18 research outputs found

    A escola e a diversidade sexual

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    ESTUDOS DESCOLONIAIS: EPISTEMOLOGIAS DO SUL E EDUCAÇÃO

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    Levantou-se contribuições teóricas da Pedagogia Descolonial para questionar as dinâmicas pedagógicas, enquanto produtoras de desigualdades. Estas teorizações afirmam que o processo de colonização dividiu o mundo em locais avançados e outros a serem educados/colonizados, perpetuando verdades coloniais e reiterando um funcionamento de saber/poder que espacializa  classificações hierárquicas. Uma importante contribuição consiste em demonstrar que somos constituídos/formados por práticas pedagógicas que, desde a modernidade, nomearam o “outro” como: anormal, primitivo, diferente, diverso. As epistemologias do sul questionam a produção e ensino do conhecimento centrado no olhar ocidental europeu e sugerem realizar uma desconstrução das classificações do humano, desnaturalizando as categorias identitárias

    EDUCAÇÃO EM SAÚDE NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE VIDEIRA/SC

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    Trata-se de projeto de extensão realizado de julho de 2016 a junho de 2017. Por ocasião do contatocom escolas públicas de Videira na época da campanha de prevenção do mosquito Aedes,identificou-se a necessidade de trabalhar outros temas relacionados à saúde. Teve como objetivogeral, através de atividades educativas desenvolvidas em escolas públicas do município de Videira(SC), levar informações sobre prevenção de doenças, hábitos de vida saudáveis e discussões detemas relevantes à comunidade escolar, como gênero, violência contra a mulher, preconceito, entreoutros. Como objetivos específicos podemos elencar: detectar, junto às escolas alvo, os principaistemas relacionados à saúde, e ambiente que necessitam ser desenvolvidos; elaborar e executaratividades de educação em saúde para escolas públicas de Videira; avaliar junto às escolasparticipantes a relevância das atividades executadas. Para tal realizou-se diversas oficinas comestudantes de escolas públicas, indicadas pela Coordenadoria Estadual de Educação de SC,conforme demanda apresentada pelas mesmas. Duas escolas foram contempladas: Na primeiraescola, localizada em região afastada do centro da cidade, foram trabalhadas questões de higiene eprevenção de infecções com turmas de quarto e quinto ano do ensino fundamental, e métodoscontraceptivos, prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e gênero com alunos doensino médio, estes três últimos temas foram também trabalhados na segunda escola (localizada nocentro do município), com as turmas de ensino médio. A escolha dos temas por turma e escola foirealizada através de reunião com equipe diretiva e professores de cada local, conforme necessidadesdetectadas por eles na comunidade. Nas atividades foram utilizados vídeos, discussões e osestudantes puderam manusear os métodos contraceptivos e sanar dúvidas sobre os temas, alémdisso, utilizou-se uma caixa de perguntas onde podiam deixar questionamentos de forma anônima,que eram respondidas pela equipe. Este projeto atingiu um grande número de jovens (cerca de 300jovens) e foram extremamente relevantes e produtivas, fato demonstrado pela participação dosestudantes contemplados, apontando a necessidade de que novos projetos como este sejamdesenvolvidos, bem como tais temas sejam trabalhados pelos professores das escolas públicas detodo o país

    A escola e a diversidade sexual

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    A diversidade sexual na escola : produção de subjetividade e políticas públicas

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    Este estudo investiga os efeitos dos enunciados das atuais políticas públicas acerca da diversidade sexual propostos para a educação, principalmente através do Programa Brasil Sem Homofobia. A análise das práticas instaladas no cotidiano escolar tem como foco compreender efeitos da proposição de uma educação inclusiva e não sexista particularmente no que tange à homofobia. A pesquisa foi realizada em duas escolas da rede pública de Porto Alegre, uma estadual e a outra municipal, onde foram realizadas observações do cotidiano escolar e entrevistas com professores/as. Esta pesquisa foi desenvolvida a partir de uma orientação genealógica utilizando a produção teórica de Michel Foucault como meio de refletir sobre as condições de possibilidade do surgimento e da implantação destas políticas públicas e seus efeitos nas práticas escolares. Nestas práticas existe um lugar bem marcado para o outro, a lógica geralmente utilizada se refere a um ideal, o que deveria ser, o esperado - a heteronormatividade. Diferentes discursos são utilizados para manter o diferente em um lugar distanciado. A proposta de inclusão está vinculada a uma carência, desvantagem, desvio, do indivíduo que necessita da intervenção do processo inclusivo. As justificativas da intervenção estatal são de proteção e constituem um lugar para a população alvo como o de pessoas em risco e vulnerabilidade. A conquista de direitos jurídicos se mostrou fundamental para a garantia de espaços e legitimidade e há uma apropriação pelas/os professoras/es do discurso jurídico de direitos humanos e de direitos sexuais. A possibilidade de inclusão dos diferentes/diversos sexuais está amparada no enunciado de que todos têm direito à escolarização, porém um questionamento que se apresenta acerca da proposta de inclusão é sua utilização como uma prática de tolerância e tentativa de acabar com as diferenças tendo como referência à normalidade. Enunciados homofóbicos e sexistas estão profundamente articulados com os de discriminação de classe e etnia, desigualdades se sobrepõem e se reforçam.This study investigates the effects of the statements of the current public policies on the sexual diversity proposed for education, mainly through the program Brasil Sem Homofobia (Brazil without homophobia). The analysis of the practices installed in the school daily has as a focus understand effects of the proposition of an inclusive and non sexist education particularly regarding homophobia. The research was done in two public network schools in Porto Alegre, one state and the other municipal, where observations of the school daily and interviews with teachers were made. This research was developed from a genealogical orientation using the theoretical production of Michel Foucault as a means to reflect on the conditions of possibility of the emergence and implementation of these public policies and their impact on school practices. In these practices there is a well marked place for the other, the logic usualy used refers to an ideal, what should be, the expected - the heteronormativity. Different discourses are used to keep [ou mantain] the different in a distant place. The proposal of inclusion is bound to a deficiency, disadvantage, and deviation of the individual that needs the intervention of the inclusive process. The state intervention justifications are of protection and constitute a place for the aimed population of people in risk and vulnerability. The achievement of legal rights is being fundamental for the guarantee of spaces and legitimacy and there is an appropriation by the teachers of the legal discourse of human rights and sexual rights. The possibility of inclusion of the sexual different is supported in the statement that sais that all have rights to schooling, but a question that presents itself on the proposal of inclusion is its use as a practice of tolerance and attempt of ending the differences having the normality as a reference. Homophobic and sexit statements are deeply related to the ones of class and ethnic discrimination, inequalities overlap and strengthen themselves

    Longe demais das capitais: distâncias e desigualdades

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    Nesta pesquisa realizamos um exercício de problematização acerca das verdades que demarcam processos de diferença/desigualdade presentes na implantação de uma formação de professoras/es nas temáticas de gênero, sexualidade, orientação sexual e relações étnico-raciais. Tomamos o trabalho de problematização como a tarefa de levantar as questões colocadas no campo e, também, as soluções que estão sendo propostas, considerando que, tanto as perguntas quanto as respostas, são elaboradas dentro de uma rede de poder/saber que determina as respostas possíveis. Com esta abordagem buscamos contribuir com o debate sobre a necessária transformação do cotidiano escolar, que se apresenta como discriminatório e pouco permeável às diferenças. Propomos discutir como o funcionamento de verdades acerca da diferenciação do humano normatiza e conforma o fazer pedagógico e vai se apresentar como desafio quando buscamos ensinar de outras formas ou ensinar valores alinhados aos direitos humanos. Utilizamos como campo de pesquisa a implantação do curso Gênero e Diversidade na Escola, oferecido pelo Ministério da Educação (MEC) como formação continuada para professoras/es da rede pública de ensino, que tem como objetivo modificar preconceitos, condições desiguais, divulgar uma concepção de direitos humanos. Exploramos as naturalizações de verdades que, neste processo, constroem as subjetividades e identidades, através de demarcação de diferenças que servem de base para desigualdades. Buscamos compreender como se reapresentam as lógicas de verdades/preconceitos estabelecidas no campo da educação neste contexto de implantação de uma política pública direcionada a provocar mudanças na atuação docente. Entendemos que no momento em que se busca transformar uma rotina escolar entram em cena as difíceis negociações com o já estabelecido, a possibilidade de outras/novas intervenções pedagógicas serem colocadas em movimento necessita do deslocamento de posições cristalizadas. A proposta do curso, no formato de educação à distância (EAD), coloca em pauta a questão da distância, toda uma série de enunciados acerca de como pensamos as distâncias geográficas e como estas configuram subjetividades e geram classificações hierárquicas. Percebemos que a concepção de centro/periferia presente neste contexto não remete somente a uma posição geográfica, longe das capitais, mas está referida a uma série de classificações que atribuem valores diferenciados a diferentes sujeitos conforme estes se posicionam numa localização em relação a um centro. Encontramos uma série de desafios para a tarefa que esta formação se coloca, transformar o ambiente escolar instituindo relações mais igualitárias. Percebemos que este processo foi determinado por redes de poder relacionadas às formas como compreendemos os processos de escolarização, às posições atribuídas aos docentes e às diferentes legitimidades que estão colocadas para os locais de enunciação: de centro ou de periferia. A diferença está relacionada a um extensivo processo de categorização dos indivíduos e dentro deste processo não há igualdade possível, a intervenção necessária seria da ordem de contestar o modelo de categorias e burlar/transformar as normas que o definem. Portanto, nossas estratégias não podem apenas afirmar identidades subjugadas, mas também problematizar constantemente as configurações de identidades.In this research we carried out an exercise in questioning about the truths that demarcate processes of difference/inequality present in the implementation of a teacher training about gender, sexuality , sexual orientation and ethnic-racial relations. We take the problematization as the task of raising the questions in the field and also the solutions that are being proposed, considering that both the questions and the responses are created in a network of power/knowledge that determines the possible answers. With this approach we seek to contribute to the debate about the necessary transformation of the school routine , which presents itself as discriminatory and not very open to differences. We propose to discuss how the functioning of truths about the human differentiation regulates and conforms the pedagogical actions and will present a challenge when we seek other ways to teach, or to teach values aligned to human rights. We used as a research field the implementation of the course Gênero e Diversidade na Escola (Gender and Diversity in School), hosted by the Ministério da Educação (Ministry of Education) as continuing education for teachers of the public school system, which aims to modify prejudices, unequal conditions, promote a conception of human rights. We explore the naturalization of truths that, in this process, construct subjectivities and identities, through demarcation of differences that support inequalities. We seek to understand how are presented the logics of truths/prejudices established in the field of education in this context of implementing a public policy aimed at bringing about change in teaching practice. We understand that when one seeks to transform a school routine come into play the difficult negotiations with the already established, the possibility of other/new pedagogical interventions being put in motion requires the displacement of hardened positions. The proposed format of the course, in distance education (ODL), brings forth the question of distance, a series of statements about how we think the geographical distances and how these shape subjectivities and generate hierarchical classifications. We realized that the idea of center/periphery present in this context refers not only to a geographical position away from the capital, but is referred to a series of classifications that assign different values to different subjects as they position themselves in a location relative to a center. We found a number of challenges for the task this training proposes, transforming the school environment by instituting more egalitarian relationships. We realize that this process was determined by power networks related to the ways we understand the processes of education, the positions assigned to teachers and the different legitimacy that is placed for places of enunciation: of center or of periphery. The difference is related to an extensive process of categorization of individuals and within this process there is no equality possible, the necessary intervention would be about challenging the categories model and bypass/change the rules that define it. Therefore, our strategies can not only assert subjugated identities, but also constantly question the identities settings

    A diversidade sexual na escola : produção de subjetividade e políticas públicas

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    Este estudo investiga os efeitos dos enunciados das atuais políticas públicas acerca da diversidade sexual propostos para a educação, principalmente através do Programa Brasil Sem Homofobia. A análise das práticas instaladas no cotidiano escolar tem como foco compreender efeitos da proposição de uma educação inclusiva e não sexista particularmente no que tange à homofobia. A pesquisa foi realizada em duas escolas da rede pública de Porto Alegre, uma estadual e a outra municipal, onde foram realizadas observações do cotidiano escolar e entrevistas com professores/as. Esta pesquisa foi desenvolvida a partir de uma orientação genealógica utilizando a produção teórica de Michel Foucault como meio de refletir sobre as condições de possibilidade do surgimento e da implantação destas políticas públicas e seus efeitos nas práticas escolares. Nestas práticas existe um lugar bem marcado para o outro, a lógica geralmente utilizada se refere a um ideal, o que deveria ser, o esperado - a heteronormatividade. Diferentes discursos são utilizados para manter o diferente em um lugar distanciado. A proposta de inclusão está vinculada a uma carência, desvantagem, desvio, do indivíduo que necessita da intervenção do processo inclusivo. As justificativas da intervenção estatal são de proteção e constituem um lugar para a população alvo como o de pessoas em risco e vulnerabilidade. A conquista de direitos jurídicos se mostrou fundamental para a garantia de espaços e legitimidade e há uma apropriação pelas/os professoras/es do discurso jurídico de direitos humanos e de direitos sexuais. A possibilidade de inclusão dos diferentes/diversos sexuais está amparada no enunciado de que todos têm direito à escolarização, porém um questionamento que se apresenta acerca da proposta de inclusão é sua utilização como uma prática de tolerância e tentativa de acabar com as diferenças tendo como referência à normalidade. Enunciados homofóbicos e sexistas estão profundamente articulados com os de discriminação de classe e etnia, desigualdades se sobrepõem e se reforçam.This study investigates the effects of the statements of the current public policies on the sexual diversity proposed for education, mainly through the program Brasil Sem Homofobia (Brazil without homophobia). The analysis of the practices installed in the school daily has as a focus understand effects of the proposition of an inclusive and non sexist education particularly regarding homophobia. The research was done in two public network schools in Porto Alegre, one state and the other municipal, where observations of the school daily and interviews with teachers were made. This research was developed from a genealogical orientation using the theoretical production of Michel Foucault as a means to reflect on the conditions of possibility of the emergence and implementation of these public policies and their impact on school practices. In these practices there is a well marked place for the other, the logic usualy used refers to an ideal, what should be, the expected - the heteronormativity. Different discourses are used to keep [ou mantain] the different in a distant place. The proposal of inclusion is bound to a deficiency, disadvantage, and deviation of the individual that needs the intervention of the inclusive process. The state intervention justifications are of protection and constitute a place for the aimed population of people in risk and vulnerability. The achievement of legal rights is being fundamental for the guarantee of spaces and legitimacy and there is an appropriation by the teachers of the legal discourse of human rights and sexual rights. The possibility of inclusion of the sexual different is supported in the statement that sais that all have rights to schooling, but a question that presents itself on the proposal of inclusion is its use as a practice of tolerance and attempt of ending the differences having the normality as a reference. Homophobic and sexit statements are deeply related to the ones of class and ethnic discrimination, inequalities overlap and strengthen themselves
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