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Políticas recentes de desenvolvimento regional
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo central analisar as políticas de desenvolvimento regional recentes em nível nacional e estadual. Para a esfera federal foram discutidas duas políticas específicas: os Eixos Nacionais de Integração de Desenvolvimento – ENID – e a Política Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR. A primeira foi elaborada na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso e a segunda no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As duas possuem concepções distintas da ação do Estado no território, pois, enquanto os Eixos se pautaram pelo conceito de competitividade e no comércio para o mercado internacional, a PNDR volta à política tradicional das Superintendências, ou seja, uma maior atuação do Estado no território. Entretanto, essas duas políticas não causaram uma mudança significativa no espaço brasileiro, apesar de possuírem grandes pretensões. O ENID teve sua elaboração no fim da década passada e não teve continuidade com a mudança de governo. A PNDR ainda está em implantação e por isso não tem ações ainda consolidadas. Para o território goiano, essas duas políticas elaboraram estratégias específicas. Com os Eixos, Goiás pertencia ao Eixo Araguaia-Tocantins e, de acordo com o programa, tinha grande potencial agropecuário, o que tornaria possível a exportação desses produtos para o mercado exterior. Na PNDR, Goiás aparece com a recriação da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste. Na esfera estadual, as políticas de desenvolvimento regional aparecem somente na elaboração do Plano Plurianual 2000-2003, onde foram selecionadas quatro regiões prioritárias de investimento estatal, as chamadas regiões de planejamento: Norte, Nordeste, Entorno de Brasília e Região Metropolitana de Goiânia. Para a realização da pesquisa, foi necessária uma revisão teórico-metodológica de conceitos fundamentais, como: Estado, Desenvolvimento, Escala, Região e Regionalização. Por fim, acreditamos que a intervenção do Estado no território proporciona uma ligeira diminuição das disparidades regionais, mas não soluciona totalmente o problema em curto e médio prazo
A imagem do território goiano e no cerrado na Revista Brasileira de Geografia (1940-1958) (Ensaio)
O Cerrado é hoje um território marcado por profundas disputas e pelo alto índice de degradação ambiental. As disputas vão desde a luta por terra pelos diferentes grupos que o habitam, como por exemplo, os quilombolas, comunidades indígena e etc.;ou, por um crescente número de grandes produtores que veemessa região como o celeiro brasileiro. A degradação ambiental também está ligada as disputas desse território, o que instala a contradição: as atividades que degradam também são aquelas que geram renda. Não por acaso, as regiões de Goiás mais dinâmicas economicamente são as que possuem forte ligação com o agronegócio: Rio Verde, Jataí, Chapadão do Céu, Cristalina e outras, como demostrado no mapa a seguir (Mapa 1 – Brasil Político; Mapa 2 – Produção de Soja no Estado de Goiás). O fato é que essas atividades pressionam significativamente o ambiente e causa severos impactos de tal forma que grandes especialistas da área, como o professor Altair Sales1, decretou o fim do Cerrado.
O Cerrado é hoje um território marcado por profundas disputas e pelo alto índice de degradação ambiental. As disputas vão desde a luta por terra pelos diferentes grupos que o habitam, como por exemplo, os quilombolas, comunidades indígena e etc.;ou, por um crescente número de grandes produtores que veemessa região como o celeiro brasileiro. A degradação ambiental também está ligada as disputas desse território, o que instala a contradição: as atividades que degradam também são aquelas que geram renda. Não por acaso, as regiões de Goiás mais dinâmicas economicamente são as que possuem forte ligação com o agronegócio: Rio Verde, Jataí, Chapadão do Céu, Cristalina e outras, como demostrado no mapa a seguir (Mapa 1 – Brasil Político; Mapa 2 – Produção de Soja no Estado de Goiás). O fato é que essas atividades pressionam significativamente o ambiente e causa severos impactos de tal forma que grandes especialistas da área, como o professor Altair Sales1, decretou o fim do Cerrado.
 
Políticas recentes de desenvolvimento regional
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo central analisar as políticas de desenvolvimento regional recentes em nível nacional e estadual. Para a esfera federal foram discutidas duas políticas específicas: os Eixos Nacionais de Integração de Desenvolvimento – ENID – e a Política Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR. A primeira foi elaborada na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso e a segunda no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As duas possuem concepções distintas da ação do Estado no território, pois, enquanto os Eixos se pautaram pelo conceito de competitividade e no comércio para o mercado internacional, a PNDR volta à política tradicional das Superintendências, ou seja, uma maior atuação do Estado no território. Entretanto, essas duas políticas não causaram uma mudança significativa no espaço brasileiro, apesar de possuírem grandes pretensões. O ENID teve sua elaboração no fim da década passada e não teve continuidade com a mudança de governo. A PNDR ainda está em implantação e por isso não tem ações ainda consolidadas. Para o território goiano, essas duas políticas elaboraram estratégias específicas. Com os Eixos, Goiás pertencia ao Eixo Araguaia-Tocantins e, de acordo com o programa, tinha grande potencial agropecuário, o que tornaria possível a exportação desses produtos para o mercado exterior. Na PNDR, Goiás aparece com a recriação da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste. Na esfera estadual, as políticas de desenvolvimento regional aparecem somente na elaboração do Plano Plurianual 2000-2003, onde foram selecionadas quatro regiões prioritárias de investimento estatal, as chamadas regiões de planejamento: Norte, Nordeste, Entorno de Brasília e Região Metropolitana de Goiânia. Para a realização da pesquisa, foi necessária uma revisão teórico-metodológica de conceitos fundamentais, como: Estado, Desenvolvimento, Escala, Região e Regionalização. Por fim, acreditamos que a intervenção do Estado no território proporciona uma ligeira diminuição das disparidades regionais, mas não soluciona totalmente o problema em curto e médio prazo
O planejamento regional brasileiro no fim século XX: os eixos nacionais de integração e desenvolvimento
O presente artigo tem por finalidade realizar uma ampla visão do Planejamento Regional brasileiro no fim da década de 1990. Entendermos que houve na década anterior um abandono dessas políticas e que a sua retomada se dá pela tentativa de implantação dos Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento (ENID). Esse fato marca os novos debates em torno do planejamento estatal no Brasil. Também abordaremos em específico as características do ENID que incluía o território goiano, ou seja, o Eixo Araguaia-Tocantins
Geography, activism and marxismo: the course of Horieste Gomes and his participation in the Brasilian Geography Renewal Movement
Submitted by Erika Demachki ([email protected]) on 2015-02-06T19:52:11Z
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Previous issue date: 2014-09-29This study aims to understand the participation of teacher Horieste
Gomes in the Brazilian Geography Renewal Movement. So, we used the
contextual approach method proposed by Berdoulay ([1981] 2003) to help
our research. Based on this methodological perspective, we investigated
geography development specifically, the so-called Critical Geography and
Horieste Gomes participation in the Renewal Movement. We understand
that science develops from two important factors: the first is the social
context in which it is and the second is the theoretical and methodological
bases that will support scientific thinking. In Brazilian Geography, in the
1960s, 1970s and 1980s, there was a meeting between these two factors,
providing a moment of epistemological rupture and the formation of a
new geographical science conception. This meeting enabled a
reinterpretation of Geography and its social function, both in the social
context, particularly the military dictatorship actions, and the politicalacademic setting, with the possibility of a pure Marxist reading, with no
interference. However, to go only to the original Marxism in a political
framework developer was not enough. There was a difficult task to be
done: join Marxist theory to geographical science. How could that be,
since Geography traditionally dealt better with physical aspects than with
humans? How to include Marxism in a science that for several years, had
only as a method the description? These issues, although secondary in
this research, are a difficult mission to the authors, who are the
protagonists of Geography Renewal Movement, as Horieste Gomes, with
a clearly Leninist conception, he can solve in their own way, all of these
problems. First by understanding that the scientific neutrality should not
exist for this geographical thinking, which means that the researcher
must adhere the worker group, carry out a research focusing on this
concept. With this argument, he strongly criticizes the previous currents,
Traditional and Quantitative Geography. It is also possible to understand
that the geographer can contribute to the formation of a society with
transformative consciousness, so, to adopt a dialectical and historical
materialism is what best contributes to this process. So, this method is
the only one that is able to provide a totalizing and emancipatory
analysis. From this point of view, he makes his considerations about
geographical knowledge with no dichotomy between Physical and Human
Geography. To understand that there is a relationship between human
and that it is mediated through work and to understand this, from the
historical and dialectical materialism, it is possible to realize that nature
is historicized and that man is naturalize, as this relationships gets
narrow. Finally, he clarifies that only the socialist mode of production is
able to harmonize the relationship between human and nature, since this
perspective, nature would not be seen only as a resource and the
socialization of contemplation could generate a environmental
consciousness.Esse trabalho tem como objetivo entender a participação do professor
Horieste Gomes no Movimento de Renovação da Geografia Brasileira. Para
tanto, lançamos mão do método da abordagem contextual proposto por
Berdoulay ([1981] 2003) para subsidiar nossa pesquisa. Ao se pautar nessa
perspectiva metodológica, investigamos o desenvolvimento da Geografia, em
especial, a chamada Geografia Crítica e a participação de Horieste Gomes no
Movimento de Renovação. Entendemos que a ciência se desenvolve a partir
de dois fatores importantes: o primeiro é o contexto social, em que está
presente e o segundo são as bases teórico-metodológicas que vão alicerçar o
pensamento científico. Na Geografia brasileira, nas décadas de 1960, 1970
e 1980, houve o encontro entre esses dois fatores, propiciando um momento
de ruptura epistemológica e a formação de uma nova concepção de ciência
geográfica. Este encontro possibilitou uma releitura da Geografia e de sua
função social, tanto no contexto social, notadamente pelas ações da ditadura
militar, como no cenário político-acadêmico, com a possibilidade de uma
leitura marxista na fonte – sem intermediações. Todavia, somente ir aos
originais do marxismo dentro de um quadro político revelador, não foi o
suficiente. Havia a necessidade de realizar uma difícil tarefa: casar a teoria
marxista com a ciência geográfica. De que modo isso poderia ocorrer, já que
tradicionalmente a Geografia lidou melhor com os aspectos físicos do que
com os humanos? Como incorporar o marxismo numa ciência que, por
vários anos, tinha como método apenas a descrição? Essas questões, apesar
de secundárias nesta pesquisa, dão o tom da difícil missão dos autores, que
são protagonistas do Movimento de Renovação da Geografia, como é o caso
de Horieste Gomes. Ele, com uma concepção claramente leninista, consegue
resolver, de seu modo, todos esses problemas. Primeiro pelo entendimento
de que a neutralidade científica não deve existir para essa corrente do
pensamento geográfico, isto é, o pesquisador deve tomar partido pela classe
trabalhadora, realizar sua pesquisa com enfoque nessa concepção. Com esse
argumento, critica veementemente as correntes anteriores, a Geografia
Tradicional e a Quantitativa. Também entende que o geógrafo pode
contribuir para a formação de uma consciência transformadora da
sociedade, por isso, a adoção do materialismo histórico e dialético é o que
melhor contribui para tal processo. Pois, este é o único método capaz de
produzir uma análise totalizante e emancipadora. A partir deste ponto de
vista, faz suas considerações acerca do conhecimento geográfico sem que
haja a dicotomia entre a Geografia Física e a Humana. Compreende que há
uma relação entre o homem e a natureza mediada pelo trabalho e que ao
entender esta, a partir do materialismo histórico e dialético, percebe que a
natureza é historicizada e o homem é naturalizado, conforme ela se estreita.
Por fim, esclarece que somente o modo de produção socialista é capaz de
harmonizar a relação entre homem e natureza, visto que nessa perspectiva,
a natureza não seria vista apenas como recurso e a socialização de sua
contemplação poderia gerar uma consciência socioambiental
CERRADO: MODERNIZAÇÃO E OCUPAÇÃO A PARTIR DA LOCALIDADE
O presente trabalho tem como objetivo central analisar o cerrado a partir da sua localidade. Bioma, domínio morfoclimático, território, várias são as denominações recebidas pelo cerrado. Apesar de todas essas denominações existe uma questão central na qual influencia de modo decisivo na sua atual configuração regional: a localização. Claro que não é o único fator para entendermos a devastação contemporânea, mas é um importante aspecto. Partindo daquilo que Alan Bourdin (2009) nos coloca a partir da questão local, podemos compreender que a centralidade e proximidade dos lugares dinâmicos do país contribuíram para sua ocupação e conseqüentemente sua modernização. A expansão econômica brasileira se dá de acordo com sua ocupação e essa se inicia no litoral. Portanto, as áreas mais centrais do Brasil só serão incorporadas pela economia nacional no inicio do século XX. Para entendemos o processo de modernização e povoamento tendo como base a localidade do Cerrado iremos abordar alguns assuntos, tais como: O processo de povoamento a partir da políticas públicas engendras pelo Estado brasileiro, o contexto internacional de expansão da agricultura, as técnicas modernas e a globalização.
A imagem do território goiano e no cerrado na Revista Brasileira de Geografia (1940-1958)
O Cerrado é hoje um território marcado por profundas disputas e pelo alto índice de degradação ambiental. As disputas vão desde a luta por terra pelos diferentes grupos que o habitam, como por exemplo, os quilombolas, comunidades indígena e etc.;ou, por um crescente número de grandes produtores que veemessa região como o celeiro brasileiro. A degradação ambiental também está ligada as disputas desse território, o que instala a contradição: as atividades que degradam também são aquelas que geram renda. Não por acaso, as regiões de Goiás mais dinâmicas economicamente são as que possuem forte ligação com o agronegócio: Rio Verde, Jataí, Chapadão do Céu, Cristalina e outras, como demostrado no mapa a seguir (Mapa 1 – Brasil Político; Mapa 2 – Produção de Soja no Estado de Goiás). O fato é que essas atividades pressionam significativamente o ambiente e causa severos impactos de tal forma que grandes especialistas da área, como o professor Altair Sales1, decretou o fim do Cerrado.