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    Doses de radiação em tomografia computadorizada do tórax pediátrica : a necessidade de se considerar o tamanho do paciente

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    INTRODUÇÃO: O uso da tomografia computadorizada (TC) como método de diagnóstico por imagem vem aumentando nos últimos 30 anos e este aumento é observado inclusive em pacientes pediátricos. Em comparação aos adultos, as crianças são mais sensíveis aos efeitos estocásticos da radiação e têm uma expectativa de vida mais longa, resultando em uma janela maior de tempo para expressar estes efeitos. OBJETIVOS: Avaliar as doses de radiação a que pacientes de 0 a 17 anos foram submetidos durante a realização de tomografias computadorizadas de tórax (TC) no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Também, conhecer o quanto estamos subestimando a dose real à qual o paciente está sendo exposto por não se calcular o SSDE ( specific-size dose estimate ) atualmente no HCPA. DELINEAMENTO: estudo transversal. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizado um estudo retrospectivo de todos os pacientes pediátricos (idade de 0 a 17 anos) que realizaram TC de tórax entre outubro de 2015 e outubro de 2016. Apenas tomografias de tórax inspiratórias com aquisição única (monofásica) e sem contraste foram incluídas. Dose de radiação (corrente do tubo, voltagem do tubo, índice de volume da dose de TC por unidade de volume [CTDIvol] e produto comprimento-dose [DLP]), dados demográficos e clínicos, foram registrados a partir de 201 TCs de tórax (idade mediana: 12,6 anos [ IQR: 6,8 - 15,3, 107 homens [53,2%]). Estimativas de dose específica de tamanho (SSDE) foram geradas para cada paciente e os resultados foram comparados com o CTDIvol. Os pacientes foram agrupados em 5 categorias de tamanho com base no diâmetro médio efetivo do tórax (raiz quadrada dos diâmetros torácicos látero-lateral e anteroposterior), como segue: grupo 1: 15 cm; grupo 2: 15-19 cm; grupo 3: 20-24 cm; grupo 4: 25-29 cm e grupo 5: ≥ 30 cm. Este estudo foi aprovado pelo comitê local de ética em pesquisa. RESULTADOS: A mediana e o intervalo interquartílico (percentis 25 e 75) dos grupos 1 a 5 para o SSDE (mGy) foram 5,0 (3,8-8,9 [grupo 1]), 5,8 (4,3-9,3 [grupo 2]), 7,8 (6,0-9,9 [ grupo 3]), 9,6 (7,1 - 14,0 [grupo 4]) e 13,5 (8,9-14,7 [grupo 5]) (p 0,001). CONCLUSÃO: Nossos resultados demonstram a necessidade de monitoramento contínuo das doses de radiação pediátrica em estudos de TC, evidenciadas pelas altas doses detectadas. O CTDIvol sistematicamente subestimou a dose de radiação em comparação com o SSDE em pacientes pediátricos submetidos à TC de tórax e não deve ser usado como parâmetro primário para monitorar protocolos de TC nesses pacientes.INTRODUCTION: The use of computed tomography (CT) has increased in the last 30 years in pediatric patients. As for adults, children are more sensitive to the stochastic effects of radiation and have a longer life expectancy, resulting in a wider window of time to express the effects of radiation. OBJECTIVE: To evaluate the doses of radiation to which patients from 0 to 17 years of age were submitted to computed tomography (CT) at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Also, know how much we are underestimating the actual dose to which the patient is being exposed because we do not calculate the SSDE ( specific-size dose estimate ) currently in the HCPA. DESIGN: cross-sectional study. MATERIALS AND METHODS: We performed a retrospective study of all pediatric patients (ages 0 to 17 years) who had undergone chest CT between October 2015 and October 2016. Only single-acquisition (monophasic) and non-contrast-enhanced inspiratory chest tomograms were included. Radiation dose (tube current, tube voltage, TC dose volume ratio [CTDIvol] and dose length product [DLP]), demographic and clinical data were recorded from 201 TCs of thorax (median age: 12.6 years [IQR: 6.8 - 15.3, 107 men [53.2%]). Specific-size dose estimates (SSDE) were generated for each patient and the results were compared with CTDIvol. The patients were grouped into 5 size categories based on the mean effective diameter of the thorax (square root of the lateral-lateral and anteroposterior thoracic diameters), as follows: group 1: 15 cm; group 2: 15-19 cm; group 3: 20-24 cm; group 4: 25-29 cm and group 5: ≥ 30 cm. This study was approved by the local research ethics committee. CONCLUSION: Our results demonstrate the need for continuous monitoring of doses of pediatric radiation in CT studies, evidenced by the high doses detected. CTDIvol systematically underestimated the radiation dose compared to SSDE in pediatric patients undergoing chest CT and should not be used as the primary endpoint for monitoring CT protocols in these patients

    Doses de radiação em tomografia computadorizada do tórax pediátrica : a necessidade de se considerar o tamanho do paciente

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    INTRODUÇÃO: O uso da tomografia computadorizada (TC) como método de diagnóstico por imagem vem aumentando nos últimos 30 anos e este aumento é observado inclusive em pacientes pediátricos. Em comparação aos adultos, as crianças são mais sensíveis aos efeitos estocásticos da radiação e têm uma expectativa de vida mais longa, resultando em uma janela maior de tempo para expressar estes efeitos. OBJETIVOS: Avaliar as doses de radiação a que pacientes de 0 a 17 anos foram submetidos durante a realização de tomografias computadorizadas de tórax (TC) no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Também, conhecer o quanto estamos subestimando a dose real à qual o paciente está sendo exposto por não se calcular o SSDE ( specific-size dose estimate ) atualmente no HCPA. DELINEAMENTO: estudo transversal. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizado um estudo retrospectivo de todos os pacientes pediátricos (idade de 0 a 17 anos) que realizaram TC de tórax entre outubro de 2015 e outubro de 2016. Apenas tomografias de tórax inspiratórias com aquisição única (monofásica) e sem contraste foram incluídas. Dose de radiação (corrente do tubo, voltagem do tubo, índice de volume da dose de TC por unidade de volume [CTDIvol] e produto comprimento-dose [DLP]), dados demográficos e clínicos, foram registrados a partir de 201 TCs de tórax (idade mediana: 12,6 anos [ IQR: 6,8 - 15,3, 107 homens [53,2%]). Estimativas de dose específica de tamanho (SSDE) foram geradas para cada paciente e os resultados foram comparados com o CTDIvol. Os pacientes foram agrupados em 5 categorias de tamanho com base no diâmetro médio efetivo do tórax (raiz quadrada dos diâmetros torácicos látero-lateral e anteroposterior), como segue: grupo 1: 15 cm; grupo 2: 15-19 cm; grupo 3: 20-24 cm; grupo 4: 25-29 cm e grupo 5: ≥ 30 cm. Este estudo foi aprovado pelo comitê local de ética em pesquisa. RESULTADOS: A mediana e o intervalo interquartílico (percentis 25 e 75) dos grupos 1 a 5 para o SSDE (mGy) foram 5,0 (3,8-8,9 [grupo 1]), 5,8 (4,3-9,3 [grupo 2]), 7,8 (6,0-9,9 [ grupo 3]), 9,6 (7,1 - 14,0 [grupo 4]) e 13,5 (8,9-14,7 [grupo 5]) (p 0,001). CONCLUSÃO: Nossos resultados demonstram a necessidade de monitoramento contínuo das doses de radiação pediátrica em estudos de TC, evidenciadas pelas altas doses detectadas. O CTDIvol sistematicamente subestimou a dose de radiação em comparação com o SSDE em pacientes pediátricos submetidos à TC de tórax e não deve ser usado como parâmetro primário para monitorar protocolos de TC nesses pacientes.INTRODUCTION: The use of computed tomography (CT) has increased in the last 30 years in pediatric patients. As for adults, children are more sensitive to the stochastic effects of radiation and have a longer life expectancy, resulting in a wider window of time to express the effects of radiation. OBJECTIVE: To evaluate the doses of radiation to which patients from 0 to 17 years of age were submitted to computed tomography (CT) at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Also, know how much we are underestimating the actual dose to which the patient is being exposed because we do not calculate the SSDE ( specific-size dose estimate ) currently in the HCPA. DESIGN: cross-sectional study. MATERIALS AND METHODS: We performed a retrospective study of all pediatric patients (ages 0 to 17 years) who had undergone chest CT between October 2015 and October 2016. Only single-acquisition (monophasic) and non-contrast-enhanced inspiratory chest tomograms were included. Radiation dose (tube current, tube voltage, TC dose volume ratio [CTDIvol] and dose length product [DLP]), demographic and clinical data were recorded from 201 TCs of thorax (median age: 12.6 years [IQR: 6.8 - 15.3, 107 men [53.2%]). Specific-size dose estimates (SSDE) were generated for each patient and the results were compared with CTDIvol. The patients were grouped into 5 size categories based on the mean effective diameter of the thorax (square root of the lateral-lateral and anteroposterior thoracic diameters), as follows: group 1: 15 cm; group 2: 15-19 cm; group 3: 20-24 cm; group 4: 25-29 cm and group 5: ≥ 30 cm. This study was approved by the local research ethics committee. CONCLUSION: Our results demonstrate the need for continuous monitoring of doses of pediatric radiation in CT studies, evidenced by the high doses detected. CTDIvol systematically underestimated the radiation dose compared to SSDE in pediatric patients undergoing chest CT and should not be used as the primary endpoint for monitoring CT protocols in these patients

    Imaging Findings in Osteogenesis Imperfecta

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    A 14 months -old male patient is brought to the outpatient clinic with a history of multiple bone fractures, he was born with fractures in left femur and humerus and presented 3 more fractures until the first consultation. There was no family history of genetic disorders and consanguinity. At physical examination, short stature for his age, discolored and translucent teeth, triangular face shape and bluish color of eye sclera were noticed. Initial radiographic studies of bones showed diffuse signs of osteoporosis, deformed limb bones and multiple long bone fractures with different ages. The radiograph of the skull showed small intra-sutural bones in between the cranial sutures, known as Wormian bones (figure 1). Diagnosis of osteogenesis imperfecta (OI) was confirmed and treatment with cyclic sodium pamidronate was started. At 3 years old a total of ten fractures were reported on tibias, femurs and proximal left humerus. The following radiographic studies showed the “zebra stripe sign” - sclerotic growth recovery lines in the metaphysis of long bones (figures 2 and 3). Palavras-chave: Osteogenesis imperfecta; pediatrics; radiolog
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