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    Analise exploratória das quadras comerciais do plano piloto de Brasília sob o viés do deslocamento a pé

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    É notório que a vida nos grandes centros urbanos brasileiros tem seu foco voltado aos carros e não às pessoas, haja vista que o investimento governamental é focado na infraestrutura veicular, como vias, viadutos, pontes e grandes estacionamentos, em detrimento daquela direcionada às pessoas, como calçadas, ciclovias e espaços de convívio. Cabe destacar que estes últimos são impulsionadores dos comércios, uma vez que quanto menor a velocidade dos deslocamentos, maior a possibilidade de interação. Ademais, cabe pontuar que há distinções entre os comércios tradicionais e aqueles planejados, como os existentes em cidades idealizadas sob os preceitos modernistas, sendo considerados como subcentros urbanos (Kneib, 2008). É sob este viés que o objetivo deste trabalho é verificar se os comércios locais do plano piloto de brasília são atrativos às pessoas, tendo em conta os preceitos de Jacobs (2000) e Gehl (2010). Para isso, foram realizados levantamentos em 8 comércios locais do plano piloto de Brasília com localização e características específicas – 4 em cada asa e um em cada segmento de quadra (100/200/300/400) – a fim de obter dados que levam em consideração parâmetros em relação a sua diversidade de usos do solo, número de portas por fachada de suas edificações e quantidade de usuários que nela transitam a pé. Vale ressaltar que se realizou uma estratificação dos usos em quatro tipos: comércios curto versus longo tempo de permanência; e serviço curto versus longo tempo de permanência, de modo a se adequar melhor com a visão da vida urbana, haja vista que estar de passagem é diferente de permanecer nos espaços. Com isso, foi possível considerar que as diversas situações morfológicas espaciais dos comércios locais do plano piloto de brasília alteram, de fato, a conduta das pessoas que ali caminham, apresentando dados que são condizentes com as afirmações de vida urbana de Gehl (2010) e Jacobs (2000). Verificou-se que na asa norte houve uma maior presença de pedestres que na asa sul, uma vez que a morfologia edilícia apresenta características que atrai os pedestres, pois há portas ativas em todos os lados dos blocos, ampliando a quantidade de portas, diferentemente, do que ocorre na asa sul que há somente dois lados, frente e fundo, e neste último, há muitos casos de portas inativas, tornando o desempenho dos espaços menos convidativos do ponto de vista do pedestre. Ademais, cabe pontuar que nos comércios da asa norte houve maior diversidade de usos, principalmente a alimentícia, ao contrário dos da asa sul, o que aumenta os trajetos a pé, haja vista a maior possibilidade de encontros. Diante disso, pode-se concluir que os preceitos de ambos os autores são ratificados também para o caso dos comércios locais de Brasília, considerados subcentros urbanos de grande expressividade aos residentes do plano pilot

    Revisão de artroplastia unicompartimental de joelho: implantes usados e causas de falha

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    ResumoObjetivoDeterminar as causas de falha da artroplastia Unicondilar, assim como identificar os implantes utilizados e a possível necessidade de enxertia óssea nos pacientes submetidos à cirurgia de revisão de AUJ no Centro de Cirurgia do Joelho do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia ‐ INTO, no período entre janeiro de 1990 a janeiro de 2013 foram analisados.MétodosAnálise retrospectiva da documentação médica e exames de imagem, determinando‐se a causa da falha da AUJ e o momento de sua ocorrência, assim como os componentes protéticos implantados durante a revisão e a necessidade de enxertia óssea.ResultadosForam incluídos nesta série 27 falhas de revisão de AUJ (26 pacientes). Colapso (afundamento) de um ou mais componentes representou a principal causa de falha, ocorrendo em 33% dos pacientes, soltura asséptica foi identificado em 30% dos casos, por progressão da osteoartrose em 15%, infecção e dor em 7% cada, desgaste do polietileno e osteólise em 4% cada. Falha precoce ocorreu em 41% de todas as indicações de revisões e falha tardia em 59%. A cirurgia de revisão da artroplastia unicompartimental foi realizada em 23 pacientes.ConclusõesEm 35% das cirurgias de revisão foi necessária enxertia óssea no lado tibial, sendo três casos necessário enxerto homólogo de Banco de Tecidos Músculo Esquelético. Não utilizamos aumento metálico em nenhum caso. Em um caso foi implantado prótese semiconstrita por instabilidade.AbstractObjectiveDetermine the causes of unicondylar knee arthroplasty failures, as well as identify the implants used and the need of bone grafting in patients undergoing revision UKA in Center of Knee Surgery at the Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) in the period between January 1990 and January 2013.MethodsA retrospective analysis of the medical documentation and imaging, determining the cause of failure of UKA and the time of its occurrence, as well as prosthetic components implanted during the review and the need for bone grafting.ResultsIn this study, were included 27 UKA failures in 26 patients. Colapse of one or more components was the main cause of failure, occurring in 33% of patients. Aseptic failure was identified in 30% of cases, progression of osteoarthrosis in 15%, infection and pain 7% each, and osteolisis and poliethilene failure in 4% each. Early failure occurred in 41% of all revisions of UKA and late failure in 59%. 23 patients have undergone revision of UK.ConclusionIn 35% of revisions was needed the use of bone grafting in tibial area; in 3 cases we needed allograft from Tissue Bank. We didn’t use metal increase in any of the revision. In one patient we used implant constraint for instability

    Uma arquitetura para compartilhamento de dados e recursos computacionais de armazenamento em redes P2P sociais

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    O gerenciamento e o acesso transparente a dados e aos recursos computacionais de armazenamento em ambientes altamente distribuídos de e-science, é um problema difícil. Uma alternativa para esse problema é o modelo de computação peer-to-peer (P2P) devido à possibilidade de agregar recursos computacionais de armazenamento sob demanda. Assim, redes P2P podem ser utilizadas para formar infraestruturas de ambientes computacionais altamente distribuídos. Como pesquisas normalmente envolvem colaboração, cientistas podem formar redes sociais sobre redes P2P para compartilhar recursos computacionais e dados de interesse de todos. Por isso, este trabalho propõe um modelo arquitetural para o compartilhamento de recursos computacionais de armazenamento e hospedagem colaborativa de dados compartilhados em redes P2P sociais. A arquitetura permite que recursos computacionais de armazenamento possam ser agregados em larga escala e, como consequência disso, grandes volumes de dados compartilhados possam ser armazenados sobre esses recursos

    O BANQUEIRO DA RESISTÊNCIA: UMA ANÁLISE FÍLMICA

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    As decisões estão presentes no cotidiano, tanto para questões fáceis quanto para as complexas, sendo que para a tomada de decisão alguns aspectos são mais relevantes que outros, um exemplo disso são as preferências. O presente estudo possui como objetivo a análise fílmica do filme O Banqueiro da Resistência, de modo a identificar tais aspectos de processo decisório. O presente estudo foi realizado se utilizando de pesquisa bibliográfica para trazer os conceitos de processo decisório e racionalidade limitada, seguido pela observação crítica das cenas do filme para identificar os aspectos estudados e por fim realizou-se a análise do filme tendo como contraponto os conceitos inicialmente explicados. Após a finalização do estudo, notou-se que as decisões são tomadas principalmente com base nas preferências individuais, além do grande peso do viés emocional. Isso se deve também à racionalidade limitada que cada indivíduo possui

    ANÁLISE DE TRAVESSIAS DE PEDESTRES EM VIAS ARTERIAIS POR MEIO DO SOFTWARE ANYLOGIC

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    É notório que, na grande maioria das cidades brasileiras, há uma ausência de interesse em relação aos pedestres, por parte do poder público, uma vez que o foco das ações volta-se ao tráfego motorizado (principalmente o individual), o que acaba por desestimular que as pessoas utilizem os espaços públicos como pedestres nos seus deslocamentos. Esta falta de interesse se reflete nos tempos semafóricos, nos quais, quase sempre, a prioridade para a maior fluidez é destinada ao motor e não às pessoas. Neste contexto, este trabalho visa verificar em que medida a inserção de estratégias de moderação de tráfego – no caso deste estudo, as faixas de pedestres semaforizadas – pode auxiliar nos deslocamentos dos pedestres em vias arteriais, de modo a aumentar a sua segurança. Para tanto, o estudo de caso insere-se no Plano Piloto de Brasília, mais precisamente no fim da via arterial W3 norte, onde se localizam distintos Polos Geradores de Viagem (PGV), como o Boulevard Shopping, o Hipermercado EXTRA e o Setor Hospitalar Local Norte (SHLN). Como metodologia de estudo, optou-se pela simulação da situação real (simulação descritiva) e da proposta (simulação prescritiva) utilizando o software AnyLogic, que além de apresentar uma interface gráfica que premite a modelagem rápida de ambientes complexos como o comportamento entre elementos motorizados e não motorizados, consegue-se utilizar a versão de estudante da ferramenta disponível na internet. Para a modelagem, iniciou-se com a realização do mapeamento do trecho estudado, tanto no âmbito da caracterização da rede – número de faixas de rolamento, velocidade máxima permitida –, como no âmbito da caracterização dos agentes – contagem veicular e de pedestres. Para a primeira contagem, foram mobilizados onze alunos voluntários posicionados estrategicamente em onze pontos ao longo da malha viária, em que contabilizaram durante 30 minutos a quantidade de automóveis (ônibus e carros) que trafegaram no trecho, nos horários de pico da manhã e da tarde, em um mesmo dia da semana. Para a segunda, procedeu-se a contagem com base no Método dos Portais (UCL – University College London) em que observou as linhas de desejo dos pedestres tanto em nas faixas de pedestres como fora delas durante os mesmos horários de pico e também em um único dia da semana. Como achados, verificou-se que na simulação descritiva o maior tempo médio de espera foi dos ônibus (300,35s), em seguida dos pedestres (214,13s) e o menor dos carros (179,35s), o que ratifica o foco dado aos veículos motorizados individuais. De modo a melhorar o tempo de espera dos pedestres, na simulação prescritiva, procede-se à inserção de uma faixa semaforizada, demandando o deslocamento de 30 metros do retorno sentido leste-oeste (SHLN - Shopping) em direção à Ponte do Bragueto, havendo, assim, a inversão dos tempos entre pedestres (142,81s) e carros (265,99) e ônibus sendo pouco significativo (292,72s). Com isso, obteve-se uma redução do tempo de espera dos pedestres, bem como, uma travessia mais segura, justamente no ponto de maior fluxo de pedestre fora da faixa, indo ao encontro do que se espera para as cidades para pessoas (Gehl, 2010

    Perfil de paisagem entre os municípios de Águas Belas e Saloá (Pernambuco - Brasil), com ênfase na cobertura vegetal

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    A paisagem semiárida do nordeste brasileiro muitas vezes é descrita como sendo monótona e de baixa diversidade. Contudo, o presente estudo demonstra que através do perfil de paisagem foi possível verificar uma marcante variação na cobertura vegetal, propiciada pela amplitude do gradiente topográfico, e consequente variação climática. Tal variação é traduzida desde uma caatinga típica, portanto mais seca, na porção da Depressão Interplanáltica do Alto Ipanema, passando por uma vegetação de porte mais densa e maior no setor da Cimeira Estrutural Pernambuco-Alagoas, inclusive com a presença de um enclave de cerrado no topo do brejo, município de Saloá. Esta diferenciação de habitats foi comprovada através das análises realizadas em campo, bem como pela identificação de espécies vegetais coletadas na área e levadas para o herbário, sendo possível desta forma, atestar a qual formação pertencia cada espécie

    Caracterização molecular de cultivares de soja por meio de marcadores microssatélites com sequência de cauda universal

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    The objective of this work was to standardize a semiautomated method for genotyping soybean, based on universal tail sequence primers (UTSP), and to compare it with the conventional genotyping method that uses electrophoresis in polyacrylamide gels. Thirty soybean cultivars were genotypically characterized by both methods, using 13 microsatellite loci. For the UTSP method, the number of alleles (NA) was 50 (2–7 per marker) and the polymorphic information content (PIC) ranged from 0.40 to 0.74. For the conventional method, the NA was 38 (2–5 per marker) and the PIC varied from 0.39 to 0.67. The genetic dissimilarity matrices obtained by the two methods were highly correlated with each other (0.8026), and the formed groups were coherent with the phenotypic data used for varietal registration. The 13 markers allowed the distinction of all analyzed cultivars. The low cost of the UTSP method, associated with its high accuracy, makes it ideal for the characterization of soybean cultivars and for the determination of genetic purity.O objetivo deste trabalho foi padronizar um método semi‑automatizado para genotipagem de soja, baseado na metodologia de iniciadores com sequências de cauda universal (PSCU), e compará‑lo ao método de genotipagem convencional de eletroforese em gel de poliacrilamida. Trinta cultivares de soja foram caracterizadas genotipicamente por ambos os métodos, com o uso de 13 locos microssatélites. Para o método PSCU, o número de alelos (NA) foi de 50 (2–7 por marcador) e o conteúdo de informação polimórfica (PIC) variou de 0,40 a 0,74. Para o método convencional, o NA foi de 38 (2–5 por marcador) e o PIC variou de 0,39 a 0,67. As matrizes de dissimilaridade genética obtidas pelos dois métodos apresentaram alta correlação entre si (0,8026), e os grupos formados foram coerentes com dados fenotípicos utilizados para o registro varietal. Os 13 marcadores permitiram a distinção de todas as cultivares analisadas. O baixo custo do método PSCU, associado a sua alta acurácia, torna‑o ideal para a caracterização de cultivares de soja e a determinação de pureza genética

    O parto humanizado e o seu impacto na assistência a saúde The humanizing delivery and it’s impact on the health care

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    Objetivo: Fazer uma análise sobre o parto humanizado e suas vicissitudes no que tange aspcectos fisiológicos psicossociais, tanto quanto especificidades tecnocráticas na sua operacionalização.  Fonte de dados: Foram utilizadas as bases de dados CAPES, Lilacs, PubMed e SciElo, com recorte temporal de 2003 a 2015. Resultados e Conclusões: Dentre o averiguado no acervo bibliográfico, destaca-se os principais benefícios encontrados como a importância do acompanhante, abandono de procedimentos desnescessários, protagonismo da mulher e  maior estimulo à amamentação. Em contra-partida foi analisada as barreiras e contradições encontradas, tais quais dificuldade de aceitação e adesão por parte dos profissionais de saúde, frustração das parturientes em vista da percepção errônea de um parto sem dor, possíveis complicações perinatais associadas ao parto domicilar na ausência de uma triagem prévia, falta de autonomia da mulher, dentre outros. Já sob um ecrã tecnocrático avaliaram-se as perspectivas político-econômicas da operacionalização da humanização no atendimento ao parto, resgatando ainda sua origem histórica e motivos da não integralidade de sua implantação. Abarcam-se neste viés limite de mão de obra especializada, falta de estruturas físicas capazes de abrigar todas as peculiaridades da cobertura humanizada, a culturalidade que permite o predomínio do modelo que idealiza o médico e seu intervencionismo. Conclui-se que o parto humanizado é uma política cujas diretrizes ensejam melhorar a experiência da mulher em todo o processo gravídico-puerperal, contudo enfrenta muitas barreiras para sua implementação por vários aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais
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