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Abordagem sĂłcio-histĂłrica sobre a evolução da assistĂȘncia ao parto num municĂpio de mĂ©dio porte de Minas Gerais (1960-2001)
Trata-se de caracterizar a evolução da sĂ©rie histĂłrica quanto ao tipo de parto, normal, cesĂĄrea e fĂłrceps, no perĂodo de 1960 a 2001, nas trĂȘs maternidades mais antigas e conveniadas ao Sistema Ănico de SaĂșde (SUS) de Juiz de Fora. O mĂ©todo utilizado denomina-se histĂłria serial e permite a comparabilidade entre eventos histĂłricos em determinado perĂodo de tempo. Foi identificado o aumento de incorporação tecnolĂłgica nesta trajetĂłria e o crescente uso da cesariana atĂ© 1998, quando se identifica o impacto da portaria nÂș 2816, proposta pelo MinistĂ©rio da SaĂșde, atravĂ©s de inversĂŁo dessa tendĂȘncia com elevação do nĂșmero de partos normais. A diferenciação constatada do tipo de parto de acordo com a categoria de internação aponta para uma discussĂŁo marcadamente polĂtica, que diz respeito Ă s relaçÔes sociais em que se entrelaçam desigualdades de diversas ordens, entre elas as de gĂȘnero e de classe social. Conhecer as desigualdades e problematizar sua existĂȘncia, traduzida em perfis de morbimortalidade e padrĂ”es desiguais de assistĂȘncia, Ă© precondição para obter o encaminhamento da solução
A compreensão médica portuguesa sobre a concepção da criança no século XVIII
A partir do sĂ©culo XVII, novos conhecimentos anatĂłmicos vĂŁo possibilitar aos mĂ©dicos uma compreensĂŁo da concepção humana que desagua na autoconfiança que exibe hoje a medicina. Portugal vai integrando esse novo saber mĂ©dico e, ao longo de Setecentos, vĂȘ cada vez mais generalizar-se a ideia de que o homem participava na concepção por meio do sĂ©men que fecundava o ovo existente na mulher, rompendo com as concepçÔes vindas da Antiguidade. Apesar de alguma novidade no conhecimento anatĂłmico e de um raciocĂnio mĂ©dico mais fundado na observação sistemĂĄtica, a ideia que sobressai Ă© a da impotĂȘncia para responder aos normais anseios das pessoas e a pouca capacidade para desfazer mitos hĂĄ muito enraizados, como a possibilidade da influĂȘncia da imaginação na concepção. Um dos contributos de maior alcance desta racionalidade parece ter sido o despertar para uma consciĂȘncia desenvolvimentista que acentuava a necessidade de se actuar preventivamente na promoção da saĂșde. DaĂ a importĂąncia de se olhar para os cuidados a ter para com a criança e desde o inĂcio, ou seja, desde a concepção
A História da Alimentação: balizas historiogråficas
Os M. pretenderam traçar um quadro da HistĂłria da Alimentação, nĂŁo como um novo ramo epistemolĂłgico da disciplina, mas como um campo em desenvolvimento de prĂĄticas e atividades especializadas, incluindo pesquisa, formação, publicaçÔes, associaçÔes, encontros acadĂȘmicos, etc. Um breve relato das condiçÔes em que tal campo se assentou faz-se preceder de um panorama dos estudos de alimentação e temas correia tos, em geral, segundo cinco abardagens Ia biolĂłgica, a econĂŽmica, a social, a cultural e a filosĂłfica!, assim como da identificação das contribuiçÔes mais relevantes da Antropologia, Arqueologia, Sociologia e Geografia. A fim de comentar a multiforme e volumosa bibliografia histĂłrica, foi ela organizada segundo critĂ©rios morfolĂłgicos. A seguir, alguns tĂłpicos importantes mereceram tratamento Ă parte: a fome, o alimento e o domĂnio religioso, as descobertas europĂ©ias e a difusĂŁo mundial de alimentos, gosto e gastronomia. O artigo se encerra com um rĂĄpido balanço crĂtico da historiografia brasileira sobre o tema
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