11 research outputs found

    Intoxicações por agrotóxicos: diferenças entre áreas urbanas e rurais do Espírito Santo (2007 a 2016) / Pesticide poisoning: differences between urban and rural areas of Espírito Santo (2007 to 2016)

    Get PDF
    O presente trabalho objetivou descrever os casos de intoxicação exógena por agrotóxico ocorridos nas áreas urbanas e rurais do Estado do Espírito Santo, no período de 2007 a 2016. Foi realizado um estudo transversal comparativo com 2.434 casos reportados ao Sistema de Informação de Agravo de Notificações do estado. A proporção das intoxicações é semelhante nos meios urbano (51,8%) e rural (48,2%), entretanto, a incidência na área rural (200,9 por 100.000 habitantes) é 4,7 vezes maior que a urbana (43,1 por 100.000 habitantes). Na área urbana, o principal grupo de agente tóxico foi o raticida, sendo a intoxicação mais presente nos indivíduos com 9 a 11 anos de estudo e nos pardos (P = 0,001). Já na área rural, as intoxicações ocorreram majoritariamente nos indivíduos brancos, pouco escolarizados e com agrotóxicos de uso agrícola (P = 0,001). Fatores relacionados ao tipo de trabalho também associaram à intoxicação na área rural (P = 0,001). Para os dois territórios, a principal circunstância da contaminação foi tentativa de suicídio (P = 0,001). Assim, vê-se que as intoxicações exógenas por agrotóxicos afetam de maneira diferente as populações das zonas urbanas e rurais, sendo necessário considerar essas características para o planejamento de políticas públicas

    Prevalência de exposição à violência entre adultos – Brasil, 2019

    Get PDF
    Objective: To estimate the prevalence of exposure to violence, characterizing its magnitude, types and occurrence in the adult population in Brazil. Methods: Cross-sectional study with data from the National Health Survey conducted in 2019. The prevalence of violence in the last 12 months and respective 95% confidence intervals (95%CI) were estimated according to sociodemographic variables. Crude prevalence ratios (cPR) were estimated by Poisson regression. Results: The prevalence of exposure to violence among adults in Brazil was 18.3% (95%CI 17.8;18.8) , with a significantly higher frequency among women (19.4%; 95%CI 18.7;20.0), in the 18-29 age group (27.0%; 95%CI 25.7;28.4), in self-declared black people (20.6%; 95%CI 19.3;221.9) and mixed race (19.3%; 95%CI 18.6;20.1) and among inhabitants of the Northeast region (18.7%; 95%CI 18.0;19.5). Among the victims of violence, 15.6% (95%CI 14.2;17.0) sought health care, of which (91.2%; 95%CI 88.1;93.6) were attended. The most reported types of violence were: psychological (17.4%; 95%CI 16.9;17.9), physical (4.1%; 95%CI 3.9;4.4) and sexual (0.8%; 95%CI 0.7;0.9). Men were more exposed to violence with the use of firearms or sharp targets, while women were the predominant victims for all other types and mechanisms of violence. The aggressor most cited was the intimate partner, the most frequent place of occurrence of violence being the residence and public streets/places. Conclusion: In Brazil, violence affected one in five adults. Women, young people and people with black skin were the population segments most exposed to violence, which should be a priority in prevention actions.Objetivo: Estimar a prevalência de exposição à violência, caracterizando sua magnitude, tipos e ocorrência na população adulta do Brasil. Métodos: Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde realizada em 2019. Estimou-se a prevalência de violência nos últimos 12 meses e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) segundo variáveis sociodemográficas. Razões de prevalência bruta (RPb) foram estimadas por regressão de Poisson. Resultados: A prevalência de exposição à violência entre adultos no Brasil foi de 18,3% (IC95% 17,8;18,8), com frequência significativamente maior entre as mulheres (19,4%; IC95% 18,7;20,0), no grupo de 18 a 29 anos (27,0%; IC95% 25,7;28,4), nas pessoas autodeclaradas pretas (20,6%; IC95% 19,3;221,9) e pardas (19,3%; IC95% 18,6;20,1) e entre habitantes da região Nordeste (18,7%; IC95% 18,0;19,5). Dentre as vítimas de violência, 15,6% (IC95% 14,2-17,0) procuraram atendimento de saúde, das quais (91,2%; IC95% 88,1;93,6) foram atendidas. Os tipos de violência mais relatados foram: psicológica (17,4%; IC95% 16,9;17,9), física (4,1%; IC95% 3,9;4,4) e sexual (0,8%; IC95% 0,7;0,9). Os homens foram mais expostos à violência com uso de arma de fogo ou objetivos cortantes, enquanto as mulheres foram as vítimas predominantes para todos os demais tipos e mecanismos de violência. O agressor mais citado foi o(a) parceiro(a) íntimo(a), sendo o local mais frequente de ocorrência da violência a residência, vias e locais públicos. Conclusão: No Brasil, a violência afetou um a cada cinco adultos. Mulheres, jovens e pessoas de pele negra foram os segmentos populacionais mais expostos à violência, os quais devem ser prioritários nas ações de prevenção.

    Evolution of Chagas’ disease in Brazil. Epidemiological perspective and challenges for the future: a critical review

    Get PDF
    Aims: This paper aimed to provide a critical review of the evolution of Chagas’ disease in Brazil, its magnitude, historical development and management, and challenges for the future. Methods: A literature search was performed using PubMed, SciELO and Google Scholar and throughout collected articles’ references. Narrative analysis was structured around five main themes identified: vector transmission, control program, and transfusion, oral and congenital transmission. Results: In Brazil, the Chagas’ disease Control Program was fully implemented in the 1980s, when it reached practically all the endemic areas, and in 1991, the Southern Cone Initiative was created, aiming to eliminate the disease transmission through eliminating the Triatoma infestans and controlling blood banks. As a result, the prevalence of chagasic donors in blood banks reduced from 4.4% in the 80s to 0.2% in 2005. In 2006, PAHO certified the interruption of transmission of Chagas’ disease through this vector in Brazil. However, there are still challenges, such as the domiciliation of new vector species, the need for medical care of the infected individuals, the prevention of alternative mechanisms of transmission, the loss of political concern regarding the disease and, the weakening of the control program. Conclusion: Despite the progress towards control, there are still many challenges ahead to maintain and expand such control and minimise the risk of re-emergence

    Evolução da mortalidade por causas externas em Diamantina (MG), 2001 a 2012

    No full text
    Submitted by Nuzia Santos ([email protected]) on 2018-06-19T14:20:13Z No. of bitstreams: 1 Evolução da mortalidade.pdf: 940850 bytes, checksum: d889cf78bb0922d1fe7c5e78b7d0365f (MD5)Approved for entry into archive by Nuzia Santos ([email protected]) on 2018-06-19T16:59:36Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Evolução da mortalidade.pdf: 940850 bytes, checksum: d889cf78bb0922d1fe7c5e78b7d0365f (MD5)Made available in DSpace on 2018-06-19T16:59:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Evolução da mortalidade.pdf: 940850 bytes, checksum: d889cf78bb0922d1fe7c5e78b7d0365f (MD5) Previous issue date: 2017Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Diamantina, MG, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.Universidade Federal de Ouro Preto. Ouro Preto, MG, Brasil.Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Departamento de Ciências Básicas. Diamantina, MG, Brasil.Introdução: As causas externas estão entre as principais causas de morte no Brasil, afetando, principalmente, jovens e adultos. Métodos: Estudo retrospectivo dos óbitos por causas externas em Diamantina, em Minas Gerais, de 2001 a 2012. Foram utilizados dados de óbitos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram calculados coeficientes trienais de mortalidade padronizados por idade, específicos por sexo, para todos os grupos de causas externas. As tendências foram analisadas por meio de modelos de regressão linear com o programa Stata 13. Resultados: As causas externas constituíram a quinta causa de mortes no município, com coeficiente médio de 44,3/100 mil habitantes. Verificou-se maior risco de morte para homens (coeficiente médio=71,5/100 mil). Os acidentes de transporte constituíram a maior causa de óbitos (29,6%), seguidos por outras causas externas (21,5%), pelos homicídios (20,6%) e pelos suicídios (14,6%). A faixa etária de 20 a 29 anos foi a mais afetada, enquanto a faixa de 60 anos ou mais apresentou o maior risco. Verificou-se uma tendência de aumento (p<0,05) na mortalidade geral por causa externas, na mortalidade masculina por acidentes de transporte e na mortalidade feminina por agressões. Conclusão: As causas externas constituem um problema crescente de saúde pública em Diamantina, sendo necessária a implementação de medidas que visem ao seu controle e redução.Introduction: External causes are among the main causes of death in Brazil, affecting mainly the young and adult populations. Methods: Retrospective study of deaths due to external causes in Diamantina-MG, from 2001 to 2012. Mortality data was obtained from the Health Ministry’s Mortality Information System, while population data was obtained from the IBGE estimates. Standardized mortality rates were calculated according to gender and group of external cause. Trend analysis was performed through adjustment of linear models using Stata 13. Results: External causes were the fifth main cause of death in the municipality, with a mean mortality rate of 44.3/100.000 individuals. Men showed higher risk of death (Mean rate = 71.5/100.000). ‘Transport accidents’ were the main cause of death (29.6%), followed by ‘Other external causes’ (21.5%), homicides (20.6%) and suicides (14.6%). The most affected age group was 20 to 29 year olds, while the group of 60 years or older presented the highest risk of death by these causes. There was an increasing trend based on gender (p<0.05) in general external cause mortality rates, males were more predominant in transport accidents, and females in homicides. Conclusion: External causes constitute a growing public health issue in Diamantina, which requires efficient measures of control and reduction
    corecore