9 research outputs found
Educar em saúde: conhecendo as principais doenças do intestino
O câncer colorretal apresenta elevada taxa de incidência na população brasileira e é o quinto tipo de câncer em mortalidade no país. Outras doenças intestinais, como a diverticulite, a apendicite e as hemorroidas, também são bastante comuns, responsáveis por grande parte dos atendimentos em unidades de urgência e emergência. A fim de alertar a população e estimular a prevenção das doenças intestinais e do câncer colorretal, foi desenvolvida uma atividade de extensão universitária que ocorreu a partir de visitas de adultos e crianças ao "Intestino Gigante", que é uma réplica de intestino grosso, de tamanho suficientemente grande para permitir um passeio informativo em seu interior. As visitas foram supervisionadas por alunos de graduação e de pós-graduação, previamente treinados para discutir sobre os temas abordados com os participantes. Dois mil e vinte e sete visitantes participaram da atividade, durante os 5 dias de exposição. Cento e trinta e um visitantes responderam questionários para avaliação de conhecimentos antes e após a visitação. Cinquenta e um participantes responderam ao questionário específico sobre câncer colorretal e 80 responderam ao questionário específico sobre outras doenças intestinais. Houve aumento do significativo do conhecimento, antes e após as visitas, para os dois questionários utilizados. O conhecimento prévio dos participantes era significativamente maior em relação ao câncer colorretal do que em relação às doenças do intestino. Por outro lado, o ganho de conhecimento foi significativamente superior para as perguntas relacionadas às doenças do intestino do que ao câncer colorretal, fazendo com que esta diferença deixasse de apresentar significância estatística no momento pós-visita. A evolução de ganho de conhecimento não demonstrou diferença estatisticamente significativa entre as diferentes faixas etárias. A atividade de extensão universitária proposta foi considerada eficaz, promovendo educação em saúde pela difusão de conhecimentos para a comunidade, abordando as principais doenças do intestino e incentivando a prevenção, diagnóstico precoce e melhora do tratamento
A ingestão de substâncias cáusticas na infância: A construção e divulgação de vídeo educativo sobre medidas de prevenção / The ingestion of caustic substances in childhood: The construction and dissemination of an educational video on prevention measures
A ingestão de substâncias cáusticas na infância é um problema de saúde pública e acarreta alta morbidade aos pacientes, que geralmente desenvolvem estenose esofágica. Os tratamentos disponíveis para estenose cáustica são pouco satisfatórios e por isso realizamos um trabalho para divulgação de medidas de prevenção. Trata-se de vídeo explicativo sobre os perigos da ingestão de substâncias cáusticas e como evitar tais acidentes com crianças. O vídeo foi produzido a partir do relato de familiares de pacientes vítimas da ingestão acidental de soda cáustica
Prevalência de achados broncopulmonares e otorrinolaringológicos em crianças sob investigação de doença do refluxo gastroesofágico: análise retrospectiva
A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é uma afecção comum na infância, aumentando as evidências de que o refluxo gastroesofágico seja um cofator importante que contribui para as desordens de vias aéreas, principalmente na população pediátrica. É muito comum serem observadas manifestações em vias aéreas superiores e inferiores. Nosso objetivo é avaliar a presença de sintomas otorrinolaringológicos em crianças com idade de um a 12 anos e suspeita de doença do refluxo gastroesofágico. MATERIAIS E MÉTODO: Foram avaliados dados de prontuários de pacientes de até 12 anos submetidos à pHmetria de 24 horas de um ou dois canais, locados a 2 e 5 cm do EEI para confirmação de diagnóstico de Doença do Refluxo Gastroesofágico. RESULTADOS: Foram analisados 143 prontuários de crianças que realizaram pHmetria de 24 horas para investigação de DRGE; porém 65 foram incluídas. Os sintomas mais prevalentes nas crianças eram os broncopulmonares, encontrados em 89,2%, de sintomas nasossinusais (72,3%) , otológicos (46,1%) e de infecções de VAS de repetição (44,6%). Quando comparada a presença de cada grupo de sintomas com o resultado da pHmetria, não foi encontrada diferença significativa entre os sintomas e o resultado da pHmetria. CONCLUSÃO: DRGE pode se manifestar de diversas maneiras e os sintomas otorrinolaringológicos são frequentes em crianças.Gastroesophageal reflux disease (GERD) is a common ailment in children, adding up to the evidence that gastroesophageal reflux is an important cofactor in upper airway disorders, especially in the pediatric population. It is very common for it to impact the upper and lower airways. Our goal was to assess the presence of otorhinolaryngological symptoms in children aged between one and twelve years in whom gastroesophageal reflux is suspected. MATERIALS and METHODS: We assessed data from the charts of patients up to 12 years of age submitted to 24 hour pH measuring of one of two channels, placed at 2 and 5 cm from the LEE in order to confirm the diagnosis of Gastroesophageal Reflux Disease. RESULTS: We studied 143 charts from children who underwent 24 hour pH measuring to investigate GERD; however, only 65 were included. The most prevalent symptoms in the children were bronchopulmonary, found in 89.2%, of sinonasal symptoms (72.3%), otologic (46.1%) and repetition UAW infections (44.6%). When we compared the presence of each group of symptoms of the results from the pH measuring, no significant differences were found between the symptoms and the pH measuring results. CONCLUSION: GERD can manifest in different ways and otorhinolaryngological symptoms are frequent in children
Observation time and spontaneous resolution of primary phimosis in children
ABSTRACT Objective: to investigate spontaneous resolution rate of a series of patients with physiologic phimosis in relation to observation time and presence of symptoms. Methods: retrospective and longitudinal follow-up study of patients with physiologic phimosis, that did not apply topic treatment. These patients were invited for a new visit for reevaluation, or recent data were obtained by chart analysis. Spontaneous resolution rate was determined and statistically compared to age, presence of symptoms at first medical visit and time until reevaluation. Results: seventy one patients were included. Medium time of observation from first visit to reevaluation was 37.4 months. There was spontaneous resolution of phimosis in 32 (45%) patients. Children with spontaneous resolution were younger at initial diagnosis and were observed during a longer period of time. Most asymptomatic patients at first visit presented spontaneous resolution. However, it was not possible to stablish a significant relationship between presence of symptoms and evolution of physiologic phimosis. Conclusions: time of observation was the main determinant of spontaneous resolution of patients with physiologic phimosis, reinforcing the current more conservative approach regarding circumcision of those patients