18 research outputs found

    O CUIDAR VERSUS A MEDICALIZAÇÃO DA SAÚDE NA VISÃO DOS ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

    Get PDF
    O presente estudo objetivou conhecer as ações específicas da enfermagem identificadas como cuidado, discutir a relação entre o cuidar como objeto específico da enfermagem na sua relação com o processo de medicalização da saúde e os entraves para a realização do cuidado humanizado em enfermagem. Realizou-se uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória e descritiva. A coleta dos dados foi realizada através de entrevistas semiestruturadas com enfermeiros atuantes na Estratégia Saúde da Família do município de Juiz de Fora, MG. Conclui-se que, aparentemente, o cuidado específico da enfermagem na APS não ocorre de maneira eficaz, sendo realizado de maneira fragmentada, e sob constante luta para modificação da cultura da medicalização já incutida nas populações, inclusive em alguns profissionais. Os empecilhos impostos pela gestão e sua burocracia, representam tal conceito, na medida em que não incita a prática do acolhimento, escuta qualificada e atendimento humanizado no cotidiano da prática em saúde

    HPV in women assisted by the family health strategy

    Get PDF
    OBJECTIVE: Estimate the prevalence of cervical HPV infection among women assisted by the Family Health Strategy and identify the factors related to the infection. METHODS: A cross-sectional study involving 2,076 women aged 20–59 years old residing in Juiz de Fora, State of Minas Gerais, who were asked to participate in an organized screening carried out in units were the Family Health Strategy had been implemented. Participants answered the standardized questionnaire and underwent a conventional cervical cytology test and HPV test for high oncogenic risk. Estimates of HPV infection prevalence were calculated according to selected characteristics referenced in the literature and related to socioeconomic status, reproductive health and lifestyle. RESULTS: The overall prevalence of HPV infection was 12.6% (95%CI 11.16–14.05). The prevalence for the pooled primer contained 12 oncogenic HPV types (31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 66, and 68) was 8.6% (95%CI 7.3–9.77). In the multivariate analysis, it was observed that the following variables were significantly associated with a higher prevalence of HPV infection: marital status (single: adjusted PR = 1.40, 95%CI 1.07–1.8), alcohol consumption (any lifetime frequency: adjusted PR = 1.44, 95%CI 1.11–1.86) and number of lifetime sexual partners (≥ 3: adjusted PR = 1.35, 95%CI 1.04–1.74). CONCLUSIONS: The prevalence of HPV infection in the study population ranges from average to particularly high among young women. The prevalence of HPV16 and HPV18 infection is similar to the worldwide prevalence. Homogeneous distribution among the pooled primer types would precede the isolated infection by HPV18 in magnitude, which may be a difference greater than the one observed. The identification of high-risk oncogenic HPV prevalence may help identify women at higher risk of developing preneoplastic lesions.

    SUStentar: Estímulo à responsabilidade social em saúde para estudantes da rede pública de Joinville/SC

    Get PDF
    O Sistema Único de Saúde (SUS) estende-se por todo território nacional, assegurando a acessibilidade aos serviços de saúde para as diversas esferas sociais, promovendo inúmeras ações nos territórios que visam à prevenção, promoção e reabilitação em saúde, além do acesso integral aos cuidados. Nesse sentido, dentre as assistências proporcionadas pelo SUS, há o Programa Saúde na Escola (PSE) que tem por objetivo viabilizar a articulação entre saúde e educação, propiciando vínculo com os alunos e oportunizando aos estudantes maior conhecimento sobre os serviços ofertados pelo SUS. Nessa perspectiva, este estudo teve como objetivo sensibilizar estudantes do 8º ano do ensino fundamental da rede pública de ensino de Joinville/Santa Catarina sobre a importância do SUS, seus direitos e deveres com relação à saúde. Trata-se de um relato de experiência do projeto denominado “SUStentar” desenvolvido pela Liga Acadêmica de Saúde Coletiva do Instituto Federal de Santa Catarina (LASCIF), em uma escola estadual localizada na cidade de Joinville/SC, que atende cerca de 950 estudantes na faixa etária 6 a 18 anos. O projeto “SUStentar” foi organizado em quatro etapas, sendo elas, articulação ensino serviço, planejamento da ação, ação e avaliação. Os resultados do estudo evidenciaram que os estudantes conseguiram obter novos conhecimentos sobre o SUS, bem como seus princípios e redes de acesso, compreendendo seus direitos como usuários do Sistema. Os métodos utilizados durante as realizações das oficinas mostraram-se positivos e proveitosos pelos estudantes, contribuindo para o desenvolvimento de um pensamento mais crítico relacionado à saúde, especificamente ao SUS. Palavras-chave: Participação Social; Promoção da Saúde; Educação em Saúde; Ensino Fundamental SUStentar: Stimulus to social responsibility in the health for students from public schools at Joinville/SC Abstract:  The Unified Health System (SUS) extends throughout the national territory, ensuring accessibility to health services for the various social spheres and promoting numerous actions in the territories aimed at the prevention, promotion, and rehabilitation of health and access integral to care. In this sense, among the assistance provided by the SUS, there is the Health at School Program (PSE), which aims to facilitate the articulation between health and education, providing a bond with students and providing students with greater knowledge about the services offered by the SUS. In this perspective, this study aimed to sensitize students in the 8th year of elementary school in public schools in Joinville/Santa Catarina about the importance of the SUS, their rights, and their duties regarding health. The article is an experience report of the project called “SUStentar,” developed by the Academic League of Collective Health of the Federal Institute of Santa Catarina (LASCIF), in a state school located in the city of Joinville/SC that serves about 950 students, in the age group 6 to 18 years. The “SUStentar” project was organized in four stages: teaching-service articulation, action planning, action, and evaluation. The study results showed that the students could obtain new knowledge about the SUS, as well as its principles and access networks, understanding their rights as users of the System. The methods used during the workshops were positive and valuable for the students, contributing to developing more critical thinking related to health, specifically the SUS. Keywords: Social Participation; Health Promotion; Health Education; Elementary Schoo

    Fatores associados ao risco de alterações no exame citopatológico do colo do útero

    Get PDF
    Objetivo: Analisar os fatores associados ao risco de apresentar alterações no exame citopatológico do colo do útero. Métodos: Estudo transversal, que contemplou mulheres entre 25 a 64 anos. O risco para um exame alterado foi calculado a partir de quatro critérios: primeira relação sexual antes dos 18 anos; mais de quatro parceiros sexuais ao longo da vida; história anterior de doença sexualmente transmissível; mais de três partos. As análises foram efetuadas utilizando-se os testes Qui-quadrado de Pearson, razão de prevalência (RP) e Regressão de Poisson com variância robusta e intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados: A amostra foi composta por 479 mulheres, das quais 30% apresentaram alto risco para um exame citopatológico alterado. Constatou-se que as mulheres com baixa renda (RP = 1,12; IC95%: 1,04-1,21), com percepção negativa da própria saúde (RP = 1,13; IC95%: 1,06-1,20), que faziam uso de tabaco (RP = 1,14; IC95%: 1,05-1,23) ou álcool (RP = 1,09; IC95%: 1,02-1,18) apresentaram alto risco de apresentar um exame alterado, ao passo que a idade elevada (RP = 0,83; IC95%: 0,73–0,95) associou-se à diminuição desse risco. Conclusão: As mulheres jovens, de baixa renda, com percepção negativa da própria saúde e que usavam tabaco ou álcool tinham maior probabilidade de apresentar alterações no exame citopatológico do colo do útero

    Enfoque estratégico-situacional para o rastreamento do câncer do colo do útero: um relato de experiência

    Get PDF
    Objetivo: Descrever a experiência de uso do enfoque estratégico-situacional para o rastreamento do câncer do colo do útero em um estudo de coorte. Síntese dos dados: A descrição desta experiência é relativa à segunda fase de um estudo de coorte, realizada no período de 2015-2016. A primeira fase da coleta de dados ocorreu em 2010-2012, contemplando 778 mulheres, entre 20 e 59 anos, residentes na área de abrangência de duas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Visando reavaliar as participantes, adotou-se o enfoque estratégico-situacional, concebido por quatro momentos de ação: explicativo (conduziu-se um diagnóstico do serviço das UBSs); normativo (definiram-se os objetivos a serem alcançados e formularam-se intervenções); estratégico (traçaram-se os mecanismos de viabilidade); tático-operacional (executaram-se, monitoraram-se e avaliaram-se as estratégias pré-estabelecidas). Ao final da segunda fase da coorte, após a realização de práticas educativas de promoção da saúde – com orientações a respeito da pertinência do teste de Papanicolaou – e a eliminação de barreiras de acesso à consulta ginecológica, do total de participantes elegíveis (n = 535), submeteram-se 479 às entrevistas e consultas ginecológicas, ou seja, obteve-se uma taxa de adesão equivalente à 89,5%. Conclusão: Apenas uma pequena parcela das mulheres se mostrou resistente à nova captação. O enfoque estratégico-situacional foi, portanto, elementar para a sistematização do processo de rastreamento do câncer do colo do útero. O reconhecimento de que todos os profissionais do serviço eram atores aptos a contribuir para o planejamento representou o ponto-chave na tomada de decisão e na delimitação de estratégias

    HPV in women assisted by the Family Health Strategy

    Get PDF
    OBJECTIVE: Estimate the prevalence of cervical HPV infection among women assisted by the Family Health Strategy and identify the factors related to the infection. METHODS: A cross-sectional study involving 2,076 women aged 20–59 years old residing in Juiz de Fora, State of Minas Gerais, who were asked to participate in an organized screening carried out in units were the Family Health Strategy had been implemented. Participants answered the standardized questionnaire and underwent a conventional cervical cytology test and HPV test for high oncogenic risk. Estimates of HPV infection prevalence were calculated according to selected characteristics referenced in the literature and related to socioeconomic status, reproductive health and lifestyle. RESULTS: The overall prevalence of HPV infection was 12.6% (95%CI 11.16–14.05). The prevalence for the pooled primer contained 12 oncogenic HPV types (31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 66, and 68) was 8.6% (95%CI 7.3–9.77). In the multivariate analysis, it was observed that the following variables were significantly associated with a higher prevalence of HPV infection: marital status (single: adjusted PR = 1.40, 95%CI 1.07–1.8), alcohol consumption (any lifetime frequency: adjusted PR = 1.44, 95%CI 1.11–1.86) and number of lifetime sexual partners (≥ 3: adjusted PR = 1.35, 95%CI 1.04–1.74). CONCLUSIONS: The prevalence of HPV infection in the study population ranges from average to particularly high among young women. The prevalence of HPV16 and HPV18 infection is similar to the worldwide prevalence. Homogeneous distribution among the pooled primer types would precede the isolated infection by HPV18 in magnitude, which may be a difference greater than the one observed. The identification of high-risk oncogenic HPV prevalence may help identify women at higher risk of developing preneoplastic lesionsOBJETIVO: Estimar a prevalência de infecção do colo do útero pelo HPV entre mulheres assistidas pela Estratégia Saúde da Família e identificar os fatores relacionados à infecção. MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal, no qual participaram 2.076 mulheres de 20 a 59 anos, residentes em Juiz de Fora, MG, convocadas para rastreamento organizado, realizado em unidades com a Estratégia Saúde da Família implantada. As participantes responderam ao questionário padronizado, realizando exame citológico cervical convencional e teste para HPV de alto risco oncogênico. Foram calculadas estimativas de prevalência de infecção pelo HPV segundo características selecionadas, referenciadas na literatura, relacionadas ao status socioeconômico, saúde reprodutiva e estilo de vida. RESULTADOS: A prevalência global de infecção pelo HPV foi 12,6% (IC95% 11,16–14,05). A prevalência para o pooled primer contendo 12 tipos de HPV oncogênicos (31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 66 e 68) foi 8,6% (IC95% 7,3–9,77). Na análise multivariada, observou-se que as seguintes variáveis estavam significativamente associadas a uma maior prevalência de infecção por HPV: estado conjugal (solteira: RP ajustada = 1,40; IC95% 1,07–1,8), consumo de bebidas alcoólicas (qualquer frequência durante a vida: RP ajustada = 1,44; IC95% 1,11–1,86) e número de parceiros sexuais ao longo da vida (≥ 3: RP ajustada = 1,35; IC95% 1,04–1,74). CONCLUSÕES: A prevalência de infecção pelo HPV na população estudada varia de média a particularmente alta entre as mulheres jovens. A prevalência de infecção por HPV16 e HPV18 se assemelha às mundiais. Uma distribuição homogênea entre os tipos do pooled primer precederia a infecção isolada pelo HPV18 em magnitude, podendo ser a diferença maior que a observada. A identificação da prevalência de HPV de alto risco oncogênico pode auxiliar na identificação de mulheres sob maior risco de evolução para lesão preneoplásic

    Prevalence of depression and associated factors in women covered by Family Health Strategy

    Get PDF
    Objective To assess the prevalence of depression and its associated factors in women aged 20 to 59 years at some areas with the coverage of Family Health Strategy in a city located at Zona da Mata Mineira. Methods It is a cross-sectional study with women aged 20-59 enrolled in two Primary Health Care Units making use of a questionnaire containing socio-demographic variables, social support, self-assessment of general health status, lifestyle, morbidity and women’s health. Depression was evaluated according to Patients Health Questionnaire-9 (PHQ-9). Results From 1,958 women included in this analysis, 28,5% are aged 30-39; 15,4% did not finish High School; 54,5% do not work or have never worked and 44,2% defined themselves as not white. Factors associated with depression episodes in the population studied: lower educational background, currently having a job, previous diagnosis of psychiatric disorders. Protective factors which were observed: being married or living with a partner, practicing physical activities in a regular basis and reporting positive self-assessed health. Conclusion The results of this study reveal a prevalence of depression of 19.7% in women aged 20 to 59 years covered by the Family Health Strategy, pointing to the need for special care in primary health care for women with low schooling, who work, have mental illness, and do not exercise so that they can reduce suffering and promote health. It was observed a significant gap related to managing specific tools designed to screening depressive episodes in primary care.Objetivo Avaliar a prevalência de depressão e os fatores associados em mulheres de 20 a 59 anos de áreas cobertas pela Estratégia de Saúde da Família de município da Zona da Mata Mineira. Métodos Trata-se de um estudo transversal, com mulheres de 20 a 59 anos cadastradas em duas Unidades de Saúde da Família, que utilizou um questionário contendo variáveis sociodemográficas, apoio social, autoavaliação de estado de saúde, estilo de vida, morbidade e saúde da mulher. O desfecho depressão foi avaliado segundo o Patients Health Questionnaire-9 (PHQ-9). Resultados Das 1.958 mulheres incluídas nesta análise, 28,5% encontram-se na faixa etária entre 30 e 39 anos; 15,4% não concluíram o ensino elementar; 54,5% não trabalham ou nunca trabalharam; 44,2% declararam não ser da raça branca. Fatores associados à ocorrência de depressão na população estudada: possuir baixa escolaridade, trabalhar atualmente e ter doença mental prévia. Como fatores de proteção observaram-se: ser casada ou viver com companheiro, realizar atividades físicas regularmente e relatar autoavaliação positiva de saúde. Conclusão Os resultados deste estudo revelam prevalência de depressão de 19,7% nas mulheres de 20 a 59 anos de áreas cobertas pela Estratégia de Saúde da Família, apontando para a necessidade de um cuidado especial na atenção primária à saúde às mulheres com baixa escolaridade, que trabalham, apresentam doença mental e não praticam exercícios físicos, de modo que se possa reduzir o sofrimento e promover a saúde. Ressalta-se a lacuna na utilização de instrumentos de rastreamento dos casos de depressão na atenção primária

    Evolução do peso corporal de mulheres assistidas pela Estratégia de Saúde da Família: estudo longitudinal com cinco anos de seguimento

    No full text
    INTRODUCTION: The overweight of the population is a growing worldwide concern, especially in relation to weight gain, as there are numerous consequences for health and quality of life. Overweight is known to have multifactorial causes, and in these meaning women are a special feature of the population for their physiological, reproductive peculiarities, among others. OBJECTIVES: To identify the change in nutritional status and the mean variation in BMI occurring within five years in women assisted by the Family Health Strategy and associated factors. METHODOLOGY: Observational follow-up study, conducted with a cohort of 470 women aged 20 to 59 years in a community of a medium-sized municipality in Minas Gerais. Data were collected by trained professionals through a questionnaire and the measurement of weight and height measurements in two waves. Factors associated with nutritional status change were obtained through Multinomial Logistic Regression and mean BMI variation by Linear Regression, both respecting a hierarchical conceptual model. RESULTS: In the first wave of the study, the mean age was 38.7 years (± 10.6) and the average body weight measured was 70.7kg (± 16.4), in the second wave was 42.9 years. (± 10.7) and 73.5kg (± 17.1). The outcome variable, change in nutritional status, showed that 75.9% of women maintained the same classification in both waves, 19.6% increased and 4.5% decreased. The highest chances of increased BMI classification were associated with early menarche (OR = 1.78 CI 1.04 - 3.04) and low bean intake (OR = 2.01 CI 1.14 - 3.55), while not knowing the current weight (OR = 0.39 CI 0.17 - 0.91) and receiving few visits from the ACS (OR = 0.32 CI 0.14 - 0.70) were less likely. The decrease in BMI classification was associated with the fact that women did not exercise paid activity (OR = 2.68 CI 1.08 - 6.63). On average, women increased 1.1(± 2.9) kg / m2 BMI in the range, early menarche and participation in community groups were associated with the average gain in BMI and increased age impacted a lower gain. CONCLUSION: The women in the sample increased their body weight within five years and the results confirm the multicausality of the associated factors.INTRODUÇÃO: O excesso de peso da população é uma preocupação mundial crescente, principalmente em relação ao aumento do peso, como inúmeras consequências para a saúde e qualidade de vida. Sabe-se que excesso de peso tem causas multifatoriais, e neste sentido as mulheres são um recorte especial da população pelas suas peculiaridades fisiológicas, reprodutivas, entre outras. OBJETIVOS: Identificar a mudança do estado nutricional e a variação média do IMC ocorridas em intervalo de cinco anos em mulheres assistidas pela Estratégia de Saúde da Família e fatores associados. METODOLOGIA: Estudo observacional de seguimento, realizado com uma coorte de 470 mulheres de 20 a 59 anos em uma comunidade de um município de médio porte em Minas Gerais. Os dados foram coletados por profissionais capacitados, por meio de um questionário e da aferição das medidas de peso e altura, em duas ondas. Os fatores associados à mudança de estado nutricional foram obtidos através de Regressão Logística Multinomial e à variação média de IMC pela Regressão Linear, ambas respeitando um modelo conceitual hierarquizado. RESULTADOS: Na primeira onda do estudo a média de idade foi de 38,7 anos (±10,6) e a média do peso corporal aferido foi 70,7kg (±16,4), na segunda onda foi de 42,9 anos (±10,7) e 73,5kg (±17,1). A variável desfecho, mudança de estado nutricional, mostrou que 75,9% das mulheres mantiveram a mesma classificação nas duas ondas, 19,6% aumentaram e 4,5% diminuíram. As maiores chances de aumento da classificação de IMC associaram-se a menarca precoce (RC=1,78 IC 1,04 – 3,04) e ao baixo consumo de feijão (RC=2,01 IC 1,14 – 3,55), enquanto que, não saber informar o peso atual (RC=0,39 IC 0,17 – 0,91) e receber poucas visitas do ACS (RC=0,32 IC 0,14 – 0,70) apresentaram menores chances. A diminuição da classificação de IMC esteve associada ao fato da mulher não exercer atividade remunerada (RC=2,68 IC 1,08 – 6,63). Em média as mulheres aumentaram 1,1 (±2,9) kg/m2 de IMC no intervalo, a menarca precoce e a participação em grupos na comunidade mostraram-se associados ao ganho médio de IMC e o aumento da idade impactou em um menor ganho. CONCLUSÃO: As mulheres da amostra aumentaram o peso corporal no intervalo de cinco anos e os resultados confirmam a multicausalidade dos fatores associados

    Prevenção do câncer de colo do útero em uma área coberta pela estratégia de saúde da família

    Get PDF
    Cancer of the cervix is a serious public health problem worldwide. In Brazil, constitutes the third leading cause of mortality after correction of rates from ill-defined causes. It is a grievance preventable through early detection of precursor lesions through Pap test. The high coverage of women by examining screening can reduce the incidence rates of invasive lesion thus justified conducting research that contributes to better assess the epidemiological situation of the disease, determining the prevalence, coverage of preventive tests, factors associated to clarify and justify intervention, and analysis that contribute to further clarification of the reasons why some women are still resistant to completion of screening. Thus, we conducted a cross-sectional study with 776 women aged 20-59 years in a Family Health Unit in the city of Juiz de Fora, MG. It was used as an instrument of data collection a comprehensive questionnaire that allowed us to evaluate the habits and behaviors of health care, establishing objectives: to evaluate the prevalence and factors associated with lack of test preventative of cancer of the cervix; analyzing the coverage of these tests; associate no preventive examinations of cancer of the cervix the habits of health care performed by women. Data were analyzed using Stata 11.0 checking Prevalence ratios (PR) with respective confidence intervals of 95% (95% CI) and p values, using the multivariate Poisson regression. It was found that 76.29% of women with Pap smear within the criteria established by the Ministry of Health, the independent variables that were associated with the outcome were: higher education level, regular physical activity and seek the Unit Health last year. The alcohol consumption was a risk factor for non-examination. Although statistical significance has social support. Regarding the coverage tests, following the intensification of cancer screening cervical cancer through specific strategies of action, it was possible to raise the ratio of cytological examinations at the Health Unit of 0.1 to 0.4 for the period 1 year. It was also observed that women have as habits and behaviors of health care, attitudes related to prevention and promotion, is more likely to perform preventive screening for cancer of the cervix. We conclude that there is still a portion of the population, considered epidemiologically risk, which does not perform screening examination within the criteria established by the Ministry of Health and the analysis of the variables associated with this condition can assist in developing intervention strategies. Tracing these women organized allows achievement of established goals, the organization of information, the structuring of the service, increasing access and improving the relationship with the community enrolled. Greater knowledge of the habits and behaviors of this population provides the incentive to attitudes of promotion and preventive health care, as well as a specific intervention in potentially harmful situations. Therefore, studies on the prevention of cervical cancer are extremely relevant in order to analyze the coverage of screening in areas served by the Family Health Strategy and to understand the factors associated with non-adherence in women with Pap smear.O câncer de colo de útero é um grave problema de saúde pública mundial. No Brasil, constitui-se na terceira causa de mortalidade após correções das taxas a partir das causas mal definidas. É um agravo passível de prevenção através da detecção precoce de lesões precursoras, por meio do exame de colpocitologia. A alta cobertura das mulheres pelo exame de rastreio pode reduzir as taxas de incidência de lesão invasora, assim, justifica-se a realização de pesquisas que contribuam para melhor avaliação do quadro epidemiológico da doença, determinando a prevalência, a cobertura de exames preventivos, fatores associados que esclareçam e fundamentem medidas de intervenção, além de análises que contribuam para maior esclarecimento das razões pelas quais algumas mulheres ainda são resistentes a realização do exame preventivo. Deste modo, foi realizado um estudo transversal com 776 mulheres na faixa etária de 20 a 59 anos, em uma Unidade de Saúde da Família, no município de Juiz de Fora, MG. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um amplo questionário que possibilitou avaliar os hábitos e comportamentos de cuidado à saúde, permitindo estabelecer como objetivos: avaliar a prevalência e os fatores associados a não realização do exame de preventivo de câncer de colo de útero; analisar a cobertura destes exames; associar a não realização de exames preventivos de câncer de colo de útero a hábitos de cuidado à saúde realizados pelas mulheres. Os dados foram analisados pelo programa Stata 11,0 verificando as Razões de Prevalência (RP) com respectivos Intervalos de Confiança de 95% (IC 95%) e valores de p, utilizando-se na análise multivariada a regressão de Poisson. Verificou-se que 76,29% das mulheres estavam com exame Papanicolaou dentro dos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, as variáveis independentes que apresentaram associação com o desfecho foram: maior nível de escolaridade, prática regular de atividade física e procurar atendimento na Unidade de Saúde no último ano. O consumo de bebida alcoólica foi um fator de risco para não realização do exame. Ainda apresentou significância estatística possuir apoio social. Em relação à cobertura de exames, após a intensificação do rastreamento de câncer de colo do útero, através de estratégias de ação específicas, foi possível elevar a Razão de Exames citopatológicos na Unidade de Saúde de 0,1 para 0,4 no período de 1 ano. Observou-se também que as mulheres que apresentam como hábitos e comportamentos de cuidado à saúde, atitudes ligadas à prevenção e promoção, tem mais possibilidade em realizar o exame preventivo de câncer de colo do útero. Conclui-se que, ainda existe uma parcela da população, considerada epidemiologicamente de risco, que não realiza o exame de rastreio dentro dos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde e que a análise das variáveis associadas a esta condição pode auxiliar na elaboração de estratégias de intervenção. O rastreamento organizado destas mulheres permite o alcance das metas estabelecidas, a organização das informações, a estruturação do serviço, a ampliação do acesso e o aprimoramento do vínculo com a comunidade adscrita. O maior conhecimento dos hábitos e comportamentos desta população possibilita o incentivo a atitudes de promoção e prevenção de cuidados à saúde, assim como, a intervenção específica nas situações potencialmente prejudiciais. Portanto, estudos sobre a prevenção do câncer de colo do útero são de extrema relevância, a fim de analisar a cobertura do rastreamento em áreas atendidas pela Estratégia de Saúde da Família e compreender os fatores associados a não adesão nas mulheres à realização do exame Papanicolaou

    CONDIÇÃO SÓCIO ECONÔMICA COMO FATOR PREDITOR PARA A AUTO PERCEPÇÃO NEGATIVA DA SAÚDE DE MULHERES COBERTAS PELA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

    No full text
    Introdução: A autopercepção de saúde consiste na avaliação que as pessoas possuem da sua própria saúde, não apenas relacionada à exposição a doenças, mas também ao bem estar físico, psíquico e social
    corecore