13 research outputs found

    Editorial

    Get PDF

    Reflexões sobre as especificidades mbyá-guarani nos processos de identificação de terras indígenas a partir dos casos de Itapuã, Morro do Coco e Ponta da Formiga, Brasil

    Get PDF
    As part of their culture, the Guarani-Mbyá are characterized by constant mobility. “Moving";, as practiced since immemorial time, unfolds on a vast geographical area, recognized as the Mbya-Guarani world, which includes considerable portions of the territories of Brazil, Argentina, Paraguay and Uruguay. For outsiders, this constant mobility across international borders is not adequate for the recognition of indigenous lands. This article discusses the inconsistencies between the legislation and the specificities of Mbya-Guarani culture in the implementation of the original rights. We build on ethnological studies undertaken by some members of the Technical Group constituted by FUNAI, responsible for the identification and demarcation of the indigenous lands Itapuã, Morro do Coco and Ponta da Formiga, located in the metropolitan region of Porto Alegre (RS-Brazil). The aim is to point out the ways by which the Mbya-Guarani displacements are harmed by the existence of international borders and the lack of dialogue between the agencies for indigenous matters of different countries.Key words: mobility, indigenous lands, mbyá-guarani.El Mbyá-Guaraní se caracterizan culturalmente por una movilidad constante. Este ";caminar";, practicado desde tiempos inmemoriales, se desarrolla sobre una vasta área geográfica, reconocida como el mundo mbya-guaraní, que incluye una parte considerable de los territorios de Brasil, Argentina, Paraguay y Uruguay. Bajo el punto de vista externo, la movilidad constante a través de fronteras internacionales, presenta una serie de problemas para la ley para el reconocimiento de las tierras indígenas. Este artículo aborda las contradicciones entre la legislación y la cultura específica Mbya Guaraní en la aplicación de los derechos originales. Por tanto, se utilizan los estudios etnológicos desarrollados por algunos miembros del Grupo Técnico constituido por la FUNAI, responsable por la identificación y demarcación de las tierras indígenas Itapúa, Morro do Coco y Ponta da Formiga, situadas en la región metropolitana de Porto Alegre (RS-Brasil) . El objetivo es demonstrar que los desplazamientos mbya-guaraní se ven perjudicados por la existencia de fronteras internacionales y la falta de diálogo entre los organismos indígenas de diferentes países.Palabras-clave: mobilidad, tierras indígenas, mbyá-guaraní.Os Mbyá-Guarani têm como característica cultural uma constante mobilidade. Este “caminhar”, praticado desde tempos imemoriais, se desenvolve sobre uma vasta área geográfica, reconhecida como o mundo mbyá-guarani, que abarca parcelas consideráveis dos territórios brasileiro, argentino, paraguaio e uruguaio. Sob a ótica externa, esta constante mobilidade, cruzando fronteiras internacionais, apresenta uma série de inadequações frente à legislação para o reconhecimento de terras indígenas. O presente artigo discute as incongruências entre a legislação e as especificidades culturais mbyá-guarani na implementação dos direitos originários. Para tanto, são utilizados os estudos etnológicos desenvolvidos por alguns membros do Grupo Técnico constituído pela FUNAI, responsável pela identificação e delimitação das Terras Indígenas de Itapuã, Morro do Coco e Ponta da Formiga, localizadas na região metropolitana de Porto Alegre (RS-Brasil). Busca-se, também, pontuar como os deslocamentos mbyá-guarani são prejudicados pela existência de fronteiras internacionais e pela falta de diálogo entre os órgãos indigenistas dos diferentes países.Palavras-chave: mobilidade, terras indígenas, mbyá-guarani

    CIÊNCIA CIDADÃ EXTREMA: UMA NOVA ABORDAGEM

    Get PDF
    A conservação da biodiversidade é uma questão que tem preocupado o mundo todo. Nas últimas décadas, centenas de áreas protegidas foram criadas para assegurar a preservação da biodiversidade no planeta. Um grande número de áreas protegidas é habitado por comunidades que dependem do uso de seus recursos naturais não apenas para a sua sobrevivência, mas também para a sua reprodução social e cultural. Em muitos casos, as populações locais têm sido diretamente responsáveis pela gestão sustentável desses complexos ecossistemas por séculos. Iniciativas de Ciência Cidadã – entendida como a participação de amadores, voluntários e entusiastas em projetos científicos – têm envolvido o público na produção científica e em projetos de monitoramento da biodiversidade, mas têm limitado essa participação à coleta de dados, e têm normalmente ocorrido em locais afluentes, excluindo as populações não alfabetizadas ou letradas e que vivem em áreas remotas. Povos e comunidades tradicionais conhecem os aspectos ambientais das áreas por eles habitadas, o que pode ser benéfico para a gestão e o monitoramento bem-sucedidos da biodiversidade. Portanto, ao se tratar do monitoramento e da proteção da biodiversidade em áreas habitadas por populações humanas, o seu envolvimento é central e pode conduzir a um cenário onde todas as partes envolvidas se beneficiam. Extreme Citizen Science (ExCiteS) é um grupo de pesquisa interdisciplinar criado em 2011, na University College London, com a finalidade de avançar o atual conjunto de práticas da Ciência Cidadã. A ideia é permitir que qualquer comunidade, em qualquer lugar do mundo – desde grupos marginalizados que vivem nas periferias de áreas urbanas até grupos de caçadores e coletores da floresta amazônica –, comece um projeto de Ciência Cidadã para lidar com suas próprias questões. Este artigo apresenta os diversos aspectos que tornam a Ciência Cidadã “extrema” no trabalho do grupo ExCiteS, por meio da exposição de suas teorias, métodos e ferramentas, e dos estudos de caso atuais que envolvem comunidades tradicionais ao redor do mundo. Por fim, ressalta-se a maior preocupação do grupo, que é tornar a participação verdadeiramente efetiva, e sugere-se como iniciativas de monitoramento da biodiversidade podem ser realizadas de maneira colaborativa, trazendo benefícios a todos os atores envolvidos

    Apiwtxa’s contemporary designs to look after life: a world in the making

    No full text
    The Ashaninka from Amônia River/Apiwtxa (Acre State, Brazil) belong to the Arawakan indigenous population inhabiting the Brazilian and Peruvian Amazon. During the 1980s, they engaged in a struggle to title their territory, combat illegal logging, and abolish the exploitative debt-peonage system. Their land was demarcated in 1992, and since then they have responded to an increasingly challenging scenario by implementing a series of transformations to ensure the continuity of their world, creating ‘designs’ (cf. Escobar 2018) to look after life in their territory and beyond. From a marginalized and little-known community they have become a nationally and internationally acknowledged exemplar of positive change for forest peoples. This thesis explores Apiwtxa’s world-making processes, starting with a reflection on the Ashaninka’s ontology and epistemological practices and their entanglement, and revealing how the Ashaninka managed to transform themselves from victims of the past to designers of their future. Drawing their direction from ‘shamanic visioning’, as well as their leaders’ contacts with the nonindigenous world, they have designed a ‘life plan’ that breaks with their traumatic past and links into Ashaninka ancestral principles, shaping their world in such a way that it may outlast today’s challenging times. This research dialogues with indigenous ontologies, epistemologies, and theories of change (e.g. Blaser 2009; Escobar 2016, 2017; Santos 2016), and with current debates on sustainability and indigenous action (e.g. Brightman and Lewis 2017; Danowski and Viveiros de Castro 2014). It aims to contribute to the corpus of existing ethnological studies on the Arawakan peoples (e.g. Hill and Santos-Granero 2002), focusing on contemporary debates concerning the changes in Ashaninka society, particularly such themes as community organization (e.g. Elick 1969; Pimenta 2002), leadership (e.g. Veber and Virtanen 2017), relations with the market economy (e.g. Bodley 1970; Killick 2005) and with non-indigenous institutions (e.g. Sarmiento Barletti 2011)

    Editorial

    No full text

    Reflexiones sobre las especificidades mbyá-guarani en los procesos de identificación de tierras indígenas en los casos de Itapuã, Morro do Coco y Ponta da Formiga, Brasil

    No full text
    Os Mbyá-Guarani têm como característica cultural uma constante mobilidade. Este “caminhar”, praticado desde tempos imemoriais, se desenvolve sobre uma vasta área geográfica, reconhecida como o mundo mbyá-guarani, que abarca parcelas consideráveis dos territórios brasileiro, argentino, paraguaio e uruguaio. Sob a ótica externa, esta constante mobilidade, cruzando fronteiras internacionais, apresenta uma série de inadequações frente à legislação para o reconhecimento de terras indígenas. O presente artigo discute as incongruências entre a legislação e as especificidades culturais mbyá-guarani na implementação dos direitos originários. Para tanto, são utilizados os estudos etnológicos desenvolvidos por alguns membros do Grupo Técnico constituído pela FUNAI, responsável pela identificação e delimitação das Terras Indígenas de Itapuã, Morro do Coco e Ponta da Formiga, localizadas na região metropolitana de Porto Alegre (RS-Brasil). Busca-se, também, pontuar como os deslocamentos mbyá-guarani são prejudicados pela existência de fronteiras internacionais e pela falta de diálogo entre os órgãos indigenistas dos diferentes países.As part of their culture, the Guarani-Mbyá are characterized by constant mobility. “Moving", as practiced since immemorial time, unfolds on a vast geographical area, recognized as the Mbya-Guarani world, which includes considerable portions of the territories of Brazil, Argentina, Paraguay and Uruguay. For outsiders, this constant mobility across international borders is not adequate for the recognition of indigenous lands. This article discusses the inconsistencies between the legislation and the specificities of Mbya- Guarani culture in the implementation of the original rights. We build on ethnological studies undertaken by some members of the Technical Group constituted by FUNAI, responsible for the identification and demarcation of the indigenous lands Itapuã, Morro do Coco and Ponta da Formiga, located in the metropolitan region of Porto Alegre (RS-Brazil). The aim is to point out the ways by which the Mbya-Guarani displacements are harmed by the existence of international borders and the lack of dialogue between the agencies for indigenous matters of different countries.El Mbyá-Guarani se caracterizan culturalmente por una movilidad constante. Este "caminar", practicado desde tiempos inmemoriales, se desarrolla sobre una vasta área geográfica, reconocida como el mundo mbyá-guarani, que incluye una parte considerable de los territorios de Brasil, Argentina, Paraguay y Uruguay. Bajo el punto de vista externo, la movilidad constante a través de fronteras internacionales, presenta una serie de problemas para la ley para el reconocimiento de las tierras indígenas. Este artículo aborda las contradicciones entre la legislación y la cultura específica Mbyá-Guarani en la aplicación de los derechos originales. Por tanto, se utilizan los estudios etnológicos desarrollados por algunos miembros del Grupo Técnico constituido por la FUNAI, responsable por la identificación y demarcación de las tierras indígenas Itapúa, Morro do Coco y Ponta da Formiga, situadas en la región metropolitana de Porto Alegre (RS-Brasil). El objetivo es demonstrar que los desplazamientos mbyáguarani se ven perjudicados por la existencia de fronteras internacionales y la falta de diálogo entre los organismos indígenas de diferentes países

    Reflexiones sobre las especificidades mbyá-guarani en los procesos de identificación de tierras indígenas en los casos de Itapuã, Morro do Coco y Ponta da Formiga, Brasil

    No full text
    Os Mbyá-Guarani têm como característica cultural uma constante mobilidade. Este “caminhar”, praticado desde tempos imemoriais, se desenvolve sobre uma vasta área geográfica, reconhecida como o mundo mbyá-guarani, que abarca parcelas consideráveis dos territórios brasileiro, argentino, paraguaio e uruguaio. Sob a ótica externa, esta constante mobilidade, cruzando fronteiras internacionais, apresenta uma série de inadequações frente à legislação para o reconhecimento de terras indígenas. O presente artigo discute as incongruências entre a legislação e as especificidades culturais mbyá-guarani na implementação dos direitos originários. Para tanto, são utilizados os estudos etnológicos desenvolvidos por alguns membros do Grupo Técnico constituído pela FUNAI, responsável pela identificação e delimitação das Terras Indígenas de Itapuã, Morro do Coco e Ponta da Formiga, localizadas na região metropolitana de Porto Alegre (RS-Brasil). Busca-se, também, pontuar como os deslocamentos mbyá-guarani são prejudicados pela existência de fronteiras internacionais e pela falta de diálogo entre os órgãos indigenistas dos diferentes países.As part of their culture, the Guarani-Mbyá are characterized by constant mobility. “Moving", as practiced since immemorial time, unfolds on a vast geographical area, recognized as the Mbya-Guarani world, which includes considerable portions of the territories of Brazil, Argentina, Paraguay and Uruguay. For outsiders, this constant mobility across international borders is not adequate for the recognition of indigenous lands. This article discusses the inconsistencies between the legislation and the specificities of Mbya- Guarani culture in the implementation of the original rights. We build on ethnological studies undertaken by some members of the Technical Group constituted by FUNAI, responsible for the identification and demarcation of the indigenous lands Itapuã, Morro do Coco and Ponta da Formiga, located in the metropolitan region of Porto Alegre (RS-Brazil). The aim is to point out the ways by which the Mbya-Guarani displacements are harmed by the existence of international borders and the lack of dialogue between the agencies for indigenous matters of different countries.El Mbyá-Guarani se caracterizan culturalmente por una movilidad constante. Este "caminar", practicado desde tiempos inmemoriales, se desarrolla sobre una vasta área geográfica, reconocida como el mundo mbyá-guarani, que incluye una parte considerable de los territorios de Brasil, Argentina, Paraguay y Uruguay. Bajo el punto de vista externo, la movilidad constante a través de fronteras internacionales, presenta una serie de problemas para la ley para el reconocimiento de las tierras indígenas. Este artículo aborda las contradicciones entre la legislación y la cultura específica Mbyá-Guarani en la aplicación de los derechos originales. Por tanto, se utilizan los estudios etnológicos desarrollados por algunos miembros del Grupo Técnico constituido por la FUNAI, responsable por la identificación y demarcación de las tierras indígenas Itapúa, Morro do Coco y Ponta da Formiga, situadas en la región metropolitana de Porto Alegre (RS-Brasil). El objetivo es demonstrar que los desplazamientos mbyáguarani se ven perjudicados por la existencia de fronteras internacionales y la falta de diálogo entre los organismos indígenas de diferentes países
    corecore