4 research outputs found

    QUESTÕES SOBRE O CORPO NA AQUISIÇÃO E NA CLÍNICA DE LINGUAGEM | QUESTIONS ABOUT THE BODY IN THE ACQUISITION AND CLINIC OF LANGUAGE

    Get PDF
    Sabe-se que “corpo” é conceito assumido a partir de diferentes posições interpretativas e que à linguagem, à criança e à relação da criança com a linguagem são reservados vários pontos de vista teórico-epistemológicos. Assim, este trabalho à luz do Interacionismo em Aquisição de Linguagem (De Lemos, 2002, 2006) e da Clínica de Linguagem, como proposta por pesquisadores do LAEL/PUCSP, tem como objetivo refletir sobre o corpo na aquisição de linguagem, buscando compreender seu modo de presença nessa área e seus reflexos na configuração de uma Clínica de Linguagem. Esse trabalho reforça a necessidade de problematizar a relação entre aquisição de linguagem e a clínica fonoaudiológica, bem como possibilita promover uma reflexão acerca do corpo biológico e do corpo pulsional, articulado na e pela linguagem, levantando questões sobre a criança e o funcionamento linguístico/discursivo.Palavras-Chave: Corpo;  Aquisição de linguagem; Clínica de linguagem.Abstract: It is known that "body" is concept assumed from different interpretive positions and that the language, the child and the relationship of the child with the language are reserved several theoretical viewpoints-epistemological. Thus, this work in the light of the interactionism in language acquisition (De Lemos, 2002, 2006) and of the language clinic, as proposed by researchers of the LAEL/PUCSP, aims to reflect on the body in the acquisition of language, seeking to understand its way of presence in this area and its reflections in the configuration of a language clinic. This work reinforces the necessity of problematizing the relationship between language acquisition and the language therapy clinic, as well as enabling a reflection on the biological body and the pulsional body, articulated in and by the language, raising questions about the child and Language/discursive operation.Keywords: Body; Acquisition of language; Clinic of languag

    Apraxias: considerações sobre o corpo e suas manifestações motoras inesperadas.

    Get PDF
    O termo apraxia faz referência a uma perturbação do gesto, que envolve a dificuldade, ou até mesmo a impossibilidade, de realizar movimentos de maneira voluntária sem a presença de prejuízos musculares que justificassem o sintoma apresentado. Quando o gesto em questão é o articulatório, diz-se de uma Apraxia de Fala. O caráter eminentemente funcional do problema leva ao questionamento, então, do que causaria tais sintomas. Apraxias têm manifestação no corpo e “corpo” é, por tradição e direito, objeto (exclusivo) do campo da Fisiologia e da Patologia – justifica-se, sem dúvida, a força da discursividade desses estudos sobre o tema que também opera no domínio da divisão filosófica mente/corpo - melhor entendido, da relação entre razão/cognição e corpo/organismo. É na esfera do dualismo corpo-mente que se inscreve (a)praxia. No entanto, quando o dualismo psicofísico (Jackson,1866/1932)  é dissolvido por Freud (1891), outra concepção de corpo deve vir a figurar nos estudos sobre as apraxias. Trata-se do corpo que é Um, aquele que nasce com o ser de linguagem, o falasser, o corpolinguagem (LACAN, 1985, 1998). O fenômeno apráxico coloca em relevo a relação entre corpo e linguagem. Este trabalho apresenta uma discussão teórica que parte da definição psicoanalítica de corpo

    CONSIDERAÇÕES SOBRE (IN)FLEXIBILIDADE PRAGMÁTICA NA CLÍNICA DE LINGUAGEM COM CRIANÇAS

    No full text
    Abstract It is unquestionable that children's speech can be highly unpredictable to an extent that it may touch “a language consolidated limit” (Figueira 2015: 174). In such cases, a major cut-off effect ends up separating a child's speech from the language set conceived of as "normal speech”. In fact, symptomatic speech troubles the communicative dynamics in interaction situations and deeply affects what is assumed as pragmatic (in)flexibility. In order to reflect on that theme (pragmatic flexibility) when symptomatic speech is at stake, the present work discusses some child-adult dialogues in clinical situations. The analysis is based on European Structuralism and, on the speaker, Psychoanalysis. We conclude that identifying pragmatic flexibility in children with symptomatic speech does not help the recognition of singularity of the infantile speech manifestations.Resumo Sabe-se que falas infantis podem ser tão imprevisíveis ao ponto de chegarem a abalar o “limite consolidado pela língua” (Figueira 2015: 174). Há situações em que atingem um efeito de corte que acaba por apartar a fala de certas crianças do conjunto de falas reconhecidas como “normais”. Manifestações sintomáticas de fala podem colocar em xeque a dinâmica da comunicação e aquilo que se concebe como (in)flexibilidade pragmática. O presente trabalho discute a questão da presença ou ausência de flexibilidade pragmática em crianças com falas sintomáticas e, para isso, inclui observações de situação dialógica entre criança e adulto no contexto da Clínica de Linguagem. A análise tem o Estruturalismo Europeu como fundo teórico sobre a linguagem e, sobre o falante e a clínica, aproxima-se da Psicanálise. Conclui-se que identificar (in)flexibilidade pragmática em crianças com falas sintomáticas não auxilia o encontro do clínico com a singularidade da fala infantil.Resumen Se sabe que el habla de los niños puede ser tan impredecibles hasta el punto de sacudir el “límite consolidado por el lenguaje” (Figueira 2015: 174). Hay situaciones en las que consigue un efecto de corte que acaba separando el habla de determinados niños del conjunto de hablas reconocidas como “normales”. Manifestaciones sintomáticas del habla pueden poner en jaque la dinámica de la comunicación y lo que se concibe como (in) flexibilidad pragmática. Este trabajo discute la cuestión de la presencia o ausencia de flexibilidad pragmática en niños con habla sintomática y, para ello, incluye observaciones de la situación dialógica entre niño y adulto en el contexto de la Clínica del Lenguaje. El análisis tiene el estructuralismo europeo como trasfondo teórico sobre el lenguaje y, sobre el hablante y la clínica, se acerca al psicoanálisis. Se concluye que identificar la (in) flexibilidad pragmática en niños con habla sintomática no ayuda al encuentro del clínico con la singularidad del habla infantil
    corecore