139 research outputs found
Penser en langues
L’un des problèmes les plus urgents que pose l’Europe est celui des langues. On peut envisager deux types de solution : choisir une langue dominante, dans laquelle se feront désormais les échanges – un anglo-américain mondialisé ; ou bien jouer le maintien de la pluralité, en rendant manifeste à chaque fois le sens et l’intérêt des différences, seule manière de faciliter réellement la communication entre les langues et les cultures. Le Vocabulaire européen des philosophies, Dictionnaire des i..
Les intraduisibles
Barbara Cassin revient sur les fondements et les enjeux philosophiques du Dictionnaire des intraduisibles ainsi que sur les grandes problématiques de la traduction. Rejetant l’idée d’un métalangage qui servirait de passerelle entre les différentes langues, elle définit un relativisme non subjectiviste, ou « comparatif dédié ». Elle évoque également dans cet entretien les projets de traduction du Vocabulaire européen des philosophies et la mise en place d’un Observatoire européen de la traduction.In this interview, Barbara Cassin considers the philosophical presuppositions and stakes of the Dictionary of Untranslatable Words, and adresses some of the main questions raised by the experience of translation. She rejects the idea of a metalanguage, which would allow the passage from one natural language to another, and puts forward a non subjectivist relativism instead. She also mentions the current projects for translating the European Vocabulary of philosophies and the creation of an European Observatory of Translation
Homère en philosophe: De quelques scènes philosophiques primitives chez Homère
RESUMO: Homero como filosofo: o texto homĂ©rico corre sob um certo nĂşmero de textos filosĂłficos e contribui para fabricar ou efetivar conceitos. Tomamos aqui trĂŞs exemplos: Ulisses amarrado a seu mastro sob o ente de ParmĂŞnides, o pharmakonde Helena sob a onipotĂŞncia do logos, Ulisses dirigindo-se a Nausicaa como invenção do performativo. Afinal de contas, Ă© por ser pai dos sofistas que Homero entrelaça poesia e filosofia.PALAVRAS-CHAVE: Homero ParmĂŞnides, GĂłrgias, Austin, Ulisses, Helena, Nausicaa, pharmakon, to eon, performativo, palimpsesto, poesia, filosofia, sofĂstica.RÉSUMÉ:certain nombre de textes philosophiques et contribue Ă fabriquer ou Ă mettre en Å“uvre des concepts. On prend ici trois exemples : Ulysse liĂ© Ă son mât sous l'Ă©tant de ParmĂ©nide, le pharmakon d'HĂ©lène sous la toute-puissance du logos, l'adresse d'Ulysse Ă Nausicaa comme invention du performatif. C'est finalement parce qu'il est le père des sophistes qu'Homère noue ainsi poĂ©sie et philosophie.Homère en philosophe : le texte homĂ©rique court sous un certain nombre de textes philosophiques et contribue Ă fabriquer ou Ă mettre en Å“uvre des concepts. On prend ici trois exemples : Ulysse liĂ© Ă son mât sous l'Ă©tant de ParmĂ©nide, le pharmakon  d'HĂ©lène sous la toute-puissance du logos, l'adresse d'Ulysse Ă Nausicaa comme invention du performatif. C'est finalement parce qu'il est le père des sophistes qu'Homère noue ainsi poĂ©sie et philosophie
6. Humboldt, la traduction et le Dictionnaire des intraduisibles
J’ai […] une réticence de la volonté intellectuelleà scinder strictement le subjectif etl’objectif, l’individuel et le général.Humboldt, « Fragment d’une autobiographie » « J’atteins beaucoup trop rarement l’authentique certitude de la vérité et j’oscille très facilement entre deux séries d’idées, en sorte que je trouve toujours l’autre meilleure quand je suis sur le point d’adopter la première », écrit Humboldt dans son « Fragment d’une autobiographie ». On tient là ce que Jürgen Trabant app..
In Sprachen denken
Eines der dringendsten Probleme, die sich für Europa stellen, ist die Sprachenfrage. Zwei Lösungsmöglichkeiten kann man dabei ins Auge fassen: zum einen die Entscheidung für eine einzige dominierende Sprache, in der man sich künftig verständigt, also ein globalisiertes Angloamerikanisch; zum anderen den Erhalt der Pluralität, die immer wieder neu die Bedeutung und Wichtigkeit von Unterschieden deutlich macht – nur dies kann die Kommunikation zwischen Sprachen und Kulturen tatsächlich erleicht..
Acidente / Acidente de trânsito de Aristóteles à TAC
De AristĂłteles Ă s tecnologias assistidas por computador (TAC) trata-se ainda e sempre de uma caça Ă homonĂmia alimentada pela ânsia de univocidade, pela crença na universalidade dos conceitos. Explorando a pluralidade nas lĂnguas e entre lĂnguas, Barbara Cassin postula, na esteira do projeto de tradução do Dictionnaire des intraduisibles, uma reavaliação da homonĂmia e a possibilidade de passar nĂŁo de palavra(s) para palavra(s), mas de uma nuvem de palavras para outras. O trabalho sofisticado da filĂłsofa revela-se nesse fazer com palavras, com as quais Ă© preciso lidar, caso a caso, escrupulosamente
Lacan e a sofĂstica: Mais, ainda ainda Helena
“Lacan et la sophistique: Encore encore HĂ©lĂ©ne” Ă© uma seção de seu aclamado livro L’effet sofistique, publicado na França em 1995. Nela, Cassin estabelece uma relação estreita entre Lacan e a sofĂstica, traçando um paralelo entre o Seminário Encore (1972-1973) e a conferĂŞncia do segundo Congresso de Roma (1-11-1974), de Lacan, e a obra dos ditos sofistas, em particular o Tratado do nĂŁo-ser ou sobre a natureza e o Elogio de Helena, de GĂłrgias de Leontinos, os quatro considerados por ela como sendo um outro do discurso filosĂłfico. Sua tese central Ă© que “da sofĂstica Ă psicanálise, a semelhança exterior nĂŁo Ă© senĂŁo muito impressionante. Lacan, assim como a sofĂstica, articula a atividade da linguagem em dois tempos: um tempo crĂtico, em relação Ă filosofia, e um tempo positivo, onde se esclarecem algumas fĂłrmulas-chave (...)
A Performance antes do Performativo, ou A terceira dimensĂŁo da linguagem
Barbara Cassin Ă© uma estudiosa helenista reconhecida pelo seu trabalho com a corrente filosĂłfica sofĂstica (sĂ©c. V-IV a.C.), que conta com pensadores como GĂłrgias, Protágoras, PrĂłdicos, HĂpias, entre outros. Essa escola por muito tempo viveu Ă margem tanto da filosofia quanto da reflexĂŁo sobre a linguagem porque era reduzida a uma classe de professores de retĂłrica exploradores. Guardadas as devidas particularidades de cada pensador, o pensamento sofista se baseia na autonomia do discurso (o logos) em relação Ă realidade: o discurso nĂŁo Ă© per se verdadeiro nem falso, pois a realidade nĂŁo está decalcada no discurso mas Ă© ele quem molda a realidade Ă medida que comunica a percepção que o seu usuário tem da realidade. O artigo que apresentamos aqui traduzido para o portuguĂŞs, La performance avant le performatif ou la troisième dimension du langage, fará parte de uma coletânea organizada pela prĂłpria autora e pelo Prof. Carlos LĂ©vy: Genèse de l’acte de parole, a ser publicada pela casa editorial Brepol Publishers no inĂcio de 2011. Assim como outros tambĂ©m de autoria de Barbara Cassin (cf. Sophistique, Performance, Performatif (CASSIN, 2007)), o presente artigo tem o mĂ©rito de colocar em discussĂŁo os conceitos modernos da teoria austiniana dos atos de fala e a percepção grega da linguagem, em especial do ponto de vista sofĂstico. Esse diálogo permite compreender melhor os dois lados da moeda: a abordagem antiga e a abordagem contemporânea. Esta tradução para o portuguĂŞs traz para a comunidade cientĂfica brasileira de ambas as áreas, a filosofia clássica e a pragmática da linguagem cotidiana, um texto a ser discutido interdisciplinarmente
- …