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    The Foucaultian archaeological method in Giorgo Agamben

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    Agamben has claimed to work inside the tradition inaugurated by the archaeological method of Michel Foucault but not to fully coincide with it. “My method is archaeological and paradigmatic in a sense which is very close to that of Foucault, but not completely coincident with it. The question is, facing the dichotomies that structuralize our culture, to go beyond the exceptions that have been producing the former, however, not to find a chronologically originary state, but to be able to understand the situation in which we are. Archaeology is, in this sense, the only way to access present” (interview to Flavia Costa, trad. Susana Scramim, in Revista do Departamento de Psicologia – Universidade Federal Fluminense, Niterói, v. 18 - n. 1, 131-136, Jan./Jun. 2006, 132, translated by the author). However, the aspects in which Agamben follows Foucault's method and the ones he does not were never very clear. This situation seems to change with the edition of Agamben's most extensive and explicit texts on method, Signatura Rerum. Sul Metodo (2008, italian edition). The goal of this article is to identify the points of intersection between their methods and some points in which they differ

    Memória da fronteira : o contrabando como explicação do mundo

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    1. A institucionalização da memória do contrabando – museus, monumentos e textos apologéticos. 2. O desaparecimento do contrabando tradicional: fim de um recurso material e emergência de um recurso narrativo. 3. A constituição de um discurso hegemónico sobre o contrabando: a valorização do “heróico contrabando tradicional”. 4. Fenómenos de polarização e esquematização narrativa: os “bons” e os “maus”. 5. Memórias do contrabando: a ética para lá da recordação. 6. “Cultura letrada” versus “cultura popular”, ou a mútua fecundação na consolidação de uma representação hegemónica do contrabando. 7. A memória como espaço disputa. 8. Como entender a patrimonialização da memória do contrabando

    Dinâmicas do mundo rural : etnografias da mudança.

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    A memória como património: da narrativa à imagem

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    Trabalho produzido no âmbito do V Encontro Ibérico de Antropólogos, que ocorreu em setembo de 2009 na cidade catalã de Seu d'Urgell.Neste testo vai interessar-me perceber de que forma os lugares de fronteira passam por processos de patrimonialização - que podemos entender aqui como um investimento que espera retorno, ainda que este possa não se restringir a uma compensação material. Importa ter presente, desde logo, que essa patrimonialização a que aludimos constitui uma reformulação da fronteira enquanto recurso. De facto, tanto através da criação de rotas do contrabando ou de museus, como através da promoção de uma certa ideia de “cultura raiana”, é proposto um produto e são criadas condições propiciais ao seu consumo. Mas este não é o único aspecto da questão, já que, por outro lado, a patrimonialização pode e deve ser vista como um processo de gestão da memória social. Certamente que também deste ponto de vista estamos perante a utilização da fronteira como um recurso, neste caso de natureza mais simbólica que material, mas nem por isso menos importante para a vida da comunidade. Em qualquer dos casos, esta reconfiguração da fronteira não pode ser desligada de um quadro mais amplo que importa ter presente, exactamente o da predominância de narrativas que sugerem ou obrigam a um reposicionamento face a marcadores identitários tão fortes como a região, a língua ou a pertença nacional

    Fronteira, memória e narrativa

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    Tendo deixado de ser um espaço de transgressão, a fronteira luso-espanhola transformou-se, mas não deixou de ser uma referência importante para as populações raianas. De um certo ponto de vista, ela continua mesmo a ser um recurso com que essas populações contam. Se a circulação clandestina de produtos, pessoas e ideias, deixou de marcar o quotidiano da fronteira, o valor da sua evocação mantém-na viva. Na vila portuguesa que estudámos (Campo Maior, perto de Badajoz), a fronteira apresenta-se como um importante móbil de circulação de narrativas, articulando fragmentos importantes da memória colectiva, definindo sentidos, legitimando relações, explicando a realidade social. A evocação da guerra civil de Espanha, por exemplo, permite distinguir comportamentos e esboçar um quadro ético: a ajuda solidária de um lado, a denúncia do outro. Da mesma forma, apesar de ser cada vez mais uma linha imperceptível, a fronteira continua a distinguir, passando por ela, ou pela sua memória, muitos dos processos de reivindicação identitária, revejam-se eles uma hipotética “cultura raiana”, ou no modelo da “identidade nacional”

    O uso da morte entre o castigo e a redenção

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    Configurações espaciais e regimes de pertença

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    Terras lusitanas e gentes dos brasis: a nação e o seu retrato literário

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    Prova tipográfica (In Press)Entendida como projecto ou apenas como ideia substantiva, a lusofonia pode ser vista no cruzamento de discursos, práticas e vontades insobreponíveis - mesmo quando desse cruzamento emerge uma ilusão de consenso, que é, afinal, condição para a crença no projecto. A disjunção entre as vertentes cultural, económica e política é apenas uma parte da questão, pois se nos centrarmos em cada uma destas dimensões não veremos uma unidade consolidada, mas antes um espaço de fronteiras fluidas e negociadas, que de resto, através da participação inevitável em complexos processos de globalização económica e cultural, transcendem o espaço lusófono. Ideia complexa, na qual pesam mais os subentendidos que os entendimentos consolidados, a lusofonia será por nós pensada enquanto projecção de uma etnopaisagem , quer dizer, enquanto proposta de identificação colectiva que decorre de configurações – linguísticas, históricas e afectivas - reconhecidas e partilhadas. Colocar a questão nestes termos significa uma centralização na dimensão cultural do discurso lusófono, subalternizando, dessa forma, as vertentes política e económica, mesmo sabendo que elas foram, e continuam sendo, centrais para a institucionalização do conceito. Da nossa parte, conscientes da complexidade do tema e das múltiplas abordagens que permite, procuraremos apenas dar conta do modo como alguns textos referenciais da literatura portuguesa e brasileira propõem e projectam etnopaisagens, contribuindo, desse modo, para definir representações legítimas de identidades colectivas. Assim, a partir de obras como Macunaíma, de Mário de Andrade, ou Jangada de Pedra, de José Saramago, procuraremos construir uma grelha de leitura que dê conta do modo como se representa a nação e se pensam as suas fronteiras, quer dizer, a integração ou rejeição do outro, a configuração de uma cultura coesa ou então a projecção de uma identidade transcontinental, alicerçada num sonho que se constrói e desconstrói em diferentes lugares, entre os quais, como procuraremos mostrar, se conta também a literatura

    O herói no seu provir : D. Afonso Henriquer entre evocação e imagem

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