11 research outputs found

    Avaliação do conhecimento e prática de médicos em comunicação de más notícias: um estudo transversal

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    Introduction: Breaking bad news is an essential part of the medical professional’s performance. Historically, some obstacles oppose this practice, and transmitting difficult news in a clear and emphatic way, meeting the individual needs of patients, requires preparation and may have the help of protocols. Objectives: The  objective of the study is to understand how health professionals deal with the communication of difficult news and what their self-perception of aptitude for this communication is. Materials and Methods: This is a survey-type study. The study population consisted of physicians who worked in a tertiary hospital and who answered a questionnaire from September to December 2018. The sample was of convenience. Results: Although most of the 109 doctors worked in emergency and most understood that they should communicate the bad news to the patient, as well as their family, 17.4% reported that they rarely made this type of  communication and most were unaware of a protocol, being that 71% of professionals considered themselves able to communicate bad news. Conclusions: It is understood that there are gaps in physicians’ self-perception about breaking bad news. These findings demonstrate that there is a need for educational measures on the subject.Introdução: A comunicação de más notícias é parte essencial da atuação do profissional médico.  Historicamente, alguns obstáculos se opõem a esta prática, sendo que transmitir uma má notícia de forma clara e empática, atendendo às necessidades individualizadas dos pacientes, exige preparação e pode ter auxílio de protocolos. Objetivos: O objetivo do estudo é compreender como os profissionais de saúde lidam com a comunicação de más notícias e qual a sua autopercepção de aptidão para esta comunicação. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo do tipo survey. A população do estudo foi constituída por médicos que atuavam num hospital terciário e que responderam a um questionário no período de setembro a dezembro de 2018. A amostra foi de conveniência. Resultados: Embora a maioria dos 109 médicos atuasse em emergência e grande parte entendesse que deveria comunicar a má notícia ao paciente, assim como à sua família, 17,4% relataram que raramente faziam este tipo de comunicação, e a maioria desconhecia um protocolo, sendo que 71% dos profissionais se consideraram aptos a comunicar más notícias. Conclusões: Entende-se que há lacunas na autopercepção dos médicos sobre comunicar más notícias. Esses achadosdemonstram que existe a necessidade de medidas educativas nesta temática.&nbsp

    Os efeitos da COVID-19 na prematuridade: uma visão geral das revisões : The effects of COVID-19 on prematurity: an overview of the reviews

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    Introdução: Gestantes são consideradas grupo de risco para a COVID-19. Contudo, faltam evidências acerca dos desfechos neonatais em gestantes infectadas pelo SARS-CoV-2. O objetivo deste estudo é avaliar se houve aumento de prematuridade em gestantes infectadas, se a infecção foi causa de prematuridade e quais os desfechos do parto e feto-neonatais estudados. Método: Foi feita uma revisão narrativa, que incluiu revisões narrativas, sistemáticas e metanálises, captadas na PubMed a partir dos descritores associados aos termos “COVID-19”, “prematuridade” e “mortalidade neonatal”, publicados no período de janeiro de 2020 a setembro de 2021.Resultados: Foram incluídos 21 estudos. A taxa de prematuridade variou de 20,1% a 63,83% e a via de parto predominante foi a cesariana (53,9 a 93%). Dezesseis estudos revelaram taxas de neonatos testados positivos para SARS-CoV-2 (de 0 a 14,3%). Outros desfechos neonatais incluídos foram: abortamento, mortalidade perinatal, crescimento intrauterino restrito, sofrimento fetal, APGAR abaixo de 7, baixo peso ao nascer, dificuldade respiratória e pneumonia. Discussão: Foi encontrado aumento da taxa de partos prematuros e de cesarianas em mulheres grávidas infectadas pelo SARS-CoV-2 em comparação à população geral. Não foi possível concluir que a COVID-19 seja causa direta de prematuridade, sendo importante ressaltar que as taxas observadas podem se relacionar à interrupção da gestação, possivelmente devido às informações insuficientes no início da pandemia quanto aos riscos da infecção no feto e transmissão vertical. Da mesma forma, a escolha pela cesariana pode estar relacionada à piora da condição materna. Os desfechos neonatais relatados foram variados entre os artigos revisados, o que nos impediu de fazer uma análise quantitativa para síntese dos achados. Pode-se afirmar, entretanto, que os desfechos são restritos à minoria dos casos, e ainda não está claro se são provocados pela infecção materna. Conclusão: Constatou-se aumento da taxa de prematuridade e de cesáreas na população estudada. Com relação aos desfechos neonatais adversos, ainda são necessários mais estudos englobando os períodos seguintes de avanço da pandemia.&nbsp

    PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE 106 PACIENTES PEDIÁTRICOS PORTADORES DE UROLITÍASE NO RIO DE JANEIRO

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    RESUMO Objetivo: Descrever a frequência, o perfil clínico e condutas adotadas em portadores de urolitíase no setor de nefropediatria do Hospital Federal dos Servidores do Estado na cidade do Rio de Janeiro. Métodos: Estudo retrospectivo dos prontuários de pacientes portadores de urolitíase, atendidos entre janeiro de 2012 e dezembro de 2014, com idade entre 1 mês e 18 anos. Variáveis estudadas: dados demográficos, antropométricos, quadro clínico, história familiar de urolitíase, infecção urinária e uso de medicamentos litogênicos, condutas diagnósticas, anomalias associadas, distúrbios metabólicos, terapêutica e recorrências. Resultados: A frequência de urolitíase no período foi de 13,6%, e as características mais frequentes foram sexo masculino, cor da pele branca, eutrofia, idade entre 5 e 10 anos, história familiar de urolitíase, infecção urinária prévia e eliminação espontânea do cálculo. Dor abdominal, em flanco e hematúria macroscópica foram as queixas mais comuns. Distúrbios metabólicos mais frequentes: hipercalciúria, hiperuricosúria e hipocitratúria. A hipocitratúria foi associada à história de infecção urinária prévia (p=0,004). A ultrassonografia de abdome ou aparelho urinário foi o exame mais utilizado para diagnóstico. Hidronefrose ocorreu em 54,4% dos casos, 81,1% dos cálculos estavam nos rins e os bilaterais eram associados com história familiar de urolitíase (p=0,030). Houve recidiva em 29,3% dos casos (maior parte com distúrbio metabólico); 12,3% submeteram-se à litotripsia; 24,5%, à cirurgia, principalmente pielolitotomia; e apenas 7,6% dos pacientes tiveram cálculos analisados (mais frequente: oxalato de cálcio). Conclusões: A frequência de urolitíase nessa população pediátrica foi próxima à da literatura. Os achados sugerem a necessidade de investigação metabólica mais ampla e a análise mais frequente dos cálculos

    O protagonismo da criança em cuidados paliativos para a efetivação da sua segurança

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    Objetivo: contribuir com o debate sobre o protagonismo da criança no seu processo de cuidado em saúde, alertando sobre o papel importante dessa participação no Cuidado Paliativo Pediátrico (CPP) e consequentemente, na sua própria segurança. Metodologia: revisão narrativa, a partir do levantamento bibliográfico nas bases de dados MEDLINE (via PubMed) e SciELO, nos últimos 10 anos, acrescida da experiência das autoras e captação secundária. Resultados: foram incluídos 14 artigos na síntese narrativa. A análise desses artigos em relação a segurança do paciente em CPP revelou a dificuldade da abordagem dos CPP na prática, além de lacunas na formação dos profissionais, a importância do cuidado centrado no paciente, das decisões compartilhadas, da comunicação apropriada e do uso seguro de opioides. Em relação a participação da criança como protagonista do seu cuidado, foi observado o desejo da criança em participar efetivamente da tomada de decisão, o reconhecimento da sua autonomia e a avaliação objetiva da sua competência para tal. Conclusão: muitos aspectos do CPP coadunam com a segurança do paciente, como a comunicação apropriada e a participação da criança como protagonista do seu processo de cuidado. A autonomia da criança enquanto paciente encontra-se num processo crescente de reconhecimento. Não obstante haja um arcabouço normativo acerca deste tema, a perspectiva observada em muitos artigos ainda é do cuidado centrado na família e para impulsionar a mudança necessária, é fundamental que se invista em todos os níveis de educação em saúde e em pesquisa

    Estilo de vida e qualidade do sono de estudantes de medicina em uma universidade pública, durante a pandemia da COVID-19: um estudo transversal

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    Introduction: The academic life of medical students may compromise sleep quality and quality of life. Objective: To evaluate lifestyle and sleep quality in medical students. Methods: This is an online cross-sectional survey study. Two-hundred attending medical students of a public university in São Paulo were invited to participate and 61(30.5%) answered the questionnaire. Sampling occured during the COVID-19, between november 2020 and march 2021. Exclusion criteria was incorrect filling of the questionnaire. The Pittsburg Sleep Quality Index (PSQI) and the Fantastic Life Questionnaire (FLQ) were applied. Differences between more than two medians were calculated by Kruskal-Wallis ANOVA. The association between life style and sleep quality was calculated by Spearman correlation. A p value <0.05 was considered. Results: PSQI median was 6 (poor) and FLQ was 55 (good). As life style worsened, sleep quality also worsened (p=0.005). A correlation between a worse life style and a worse sleep quality was observed (p<0.001). Conclusion: It was observed that most medical students had a good or regular life style and a poor sleep quality. As long as sleep quality worsened, life style worsened. This study was conducted during the COVID-19 pandemic and its results may have been influenced by this.Introdução: A graduação em medicina pode comprometer a qualidade do sono e a qualidade de vida. Objetivo: Avaliar o estilo de vida e a qualidade do sono entre estudantes de medicina. Métodos: Trata-se de estudo do tipo survey online transversal. Foram convidados os 200 estudantes de medicina de uma universidade pública de São Paulo, que cursavam regularmente, dos quais 61 (30,5%) responderam ao questionário. A coleta foi realizada durante a pandemia da COVID-19, no período de novembro de 2020 a março de 2021. O critério de exclusão foi o preenchimento incorreto do questionário. Foram aplicados o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburg (PSQI) e a Fantastic Life Questionnaire (FLQ). Diferenças entre mais de duas medianas foram calculadas pela ANOVA de Kruskal-Wallis. A associação entre o estilo de vida e a qualidade do sono foi calculada pela correlação de Spearman. Foi considerado o valor de p<0,05. Resultados: A mediana do PSQI foi 6 (ruim) e do FLQ foi 55 (bom). A medida em que o estilo de vida piorou, a qualidade do sono piorou (p=0,005). Foi observada correlação entre a piora do estilo de vida e a piora da qualidade do sono (p<0.001). Conclusão: Foi observado que a maioria dos estudantes desta universidade apresentavam estilo de vida bom ou regular, qualidade do sono ruim e à medida que a qualidade do sono piorou a qualidade de vida também piorou. Este estudo foi conduzido durante a pandemia da COVID-19 e seus resultados podem ter sido influenciados por isto

    A correlação entre procedimentos assistenciais invasivos e a ocorrência de sepse neonatal

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    Resumo Objetivo: Correlacionar os procedimentos assistenciais invasivos realizados nos recém-nascidos de muito baixo peso com a ocorrência de sepse neonatal. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, longitudinal, por meio de pesquisa de dados secundários, durante os anos de 2008-2012. As características dos recém-nascidos foram analisadas pelo teste de Mann-Whitney (médias) e o teste do qui quadrado para comparação de frequências. Todas as variáveis com significância de p<0,20 na análise bivariada compuseram um modelo de regressão logística. Resultados: Os dados demonstraram quatorze recém-nascidos com episódio de sepse tardia. A idade gestacional média foi de trinta semanas. Gênero feminino e parto cesáreo foram os mais frequentes. O peso de nascimento e o uso do cateter umbilical arterial explicaram a ocorrência de sepse, tendo este oferecido 8,5 vezes maior risco para o desfecho. Conclusão: Acessos vasculares necessitam rigor nas técnicas de inserção e manuseio para a melhoria dos indicadores de saúde
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