the interpretation of the group of authors analyzed not marked by regionalism, but of a totalizing character
A história nunca se fecha
O artigo analisa como a expressão circuito fechado usada por Florestan Fernandes assume posição central em seus estudos sobre a sociedade brasileira, constituindo-se em um dos apoios teórico-metodológicos de sua reflexão. Assim, sua utilização proporciona o questionamento de vários ângulos utilizados na interpretação do Brasil: a visão linear da história, a ideia de dualismo do país, a proposta analítica de formação, a aceitação da autonomia das instituições. Florestan Fernandes prioriza a pergunta sobre os efeitos sociais e políticos advindos de uma formação econômico-social na periferia do capitalismo, formação peculiar, pois não apenas soma, mas combina, na manutenção de seu perfil, modernidade e arcaísmos. A pergunta sobre a coexistência no Brasil do capitalismo moderno e da desigualdade, que limita o acesso aos direitos políticos e sociais, o induz a avançar tanto no estudo dos grupos como das modalidades de ação. O artigo indaga, ainda, sobre a pertinência da utilização dessa expressão para enfocar os embates sociais e políticos contemporâneos10
Atualidade do pensamento social brasileiro
Várias questões atualmente colocadas no âmbito das ciências humanas para o entendimento da sociedade foram, de vários modos, objeto da reflexão dos autores brasileiros ao longo dos anos: a problemática da emancipação, do direito à diferença, dos limites à liberdade, da definição da dignidade como projeto social, do reconhecimento, da exclusão/excludência, foram objetos recorrentes dos estudos sobre a formação nacional. Pretendo apontar, neste texto, como algumas reflexões dos anos 1950 e 1960 - brasileiras e latino-americanas - antecipam tais questões, mesmo sem terem desdobramento teórico sistemático
A sociologia e o entre-lugar
O texto afirma que Uma literatura nos trópicos, de Silviano Santiago, publicado em 1978, desafia a sociedade e a cultura brasileiras a se repensarem, tarefa difícil naquela conjuntura marcada pelas trevas. Centra-se no primeiro capítulo do livro, “O entre-lugar do discurso latino-americano”, para mostrar que a proposta do autor provoca a abertura de espaço para acolher esse desafio e alimenta a coragem para enfrenta-lo. Questionando a intransigência com o que destoa da norma estabelecida, do comportamento rotinizado, a categoria entre-lugar permite abandonar a ideia de unidade, pureza, homogeneidade cultural e introduzir a obrigatoriedade de reflexão sobre a alteridade e a heterogeneidade, conceitos que arejaram o pensamento contemporâneo. Ilustro esse papel na área das ciências sociais, em especial na sociologia. A expressão entre-lugar tornou-se instrumento fundamental para compreendermos o lugar da sociologia brasileira no cenário das ciências sociais cosmopolitas30
Gilberto Freyre e o hibridismo da sociedade ibérica
El artículo aborda cómo la lectura de los autores españoles Ángel Ganivet, Miguel de Unamuno y José Ortega y Gasset fue fundamental para el desarrollo de los temas “regionalismo”, “tradicionalismo” y “formación del pueblo” en la obra de Gilberto Freyre. Argumenta que, además de los temas centrales en su reflexión, el autor pernambucano reivindica el método en el que se basa el abordaje dado por los escritores hispánicos, caracterizando su narrativa. El texto argumenta también que la combinación de esos elementos permite considerar a la Península Ibérica y a Brasil como sociedades caracterizadas por trazos simultáneamente orientales y occidentales. Busca presentar, asimismo, ese perfil híbrido no como una visión dualista, sino componiendo una definición articulada, apuntando una interpretación del conjunto de los autores analizados no marcada por el regionalismo, sino por un carácter totalizador.This article discusses how the reading of Spanish authors Ángel Ganivet, Miguel de Unamuno and José Ortega y Gasset was fundamental for the development of the themes “regionalismo”, “traditionalism” and “formation of the people” in the work of Gilberto Freyre. We argue that in addition to the central themes of reflection, the method that anchors the approach of Hispanic writers is claimed by the Pernambuco’s author, characterizing his narrative. The text also argues that the combination of these elements makes it possible to consider the Iberian Peninsula and Brazil as societies characterized by both Eastern and Western features. It also seeks to present this hybrid profile not as a dualist vision, but composing an articulated definition, pointing out the interpretation of the group of authors analyzed not marked by regionalism, but of a totalizing character.O artigo aborda como a leitura dos autores espanhóis Ángel Ganivet, Miguel de Unamuno e José Ortega y Gasset foi fundamental para o desenvolvimento das temáticas “regionalismo”, “tradicionalismo” e “formação do povo” na obra de Gilberto Freyre. Argumenta que além dos temas centrais em sua reflexão o método que ancora a abordagem dos escritores hispânicos é reivindicado pelo autor pernambucano, caracterizando sua narrativa. O texto argumenta, ainda, que a combinação desses elementos possibilita a consideração da Península Ibérica e do Brasil como sociedades caracterizadas por traços simultaneamente orientais e ocidentais. Busca apresentar, também, esse perfil híbrido não como uma visão dualista, mas compondo uma definição articulada, apontando a interpretação do conjunto dos autores analisados não marcada pelo regionalismo, mas de caráter totalizador
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