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    Epidemiologia da hipertensão arterial em indígenas kaingang, terra indígena Xapecó, Santa Catarina, Brasil

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    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2013Objetivo: Descrever a ocorrência e distribuição dos níveis tensionais sugestivos de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e dos valores médios de pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), e sua associação com variáveis sociodemográficas e antropométricas, entre adultos Kaingang, Terra Indígena Xapecó, Santa Catarina, Brasil. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, do tipo censo realizado na Aldeia Pinhalzinho com indígenas de 20 anos ou mais. Foram aferidos peso, estatura, circunferência da cintura (CC), PAS e PAD, e coletados dados sociodemográficos. Os indivíduos foram classificados com níveis tensionais sugestivos de HAS, quando os valores de PAS eram iguais ou superiores a 140 mmHg, e/ou valores de PAD iguais ou superiores a 90 mmHg ou quando faziam uso de medicamento para HAS. Considerou-se como desfecho os níveis tensionais sugestivos de HAS, categorizados em sim (presença de níveis tensionais sugestivos de HAS) e não (ausência de níveis tensionais sugestivos de HAS) e os valores médios de PAS e PAD. As variáveis independentes foram idade, situação conjugal, escolaridade, tipo de piso da residência, tipo de parede da residência e renda per capita. A variável sexo foi considerada como modificadora de efeito. Realizaram-se análises bi e multivariável por meio de Regressão de Poisson para desfecho categórico e Regressão Linear para desfecho contínuo, utilizando o software STATA 11.0. Resultados: Foram visitadas 270 residências e avaliados 355 indivíduos, sendo 56,1% mulheres. A mediana de idade foi de 37 anos, houve maior frequência de pessoas na faixa etária de 20 a 35 anos, que viviam com um companheiro e estudaram até oito anos. A prevalência de níveis tensionais sugestivos de HAS foi 52,4% entre os homens e 40,7% entre as mulheres (p=0,02). As médias de PAS e PAD também foram diferentes entre homens e mulheres (p<0,01). Entre os primeiros a média de PAS foi 133,2 mmHg (±18,9) e a média de PAD 86,2 mmHg (±12,5), nas mulheres foi 124,1 mmHg (±17,3) e 80,8 mmHg (±11,9), respectivamente. Entre as mulheres, após análise ajustada, apenas a idade permaneceu associada aos níveis tensionais sugestivos de HAS e com os valores médios de PAS e PAD. Nos homens, a idade, tipo de piso da residência e IMC estiveram associados com os níveis tensionais sugestivos de HAS; a CC, o IMC e a escolaridade com os valores médios de PAS; e o IMC e a CC com a PAD. Conclusão: As prevalências de níveis tensionais sugestivos de HAS foram as maiores encontradas em povos indígenas no Brasil até o momento, destacado a necessidade de ações que visem o controle dos fatores de risco para HAS tendo em vista a contribuição da mesma na morbimortalidade por doenças cardiovasculares <br

    A hipertensão arterial sistêmica na perspectiva de uma comunidade ribeirinha: uma abordagem transcultural

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    Este artigo objetiva compreender os aspectos socioculturais e o sistema de valores da população ribeirinha residente no Passo do Lontra acerca da hipertensão arterial sistêmica (HAS). Trata-se de um estudo descritivo, tendo como referencial teórico a Teoria Transcultural de Enfermagem, também denominada Teoria da Diversidade e Universalidade Cultural do Cuidado, de Madeleine Leininger. Participaram 16 pessoas diagnosticadas com HAS. Dados coletados acerca das percepções em relação à doença resultaram em 5 categorias: impactos da hipertensão arterial sistêmica no curso de vida; a medicação como principal responsável pelo autocuidado; a alimentação como fator importante no cuidado com a doença; hábitos de vida após o diagnóstico; e o cuidado cultural no curso da doença crônica. O cuidado cultural pode mudar o curso de vida da pessoa diagnosticada com hipertensão. A aplicação da teoria na prática de enfermagem por meio da inserção de seus componentes no Processo de Enfermagem pode ser realizada.Palavras-chave: Hipertensão. Enfermagem transcultural. Cultura. Cuidado de enfermagem.Systemic hypertension in a river community’s perspective:a transcultural approachAbstractThis article aims to understand sociocultural aspects and values system of a river community residing at Passo do Lontra about hypertension. This is a descriptive study whose theoretical framework was the Transcultural Nursing Theory, also called Cultural Care Diversity and Universality Theory, from Madeleine Leininger. Sixteen subjects with a diagnosis of hypertension composed this study. Data collected about participants perceptions of the disease resulted in 5 categories: hypertension impacts on life course; medication as the main responsible of health care; dietary importance in the care of disease; life habits after diagnosis; and cultural care in the course of chronic disease. The cultural care may be able to change life course of patients diagnosed with hypertension. The application of this theory in nursing practice through the integration of theory components in the nursing process may be performed.Keywords: Hypertension. Transcultural nursing. Culture. Nursing care

    Epidemiology of high blood pressure among the Kaingang people on the Xapecó Indigenous Land in Santa Catarina State, Brazil, 2013

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    This cross-sectional study describes the prevalence of high blood pressure (HBP; measured at one setting, and suggestive of a clinical diagnosis of arterial hypertension) and mean systolic blood pressure (SBP) and diastolic blood pressure (DBP) and their associations with socio-demographic and anthropometric variables among 355 Kaingang adults (&#8805; 20 years) on the Xapec&#243; Indigenous Land in Brazil. Weight, height, waist circumference (WC), SBP, and DBP were measured and socio-demographic data were collected. Prevalence of HBP was 53.2% (95%CI: 45.3; 61.1) in men and 40.7% (95%CI: 33.8; 47.6) in women. In women, age and WC were directly associated with HBP; age was associated with SBP and schooling with DBP. In men, HBP was statistically associated with high body mass index (BMI) and tile floor in the home (as a socioeconomic proxy); BMI and WC were associated with SBP; BMI and WC were associated with DBP. The study highlights the need for measures to control risk factors for HBP, especially due to its relevance for cardiovascular diseases and their consequences

    Situação epidemiológica da tuberculose no Rio Grande do Sul: uma análise com base nos dados do Sinan entre 2003 e 2012 com foco nos povos indígenas

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    RESUMO: Objetivo: O trabalho analisa a situação epidemiológica da tuberculose no Rio Grande do Sul, com enfoque na população indígena, com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), entre 2003 e 2012. Métodos: Os casos notificados de tuberculose foram analisados conforme faixa etária, sexo, zona de residência, tipo de entrada, meios de diagnóstico, forma clínica, realização do anti-HIV, acompanhamento, tratamento supervisionado (TDO), encerramento e raça/cor. Resultados: As maiores taxas de incidência no período foram descritas pelos grupos de raça/cor preta, amarela e indígena. Os casos acometeram principalmente homens adultos que residiam em zonas urbanas. Indígenas apresentaram maior percentual de notificações em menores de 10 anos (12%). Nas baciloscopias de controle, informações ausentes e exames não realizados somaram mais de 50% em todo o período e grupos. A cura foi mais prevalente entre brancos (66,2%); indígenas, pardos e pretos tiveram os menores índices de cura: 59,4, 58,4 e 60%, respectivamente. Conclusão: A tuberculose é um grave problema de saúde no Rio Grande do Sul, e as ações de diagnóstico, acompanhamento e tratamento dos casos não vêm ocorrendo como preconizadas. A situação indígena guarda semelhanças e diferenças em comparação com o observado em outras regiões do país, permanecendo contudo francamente desfavorável perante os demais grupos. Por fim, destacam-se marcantes desigualdades entre os grupos de raça/cor. Enquanto indígenas e pretos ocupam, em termos gerais, as piores posições no quadro, os brancos, a melhor

    Atendimento nutricional ambulatorial: Avaliação antropométrica e do consumo alimentar de universitários

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    This study aims to assess the anthropometric and the food consumption profile of university students. It is a cross-sectional study based on the secondary data colected in health reports, from 2014 to 2016, of the extension project “Nutritional Ambulatory Care” that aims to provide nutritional assistance to undergraduate and graduate students of a public university. The anthropometric assessment analyzed the body mass index, waist circumference and body fat. To assess the food consumption it was used the method of 24-hour recall and to energy and nutrients intake it was used the DRIs. It was analyzed 145 records, 69,0% from women. The average age of both sex was 22,5±4,4. It was observed indadequacies in body composition and food consumption among the university students. Therefore, it is possible to conclude that it is necessary to provide nutritional education regarding healthy eating habits in universities in order to prevent chronic non-communicable diseases in adult life.O objetivo do estudo foi traçar o perfil antropométrico e do consumo alimentar de universitários. Trata-se de um estudo transversal a partir da coleta de dados secundários de prontuários entre 2014-2016, do projeto de extensão “Atendimento Nutricional Ambulatorial” de uma universidade pública, que visa a assistência nutricional de estudantes de graduação e pós-graduação. A avaliação antropométrica foi realizada por meio do índice de massa corporal, circunferência da cintura e gordura corporal. Para a avaliação do consumo alimentar, foi utilizado recordatório de 24 horas e análise de energia e nutrientes segundo as DRIs. Foram avaliados 145 prontuários, sendo 69,0% do sexo feminino, com média de idade em ambos os sexos de 22,5±4,4anos. Foram observadas inadequações na composição corporal e no consumo alimentar dos universitários. Dessa forma, intervenções no ambiente universitário com ações educativas e de estímulo às práticas alimentares saudáveis são fundamentais para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta

    Açcões de saúde da mulher em comunidades indígenas kaingáng: vivências e expectativas

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    O presente artigo tem por objetivo divulgar as vivências e expectativas dos integrantes do Projeto de Extensão Atenção à Saúde de Mulheres das Terras Indígenas Kaingáng de Mangueirinha e Rio das Cobras, Paraná, realizado de dezembro de 2009 a dezembro de 2010, vinculado ao programa de extensão Universidade Sem Fronteiras, da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná. Para realização das atividades, formou-se uma equipe multiprofissional a qual estudou, planejou e implementou ações conjuntas e individualizadas à comunidade indígena, contando com a colaboração das equipes de saúde local, respeitando assim os costumes e a cultura da população atendida. Enquanto estratégia metodológica, aconteceram encontros; palestras e dinâmicas; visitas domiciliares; avaliação antropométrica, postural e funcional; criação de grupos de atividades; orientações; atendimentos individuais de enfermagem, nutrição e fisioterapia; consultas de pré-natal ilustradas; prática de atividade física e oficinas. Um conjunto de ações que desencadearam orientações nutricionais,fisioterapêuticas e de enfermagem, oficinas de aproveitamento de alimentos, palestras sobre atenção à saúde da mulher e visitas domiciliares. Do ponto de vista acadêmico, percebeu-se um enriquecimento na formação profissional, dada a possibilidade de colocar em prática os conhecimentos adquiridos na universidade, bem como desenvolver habilidades e valores. Além disso, também houve mudanças e principalmente interesse das mulheres por questões relacionadas à saúde
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