13 research outputs found

    What do they do after class? extra curriculum activities of medical students of ribeirão preto-University of São Paulo

    Get PDF
    Em 1999, o Programa Especial de Treinamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo realizou um estudo com 326 alunos, do primeiro ao quarto ano, com o objetivo de identificar e descrever as atividades extracurriculares desses alunos. Em 2002, o estudo foi repetido, utilizando-se o mesmo instrumento, aplicado em 360 alunos. Trata-se, portanto, de estudo transversal, cujas variáveis estudadas são: idade, sexo, ano do curso, atividades extracurriculares ligadas à FMRP-USP, motivo da pratica de tais atividades, horas despendidas com elas, grau de satisfação e motivo de satisfação e insatisfação. Do total de entrevistados, 64% são homens e 36% são mulheres. A média da idade é 20,7 anos e apenas 8% (29) não estavam engajados em nenhuma atividade extracurricular na época da entrevista. Das atividades mais freqüentadas estão as ligas (73%), os treinos esportivos (53%), os estágios em laboratório de iniciação científica (31,5%) e os plantões voluntários (31%). Das atividades não relacionadas à Faculdade, 36% referiram-se ao estudo de uma língua estrangeira e 24,5%, à música ou ao teatro. A maioria gasta, pelo menos, cinco horas semanais com essas atividades. Maior número de atividades foi encontrado, associado ao maior o tempo de permanência do aluno no curso médico (p=0,002), embora a carga horária da grade curricular também aumente com o passar do tempo. Embora não tenham sido encontradas grandes diferenças, ao compararmos os alunos entrevistados em 1999 e 2002, houve aumento significativo de participação em ligas, já que novas foram criadas no período.In 1999 the Special Training Programme of the Medical School of Ribeirão Preto conducted a study with 326 undergraduate students from the first to the fourth grade aiming to identify and describe their extra curriculum activities. In 2002 the study was repeated administering the same questionnaire among 360 students. It is, therefore, a cross-seccional study in which the variables are age, sex, grade of course, extra curriculum activities linked to the school, reasons for these activities, weekly hours spent with them, satisfaction levels and reasons for satisfaction or dissatisfaction. From the total of interviewees 64% are male and 36% female, the median age found was 20,7 years old and only 8% (29) of students are not enrolled in any extra curriculum activity at the time of the interview. Belonging to a study group named “leagues” (73%), practicing some sport (53%), developing research (31,5%) or voluntary medical night calls (31%) are amongst the most popular actitivies. Among the activities not linked to the school most students reported to study a foreign language (36%), music or theatre (24,5%). Most of them reported spending at least five hours per week with some of these activivies. Greater number of activities were found associated to higher grade at medical school (p=0,002) despite the increase of time in class. Although there were not found great differences among the students interviewed in 1999 and 2002, there was a significant increase of participation in “leagues” since new of them were created during this time

    Child care and (not) vaccination in the context of middle class families in São Paulo/SP

    No full text
    A vacinação é uma das medidas de maior impacto na diminuição da morbimortalidade de doenças. No entanto, sua história é marcada por êxitos e contratempos. No contexto brasileiro, a vacinação se afirmou como premissa do cuidado infantil, extrapolando a perspectiva médica e alcançando a população geral. Em contraponto, desde os anos 2000, foi observada uma diminuição da cobertura vacinal infantil em estratos de alta renda e escolaridade em São Paulo-SP, segmento social que valoriza a individualidade e a autonomia dos sujeitos. Esse estudo tem por objetivo compreender o processo de (não) vacinação dos filhos e sua interface com o cuidado infantil, em casais de camada média e alta escolaridade em São Paulo/SP. Foi utilizada a abordagem qualitativa, por meio de entrevistas em profundidade com dezesseis casais, dos quais cinco vacinaram, cinco selecionaram as vacinas e seis não vacinaram os filhos. O percurso analíticointerpretativo dos dados empíricos foi realizado pelo referencial metodológico da antropologia interpretativa geertziana com o recurso da análise de conteúdo temático e os achados foram discutidos em articulação com os referenciais teóricos interrelacionados de cuidado, família e gênero. O estudo encontrou diferenças significativas quanto à tomada de decisão dos casais, variando de uma postura de aceitação plena a uma questionadora, porém, todos eles convergiram nos aspectos de buscar argumentação científica e orientação médica para suas escolhas. O contexto do parto humanizado e as informações sobre vacina, sobretudo da internet, foram os principais elementos que deflagraram a problematização da vacina, com destaque ao protagonismo feminino nesse percurso. Apesar das diferentes concepções acerca da vacinação, para todos os casais, a escolha por vacinar ou não o filho baseou-se no mesmo sentimento de cuidado parental e valores de proteção e responsabilidade. A vacinação assumiu significado de proteção para os que vacinaram e risco para os que não vacinaram. As justificativas pela não vacinação se assemelharam às da literatura internacional. As decisões sobre vacinação e saúde no âmbito privado familiar foram majoritariamente apropriadas pelas mulheres, a despeito de evidências de uma maior participação dos homens nos afazeres domésticos e no cuidado filial. Os casais que não vacinaram relataram sentimento de medo diante da possibilidade de perda da autonomia nas decisões sobre a saúde de seus filhos. A defesa dessa autonomia, porém, não foi estendida a toda população. Todos os casais participantes, independentemente da postura quanto à vacinação, tomaram suas decisões norteadas por uma perspectiva individual, não sendo mencionada a função coletiva da imunização. A compreensão da aceitabilidade das vacinas na sua interface com o cuidado infantil, no contexto das camadas médias de São Paulo, remete a uma reflexão sobre a interação sociedade e práticas de saúde e ressalta a importância que o cuidado, no tocante à vacinação, é uma questão que extrapola o âmbito individual, pois diz respeito a uma responsabilidade que também é coletivaVaccination is one of the measures of greatest impact in reducing the morbiditymortality of diseases. However, its history is scarred by successes and setbacks. In the Brazilian context, vaccination consolidated itself as the premise of child care, exceeding the medical perspective and reaching out the population in general. In contrast, it has been observed since the 2000s, a diminishing of infant immunization coverage in highincome strata and education in São Paulo-SP, a social segment that values the individuality and autonomy of individuals. This study aims to understand the process of (not) vaccination of children by couples in middle and high schooling level in São Paulo-SP, and its interface with child care. A qualitative approach through in-depth interviews with sixteen couples was employed. Among them: 05 vaccinated their children, 05 selected the vaccines and 06 did not vaccinate their children. The analytical and interpretative path of empirical data was performed by methodological framework of geertzian interpretative anthropology, with the use of thematic content analysis, and the findings were discussed in conjunction with the interrelated theoretical frameworks of care, family and gender. The study found significant differences concerning the decision making process of the couples, ranging from a position of full acceptance to questioning the vaccination itself, however, all of them converged on aspects of seeking scientific argumentation and medical advice to guide their choices. The context of humanized childbirth and information on vaccine, mostly from the internet, were the main elements that triggered the questioning of the vaccine, particularly the female role in this pathway. Despite distinct views about vaccination, for all couples, the choice to vaccinate or not the child was based on the same sense of parental care, protection values and responsibility. Vaccination assumed a meaning of protection for those who vaccinated and a risk for those who did not vaccinate. The reasons for the nonvaccination were similar to those reported in the literature. Decisions about vaccination and health in the family scope were mostly appropriated by women, despite evidences of a greater participation of men in the housework and child care. Couples who did not vaccinate reported a sense of fear under losing the autonomy of taking decisions on their children`s health. The defense of this autonomy, however, did not reach the entire population. All attendant couples, regardless of vaccination stance, made their decisions guided by an individual perspective, not mentioning the collective function of immunization. Understanding the acceptability of vaccines and its interface with child care in the context of the middle class of São Paulo, points to a reflectance on the relationship between society and health practices and emphasizes the importance that care, with regard to vaccination, is a question that goes beyond the individual scope, as it relates to a responsibility which is also collectiv

    A (não) vacinação infantil entre a cultura e a lei: os significados atribuídos por casais de camadas médias de São Paulo, Brasil

    No full text
    Resumo: O objetivo deste estudo foi compreender como pais de camadas médias de São Paulo, Brasil, significam as normatizações da vacinação no país, a partir de suas vivências de vacinar, selecionar ou não vacinar os filhos. Foi realizada abordagem qualitativa por meio de entrevista em profundidade. O processo analítico guiou-se pela análise de conteúdo e pelo referencial teórico da antropologia do direito e da moral. Para os pais vacinadores, a cultura de vacinação se sobressaiu à percepção de cumprimento da lei; para os seletivos, a seleção de vacinas não foi percebida como ação desviante da lei. Em ambos, o ato de vacinar os filhos assumiu um status moral. Já os não vacinadores, em contraponto à perspectiva legal, atribuem essa escolha a um cuidado ao filho respaldado pela ilegitimidade que a vacinação assume para o modo de vida deles e vivenciam um cenário de coerção social e medo de imposições legais. A vacinação é uma prática importante no campo da Saúde Pública, porém, pode revelar tensões e conflitos oriundos de sistemas normativos, sejam eles de ordem moral, cultural ou legal

    Considerações sobre o impacto da covid-19 na relação indivíduo-sociedade: da hesitação vacinal ao clamor por uma vacina

    Get PDF
    Desde março de 2020, quando a Organização Mundial de Saúde declarou que o mundo vivia uma pandemia de covid-19, acompanhamos um quadro sanitário sem precedentes nos últimos 100 anos. As medidas atuais contra a doença têm como objetivo o controle da transmissão e envolvem ações individuais e coletivas de higiene e distanciamento físico, enquanto a busca por uma vacina se apresenta como a esperança para vencer a pandemia. Considerando o contexto social de clamor por uma nova vacina, este ensaio crítico discute o paradoxo e as contradições da relação indivíduo-sociedade no contexto da covid-19 à luz da hesitação vacinal como fenômeno histórico e socialmente situado. Este ensaio aponta que as tomadas de decisão sobre (não) vacinar ou sobre (não) seguir as medidas preventivas e de controle da propagação da covid-19 são conformadas por pertencimentos sociais e atravessadas por desigualdades que tendem a se exacerbar. A infodemia que cerca a covid-19 e a hesitação vacinal refletem a tensão entre o risco cientificamente validado e o risco percebido subjetivamente, também influenciada pela crise de confiança na ciência. Percepções de risco e adesão a medidas de saúde extrapolam aspectos subjetivos e racionais e espelham valores e crenças conformados pelas dimensões política, econômica e sociocultural.Since March 2020, when the World Health Organization (WHO) declared that COVID-19 was a pandemic at global level, we are facing an unprecedented health crisis over the past 100 years. While the search for a vaccine represents the hope to overcome the pandemic, measures were established to control the disease transmission through individual and collective actions of hygiene and physical distancing. Based on the popular clamor for new vaccines, this critical essay discusses the paradox and contradictions of the individual-society relationship in the context of COVID-19 considering vaccine hesitancy as a historical and social phenomenon. We also argue that decisions on (not) vaccinating or (not) following COVID-19 control and preventive measures are influenced by social belonging and traversed by inequalities that tend to exacerbate. COVID-19 surrounding infodemic and vaccine hesitancy reflect the tension between scientificallyvalidated and self-perceived risk, besides being impacted by the crisis of confidence in science. Perceiving risk and adhering to precautionary measures extrapolate subjectivity and rationality, and mirror values and creed shaped by the political, economic, and sociocultural dimensions

    Classificação citológica do grau de malignidade de mastocitomas em cães

    No full text
    O mastocitoma é o tumor cutâneo que mais acomete os cães. A citopatologia é um exame que tem por finalidade diferir processos infecciosos de processos neoplásicos. A histopatologia diferencia os mastocitomas em diferentes graus. No entanto, há a necessidade de uma padronização do exame citopatológico para a diferenciação dos mastocitomas em benignos ou malignos. Este trabalho teve como objetivo demonstrar a capacidade de diferenciação de mastocitomas benignos e malignos pelo exame citopatológico, comparando com o resultado da histopatologia. Foram utilizados 19 cães com nódulos cutâneos, diagnosticados com mastocitoma. As lâminas citológicas e histológicas foram avaliadas separadamente para não haver influência no diagnóstico. O exame citológico demonstrou ser capaz de demonstrar diferentes graus de malignidade, limitando-se aos critérios nucleares e de invasividade

    Map of the Brazil and mesoregions of Paraíba.

    No full text
    Immunization is one of the most effective measures in public health, and it is responsible for the reduction of vaccine-preventable diseases. In the present study, vaccine coverage (VC) and the spatial dynamics of homogeneity of VC (HVC) were compared and analyzed in the terms of the immunobiologicals administered to children aged </div
    corecore