Análise de um processo de predaçao de ninhos de tartarugas marinhas, com vistas a conservaçao

Orientador: Emygdio Leite de Araujo Monteiro FilhoMonografia (Bacharelado) - Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Biológicas. Curso de Graduaçao em Ciencias BiológicasResumo : As tartarugas marinhas são animais ameaçados de extinção, as principais causas são: a captura acidental em artes de pesca, poluição do ambiente mar e descaracterização do ambiente por ação antrópica. A predação natural de tartarugas marinhas causa poucos impactos sobre as populações naturais. No entanto, quando existem outras causas de mortalidade, a predação natural pode apresentar um papel importante na dinâmica da população. Além do mais, conhecer os predadores naturais é fundamental, principalmente quando a cadeia trófica é alterada. Este estudo foi realizado no Abaís, litoral sul do Estado de Sergipe, onde existe uma base de pesquisa do Projeto TAMAR. No Abaís vem se observando um incremento no número de desovas predadas por animais. Os ninhos predados apresentaram taxas de eclosão menores que os ninhos que tiveram sucesso e apresentaram diferenças também quando comparadas estas taxas às técnicas de manejo empregadas. Os ninhos com sucesso tiveram taxas de eclosão em torno dos 80%, enquanto os ninhos predados e mantidos in situ tiveram taxa de eclosão inferior a 30%. Quando foram transferidos, esta taxa ficou acima de 40%. Das três espécies desovam na região, Eretmoche/ys imbricata é a que mais sofre impacto apresentando mais de 28% de seus ninhos predados, sendo seguida por Caretta caretta, com mais de 13% de seus ninhos predados e por último Lepidoche/ys olivacea, com apenas 11 % de seus ninhos predados. Os ninhos predados apresentaram um maior número de ovos perdidos que os ninhos que obtiveram sucesso, e uma média significativamente menor de ovos. As evidências apontam Cerdocyon thous (Canidae) como o principal predador das desovas e neonatos, porém encontrou-se indícios de Canis familiaris predando desovas e neonatos de tartarugas marinhas. As principais medidas mitigatórias seriam o uso de essências de grandes carnívoros como repelente, o uso de cães adestrados para afugentar o predador e modificar a forma de marcação dos ninhos, já que o predador parece reconhecer as estacas de marcação e saber onde encontrar os ninhos

Assembléia de peixes associados a ambientes consolidados no litoral do Paraná, Brasil: uma análise qualitativa com notas sobre sua bioecologia

Recently, reef fish studies have been receiving more attention from researchers. Five zoogeographical provinces were determined along the brazilian coast with the State of Paraná baing included within the south-southeast province. Reef fish fauna was accessed through underwater visual census at natural and artificial habitats. We observed that both sand matrix effect, which involves a artificial environment, and the attractor effect of these structures over the ichtyofauna, are evident on both sandy and pelagic species,respectively, and are the main responsible for differences found between natural and artificial assemblages. The apparent lower richness attributed to Paraná state when compared with other localities belonging to the same zoogeographic province could be a consequence of a local biological filter or just a outcome of regional studies absence.Recentemente, estudos com peixes recifais vêm recebendo cada vez mais atenção dos pesquisadores. Na costa brasileira cinco províncias zoogeográficas foram determinadas, sendo o Paraná incluído na província sul-sudeste. Utilizando-se do censo visual sub-aquático para acessar a fauna de peixes recifais, avaliou-se os ambientes naturais e artificiais. Observou-se que a heterogeneidade de ambientes na região configura diferenças na estrutura da ictiofauna influenciada pela matriz arenosa que envolve os ambientes artificiais e pelo efeito atrator destas estruturas evidenciado pela maior presença de espécies pelágicas, efeito diluído no entorno dos ambientes insulares avaliados. A aparente pobreza de espécies, quando comparado com outros locais pertencentes à mesma província, pode ser efeito de um filtro biológico local ou apenas um reflexo da inexistência de estudos na região

Ichthyofauna composition across a wave: energy gradient on Southern Brazil beaches

A ação das ondas em zonas de arrebentação de praias arenosas e sua influência na composição de espécies foram avaliadas em três praias em Pontal do Paraná, Paraná, entre junho/2004 e maio/2005. Cinco arrastos mensais foram realizados em cada local amostral durante maré de sizígia em período diurno, usando uma rede de arrasto de 15 m de comprimento, 2,6 m de altura e malha de 5 mm. Um total de 26.866 peixes foram coletados pesando aproximadamente 84 kg e distribuídos em 28 famílias e 63 taxa. Métodos multi- e univariados utilizados indicaram que as amostras das praias protegidas e moderadas foram semelhantes em composição da ictiofauna, sendo os clupeídeos e engraulídeos os mais abundantes nestas praias. Por mais que os fatores abióticos sejam diferentes entre as praias, a profundidade parece exercer maior influência na estruturação da ictiofauna provendo águas menos turbulentas, o que pode ter permitido a manutenção de cardumes. Em tendência oposta, as amostras da praia exposta diferem em grande parte das outras sendo influenciada principalmente pelas variáveis altura de onda e salinidade mostradas no diagrama CCA e pela ocorrência de P. virginicus, M. littoralis e T. goodei.Wave action in sandy beach surf zones and its influence on species composition were evaluated at three sites at Pontal do Paraná, Paraná State, between June/2004 and May/2005. At each sampling site, five hauls were performed monthly using a 15 m long, 2.6 m height beach seine with a 5 mm mesh-size. Samplings were carried out at low water spring tides during daylight. A total of 26,866 fishes were collected, amounting to a total weight of 84,838 kg, which were distributed amongst 28 families and 63 taxa. Multi- and univariated methods used indicated that sheltered and moderately exposed beach samples had similar ichthyofaunal composition, being clupeids and engraulids the most abundant at these beaches. Although abiotic factors differed significantly between beaches, depth appears to exert the major influence on ichthyofauna structure by providing less turbulent waters which might have permitted shoals maintenance. Conversely, exposed beach samples differed largely from the other beaches and were influenced primarily by wave height and salinity variables. These were displayed at CCA diagram and through the occurrence of P. virginicus, M. littoralis and T. goodei

Population ecology and mobility patterns of groupers (Serranidae : Epinephelinae) on temperate rocky reefs on south-western Mediterranean sea ; implications for their conservation

"Population ecology and mobility patterns of groupers (Serranidae: Epinephelinae) on temperate rocky reefs on South-Western Mediterranean Sea: Implications for their conservation" Abstract: Groupers are emblematic species from coastal reefs, which are vulnerable to overfishing. Basic information about their biology and ecology, however, is scarce. In this work we identified that density can affect species spatial distribution. Further we observed that activity patterns of E. marginatus and E. costae are affected by storms and water temperature. We determined that both species have similar home-ranges but distinct mobility patterns. Small-sized E. marginatus and larger E. costae showed greatest displacement distances. Groupers are territorial and sedentary species, and protection offered by marine protected areas is effective. When abundance treshhold is reached benefits of protection can be perceived by exporting biomass to adjacent fishing areas. Key words: groupers, mobility, home range, marine protected areas, spillover, density-dependence "Ecología poblacional y patrones de movilidad de los meros (Serranidae: Epinephelinae) en arrecifes rocosos templados del sudoeste del Mediterráneo: Implicaciones para su conservación" Resumen: Los meros son especies emblemáticas de los arrecifes costeros, y muy vulnerables a la sobrepesca. Sin embargo, aún falta por conocer informaciones básicas sobre su biología y ecología. En este trabajo se comprobó que la densidad afecta la distribución espacial de las especies. Además se observó que los patrones de actividad de E. marginatus y E. costae se ven afectados por los temporales y por la temperatura del agua. Ambas especies tienen áreas de vida muy semejantes, pero difieren en sus pautas de movilidad. Individuos pequeños de E. marginatus e individuos grandes de E. costae realizan los mayores desplazamientos. Los meros son especies territoriales y sedentarias, y la protección conferida por las áreas marinas protegidas es efectiva. Cuando se alcanza un umbral de abundancia los beneficios de la protección pueden ser percibidos por la exportación de biomasa a zonas adyacentes. Palabras-claves: meros, movilidad, área de vida, áreas marinas protegidas, exportación de biomasa, densidad-dependenci

A assembléia de peixes em praias estuarinas : primavera e verão, Baía de Paranaguá, PR

Orientador: Henry Louis SpachCo-orientador: Carlos Werner HackradtMonografia (graduação) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Terra, Centro de Estudos do Mar, Curso de Graduação em Oceanografia com Habilitação em Pesquisa OceanográficaPraias estuarinas são ambientes que apresentam características intermediarias entre praias dominadas por ondas e planícies intermareias dominadas por maré. Estes ambientes podem ser facilmente encontrados na costa brasileira em balas abrigadas, principalmente dentro de estuários. No período de setembro de 2005 a fevereiro de 2006 foram monitoradas as mudanças temporais e espaciais da assembléia de peixes em praias estuarinas durante a primavera e o verão, para tal foram realizadas coletas mensais através de arrastos de praia realizados em três praias estuarinas localizadas no Complexo Estuarino da Baia de Paranaguá. Foram coletados 4.070 individuos compreendidos em 57 taxa distribuídos em 28 familias. As familias mais representativas em número de espécies foram Engraulidae (7 espécies). Sciaenidae (7 espécies), Carangidae (5 espécies) e Gerreidae (4 espécies). As espécies Atherinella brasiliensis, Eucinostomus argenteus, Mugil spp., Anchoa parva e Anchoa tricolor dominaram em número de individuos, representando 75,11% da captura total. Entre os exemplares 92% eram imaturos e na sua maioria o sexo não pode ser determinado. Apenas 7 espécies apresentaram tanto individuos jovens como adultos. A variação temporal da ictiofauna foi analisada através do método de escalonamento multidimensional (MDS), que agrupa os meses considerando as espécies como atributos, em um nível de significância de 55% formou dois grupos, o primeiro formado pelos meses de outubro e dezembro e o segundo formado pelos meses de novembro e janeiro, não se agruparam os meses de setembro e fevereiro. Já para a variação espacial da ictiofauna, em um nível de similaridade de 42%, foram reconhecidos dois agrupamentos, um grupo caracterizado por grande captura de A. brasiliensis, formado pela praia da Ilha das Cobras nos meses de outubro, novembro, dezembro e janeiro, pela praia de Brasilia nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro e pela praia de Europinha em dezembro e o outro grupo, caracterizado por baixas capturas de A. brasileinsis, foi formado pela praia de Brasilia nos meses setembro e outubro e pela praia de Europinha nos meses de outubro e novembro. As praias estudadas mostraram a dominância de poucas espécies e predominio de individuos imaturos indicando a importância dessas áreas como locais de criação

A assembléia de peixes em praias estuarinas : primavera e verão, Baía de Paranaguá, PR

Orientador: Henry Louis SpachCo-orientador: Carlos Werner HackradtMonografia (graduação) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Terra, Centro de Estudos do Mar, Curso de Graduação em Oceanografia com Habilitação em Pesquisa OceanográficaPraias estuarinas são ambientes que apresentam características intermediarias entre praias dominadas por ondas e planícies intermareias dominadas por maré. Estes ambientes podem ser facilmente encontrados na costa brasileira em balas abrigadas, principalmente dentro de estuários. No período de setembro de 2005 a fevereiro de 2006 foram monitoradas as mudanças temporais e espaciais da assembléia de peixes em praias estuarinas durante a primavera e o verão, para tal foram realizadas coletas mensais através de arrastos de praia realizados em três praias estuarinas localizadas no Complexo Estuarino da Baia de Paranaguá. Foram coletados 4.070 individuos compreendidos em 57 taxa distribuídos em 28 familias. As familias mais representativas em número de espécies foram Engraulidae (7 espécies). Sciaenidae (7 espécies), Carangidae (5 espécies) e Gerreidae (4 espécies). As espécies Atherinella brasiliensis, Eucinostomus argenteus, Mugil spp., Anchoa parva e Anchoa tricolor dominaram em número de individuos, representando 75,11% da captura total. Entre os exemplares 92% eram imaturos e na sua maioria o sexo não pode ser determinado. Apenas 7 espécies apresentaram tanto individuos jovens como adultos. A variação temporal da ictiofauna foi analisada através do método de escalonamento multidimensional (MDS), que agrupa os meses considerando as espécies como atributos, em um nível de significância de 55% formou dois grupos, o primeiro formado pelos meses de outubro e dezembro e o segundo formado pelos meses de novembro e janeiro, não se agruparam os meses de setembro e fevereiro. Já para a variação espacial da ictiofauna, em um nível de similaridade de 42%, foram reconhecidos dois agrupamentos, um grupo caracterizado por grande captura de A. brasiliensis, formado pela praia da Ilha das Cobras nos meses de outubro, novembro, dezembro e janeiro, pela praia de Brasilia nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro e pela praia de Europinha em dezembro e o outro grupo, caracterizado por baixas capturas de A. brasileinsis, foi formado pela praia de Brasilia nos meses setembro e outubro e pela praia de Europinha nos meses de outubro e novembro. As praias estudadas mostraram a dominância de poucas espécies e predominio de individuos imaturos indicando a importância dessas áreas como locais de criação

A estrutura da comunidade de peixes em praias de baixa energia do complexo estuarino da Baía de Paranaguá, Brasil

Com intuito de caracterizar a ictiofauna de ambientes estuarinos de baixa energia, seis praias distribuídas ao longo do eixo leste-oeste da Baía de Paranaguá, Paraná, foram amostradas mensalmente através de uma rede de arrasto tipo picaré. As amostras revelaram uma composição específica variada, entre espécies tidas como tipicamente estuarinas e outras comuns ao ambiente praial adjacente. As praias foram dominadas por poucas espécies, de pequeno tamanho e hábitos planctofágicos. Padrões temporais provavelmente ligados a atividades reprodutivas foram observados para algumas espécies, ocorrendo saída local de indivíduos de maior porte durante os meses mais quentes. Adicionalmente maiores médias de comprimento padrão foram encontradas nas praias mais externas, o que sugere o uso de praias estuarinas como corredores ecológicos de ligação entre o ambiente estuarino e a área marinha adjacente

Abundância sazonal e a composição da assembléia de peixes em duas praias estuarinas da Baía de Paranaguá, Paraná

O objetivo do presente estudo foi a caracterização da ictiofauna de duas praias estuarinas da Baía do Paranaguá, PR. O maior número de espécies e indivíduos foi amostrado nos meses mais quentes, durante os quais a ocorrência de esporádica deespécies visitantes foi maior. Poucas espécies estuarinas são consideradas residentes das quais Atherinella brasiliensis Quoy & Gaimard, 1824 e Sphoeroides testudineus Linnaeus, 1758 parecem utilizar a área como berçário. Os agregados de sardinhas e anchovas ocorreram ocasionalmente em determinadas estações dependendo da espécie, o que parece indicar um padrão de migração das áreas continentais para áreas estuarinas. Esses padrões comportamentais associados com o período reprodutivo e de alimentação sugerem um importante papel ecológico destas áreas durante o ciclo de vida de muitas espécies de peixes, principalmente quando ainda jovens