32 research outputs found

    Modernising is Required. Social Thought and Change in Rural Brazil (1944-1954)

    Get PDF
    O modelo de modernização da agricultura brasileira, adotado após a Segunda Guerra Mundial, foi marcadamente influenciado pela matriz norte-americana da Extensão Rural e não considerou outras experiências de instituições nacionais de pesquisa ou proposições de importantes intelectuais do período. Neste artigo, buscamos debater uma perspectivaintelectual que gira em torno de autores como Sérgio Buarque de Holanda, Carlos Schmidt, Emílio Willems, Florestan Fernandes e Antônio Cândido. Realizando uma análise histórica e antropológica dos impactos iniciais da industrialização sobre as populações rurais tradicionais, esses autores levantaram questões sobre a cultura, a adaptação ao ambiente e as técnicas agrícolas empregadas, criticando o modelo ibérico colonial do Brasil.The modernization model for Brazilian agriculture adopted after World War II was markedly influenced by the North-American Rural Expansion model, disregarding other experiences by national research institutes or propositions from important scholars at the time. In this article, we seek to debate an intellectual perspective, having authors such as Sérgio Buarque de Holanda, Carlos Schmidt Emílio Willems, Florestan Fernandes, and Antônio Cândido as our basis. By performing a historical and anthropological analysis of the first impacts of industrialization on traditional rural populations, these authors have raised questions on culture, adaptation to the environment, and the agricultural techniques in use, thus criticizing the Iberian colonial model in Brazil

    Ciencia y saberes locales en la posguerra: la Asociación Internacional Americana para el Desarrollo Económico y Social (AIA) y los programas de modernización de la agricultura en Brasil (1945-1961)

    Get PDF
    It aims to discuss the work of American International Association for Economic and Social Development (AIA) in Brazil. AIA’s work was characterized for a intense process of negotiation with local governments between 1946 and 1961. Contemporary to the rise of the ideology of modernization, AIA introduced some projects which were considered suitable for Latin America, as Brazil and Venezuela in special. Following the American experiences in supervised credit and extension work, this agency tried to adapt this models to local conditions, interpreting that successful projects earlier developed in United States could be also successful in Latin America. On the other hand, these set of experiences in Brazilian states like Minas Gerais had strong difficulties to be developed.Este artículo discute la actuación de la Asociación Internacional Americana para el Desarrollo Social y Económico (AIA) en Brasil. La acción de la AIA se caracterizó por un intenso proceso de negociación entre 1946 y 1961. Contemporánea de la emergente ideología de la modernización, la AIA estudió los posibles proyectos adecuados para la América Latina, en especial Brasil y Venezuela. Inspirada en las experiencias norteamericanas del crédito rural, el extensionismo, entre otras estrategias de desarrollo, la agencia procuró adaptar estos modelos a las condiciones locales, partiendo de la base de que, desde el punto de vista de la AIA, los proyectos exitosos en Estados Unidos, si fueran adaptados, tendrían también éxito en los países en desarrollo. Sin embargo, las experiencias en la provincia brasileña de Minas Gerais demostraron grandes dificultades de ejecución

    NELSON ROCKEFELLER, A ASSOCIAÇÃO AMERICANA INTERNACIONAL (AIA) E A IDEOLOGIA DA MODERNIZAÇÃO EM BUSCA DE NOVAS FRONTEIRAS (1946-1961)

    Get PDF
    Historiadores como Michael Latham e Nils Gilman compreendem o final da década de 1950 e o início da década de 1960 como o melhor ponto de entendimento da ideologia da modernização, marcada principalmente pela ascensão das teorias doeconomista norte-americano Walt Whitman Rostow e incluída na agenda da administração do Presidente John Fitzgerald Kennedy (1961-1963). No entanto, os dois estudiosos indicam que o momento posterior ao final da Segunda Guerra Mundial também já indicava o surgimento de propostas modernizadoras. Desta forma, aproximaremos a atuação da AIA com o contexto da ideologia da modernização e a “intrínseca” vontade de transformar o mundo à imagem e semelhança dos EstadosUnidos. Este trabalho procura explorar esta ideologia como uma forma diferente de intervenção norte-americana sobre a América Latina e outros continentes, utilizando-se de instrumentos como a assistência técnica e financeira para manutenção de relações de dominação política, econômica e cultural

    Uma contribuição para o desenvolvimento de sua comunidade e da Pátria”: juventude rural e Clubes 4-S durante a ditadura militar na região oeste de Santa Catarina (1970-1985)

    Get PDF
    Este trabalho analisa a atuação dos Clubes 4-S em Santa Catarina no contexto da ditadura militar brasileira. Estes clubes basearam-se na experiência norte-americana de Clubes 4-H, objetivando difundir junto aos jovens rurais novas técnicas e tecnologias para o trabalho agrícola no início do século XX. No Brasil, o trabalho com Clubes 4-S iniciou na década de 1950 e, em Santa Catarina, espalharam-se fortemente na segunda metade da década de 1970, principalmente na região oeste de Santa Catarina. Fazendo parte do programa de extensão rural, disseminavam práticas consideradas modernas como a utilização de sementes híbridas, agrotóxicos, entre outras. Por outro lado, a efervescência dos movimentos sociais nocampo no contexto da abertura política trouxe críticas a esta forma de trabalho, identificada com o processo de exclusão dos agricultores, resultando na diminuição significativa dos Clubes 4-S

    Discursos sobre a juventude rural participante de clubes 4-S (1959-1977)

    Get PDF
    This article talks about the Rural 4-S (Head, Heart, Hands, Health) and the technology changes in brazilian agriculture (1959-1977). At this moment, it was necessary to the 4-S Clubs to build a new country person to work in Brazil’s country, trying to follow the “modern” north-american agriculture

    Saber, sentir, servir e saúde: a construção do novo jovem rural nos clubes 4-S, SC (1970-1985)

    Get PDF
    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em História.Este trabalho tem por objetivo analisar o programa de Clubes 4-S, implantado pela ACARESC (Associação de Crédito e Extensão Rural de Santa Catarina), órgão responsável pela implantação e desenvolvimento da Extensão Rural no estado a partir de 1957, e sua preocupação com a constituição de um novo jovem rural em Santa Catarina. Procurando evitar o êxodo rural e romper, através da tecnologia, com as técnicas de produção tradicionais, uma série de discursos foi propagada pela ACARESC objetivando intervir na formação de um novo (e jovem) agricultor. Através dos Clubes 4-S, entre outros programas da Extensão Rural, procurou-se formar sujeitos que estivessem aptos para lidar com estas técnicas e tecnologias "modernas" implantadas pela Extensão Rural. Estes clubes de trabalho foram implantados pela ACARESC a partir de 1957 em Santa Catarina, e no início da década de 1970 ganham ênfase no oeste catarinense. Naquele momento, os olhares da Extensão Rural concentraram-se nesta região, procurando legitimá-la enquanto lugar da "agricultura moderna" no estado, enquanto o "Celeiro Catarinense". Assim, delimito o objeto a partir da efetivação de ações governamentais que resultariam na implantação dos Clubes 4-S em Chapecó (1970) e o processo de repensar sobre os trabalhos com juventude rural (1985)

    Towards the Soyacene: Narratives for an Environmental History of Soy in Latin America's Southern Cone.

    Get PDF
    This article provides an historical analysis of soybean farming in the most productive region of the world: Latin America’s Southern Cone, with particular attention for Argentina, Uruguay, Paraguay and Brazil. Drawing from the premise that current narratives on soybean cultivation and commercialization have mostly focused on quantitative data of a global scope, this article discusses the potential of scholarly narratives informed by the critical tools of environmental history. Moreover, it proposes the adoption of a new term sublimating the multilayered history of soybeans in the Southern Cone: the Soyacene. This term attempts to shape an original narrative of soybean production in the age of the Great Acceleration, deconstructing misleading historical assumptions. Moreover, by critically discussing the impacts of soybean production, the Soyacene strives to produce a non-essentialist historical narrative in which the diverging interests of different social layers (e.g. governmental actors, private corporations, small farmers and indigenous populations) are addressed with contextualized critical tools.Este artículo ofrece un análisis histórico del cultivo de la soja en una de las regiones más productivas del mundo: el Cono Sur de América Latina, con especial atención en Argentina, Uruguay, Paraguay y el sur de Brasil. Partiendo de la premisa de que las narrativas actuales sobre el cultivo y la comercialización de la soja se han centrado principalmente en datos cuantitativos de alcance mundial, este artículo analiza el potencial de las discusiones académicas basadas en las herramientas críticas de la historia ambiental. Además, propone la adopción de un nuevo término que destaca la historia multiescalar de la soja en el Cono Sur: el Soyaceno. Este término intenta dar forma a una narrativa original de la producción de soja en la era de la Gran Aceleración, deconstruyendo supuestos históricos problemáticos. Además, mediante el debate crítico de los impactos de la producción de soja, el Soyaceno se esfuerza por producir una narrativa histórica no esencialista en la que los intereses divergentes de las diferentes capas sociales (por ejemplo, los actores gubernamentales, las empresas privadas, los pequeños agricultores y las poblaciones indígenas) son abordados desde herramientas críticas que permiten una mayor contextualización

    “O Oeste Catarinense não pode parar aqui”. Política, agroindústria e uma história do ideal de progresso em Chapecó (1950-1969)

    Get PDF
    Este artigo tem por objetivo discutir a importância da ideia de progresso na fundamentação de um projeto de hegemonia política e econômica em Chapecó, Santa Catarina, entre 1950 e 1969. Com a intensão de ocupar a região considerada como “vazio demográfico”, o governo do estado de Santa Catarina articulou o projeto de conquista da região através da atuação de companhias colonizadoras, responsáveis pela acomodação de migrantes eurodescendentes provindos do Rio Grande do Sul. Neste sentido, durante a primeira metade da década de 1950, as companhias colonizadoras simbolizaram o empreendimento de um processo “civilizatório” para a região, baseados em ideias de trabalho árduo, religiosidade católica e progresso. Com o linchamento de quatro forasteiros acusados de incendiar a igreja matriz em 1950, contemporâneo do declínio do poder político e econômico das companhias colonizadoras, as elites locais precisaram se articular na composição de um projeto político em torno da agroindústria como nova matriz produtiva, como forma de levar adiante o projeto colonizador. A ideia de progresso, neste sentido, mais do que um conceito abstrato, passou a traduzir e fundamentar a construção de um projeto político hegemônico, reunindo em torno de si diferentes grupos políticos e econômicos e que, nas décadas de 1950 e 1960, se materializou no aumento da infraestrutura regional e se difundiu por todos os demais grupos sociais do município. O artigo conclui com a abordagem do que consideramos ser o momento mais significativo desta construção: os festejos do cinquentenário de Chapecó, em 1967, durante a ditadura civil-militar, e a aproximação das elites locais em torno de um projeto que se consolidou na década de 1970. Palavras-chave: Chapecó, SC – Política e Governo. Agroindústria. Chapecó, SC – História. Chapecó, SC – Colonização

    Para um estudo dos bens comuns no Brasil

    Get PDF
    This article investigates disciplinary paths and methodologies promoting research on the commons in the Brazilian academic context. First, we analyse collective practices in Brazil from the perspective of environmental history, focusing on the so-called natural commons – the most ancient form of commons. We also bring this environmental perspective to the present, analysing the relationship between natural commons and political ecology. Finally, we discuss urban and digital commons, demonstrating the opportunities offered by collective urban policies on disadvantaged communities and the potential of digital commons in both knowledge distribution and for the creation of a national movement of the commons. O objetivo principal deste artigo é investigar possíveis percursos disciplinares e metodologias para o estudo dos bens comuns no contexto acadêmico brasileiro. Primeiramente, analisamos as práticas coletivas no Brasil desde a perspectiva da História Ambiental, discutindo os chamados bens comuns naturais – ou natural commons – a forma mais antiga de bens comuns. Trazemos essa mesma perspectiva ambiental ao presente, tecendo uma análise crítica sobre as relações entre bens comuns naturais e Ecologia Política. Por fim, desenvolvemos o tema dos commons nos contextos urbanos e nas redes digitais, demonstrando tanto as oportunidades que políticas urbanas baseadas no compartilhamento oferecem às comunidades desfavorecidas economicamente, quanto o potencial dos digital commons na distribuição horizontal dos conhecimentos e na construção de um movimento nacional dos bens comuns

    Antropoceno: : história, historiografia e perspectivas

    Get PDF
    O conceito de Antropoceno vem provocando debates relativos tanto à sua aceitação como uma era geológica quanto a uma disputa sobre seus significados. Partindo de uma perspectiva crítica, autores como Jason Moore, Anna Tsing, Donna Haraway, entre outros, chamam atenção para os limites do conceito ou propõem novas perspectivas de análise; nessa miríade interpretativa, a história e a historiografia do Antropoceno estão em constante revisão, incorporando e ressignificando elementos de análise. Este artigo busca situar o debate em torno do Antropoceno tanto em termos de análise histórica quanto de produção historiográfica até o momento. Finalmente, indica algumas perspectivas de análise empírica que vêm sendo construídas sobre o tema, principalmente no Brasil
    corecore