19 research outputs found

    O "tranco da roça" e a "vida no barraco": Um estudo sobre trabalhadores migrantes no setor do agronegócio canavieiro.

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    A proposta desta dissertação é estudar a sociabilidade de trabalhadores migrantes, cortadores de cana-de-açúcar, em espaços de moradia e trabalho, enfatizando as relações de dominação e resistência que se realizam no interior do setor do agronegócio canavieiro do estado de São Paulo. Analisa-se o processo social de migração sazonal de camponeses da região Nordeste, no Sertão Paraibano, situado dentro das estratégias de reprodução social da família. Menciona-se a constituição do setor do agronegócio canavieiro e o uso da força de trabalho migrante. Descreve-se a vida social desenvolvida nos espaços de trabalho (canavial) e de moradia (alojamento), observando as formas de coesão social e conflitos; as hierarquias estabelecidas no processo de trabalho; os códigos de conduta nos espaços de moradia. Afirma-se que o caráter transitório do mundo do "corte de cana" é uma condicionante para interpretar as formas cotidianas de resistência, dos trabalhadores migrantes em relação ao processo de exploração do trabalho submetido. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que busca combinar as técnicas de observação direta (convivência nos alojamentos e canaviais) e entrevistas com os trabalhadores migrantes e arregimentadores.The purpose of this dissertation is to study the sociability of migrant workers, cutters, cane sugar, in housing and work spaces, emphasizing the relationships of domination and resistance that is done inside the sugarcane agribusiness sector of the state of Sao Paulo. It analyzes the social process of seasonal migration of peasants from the Northeast, in the Interior of Paraíba, located within the strategies of social reproduction of the family. It looks at the constitution of the sugar cane agribusiness and the use of migrant labor force. It describes the social life developed in workspaces (reed space) and housing (accommodation), observing the forms of social cohesion and conflict, the established hierarchies in the work process, codes of conduct in the living space. It is said that the transience of the world of "cut cane" is a condition for interpreting the everyday forms of resistance, migrant workers in relation to the process of exploring the work submitted. This is a qualitative research that seeks to combine the techniques of direct observation (living in the accommodation and reed space) and interviews with migrant workers and regimented.CNP

    "Andar pelo mundo" e "morar no sítio": migração, trabalho e territorialidade de famílias de agricultores do Sertão Paraibano.

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    A proposta desta tese é compreender a mobilidade territorial de famílias de agricultores do Sertão Paraibano verificando se a mesma é constituinte das condições de reprodução social e de diferenciação social bem como de processos de transformação dos territórios por onde estes circulam. Buscou-se analisar as transformações no mundo do trabalho canavieiro e seus efeitos nas famílias de trabalhadores migrantes; compreender as transformações no meio rural do Sertão Paraibano nos últimos 30 anos; compreender a experiência da migração em diferentes gerações de agricultores. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que busca combinar diferentes técnicas como observação direta, análise de histórias de vida e utilização de dados secundários, numa perspectiva sincrônica e diacrônica. Como achados desta pesquisa observa-se que as transformações territoriais ocorridas nas últimas décadas convivem com a diversidade de situações de acesso à terra e trabalho das famílias de agricultores estudados.This thesis is about the territorial mobility of small farmers families and migrant workers from Sertão Paraibano as making of their conditions of social reproduction and social differentiation as well as the processes of transformation of the territories throughout they circulate. In this sense it has tried to understand the changes in the Sugarcane Mills and its effects over such families; it has tried understand the changes in the rural areas of Sertão da Paraíba in the last 30 years; and to analise the experience of migration in different generations of small farmers and migrants workers. It is a qualitative research that seeks to combine different approach such as etnographic, oral history and secondary data, in a synchronic and diachronic perspective. As findings of this research it is observed that the territorial transformations in recent decades coexist with the diversity of land access situations and work of families farmers.Cape

    MOVIMENTOS “ESPONTÂNEOS”: a resistência dos trabalhadores migrantes nos canaviais

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    Neste artigo, analisaremos algumas formas de resistência de trabalhadores migrantes de áreas rurais da região Nordeste que labutam na colheita da cana-de-açúcar nas usinas sucroalcooleiras do Estado de São Paulo. Privilegiamos a análise de alguns movimentos “espontâneos” protagonizados pelos cortadores de cana-de-açúcar nomeados como “paradeiros” ou “greves”, os quais ocorreram no período de 2007 a 2012. Nossa proposta é compreender esses movimentos, como se inicia a ação, se existem lideranças, que estratégias são utilizadas para mobilizar os trabalhadores, que outros atores sociais estão envolvidos: sindicatos, procuradores do trabalho e pastoral dos migrantes. O artigo é fundamentado em diários de campo, entrevistas semiestruturadas com trabalhadores e sindicalistas, artigos de jornais e documentação audiovisual. Essas ações de resistência acontecem em um período de transformações das relações de trabalho, marcadas pelo contexto de crescente mecanização do corte de cana e de uma maior fiscalização das condições de trabalho promovidas pelo Ministério do Emprego e Trabalho e pelo Ministério Público do Trabalho. Palavras-chave: Trabalhadores migrantes. Resistência pública. Greves. Agronegócio.“SPONTANEOUS” MOVEMENTS: resistance of immigrant workers in cane fields Marilda Aparecida Menezes Maciel Cover In this article we analyzed some forms of resistance of immigrant workers from rural areas of the Northeast region who work harvesting sugar cane for sugar-alcohol works in the state of São Paulo. More attention was given to the analysis of some “spontaneous” movements played by sugar cane harvesters – called “stopper” or “strike” – that occurred from 2007 to 2012. Our goal is to understand these movements, how the action begins, are there leaders, what are the strategies used for mobilizing the workers, what other social actors are involved: unions, work attorneys and church groups. The article is based on field diaries, semi-structured interviews with workers and union members, newspaper articles and audiovisual documents. These resistance actions happen during a period of change in work relationships, influenced by the growing mechanization in sugar cane harvesting and a more strict control of work conditions promoted by the Department of Employment and Work and the Public Department of Work. Keywords: Immigrant workers. Public resistance. Strikes. Agribusiness.MOUVEMENTS “SPONTANÉS”: la résistance des travailleurs migrants dans les champs de canne à sucre Marilda Aparecida Menezes Maciel Cover Cet article présente l’analyse de la résistance des travailleurs migrants des zones rurales de la région nord-est qui font la récolte de la canne à sucre pour les usines productrices de sucre et d’alcool de l’État de Sao Paulo. Nous avons rivilégié l’analyse de quelques mouvements “spontanés” organisés par les coupeurs de canne à sucre, désignés comme “arrêts” ou “grèves”, qui ont eu lieu de 2007 à 2012. Notre propos est de comprendre ces mouvements, à savoir, comment ils commencent, s’il existe des leaders, quelles sont les stratégies utilisées pour mobiliser les travailleurs, quels sont les autres acteurs sociaux qui y participent: les syndicats, ceux qui vont à la recherche de ces travailleurs pour l’embauche, la pastorale des migrants. L’article se base sur les cahiers des charges, sur les interviews semi-structurées faites avec les travailleurs et les syndicalistes, des articles de journaux et des documents audiovisuels. Ces actions de résistance ont eu lieu au cours d’une période de transformations des rapports de travail marqués par un contexte de constante mécanisation de la coupe de la canne à sucre et par un contrôle des conditions de travail plus accru promu par le Ministère du Travail et de l’Emploi ainsi que par les Prud’hommes. Mots-clés: Travailleurs migrants. Résistance publique. Grèves. Agribusiness. Publicação Online do Caderno CRH no Scielo: http://www.scielo.br/ccrh  Publicação Online do Caderno CRH: http://www.cadernocrh.ufba.br

    Editorial - Dossiê Escola da Terra

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    Desde que os movimentos sociais e a sociedade civil organizada compreenderam que tão importante quanto o acesso à terra, à posse, escrituras e políticas de produção, era necessário pensar em formas de Educação específicas para os povos do campo, das florestas e das águas, este tema se tornou recorrente, então, primaz. Mesmo já encontrados em artigos da LDB aspectos que apontam para uma educação diferenciada para os povos do campo, os termos arcaicos ainda permanecem neste substrato legal, a saber “rural”. Por isso, não somente o urbano se opõe à Educação do Campo, mas a Educação rural, com sua tradição urbanesca e, igualmente, vinculada ao latifúndio. Se em 2001, encontram-se publicadas Diretrizes Operacionais para a Educação Básica do Campo. É importante salientar que o termo “Campo” começa a ter espaço em documentos oficiais e isso avança na materialização em 2006 da chamada SECAD, com uma coordenação específica para Educação do Campo. Tais ganhos nos fiz dos anos 2000, já com a SECAD, cuja última variação de nomenclatura foi SECADI, à época, materializou o Procampo, que ainda permanecia como um programa de formação inicial, mas que contribuiu fundamentalmente para que, em 2012, fosse possível o edital de cursos de Educação do Campo de modo efetivo nas universidades que enviaram projetos e objetiveram aprovação. Não se pode deixar de notar, claro, as experiências do Pronera, em diversas frentes, mas o MEC ganha visibilidade e assume responsabilidades, pois tratar da Educação do Campo na Educação Básica, tendo um lugar é fundamental.Desde que os movimentos sociais e a sociedade civil organizada compreenderam que tão importante quanto o acesso à terra, à posse, escrituras e políticas de produção, era necessário pensar em formas de Educação específicas para os povos do campo, das florestas e das águas, este tema se tornou recorrente, então, primaz. Mesmo já encontrados em artigos da LDB aspectos que apontam para uma educação diferenciada para os povos do campo, os termos arcaicos ainda permanecem neste substrato legal, a saber “rural”. Por isso, não somente o urbano se opõe à Educação do Campo, mas a Educação rural, com sua tradição urbanesca e, igualmente, vinculada ao latifúndio. Se em 2001, encontram-se publicadas Diretrizes Operacionais para a Educação Básica do Campo. É importante salientar que o termo “Campo” começa a ter espaço em documentos oficiais e isso avança na materialização em 2006 da chamada SECAD, com uma coordenação específica para Educação do Campo. Tais ganhos nos fiz dos anos 2000, já com a SECAD, cuja última variação de nomenclatura foi SECADI, à época, materializou o Procampo, que ainda permanecia como um programa de formação inicial, mas que contribuiu fundamentalmente para que, em 2012, fosse possível o edital de cursos de Educação do Campo de modo efetivo nas universidades que enviaram projetos e objetiveram aprovação. Não se pode deixar de notar, claro, as experiências do Pronera, em diversas frentes, mas o MEC ganha visibilidade e assume responsabilidades, pois tratar da Educação do Campo na Educação Básica, tendo um lugar é fundamental.Desde que os movimentos sociais e a sociedade civil organizada compreenderam que tão importante quanto o acesso à terra, à posse, escrituras e políticas de produção, era necessário pensar em formas de Educação específicas para os povos do campo, das florestas e das águas, este tema se tornou recorrente, então, primaz. Mesmo já encontrados em artigos da LDB aspectos que apontam para uma educação diferenciada para os povos do campo, os termos arcaicos ainda permanecem neste substrato legal, a saber “rural”. Por isso, não somente o urbano se opõe à Educação do Campo, mas a Educação rural, com sua tradição urbanesca e, igualmente, vinculada ao latifúndio. Se em 2001, encontram-se publicadas Diretrizes Operacionais para a Educação Básica do Campo. É importante salientar que o termo “Campo” começa a ter espaço em documentos oficiais e isso avança na materialização em 2006 da chamada SECAD, com uma coordenação específica para Educação do Campo. Tais ganhos nos fiz dos anos 2000, já com a SECAD, cuja última variação de nomenclatura foi SECADI, à época, materializou o Procampo, que ainda permanecia como um programa de formação inicial, mas que contribuiu fundamentalmente para que, em 2012, fosse possível o edital de cursos de Educação do Campo de modo efetivo nas universidades que enviaram projetos e objetiveram aprovação. Não se pode deixar de notar, claro, as experiências do Pronera, em diversas frentes, mas o MEC ganha visibilidade e assume responsabilidades, pois tratar da Educação do Campo na Educação Básica, tendo um lugar é fundamental.Desde que os movimentos sociais e a sociedade civil organizada compreenderam que tão importante quanto o acesso à terra, à posse, escrituras e políticas de produção, era necessário pensar em formas de Educação específicas para os povos do campo, das florestas e das águas, este tema se tornou recorrente, então, primaz. Mesmo já encontrados em artigos da LDB aspectos que apontam para uma educação diferenciada para os povos do campo, os termos arcaicos ainda permanecem neste substrato legal, a saber “rural”. Por isso, não somente o urbano se opõe à Educação do Campo, mas a Educação rural, com sua tradição urbanesca e, igualmente, vinculada ao latifúndio. Se em 2001, encontram-se publicadas Diretrizes Operacionais para a Educação Básica do Campo. É importante salientar que o termo “Campo” começa a ter espaço em documentos oficiais e isso avança na materialização em 2006 da chamada SECAD, com uma coordenação específica para Educação do Campo. Tais ganhos nos fiz dos anos 2000, já com a SECAD, cuja última variação de nomenclatura foi SECADI, à época, materializou o Procampo, que ainda permanecia como um programa de formação inicial, mas que contribuiu fundamentalmente para que, em 2012, fosse possível o edital de cursos de Educação do Campo de modo efetivo nas universidades que enviaram projetos e objetiveram aprovação. Não se pode deixar de notar, claro, as experiências do Pronera, em diversas frentes, mas o MEC ganha visibilidade e assume responsabilidades, pois tratar da Educação do Campo na Educação Básica, tendo um lugar é fundamental.Desde que os movimentos sociais e a sociedade civil organizada compreenderam que tão importante quanto o acesso à terra, à posse, escrituras e políticas de produção, era necessário pensar em formas de Educação específicas para os povos do campo, das florestas e das águas, este tema se tornou recorrente, então, primaz. Mesmo já encontrados em artigos da LDB aspectos que apontam para uma educação diferenciada para os povos do campo, os termos arcaicos ainda permanecem neste substrato legal, a saber “rural”. Por isso, não somente o urbano se opõe à Educação do Campo, mas a Educação rural, com sua tradição urbanesca e, igualmente, vinculada ao latifúndio. Se em 2001, encontram-se publicadas Diretrizes Operacionais para a Educação Básica do Campo. É importante salientar que o termo “Campo” começa a ter espaço em documentos oficiais e isso avança na materialização em 2006 da chamada SECAD, com uma coordenação específica para Educação do Campo. Tais ganhos nos fiz dos anos 2000, já com a SECAD, cuja última variação de nomenclatura foi SECADI, à época, materializou o Procampo, que ainda permanecia como um programa de formação inicial, mas que contribuiu fundamentalmente para que, em 2012, fosse possível o edital de cursos de Educação do Campo de modo efetivo nas universidades que enviaram projetos e objetiveram aprovação. Não se pode deixar de notar, claro, as experiências do Pronera, em diversas frentes, mas o MEC ganha visibilidade e assume responsabilidades, pois tratar da Educação do Campo na Educação Básica, tendo um lugar é fundamental. Ora, em 2013, já tendo o decreto que reconhece a Alternância, o que muitos preferem o plural, pois a Educação do Campo é plural e engloba mais de 30 povos ou grupos, encontramos a Portaria que institui o Programa Escola da Terra. Trata-se de um programa, que vem deste escopo de atividades e de lutas. Se temos professores no Campo, ou em escolas no perímetro urbano que recebem alunos do campo e, assim, são consideradas, a saber, Escolas do Campo, é fundamental uma formação continuada que, diferentemente de outros programas, previamente formatados, este considera a autonomia dos sujeitos que propõem os cursos de aperfeiçoamento. Isso garante que as diferenças em cada estado possam ser consideradas. Neste dossiê, é verificável esta diversidade do Programa Escola da Terra que se firma, não somente como política de governo, mas como Política de Estado e, também, textos que mostram a Educação do Campo em condições específicas. Como se disse, trata-se de um programa cuja ligação com a historicidade das lutas, permanece, apesar de ‘tempos sombrios’, para utilizar um conceito aredtiano. O dossiê, sua maioria, atesta as diferentes experiências do Programa Escola da Terra. Sistematiza como tais experiências perpassam todas as regiões do Brasil. Portanto, a variedade de localidades e experiências, bem como de teorizações no Programa Escola da Terra mostra que a diversidade é uma característica e que o programa possui a potencialidade de ser adaptável ao contexto e à realidade a qual se encontra inserido, evitando processos de formações alienantes

    THE THE IMPORTANCE OF THE TEACHER TRAINING COURSE - LAND SCHOOL - FOR THE AGRARIAN ISSUE IN THE NORTH REGION OF TOCANTINS

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    O curso de aperfeiçoamento “Escola da Terra” executado pela Universidade Federal do Tocantins, no âmbito do PRONACAMPO/SECADI/MEC, busca oferecer formação continuada para os professores que atuam em escolas do campo e quilombolas.  Neste artigo propomos uma reflexão sobre a importância deste curso na formação destes profissionais e as implicações da discussão da questão agrária nestas comunidades. Observamos que o curso trouxe novas metodologias para que os professores possam utilizar nas suas práticas pedagógicas, observando as especificidades, a cultura e o saber popular dos sujeitos do campo. Eles e elas fazem parte também de uma dinâmica social, cultural e formadora extremamente rica que dá às suas práticas novos sentidos. Assim, consideramos objetivos alcançados quando os cursistas ecoaram em um só tom: “não sairemos dessa formação de mãos vazias”. Deste modo, os professores tem contato com novas metodologias de ensino que valorizam a realidade de cada aluno que frequenta a escola do campo.El curso "Escuela de la Tierra" ejecutado por la Universidad Federal de Tocantins, en el ámbito del PRONACAMPO / SECADI / MEC, busca ofrecer formación continuada para los profesores que actúan en escuelas del campo y quilombolas. En este artículo proponemos una reflexión sobre la importancia de este curso en la formación de estos profesionales y las implicaciones de la discusión de la cuestión agraria en estas comunidades. Observamos que el curso trae nuevas metodologías para que los profesores puedan utilizar en sus prácticas pedagógicas, observando las especificidades, la cultura y el saber popular de los sujetos del campo. Ellos y ellas forman parte también de una dinámica social, cultural y formadora extremadamente rica que da a sus prácticas nuevos sentidos. Así, consideramos objetivos alcanzados cuando los cursistas resonaron en un solo tono: "no saldremos de esa formación de manos vacías". De este modo, los profesores tienen contacto con nuevas metodologías de enseñanza que valoran la realidad de cada alumno que frecuenta la escuela del campo.                        Field Educatio

    MOVIMENTOS “ESPONTÂNEOS”: a resistência dos trabalhadores migrantes nos canaviais

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    Neste artigo, analisaremos algumas formas de resistência de trabalhadores migrantes de áreas rurais da região Nordeste que labutam na colheita da cana-de-açúcar nas usinas sucroalcooleiras do Estado de São Paulo. Privilegiamos a análise de alguns movimentos “espontâneos” protagonizados pelos cortadores de cana-de-açúcar nomeados como “paradeiros” ou “greves”, os quais ocorreram no período de 2007 a 2012. Nossa proposta é compreender esses movimentos, como se inicia a ação, se existem lideranças, que estratégias são utilizadas para mobilizar os trabalhadores, que outros atores sociais estão envolvidos: sindicatos, procuradores do trabalho e pastoral dos migrantes. O artigo é fundamentado em diários de campo, entrevistas semiestruturadas com trabalhadores e sindicalistas, artigos de jornais e documentação audiovisual. Essas ações de resistência acontecem em um período de transformações das relações de trabalho, marcadas pelo contexto de crescente mecanização do corte de cana e de uma maior fiscalização das condições de trabalho promovidas pelo Ministério do Emprego e Trabalho e pelo Ministério Público do Trabalho

    Caminhos para chegar a terra: a atuação do STTR e MST na Ocupação da Fazenda Cipó Cortado em João Lisboa-MA

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    Os movimentos sociais do campo apresentam-se como protagonistas na luta pela terra e cidadania na Região Tocantina, no sudoeste do Maranhão. O caso da ocupação da fazenda Cipó Cortado é um conflito fundiário que se estende por décadas. Este artigo é resultado de uma análise multidisciplinar sócio-histórica. Utilizou-se da metodologia da História Oral, ancorada na bibliografia correlata e no levantamento de dados em arquivos e, com base na noção de repertórios de ação, descreveu como a demanda social por terra e as reivindicações por um lugar (lote) para viver, morar e trabalhar ocorreram no local pesquisado. Ademais, o artigo mostra que a ocupação de terras foi um repertório utilizado tanto pelo Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem-Terra – MST como pelo Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de João Lisboa-MA

    OS IMPACTOS DA MECANIZAÇÃO DA COLHEITA DE CANA-DE-AÇÚCAR SOBRE OS TRABALHADORES MIGRANTES

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    OS IMPACTOS DA MECANIZAÇÃO DACOLHEITA DE CANA-DE-AÇÚCAR SOBRE OSTRABALHADORES MIGRANTE
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