72 research outputs found

    Profile of workers of a material and sterilization: an analysis of social and professional characteristics

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    Objectives: identifying and analyzing the socioeconomic and professional profile of nursing workers who work in a Center of Material and Sterilization Center (MSC) of a general hospital. Method: this is a quantitative, descriptive and exploratory approach research, held in a MSC of a general hospital. The subjects were 34 nursing workers. It was used as a form tool, and the data obtained in the months from March to May 2013 and analyzed using descriptive statistics. The study was approved by the Research Ethics Committee and filed with Paragraph 081.3.2012. Results: we emphasize that MSC scenario is changing, as it was found a low quantitative of readapted employees. Conclusion: it is recommended that broaden the areas of discussion of the Occupational Health and on MSC training in nursing

    O mundo transpandêmico: será?

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    As much as we went through a period of significant drops in cases as well as in deaths from COVID-19 in Brazil, in the first months of 2022, from May we experienced a significant increase in positive cases of the disease. Reflecting on the transpandemic context, not necessarily on the infected or the virus itself, but in an indirect way, there are other diseases and pathologies that need adequate, individualized and safe treatment, and that had their early diagnosis and treatment made impossible by the risk or the difficulty in accessing health services at the height of the contamination; as well as pregnant women, who need adequate assistance to generate lives; victims of diverse violence and many other situations and particularities experienced in the health routine.Por mais que tenhamos passado por período de quedas significativas nos casos bem como nos óbitos por COVID -19 no Brasil, nos primeiros meses de 2022, a partir de maio vivenciamos aumento expressivo nos casos positivos da doença. Refletindo sobre o contexto transpandêmico, não necessariamente sobre os infectados ou ao vírus em si, mas de uma forma indireta, existem outras enfermidades e patologias que necessitam de tratamento adequado, individualizado e seguro, e que tiveram seu diagnóstico e tratamento precoces inviabilizados pelo risco ou pela dificuldade de acesso aos serviços de saúde no auge da contaminação; assim como as gestantes, que necessitam de assistência adequada para gerar vidas; vítimas de violências diversas e tantas outras situações e particularidades vivenciadas na rotina da saúde

    Profile of workers of a material and sterilization: an analysis of social and professional characteristics

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    Objetivos: identificar e analisar o perfil socioeconômico e profissional dos trabalhadores de enfermagem que atuam em uma Central de Material e Esterilização (CME) de um hospital geral. Método: Pesquisa de abordagem quantitativa, descritiva e exploratória, realizada em uma CME de um hospital geral. Os sujeitos foram 34 trabalhadores de enfermagem. Utilizou-se como instrumento um formulário, sendo os dados obtidos nos meses de março a maio de 2013 e analisados a partir da estatística descritiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e protocolado com o nº 081.3.2012. Resultados: Ressalta-se que cenário da CME encontra-se em transformação, já que se constatou um baixo quantitativo de funcionários readaptados. Conclusão: Recomenda-se que se ampliem os espaços de discussão sobre Saúde do Trabalhador e sobre CME na formação de enfermagem.

    VIOLENCE AT WORK: THE IMPACT AND CONFRONTATIONS EXPERIENCED BY NURSES IN PRACTICE IN URGENTAND EMERGENCY CARE

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    Objetivos: descrever as repercussões da violência no processo laboral dos enfermeiros que atuam ou já atuaram na prática assistencial em Urgência e Emergência e discutir as estratégias adotadas pelos enfermeiros para minimizar os efeitos da violência no trabalho. Método: estudo qualitativo e descritivo, com 11 alunos dos cursos de pós-graduação lato sensu da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Resultados: A pesquisa desvelou o quanto as condições e relações de trabalho têm uma parcela importante de componentes estressores para os enfermeiros que trabalham em setores de Urgência e Emergência. Conclusão: buscou-se refletir sobre as mudanças que o contexto laboral vem apresentando ao longo do tempo, destacando-se a necessidade de fomentar reflexões e instigar o desenvolvimento de outras pesquisas a respeito da violência no trabalho da enfermagem

    VIOLENCE AT WORK: THE IMPACT AND CONFRONTATIONS EXPERIENCED BY NURSES IN PRACTICE IN URGENTAND EMERGENCY CARE

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    Objetivos: descrever as repercussões da violência no processo laboral dos enfermeiros que atuam ou já atuaram na prática assistencial em Urgência e Emergência e discutir as estratégias adotadas pelos enfermeiros para minimizar os efeitos da violência no trabalho. Método: estudo qualitativo e descritivo, com 11 alunos dos cursos de pós-graduação lato sensu da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Resultados: A pesquisa desvelou o quanto as condições e relações de trabalho têm uma parcela importante de componentes estressores para os enfermeiros que trabalham em setores de Urgência e Emergência. Conclusão: buscou-se refletir sobre as mudanças que o contexto laboral vem apresentando ao longo do tempo, destacando-se a necessidade de fomentar reflexões e instigar o desenvolvimento de outras pesquisas a respeito da violência no trabalho da enfermagem

    O uso das tecnologias da informação e comunicação na monitoria acadêmica de enfermagem com base na metodologia ativa

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    Objetivo: relatar a experiência do processo de implementação da monitoria acadêmica de enfermagem durante a pandemia de covid-19, utilizando as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Metodologia: estudo descritivo e qualitativo na modalidade “relato de experiência” sobre as atividades realizadas na monitoria de enfermagem no período de isolamento social acerca do uso de tecnologias digitais na educação em saúde, pautado pela interação do referencial teórico, metodologia problematizadora de ensino e tecnologias. Resultados: desenvolvimento de conteúdo didático, empregando as ferramentas digitais na produção de conhecimento em saúde, além da interação e inclusão social na educação. Conclusão: através da revisão científica, interação interpessoal e desenvolvimento de habilidades e competências na área de pesquisa e docência, as  alunas participantes aprimoraram sua formação acadêmica e, ainda, despertaram em si a valorização do ensino e do aprendizado, bem como a prática da carreira docente.Objetivo: relatar a experiência do processo de implementação da monitoria acadêmica de enfermagem durante a pandemia de covid-19, utilizando as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Metodologia: estudo descritivo e qualitativo na modalidade “relato de experiência” sobre as atividades realizadas na monitoria de enfermagem no período de isolamento social acerca do uso de tecnologias digitais na educação em saúde, pautado pela interação do referencial teórico, metodologia problematizadora de ensino e tecnologias. Resultados: desenvolvimento de conteúdo didático, empregando as ferramentas digitais na produção de conhecimento em saúde, além da interação e inclusão social na educação. Conclusão: através da revisão científica, interação interpessoal e desenvolvimento de habilidades e competências na área de pesquisa e docência, as  alunas participantes aprimoraram sua formação acadêmica e, ainda, despertaram em si a valorização do ensino e do aprendizado, bem como a prática da carreira docente

    A HOSPITALIZAÇÃO DO ADOLESCENTE: VIVÊNCIAS DO ACOMPANHANTE FAMILIAR À LUZ DA HERMENÊUTICA HEIDEGGERIANA.

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    Carolina Cabral Pereira da Costa Manoel Luís Cardoso Vieira Inez Silva de Almeida Íris Bazílio Ribeiro Sônia Mara Faria Simões   INTRODUÇÃO: Nosso contato com adolescentes hospitalizados se deu através da atuação em Saúde do Adolescente, na enfermaria do Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente, no Hospital Universitário Pedro Ernesto. Desta forma, buscamos compreender como seria o significado da hospitalização para os acompanhantes e nosso olhar atentivo nos conduziu a ir além, e uma interrogativa emergiu de nossa prática cotidiana: O que sentem os acompanhantes destes adolescentes? O sentir dos pais ou de quem, simbolicamente, representa a vinculação familiar ao vivenciar a doença e a internação de um filho adolescente, realmente nos despertou bastante interesse. Com isso, na vivência da atuação hospitalar, levantamos algumas dificuldades: como a dificuldade de compreensão do acompanhante sobre as necessidades de alguns procedimentos médicos e de enfermagem; de adaptação dos mesmos às normas hospitalares; dúvidas no papel de acompanhamento do tratamento; a presença de hábitos não compatíveis com o ambiente hospitalar; tensão no intercurso entre acompanhantes e membros do grupo de profissionais, entre outras. Estudos com adolescentes e seus familiares têm mostrado que a doença e a hospitalização afeta não apenas aos jovens, mas a todos os membros da família (ARMOND e BOEMER, 2004). O adolescente enfrenta a experiência da hospitalização de forma muito intensa, pois no ambiente hospitalar é inevitável a subordinação do corpo ao desconhecido, a vivência de emoções de sofrimento, de terapêuticas dolorosas e até mesmo da morte (Almeida, Rodrigues e Simões, 2005). O acompanhante passa, então, a representar o elo entre o ambiente hospitalar e familiar. A nossa principal expectativa com este estudo foi destacar e valorizar a importância dos acompanhantes na recuperação e na preservação do bem estar dos adolescentes hospitalizados, tentando compreender os sentimentos desses acompanhantes, oferecendo uma atenção diferenciada, individualizada, respeitando as limitações e fraquezas de cada ser. Por isso, devemos nos sensibilizar tentando compreender as vivências do acompanhante, qualificando-os como colaboradores para o sucesso da terapêutica, ofertando, assim, uma assistência livre de pré-julgamentos. E por esta razão nos vimos impulsionados a estudar este fenômeno que é o significado da hospitalização dos acompanhantes desses adolescentes hospitalizados, recorrendo a instrumentos que nos fizessem apropriar de conhecimentos sobre o tema. Assim, esse estudo apresenta relevância pela possibilidade de estabelecer as demandas dos acompanhantes e consequentemente o planejamento de uma assistência de enfermagem voltada para as necessidades dessa população tão peculiar, valorizando o papel fundamental que este acompanhante exerce no restabelecimento do adolescente, ao dar-lhe voz. Nesse contexto, o objeto do estudo é o significado da hospitalização do adolescente para o acompanhante hospitalar. OBJETIVO: compreender o significado da hospitalização do adolescente para seu acompanhante hospitalar. METODOLOGIA: Este estudo é de natureza qualitativa, utilizando como abordagem teórico-filosófica e metodológica a fenomenologia, norteada pelos conceitos do filósofo Martin Heidegger. Os sujeitos da pesquisa foram 10 familiares que acompanham os adolescentes internados na enfermaria do Núcleo de Estudo da Saúde do Adolescente do Hospital Universitário Pedro Ernesto, cenário escolhido para a realização deste estudo. A entrevista fenomenológica, permeada pela subjetividade foi realizada individualmente e as questões norteadoras, que serviram de base para a análise fenomenológica, foram: como é para você ter seu (sua) filho(a) internado (a)? Descreva o que significa ter seu filho(a) adolescente hospitalizado(a). Ao propor investigar o universo dos acompanhantes, indo além das aparências, aproximando-se das experiências humanas, optou-se pelo estudo fenomenológico, visto que essa metodologia nos dá a possibilidade de aproximação do ser e de seu mundo, ou seja, do fenômeno vivenciado, compreendendo os significados atribuídos dentro de seu vivido. Assim, buscou-se conhecer algumas facetas da vivência do ser-acompanhante no cotidiano da hospitalização do seu filho adolescente. Enquanto modalidade de pesquisa qualitativa, a fenomenologia procura compreender o fenômeno não se preocupando com explicações e generalizações. O pesquisador ao iniciar seu estudo não parte de um problema, mas busca conduzi-lo apartir de uma interrogação sobre um fenômeno, o qual precisa estar sendo vivenciado ou ter sido já vivido pelo sujeito. A fim de alcançar a clarificação do fenômeno, foi utilizada a abordagem norteada pelos conceitos do filósofo Martin Heidegger. Heidegger que enfoca a idéia da vida e alude ao modo de existir do homem como uma exigência própria da fenomenologia. Desta maneira, para ele o ponto de partida dessa corrente filosófica é a experiência humana, através das vivências do ser-aí. O ser-aí (Dasein) significa o modo de existir do homem vinculado a temporalidade, no qual o ser não se deixa revelar a si próprio, senão a partir do tempo (HEIDEGGER, 2002). O ser ocorre no tempo, e o fato de existir no tempo o leva a constantes mudanças, propiciando novas possibilidades e convivendo com elas à medida que continua existindo. A identidade dos entrevistados foi preservada e o anonimato, garantido através da escolha de um pseudônimo de nomes de anjos. Além disso, foi esclarecido que a participação na pesquisa era voluntária e que o entrevistado poderia desistir do estudo a qualquer momento sem sofrer nenhuma penalidade. Dessa forma, foram assegurados os princípios éticos de liberdade e não-maleficência. As entrevistas foram gravadas para que não se perdesse a subjetividade do encontro fenomenológico e encerradas após evidenciar-se convergências nos relatos para se alcançar a compreensão vaga e mediana, construir as unidades de significado e chegar à hermenêutica heideggeriana. RESULTADOS: Numa compreensão vaga e mediana, os acompanhantes familiares, ao falarem sobre o significado da hospitalização do filho adolescente revelam que está sendo complicado, difícil, porque a doença leva o filho a fazer exames, passar por cirurgias, sentir dores, sofrer, sendo internado várias vezes. Mas, ao mesmo tempo, sinalizam que sabem que é bom estar por perto, poder ajudar quando o filho mais precisa. Às vezes sentem-se sozinhos, culpados, tendo que se dividir e fazer escolhas, entre o filho adolescente internado, os filhos que ficaram em casa e o esposo(a), sacrificando uma parte para atender outra que é prioridade. Os acompanhantes referem que se sentem apreensivos, passando pelo sofrimento da internação do filho adolescente que não pode ser como os outros, não pode jogar, dançar, ir à festas, passear,  por estar internado. O que ameniza é saber que, como acompanhantes, podem ficar 24 horas com o filho e que ele pode ter visitas todos os dias, e é o que ajuda o adolescente a se recuperar. Revelam que embora tenham medo de perder o filho, acreditam em Deus e esperam que o filho fique curado. Assim, os acompanhantes-familiares se anunciam como ser-aí-com. O ser-com é uma dinâmica difusiva de relações, é a forma como o ser humano vive, convive e se relaciona. Como ser-com, o acompanhante é co-pre-sença no mundo hospitalar onde vive e convive com outros acompanhantes e outros adolescentes hospitalizados. Assim, também não está só. E estando em com-panhia do filho internado demonstra seu cuidado, sua relação com o outro, sendo orientada pela paciência. O cuidar é visto como um mediador da existência humana e ainda, como estrutura fundante do existir.  Mas, teme por seu filho, por estar doente e internado, manifestando o temor por sua vida e o seu sofrimento, pois o filho não pode ser como todo-mundo. Sabendo que no mundo público seu filho é diferente, e pode não-ser-mais-adolescente manifesta-se na impessoalidade e recorre à Deus. CONCLUSÕES: Para o profissional de enfermagem, ao ouvir os acompanhantes dos adolescentes hospitalizados, percebe-se o quão primordial é ouvi-los em suas expectativas, medos e desejos, e a partir de suas falas implementar o cuidado extensivo àquele que se encontra na condição de familiar, mas que também sofre e precisa de cuidados. Desenvolver o cuidado utilizando os princípios da humanização e avaliar essas ações não só pelo olhar técnico, leva a refletir sobre a possibilidade de desenvolver atividades com esse grupo a fim de gerar práticas promotoras do seu bem-estar, levando à melhoria de sua saúde. Como integrante da equipe de saúde, o enfermeiro necessita acolher os acompanhantes bem como orientá-los em sua adaptação ao processo de hospitalização do filho, objetivando favorecer o vínculo com os profissionais a fim de fortalecer o processo terapêutico e buscar a melhor e mais rápida recuperação da saúde do adolescente. Sendo assim, destacamos a relevância do estudo tanto no âmbito educativo, subsidiando a assistência, o ensino, o incentivo à pesquisa e à extensão, quanto no âmbito assistencial que servirá de instrumento para uma assistência de qualidade, fazendo uso de uma visão holística, entendendo e valorizando o papel do acompanhante na recuperação do adolescente hospitalizado.   Referências: ALMEIDA, I.S.; RODRIGUES, B.M.R.D. e SIMÕES, S.M.F. Desvelando o Cotidiano do Adolescente Hospitalizado. Rev. Bras. Enferm. [On Line]. 2005, Vol.58, N.2. ARMOND, L.C. e BOEMER, M.R. Convivendo com a Hospitalização do Filho Adolescente. Rev. Latino-Am. Enfermagem. [On Line]. 2004, Vol.12, N.6. HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. 12ª ed. Vol. I. Petrópolis (RJ): Vozes; 2002. 

    A HOSPITALIZAÇÃO DO ADOLESCENTE: VIVÊNCIAS DO ACOMPANHANTE FAMILIAR À LUZ DA HERMENÊUTICA HEIDEGGERIANA.

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    Carolina Cabral Pereira da CostaManoel Luís Cardoso VieiraInez Silva de AlmeidaÍris Bazílio RibeiroSônia Mara Faria Simões INTRODUÇÃO: Nosso contato com adolescentes hospitalizados se deu através da atuação em Saúde do Adolescente, na enfermaria do Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente, no Hospital Universitário Pedro Ernesto. Desta forma, buscamos compreender como seria o significado da hospitalização para os acompanhantes e nosso olhar atentivo nos conduziu a ir além, e uma interrogativa emergiu de nossa prática cotidiana: O que sentem os acompanhantes destes adolescentes? O sentir dos pais ou de quem, simbolicamente, representa a vinculação familiar ao vivenciar a doença e a internação de um filho adolescente, realmente nos despertou bastante interesse. Com isso, na vivência da atuação hospitalar, levantamos algumas dificuldades: como a dificuldade de compreensão do acompanhante sobre as necessidades de alguns procedimentos médicos e de enfermagem; de adaptação dos mesmos às normas hospitalares; dúvidas no papel de acompanhamento do tratamento; a presença de hábitos não compatíveis com o ambiente hospitalar; tensão no intercurso entre acompanhantes e membros do grupo de profissionais, entre outras. Estudos com adolescentes e seus familiares têm mostrado que a doença e a hospitalização afeta não apenas aos jovens, mas a todos os membros da família (ARMOND e BOEMER, 2004). O adolescente enfrenta a experiência da hospitalização de forma muito intensa, pois no ambiente hospitalar é inevitável a subordinação do corpo ao desconhecido, a vivência de emoções de sofrimento, de terapêuticas dolorosas e até mesmo da morte (Almeida, Rodrigues e Simões, 2005). O acompanhante passa, então, a representar o elo entre o ambiente hospitalar e familiar. A nossa principal expectativa com este estudo foi destacar e valorizar a importância dos acompanhantes na recuperação e na preservação do bem estar dos adolescentes hospitalizados, tentando compreender os sentimentos desses acompanhantes, oferecendo uma atenção diferenciada, individualizada, respeitando as limitações e fraquezas de cada ser. Por isso, devemos nos sensibilizar tentando compreender as vivências do acompanhante, qualificando-os como colaboradores para o sucesso da terapêutica, ofertando, assim, uma assistência livre de pré-julgamentos. E por esta razão nos vimos impulsionados a estudar este fenômeno que é o significado da hospitalização dos acompanhantes desses adolescentes hospitalizados, recorrendo a instrumentos que nos fizessem apropriar de conhecimentos sobre o tema. Assim, esse estudo apresenta relevância pela possibilidade de estabelecer as demandas dos acompanhantes e consequentemente o planejamento de uma assistência de enfermagem voltada para as necessidades dessa população tão peculiar, valorizando o papel fundamental que este acompanhante exerce no restabelecimento do adolescente, ao dar-lhe voz. Nesse contexto, o objeto do estudo é o significado da hospitalização do adolescente para o acompanhante hospitalar. OBJETIVO: compreender o significado da hospitalização do adolescente para seu acompanhante hospitalar. METODOLOGIA: Este estudo é de natureza qualitativa, utilizando como abordagem teórico-filosófica e metodológica a fenomenologia, norteada pelos conceitos do filósofo Martin Heidegger. Os sujeitos da pesquisa foram 10 familiares que acompanham os adolescentes internados na enfermaria do Núcleo de Estudo da Saúde do Adolescente do Hospital Universitário Pedro Ernesto, cenário escolhido para a realização deste estudo. A entrevista fenomenológica, permeada pela subjetividade foi realizada individualmente e as questões norteadoras, que serviram de base para a análise fenomenológica, foram: como é para você ter seu (sua) filho(a) internado (a)? Descreva o que significa ter seu filho(a) adolescente hospitalizado(a). Ao propor investigar o universo dos acompanhantes, indo além das aparências, aproximando-se das experiências humanas, optou-se pelo estudo fenomenológico, visto que essa metodologia nos dá a possibilidade de aproximação do ser e de seu mundo, ou seja, do fenômeno vivenciado, compreendendo os significados atribuídos dentro de seu vivido. Assim, buscou-se conhecer algumas facetas da vivência do ser-acompanhante no cotidiano da hospitalização do seu filho adolescente. Enquanto modalidade de pesquisa qualitativa, a fenomenologia procura compreender o fenômeno não se preocupando com explicações e generalizações. O pesquisador ao iniciar seu estudo não parte de um problema, mas busca conduzi-lo apartir de uma interrogação sobre um fenômeno, o qual precisa estar sendo vivenciado ou ter sido já vivido pelo sujeito. A fim de alcançar a clarificação do fenômeno, foi utilizada a abordagem norteada pelos conceitos do filósofo Martin Heidegger. Heidegger que enfoca a idéia da vida e alude ao modo de existir do homem como uma exigência própria da fenomenologia. Desta maneira, para ele o ponto de partida dessa corrente filosófica é a experiência humana, através das vivências do ser-aí. O ser-aí (Dasein) significa o modo de existir do homem vinculado a temporalidade, no qual o ser não se deixa revelar a si próprio, senão a partir do tempo (HEIDEGGER, 2002). O ser ocorre no tempo, e o fato de existir no tempo o leva a constantes mudanças, propiciando novas possibilidades e convivendo com elas à medida que continua existindo. A identidade dos entrevistados foi preservada e o anonimato, garantido através da escolha de um pseudônimo de nomes de anjos. Além disso, foi esclarecido que a participação na pesquisa era voluntária e que o entrevistado poderia desistir do estudo a qualquer momento sem sofrer nenhuma penalidade. Dessa forma, foram assegurados os princípios éticos de liberdade e não-maleficência. As entrevistas foram gravadas para que não se perdesse a subjetividade do encontro fenomenológico e encerradas após evidenciar-se convergências nos relatos para se alcançar a compreensão vaga e mediana, construir as unidades de significado e chegar à hermenêutica heideggeriana. RESULTADOS: Numa compreensão vaga e mediana, os acompanhantes familiares, ao falarem sobre o significado da hospitalização do filho adolescente revelam que está sendo complicado, difícil, porque a doença leva o filho a fazer exames, passar por cirurgias, sentir dores, sofrer, sendo internado várias vezes. Mas, ao mesmo tempo, sinalizam que sabem que é bom estar por perto, poder ajudar quando o filho mais precisa. Às vezes sentem-se sozinhos, culpados, tendo que se dividir e fazer escolhas, entre o filho adolescente internado, os filhos que ficaram em casa e o esposo(a), sacrificando uma parte para atender outra que é prioridade. Os acompanhantes referem que se sentem apreensivos, passando pelo sofrimento da internação do filho adolescente que não pode ser como os outros, não pode jogar, dançar, ir à festas, passear,  por estar internado. O que ameniza é saber que, como acompanhantes, podem ficar 24 horas com o filho e que ele pode ter visitas todos os dias, e é o que ajuda o adolescente a se recuperar. Revelam que embora tenham medo de perder o filho, acreditam em Deus e esperam que o filho fique curado. Assim, os acompanhantes-familiares se anunciam como ser-aí-com. O ser-com é uma dinâmica difusiva de relações, é a forma como o ser humano vive, convive e se relaciona. Como ser-com, o acompanhante é co-pre-sença no mundo hospitalar onde vive e convive com outros acompanhantes e outros adolescentes hospitalizados. Assim, também não está só. E estando em com-panhia do filho internado demonstra seu cuidado, sua relação com o outro, sendo orientada pela paciência. O cuidar é visto como um mediador da existência humana e ainda, como estrutura fundante do existir.  Mas, teme por seu filho, por estar doente e internado, manifestando o temor por sua vida e o seu sofrimento, pois o filho não pode ser como todo-mundo. Sabendo que no mundo público seu filho é diferente, e pode não-ser-mais-adolescente manifesta-se na impessoalidade e recorre à Deus. CONCLUSÕES: Para o profissional de enfermagem, ao ouvir os acompanhantes dos adolescentes hospitalizados, percebe-se o quão primordial é ouvi-los em suas expectativas, medos e desejos, e a partir de suas falas implementar o cuidado extensivo àquele que se encontra na condição de familiar, mas que também sofre e precisa de cuidados. Desenvolver o cuidado utilizando os princípios da humanização e avaliar essas ações não só pelo olhar técnico, leva a refletir sobre a possibilidade de desenvolver atividades com esse grupo a fim de gerar práticas promotoras do seu bem-estar, levando à melhoria de sua saúde. Como integrante da equipe de saúde, o enfermeiro necessita acolher os acompanhantes bem como orientá-los em sua adaptação ao processo de hospitalização do filho, objetivando favorecer o vínculo com os profissionais a fim de fortalecer o processo terapêutico e buscar a melhor e mais rápida recuperação da saúde do adolescente. Sendo assim, destacamos a relevância do estudo tanto no âmbito educativo, subsidiando a assistência, o ensino, o incentivo à pesquisa e à extensão, quanto no âmbito assistencial que servirá de instrumento para uma assistência de qualidade, fazendo uso de uma visão holística, entendendo e valorizando o papel do acompanhante na recuperação do adolescente hospitalizado. Referências:ALMEIDA, I.S.; RODRIGUES, B.M.R.D. e SIMÕES, S.M.F. Desvelando o Cotidiano do Adolescente Hospitalizado. Rev. Bras. Enferm. [On Line]. 2005, Vol.58, N.2.ARMOND, L.C. e BOEMER, M.R. Convivendo com a Hospitalização do Filho Adolescente. Rev. Latino-Am. Enfermagem. [On Line]. 2004, Vol.12, N.6.HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. 12ª ed. Vol. I. Petrópolis (RJ): Vozes; 2002. 

    Abordagem do conteúdo de estomaterapia nos cursos de graduação em enfermagem: reflexões a partir de um projeto de extensão

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    This research aimed to reflect on the approach to the contents of Stomatherapy in undergraduate nursing courses. This is a reflection study that emerged from discussions held with the team of an Extension Project, linked to the Nursing course at a university in the State of Rio de Janeiro. With the growing number of people undergoing stomatherapy, as well as the emergence of equipment and technologies to treat these health problems, it is essential to include disciplines in undergraduate nursing curricula that allow students to expand their skills, preparing them for the care of these patients. Although graduation aims at training generalist nurses, it is of fundamental importance to have the minimum relevant content related to the area of stomatherapy, in order to enable future professionals to identify certain health problems, thus offering holistic care. and safe, because the need to acquire knowledge and develop specific skills that are required in professional practice is notorious.A presente pesquisa objetivou refletir sobre a abordagem dos conteúdos de Estomaterapia nos cursos de graduação em enfermagem. Trata-se de um estudo de reflexão que emergiu a partir de discussões feitas junto à equipe de um Projeto de Extensão, vinculado ao curso de Enfermagem de uma universidade no Estado do Rio de Janeiro. Com o crescente número de pessoas em situação de estomaterapia bem como com o surgimento de equipamentos e tecnologias no tratamento desses problemas de saúde, faz-se imprescindível a inclusão nos currículos de graduação em enfermagem de disciplinas que possibilitem aos acadêmicos expandirem suas competências, preparando-os para a assistência desses pacientes. Apesar da graduação objetivar a formação de enfermeiros generalistas, é de fundamental importância que se tenha o mínimo relevante do conteúdo ligado à área da estomaterapia, a fim de possibilitar ao futuro profissional a identificação de determinados problemas de saúde, ofertando, assim, um cuidado holístico e seguro, isto porque é notória a necessidade da apreensão de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades específicas que são requeridas na prática profissional

    Abordagem do conteúdo de estomaterapia nos cursos de graduação em enfermagem: reflexões a partir de um projeto de extensão

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    This research aimed to reflect on the approach to the contents of Stomatherapy in undergraduate nursing courses. This is a reflection study that emerged from discussions held with the team of an Extension Project, linked to the Nursing course at a university in the State of Rio de Janeiro. With the growing number of people undergoing stomatherapy, as well as the emergence of equipment and technologies to treat these health problems, it is essential to include disciplines in undergraduate nursing curricula that allow students to expand their skills, preparing them for the care of these patients. Although graduation aims at training generalist nurses, it is of fundamental importance to have the minimum relevant content related to the area of stomatherapy, in order to enable future professionals to identify certain health problems, thus offering holistic care. and safe, because the need to acquire knowledge and develop specific skills that are required in professional practice is notorious.A presente pesquisa objetivou refletir sobre a abordagem dos conteúdos de Estomaterapia nos cursos de graduação em enfermagem. Trata-se de um estudo de reflexão que emergiu a partir de discussões feitas junto à equipe de um Projeto de Extensão, vinculado ao curso de Enfermagem de uma universidade no Estado do Rio de Janeiro. Com o crescente número de pessoas em situação de estomaterapia bem como com o surgimento de equipamentos e tecnologias no tratamento desses problemas de saúde, faz-se imprescindível a inclusão nos currículos de graduação em enfermagem de disciplinas que possibilitem aos acadêmicos expandirem suas competências, preparando-os para a assistência desses pacientes. Apesar da graduação objetivar a formação de enfermeiros generalistas, é de fundamental importância que se tenha o mínimo relevante do conteúdo ligado à área da estomaterapia, a fim de possibilitar ao futuro profissional a identificação de determinados problemas de saúde, ofertando, assim, um cuidado holístico e seguro, isto porque é notória a necessidade da apreensão de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades específicas que são requeridas na prática profissional
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