7 research outputs found

    Ação coletiva, mobilização de atores e controle social: desafios políticos no âmbito do conselho estadual de saúde do Rio de Janeiro (2003 -2011)

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    Reflete sobre alguns dos dilemas concernentes ao controle social e lógica da ação coletiva no âmbito do Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (CES/RJ). A pesquisa concentrou-se na atuação de representantes da sociedade e dos profissionais de saúde perante os gestores da Secretaria Estadual de Saúde, durante duas gestões governamentais. Desde os anos de 1990, diversos impasses foram apontados no que se refere à formação e ao aprofundamento da cultura política das instituições participativas brasileiras. Nos conselhos de saúde, a falta de definição sobre o papel das diversas representações conselheiras e a burocratização do controle social são desafios enfrentados na legitimidade desses fóruns participativos. No caso do CES/ RJ, os conselheiros representantes da sociedade e dos profissionais de saúde enfrentam os dilemas próprios da autonomização do sujeito político, que  atua em uma arena política deliberativa fortemente institucionalizada e dirigida politicamente pelos gestores. Como estudo de caso, foram empregados a observação direta, a análise de conteúdo e a entrevista semiestruturada. Os conselheiros estaduais mobilizam o espaço político do CES/RJ em favor (ou na intenção) de debater os impasses do SUS estadual, mas os avanços nas políticas de saúde são desvirtuados pela hegemonia claramente impressa pela atuação dos gestores

    O “ponto morto”: dois intelectuais, duas visões sobre o processo de modernização brasileiro

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    Este artigo pretende fazer uma revisão específica nas idéias de “ponto morto” e “revolução lenta”, propostas por Caio Prado Jr. e Sérgio Buarque de Holanda, produzidas respectivamente em 1942, ano de publicação de Formação do Brasil contemporâneo, e 1936, ano em que se publica Raízes do Brasil. A hipótese central é de que essas duas idéias – entendidas como interpretações sobre o andamento do Brasil moderno – produziriam uma apreensão do processo de modernização da nação enquanto um caso de “revolução sem revolução”. Objetiva, então, compreender quais os impactos produzidos por essas interpretações no entendimento das especificidades de nossa cultura e das práticas que ela engendra na intermediação dos interesses do ‘homem cumum’

    Work, Inequalities, and Precarization: Impacts on Brazil in Times of COVID-19 Pandemic

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    This paper aims to consider and analyze the effects of the COVID-19 pandemic on work in Brazil. The difficult times Brazil has been facing have deepened the precarization experienced by a significant number of citizens in the work world and exposed the structural inequalities of the Brazilian society. We begin by presenting a contextualization of the country in terms of general indicators (political and social) and highlighting the development of Brazil’s work relations. We then analyze secondary data (from official sources), showing even more profound social inequalities in the work world in pandemic times, including those referring to recent reformist policies, with strong neoliberal inspiration in Brazil. Finally, we discuss the above-mentioned profound inequalities, especially those related to the increasingly weaker social protection networks and labor rights in Brazilian society.L’objectif de l’article est d’analyser les effets de la pandémie de COVID-19 sur le monde du travail au Brésil. L’idée motrice est que les temps difficiles vécus par le pays ont non seulement approfondi la situation de précarisation vécue par un nombre significatif de citoyens dans le monde du travail, mais ont aussi rendu plus visibles les inégalités structurelles de la société brésilienne. L’article présente une contextualisation du pays en ce qui concerne les indicateurs généraux (politiques et sociaux) et retrace l’itinéraire de la formation des relations de travail au Brésil. Ensuite, il analyse des données secondaires (de sources officielles) qui mettent en évidence l’approfondissement des inégalités sociales dans la sphère du monde du travail en temps de pandémie, incluant celles qui se rapportent aux politiques récentes de forte inspiration néolibérale. Enfin, l’article revient de manière critique sur l’augmentation évoquée des inégalités, spécialement celles concernant l’affaiblissement des réseaux de protection sociale et des droits du travail dans la société brésilienne

    The Helicobacter pylori Genome Project : insights into H. pylori population structure from analysis of a worldwide collection of complete genomes

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    Helicobacter pylori, a dominant member of the gastric microbiota, shares co-evolutionary history with humans. This has led to the development of genetically distinct H. pylori subpopulations associated with the geographic origin of the host and with differential gastric disease risk. Here, we provide insights into H. pylori population structure as a part of the Helicobacter pylori Genome Project (HpGP), a multi-disciplinary initiative aimed at elucidating H. pylori pathogenesis and identifying new therapeutic targets. We collected 1011 well-characterized clinical strains from 50 countries and generated high-quality genome sequences. We analysed core genome diversity and population structure of the HpGP dataset and 255 worldwide reference genomes to outline the ancestral contribution to Eurasian, African, and American populations. We found evidence of substantial contribution of population hpNorthAsia and subpopulation hspUral in Northern European H. pylori. The genomes of H. pylori isolated from northern and southern Indigenous Americans differed in that bacteria isolated in northern Indigenous communities were more similar to North Asian H. pylori while the southern had higher relatedness to hpEastAsia. Notably, we also found a highly clonal yet geographically dispersed North American subpopulation, which is negative for the cag pathogenicity island, and present in 7% of sequenced US genomes. We expect the HpGP dataset and the corresponding strains to become a major asset for H. pylori genomics

    Desafios da participação social nos conselhos de saúde

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    O objetivo do artigo é explicitar, por meio de uma análise teórica, a importância do papel da sociedade e da construção de sujeitos políticos na implementação do SUS através dos Conselhos de Saúde. Visa contribuir para a discussão sobre modos de participação social que vêm sendo construídos no interior das arenas dos colegiados de participação na democracia brasileira. Discutem-se as transformações políticas deflagradas entre os anos 1970 e 1990, em que diferentes modos de participação social encontrariam seus principais desafios políticos. Em seguida, analisam-se alguns dos dilemas da participação da sociedade nos conselhos sob uma perspectiva teórica, sustentada pela reflexão sobre novos movimentos sociais e representação de interesses (ou neocorporativismo). Os Conselhos de Saúde, nos anos 1990, se institucionalizaram e expressaram a necessidade da aproximação entre Estado e sociedade. Formalizaram a participação da sociedade e o controle social na construção das agendas políticas da saúde, sendo profundamente influenciados pela conjuntura política nacional. Conclui-se sobre a mudança operada nos Conselhos de Saúde e o papel efetivamente desenvolvido por eles nos dias de hoje
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