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    Zé Lador o boneco cidadão e os sentidos produzidos no jornal Extra

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    Antes conhecidos pelo estilo “espreme e sai sangue”, os jornais populares vêm se posicionando de forma diferenciada no mercado de comunicação desde a década de 1990 graças à inclusão de conteúdo de prestação de serviços ao leitor. Em março deste ano, o jornal Extra começou a utilizar em suas reportagens o personagem Zé Lador, chamado de – boneco-cidadão, que, com trajes de super-herói, tem a função de denunciar problemas da população e cobrar soluções das autoridades. Este trabalho tem por objetivo analisar a concepção do personagem e os efeitos de sua inserção na produção de sentido do conteúdo do jornal Extra. A utilização do boneco produz resultados práticos satisfatórios para os leitores? Quais são as implicações do uso desta simbologia específica para a estratégia de sobrevivência do jornal na plataforma impressa? A compreensão dessas questões passa pelo entendimento do contexto socioeconômico atual e da relação que a mídia estabelece com seu público

    AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA CRIANÇA SOROPOSITIVA: UMA ANÁLISE DO PENSAMENTO SOCIAL DE ENFERMEIROS HOSPITALARES

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    INTRODUÇÃOO presente resumo integra o Projeto de pesquisa intitulado: Análise do cuidado de enfermagem no contexto do HIV/Aids: Representações sociais e memórias de enfermeiros e portadores nos 25 anos da síndrome. A Aids apresentou-se, desde o seu início, como uma síndrome que se enraizou no imaginário social e cultural de diversas maneiras, construindo imagens, atitudes, conhecimentos e práticas, em que os saberes do senso comum e científicos se entrecruzaram. De uma morbidade ligada a atitudes socialmente condenáveis passou a ser considerada como uma síndrome presente naqueles que podem ser considerados como vítimas, especialmente as crianças que possuem alto grau de vulnerabilidade.OBJETIVOSNeste sentido, adotou-se, como objetivo, analisar a representação social da criança soropositiva para o HIV, especialmente em sua dimensão imagética, e sua relação com a assistência de enfermagem.METODOLOGIATrata-se de um estudo de natureza qualitativa fundamentado na Teoria das Representações Sociais (TRS) em sua abordagem processual (MOSCOVICI, 1978, 291; JODELET, 2001, p. 17-44) desenvolvido com 20 enfermeiros que trabalham no contexto de dois hospitais universitários do Rio de Janeiro, na atenção direta às crianças soropositivas para o HIV e seus familiares. Os dados foram coletados através de entrevistas semi-estruturadas e analisados através da análise de conteúdo temática norteada pelos preceitos de Bardin (BARDIN, 1977, p. 221) sistematizada por Oliveira (OLIVEIRA, 2008, p. 569-576). A análise do conjunto das entrevistas gerou seis categorias a partir do recorte de 2.070 UR, representando 100% do material analisado. As categorias foram denominadas da seguinte maneira: Aspectos sociais, temporais, biológicos e culturais que envolvem o universo da Aids (284 UR, equivalendo a 13,7% do material), a imagem da criança e o futuro que a Aids lhe aparenta reservar (253, 12,3%), o processo de cuidar e sentimentos que a criança com Aids reserva (514, 24,8%), Tratamento e adesão da criança com Aids na perspectiva do enfermeiro (176, 8,5%), a família da criança com HIV/Aids (555, 26,8%) e práticas e atitudes profissionais: as condições existentes no manuseio da AIDS (285, 13,7%). Nesse estudo, será aprofundada a segunda categoria que diz respeito a imagem da criança e o futuro que a Aids aparenta reservar.RESULTADOSA Aids pediátrica trouxe uma nova representação da patologia devido a inserção de uma nova clientela soropositiva em seu contexto, uma vez que há uma diminuição do processo de culpabilização do portador, embora este fato ainda exista no que tange ao responsável pela inserção do vírus no seio familiar. Evidencia-se, nos profissionais que cuidam desta criança soropositiva, certa particularidade na ânsia de um trabalho mais complexo ou mesmo no despertar de sentimentos e emoções oriundos deste cuidado, já que a recuperação clínica desta criança muitas vezes é dificultada por seu estado. Ao mesmo tempo, empenhado na melhora do quadro clinico desta criança soropositiva, o profissional sofre um impacto significativo que pode influenciar seu trabalho ao sentir dificuldades em lidar com a morbidade e mortalidade da criança, uma vez que possui uma imagem sempre ligada a futuro, causando uma sensação de desconforto nesse profissional. Este relacionamento entre profissional e criança ainda sofre uma maior complexidade pela figura do familiar-cuidador, normalmente a mãe. Por isso, ao citarmos a criança com Aids não podemos esquecer deste familiar e suas vivências, pois este compreende toda a estigmatização enfrentada, bem como a gravidade e a letalidade da Aids. A hospitalização altera de forma significativa a vida de uma criança e a dinâmica familiar que, por sua vez, é levada a reorganizar seu cotidiano e suas atividades. A hospitalização promove sentimentos de angústias, impotência, preocupação e incerteza, além de instaurar o sofrimento a ambas as partes, devido à íntima ligação família-criança que se tem neste período (OLIVEIRA, I. ANGELO, M. 2000, p. 202-204). Observou-se, ainda, que a expectativa de melhora do quadro clínico da criança é modificada quando o profissional se depara com a Aids e suas peculiaridades, vivenciando, em seu imaginário, uma representação simultânea de vida e morte. A vida geralmente está associada à infância e ao futuro e a morte à velhice e ao passado. As internações e reinternações carregam consigo toda uma cooperação coletiva tanto da criança, como da família e da equipe de saúde. Sendo a Aids até então incurável, os comprometimentos causados por ela impõem limitações de funções ao indivíduo e envolvem todos os obstáculos e desvios da fisiologia normal (SILVA, F. M. CORREIA, I. 2006. p. 18-23). As incertezas a cada reinternação são muitas, pois a criança encontra-se num território onde o próximo passo sempre será uma incógnita. Esta dificuldade de conviver com a Aids se dá a cada novos sintomas e exames. Os profissionais, ao longo dos mais de 20 anos da síndrome no Brasil, referiram à imagem da Aids semelhante à do Cazuza na década de 80, exposta na mídia. Ao mesmo tempo, classificam como negativa a imagem que fazem da criança com Aids (como aquela sem expectativa de futuro) e utilizam adjetivos como sofrida e sentida em relação à sua restrição ao leito, quando esta encontra-se em estado grave. O sentimento de pesar é notório nos enfermeiros devido não só à incapacidade de deambular de algumas crianças, mas pela própria estrutura física da enfermaria que muitas das vezes se faz precária. Uma nomenclatura utilizada pelos depoentes foi o termo isolamento infantil, que faz referência a um local onde os leitos são fechados e formam quartos que abrigam somente a criança e seus familiares, sem o contato com as demais. A solidão devido ao isolamento desta criança no ambiente hospitalar é nítida durante a fase aguda da doença, em função da ausência da intensa atividade de uma criança saudável. Mas observa-se, como pontuou alguns autores, a construção de uma nova identidade nessas crianças, qual seja, ligada ao processo de hospitalização e de adoecimento, assim como à dependência tecnológica. Destaca-se que a Aids traçou uma nova forma de ser criança em que, em alguns momentos de sua história, permanece tempo considerável internada em hospitais, longe da escola, dos amigos, de diversões e, muitas vezes, da própria família (GOMES, A. M. T. 2005). Mas levando em consideração que esta criança não é associada à imagem de futuro, hoje, com o advento dos anti-retrovirais e tecnologias em saúde, nota-se uma tímida transformação nesta representação, englobando a possibilidade de sobrevivência à adolescência em alguns casos e para alguns profissionais. CONCLUSÃOConclui-se que a Aids ainda permeia num contexto de forte influência imaginária, de sofrimento,  de ausência de um futuro e muito atrelado à morte. Os profissionais, principalmente os enfermeiros, lidam com a criança com muito pesar, tristeza e com significativa percepção de abandono e solidão. Estes profissionais ainda encontram muita dificuldade de criar uma relação de confiança e aceitação com a criança soropositiva que apresenta maior confiança nos familiares por conta do convívio extra-hospitalar mais intenso. Contudo, graças à ao desenvolvimento da tecnologia em saúde e do tratamento medicamentoso, já se pode notar uma pequena evolução no discurso desses profissionais

    AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA CRIANÇA SOROPOSITIVA: UMA ANÁLISE DO PENSAMENTO SOCIAL DE ENFERMEIROS HOSPITALARES

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    INTRODUÇÃO O presente resumo integra o Projeto de pesquisa intitulado: Análise do cuidado de enfermagem no contexto do HIV/Aids: Representações sociais e memórias de enfermeiros e portadores nos 25 anos da síndrome. A Aids apresentou-se, desde o seu início, como uma síndrome que se enraizou no imaginário social e cultural de diversas maneiras, construindo imagens, atitudes, conhecimentos e práticas, em que os saberes do senso comum e científicos se entrecruzaram. De uma morbidade ligada a atitudes socialmente condenáveis passou a ser considerada como uma síndrome presente naqueles que podem ser considerados como vítimas, especialmente as crianças que possuem alto grau de vulnerabilidade. OBJETIVOS Neste sentido, adotou-se, como objetivo, analisar a representação social da criança soropositiva para o HIV, especialmente em sua dimensão imagética, e sua relação com a assistência de enfermagem. METODOLOGIA Trata-se de um estudo de natureza qualitativa fundamentado na Teoria das Representações Sociais (TRS) em sua abordagem processual (MOSCOVICI, 1978, 291; JODELET, 2001, p. 17-44) desenvolvido com 20 enfermeiros que trabalham no contexto de dois hospitais universitários do Rio de Janeiro, na atenção direta às crianças soropositivas para o HIV e seus familiares. Os dados foram coletados através de entrevistas semi-estruturadas e analisados através da análise de conteúdo temática norteada pelos preceitos de Bardin (BARDIN, 1977, p. 221) sistematizada por Oliveira (OLIVEIRA, 2008, p. 569-576). A análise do conjunto das entrevistas gerou seis categorias a partir do recorte de 2.070 UR, representando 100% do material analisado. As categorias foram denominadas da seguinte maneira: Aspectos sociais, temporais, biológicos e culturais que envolvem o universo da Aids (284 UR, equivalendo a 13,7% do material), a imagem da criança e o futuro que a Aids lhe aparenta reservar (253, 12,3%), o processo de cuidar e sentimentos que a criança com Aids reserva (514, 24,8%), Tratamento e adesão da criança com Aids na perspectiva do enfermeiro (176, 8,5%), a família da criança com HIV/Aids (555, 26,8%) e práticas e atitudes profissionais: as condições existentes no manuseio da AIDS (285, 13,7%). Nesse estudo, será aprofundada a segunda categoria que diz respeito a imagem da criança e o futuro que a Aids aparenta reservar. RESULTADOS A Aids pediátrica trouxe uma nova representação da patologia devido a inserção de uma nova clientela soropositiva em seu contexto, uma vez que há uma diminuição do processo de culpabilização do portador, embora este fato ainda exista no que tange ao responsável pela inserção do vírus no seio familiar. Evidencia-se, nos profissionais que cuidam desta criança soropositiva, certa particularidade na ânsia de um trabalho mais complexo ou mesmo no despertar de sentimentos e emoções oriundos deste cuidado, já que a recuperação clínica desta criança muitas vezes é dificultada por seu estado. Ao mesmo tempo, empenhado na melhora do quadro clinico desta criança soropositiva, o profissional sofre um impacto significativo que pode influenciar seu trabalho ao sentir dificuldades em lidar com a morbidade e mortalidade da criança, uma vez que possui uma imagem sempre ligada a futuro, causando uma sensação de desconforto nesse profissional. Este relacionamento entre profissional e criança ainda sofre uma maior complexidade pela figura do familiar-cuidador, normalmente a mãe. Por isso, ao citarmos a criança com Aids não podemos esquecer deste familiar e suas vivências, pois este compreende toda a estigmatização enfrentada, bem como a gravidade e a letalidade da Aids. A hospitalização altera de forma significativa a vida de uma criança e a dinâmica familiar que, por sua vez, é levada a reorganizar seu cotidiano e suas atividades. A hospitalização promove sentimentos de angústias, impotência, preocupação e incerteza, além de instaurar o sofrimento a ambas as partes, devido à íntima ligação família-criança que se tem neste período (OLIVEIRA, I. ANGELO, M. 2000, p. 202-204). Observou-se, ainda, que a expectativa de melhora do quadro clínico da criança é modificada quando o profissional se depara com a Aids e suas peculiaridades, vivenciando, em seu imaginário, uma representação simultânea de vida e morte. A vida geralmente está associada à infância e ao futuro e a morte à velhice e ao passado. As internações e reinternações carregam consigo toda uma cooperação coletiva tanto da criança, como da família e da equipe de saúde. Sendo a Aids até então incurável, os comprometimentos causados por ela impõem limitações de funções ao indivíduo e envolvem todos os obstáculos e desvios da fisiologia normal (SILVA, F. M. CORREIA, I. 2006. p. 18-23). As incertezas a cada reinternação são muitas, pois a criança encontra-se num território onde o próximo passo sempre será uma incógnita. Esta dificuldade de conviver com a Aids se dá a cada novos sintomas e exames. Os profissionais, ao longo dos mais de 20 anos da síndrome no Brasil, referiram à imagem da Aids semelhante à do Cazuza na década de 80, exposta na mídia. Ao mesmo tempo, classificam como negativa a imagem que fazem da criança com Aids (como aquela sem expectativa de futuro) e utilizam adjetivos como sofrida e sentida em relação à sua restrição ao leito, quando esta encontra-se em estado grave. O sentimento de pesar é notório nos enfermeiros devido não só à incapacidade de deambular de algumas crianças, mas pela própria estrutura física da enfermaria que muitas das vezes se faz precária. Uma nomenclatura utilizada pelos depoentes foi o termo isolamento infantil, que faz referência a um local onde os leitos são fechados e formam quartos que abrigam somente a criança e seus familiares, sem o contato com as demais. A solidão devido ao isolamento desta criança no ambiente hospitalar é nítida durante a fase aguda da doença, em função da ausência da intensa atividade de uma criança saudável. Mas observa-se, como pontuou alguns autores, a construção de uma nova identidade nessas crianças, qual seja, ligada ao processo de hospitalização e de adoecimento, assim como à dependência tecnológica. Destaca-se que a Aids traçou uma nova forma de ser criança em que, em alguns momentos de sua história, permanece tempo considerável internada em hospitais, longe da escola, dos amigos, de diversões e, muitas vezes, da própria família (GOMES, A. M. T. 2005). Mas levando em consideração que esta criança não é associada à imagem de futuro, hoje, com o advento dos anti-retrovirais e tecnologias em saúde, nota-se uma tímida transformação nesta representação, englobando a possibilidade de sobrevivência à adolescência em alguns casos e para alguns profissionais. CONCLUSÃO Conclui-se que a Aids ainda permeia num contexto de forte influência imaginária, de sofrimento,  de ausência de um futuro e muito atrelado à morte. Os profissionais, principalmente os enfermeiros, lidam com a criança com muito pesar, tristeza e com significativa percepção de abandono e solidão. Estes profissionais ainda encontram muita dificuldade de criar uma relação de confiança e aceitação com a criança soropositiva que apresenta maior confiança nos familiares por conta do convívio extra-hospitalar mais intenso. Contudo, graças à ao desenvolvimento da tecnologia em saúde e do tratamento medicamentoso, já se pode notar uma pequena evolução no discurso desses profissionais

    Haemosporidian parasites prevalence associated with physical conditioning of avian species from the Brazilian Cerrado

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    Blood parasites can infect myriad avian species and thereby affect the fitness and survival of their hosts. There is wide interspecific variation in parasite prevalence related to biological, ecological, and evolutionary host factors. This study aimed to determine the blood parasite prevalence in avian species from the Brazilian Cerrado and to investigate the associations among biomass, body condition, and blood parasitism. A total of 1,098 blood smears from 549 individuals (56 species) collected in four forest fragments were analyzed. Of these, 109 (19.85%) individuals from 33 species were infected: 13 (2.36%) were positive for Haemoproteus and 103 (18.76%) for Plasmodium. There was co-infection between both genera of parasites in 7 individuals. Among bird species, prevalence ranged from zero to 100%. There were significant positive correlations between prevalence and biomass and the body condition index. Hemosporid vectors track their hosts by carbon dioxide detection. Since large organisms emit more carbon dioxide, our results suggest that larger birds may be more susceptible to hemosporid vectors. Additionally, species with higher body condition indices can be more tolerant to parasites, possibly because they have more energy reserves. This study showed that species with higher biomass and body condition indices were associated with higher blood parasite prevalence, a finding that suggests these factors are efficient predictors to explain the interspecific variations. This information could be important for the understanding parasite-host relationships and useful for bird conservation programs

    ANÁLISE DOS INDICADORES PIB NACIONAL E PIB DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

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    O Produto Interno Bruto (PIB) é composto pelos valores brutos adicionados dos três grandes setores da economia do país, Agropecuária, Indústria e Serviços. Este indicador passou a ser calculado, a partir do ano de 1990, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o qual o faz até hoje. Este índice é um dos indicadores mais utilizados com o intuito de quantificar a atividade econômica de um país. Este trabalho foi desenvolvido através de uma revisão bibliográfica com coleta de dados tendo como objetivo correlacionar ano a ano o PIB do Brasil com a construção civil, um dos setores da indústria brasileira. Essa correlação é importante para que seja possível compreender a influência do PIB da construção civil sobre o PIB nacional

    Cor triatriatum sinistrum – relato de caso

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    O cor triatriatum sinistrum é uma cardiopatia congênita considerada extremamente rara, estimando-se prevalência de menos de 0,1 % das doenças cardíacas congênitas. Sua manifestação clínica dependerá, principalmente, do grau de obstrução entre as câmaras atriais. O exame principal para o diagnóstico é o ecocardiograma. O tratamento definitivo consiste em ressecção cirúrgica da membrana. Objetivo do trabalho é apresentar um caso clínico de cardiopatia congênita incomum na prática clínica, diagnosticada ocasionalmente

    Fatores de risco para o agravamento de crianças com síndrome inflamatória multissistêmica após infecção por Covid-19: revisão sistemática / Risk factors for worsening of children with multisystem inflammatory syndrome after Covid-19 infection: systematic review

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    Introdução: A COVID-19 é uma doença infecciosa, causada pelo vírus SARS-CoV-2, um novo tipo de coronavírus, que se relaciona a quadros de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Com isso, a pandemia pelo novo coronavírus ganhou uma proporção rápida e gerou graves preocupações (HILLESHEIM, el al; 2020). Apesar de a maioria das crianças e dos adolescentes se apresentar assintomáticos ou com quadros leves, semanas após a infecção pelo vírus, alguns indivíduos desse grupo etário têm apresentado complicações, com maior destaque para a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Infantil (ou pediátrica) - MIS-C, na sigla em inglês ou SIM-P, no português. Inicialmente, por compartilharem características clínicas e laboratoriais, diagnósticos como a Doença de Kawasaki (seja a típica ou a incompleta), Síndrome do Choque Tóxico, Sepse Bacteriana e/ou Síndrome de Ativação Macrofágica foram aventados. Porém, logo depois, percebeu-se tratar dessa nova enfermidade (CAMPOS, et al; 2020). O objetivo deste estudo é avaliar quais os possíveis fatores de risco associados ao desenvolvimento de SIM-P. Metodologia: Revisão sistemática através da seleção de artigos publicados nos últimos 2 anos com os descritores “COVID-19” OR “MISC” OR MULTISYSTEM INFLAMMATORY SYNDROME IN CHILDREN AND “RISK FACTORS” na plataforma PUBMED e MEDLINE, publicados em inglês ou português, disponíveis na íntegra. Foram excluídos relatos de casos ou séries de casos e outras revisões sistemáticas ou revisões bibliográficas. Resultados e discussão: A síndrome inflamatória multissistêmica em crianças (SIM-P) é uma condição de saúde recém-identificada e grave associada à infecção pelo SARS-CoV-2. Os fatores de riscos para o agravamento mais comuns desta doença, segundo os estudos abordados foram: Disfunções cardíacas, sintomas gastrointestinais graves, eventos trombóticos, lesões renais agudas, manifestações neurológicas e alterações laboratoriais (PCR, D-dímero, plaquetas, linfócitos, entre outros). Conclusão: A síndrome inflamatória multissistêmica é uma das complicações da COVID-19 do mundo atual em crianças de alta gravidade, aumentando o risco de internação em unidade de terapia intensiva e óbito. O conhecimento dos fatores de risco para agravamento dessa doença é importante para que as práticas de saúde pública do país possam diagnosticar precocemente e consequentemente evitar desfechos graves.

    Perfil Epidemiológico de pacientes com Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P): uma revisão sistemática / Epidemiological Profile of patients with Multisystem Inflammatory Syndrome in Children (MIS-C): a systematic review

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    Introdução: A COVID-19 é uma doença infecciosa, causada pelo vírus SARS-CoV-2, um novo tipo de coronavírus, que se relaciona a quadros de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Apesar do potencial de agressividade visto em pacientes adultos e idosos, têm-se percebido, nas crianças, menor susceptibilidade à doença grave, com a maioria delas sendo assintomáticas ou portadoras de quadros leves. Entretanto, semanas após a infecção pelo vírus, alguns indivíduos desse grupo etário têm apresentado uma complicação provavelmente associada ao COVID-19: a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), a qual apesar de ser rara, apresenta-se com alto índice de gravidade, acarretando taxa significativa de letalidade. Objetivos: Descrever as características epidemiológicas, bem como os fatores de risco das crianças internadas diagnosticadas com SIM-P. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura realizada através da plataforma PubMed, de artigos publicados entre 2020 e 2022 com os descritores "MISC" e “epidemiology” e “COVID-19” e “Pediatrics” e “SARS-CoV-2”, tendo sido selecionados 20 artigos. Resultados e discussão: Nota-se uma predominância de acometimento pela SIM-P no sexo masculino, na idade escolar (7-10 anos de idade), na raça negra e em indivíduos hígidos. A maior parte dos pacientes possuem infecção por SARS-coV-2 confirmada em laboratório, mas como a apresentação clínica inicial é inespecífica, tanto a história de contato quanto a positividade de IgG contra SARS CoV-2 podem permitir a suspeita diagnóstica. Predominou, também, nos pacientes com SIM-P, a história de contato epidemiológico, em especial a mãe. A presença de uma comorbidade - sobretudo a obesidade - foi fator observacional significativo nas hospitalizações em UTIs, havendo uma possível associação entre presença de comorbidades, especialmente obesidade, e casos mais graves de SIM-P. Ademais, observou-se maior acometimento de gravidade em crianças latino-americanas, quando em comparação às outras regiões, havendo possivelmente uma relação entre níveis socioeconômicos mais baixos e gravidade da SIM-P. Conclusão: Houve prevalência ds casos de SIMP em pacientes do sexo masculino, de raça negra, na faixa etária entre 7 e 10 anos. A presença de comorbidades não parece estar associada ao desenvolvimento de SIM-P

    TERAPÊUTICA NÃO MEDICAMENTOSA PARA DOR CRÔNICA: REVISÃO INTEGRATIVA

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    A dor é um mecanismo desagradável, que o corpo humano experimenta quando há um dano tecidual, funcionando para alerta e defesa. No Brasil, há poucos estudos epidemiológicos sobre dor crônica, mas há pesquisas que mostram que, em média, 35% da população é portadora de dor crônica. Assim, a presente pesquisa objetiva revisar, na literatura científica, as principais formas de tratamento não medicamentoso para dor crônica. O presente estudo consiste em uma revisão bibliográfica integrativa da literatura científica, através dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde: “Dor Crônica”, “Fisioterapia/Acupuntura”, “Integralidade em Saúde”, nas bases de dados científicos Scientific Electronic Library Online (SCIELO), biblioteca virtual em saúde (BVS) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Estudos demonstram que, a partir das atividades de alongamento e relaxamento, propostas pela fisioterapeuta e pelo educador físico, há uma redução da demanda por medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, além da diminuição de procura por consultas, para atendimento da referida queixa.A dor é um mecanismo desagradável, que o corpo humano experimenta quando há um dano tecidual, funcionando para alerta e defesa. No Brasil, há poucos estudos epidemiológicos sobre dor crônica, mas há pesquisas que mostram que, em média, 35% da população é portadora de dor crônica. Assim, a presente pesquisa objetiva revisar, na literatura científica, as principais formas de tratamento não medicamentoso para dor crônica. O presente estudo consiste em uma revisão bibliográfica integrativa da literatura científica, através dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde: “Dor Crônica”, “Fisioterapia/Acupuntura”, “Integralidade em Saúde”, nas bases de dados científicos Scientific Electronic Library Online (SCIELO), biblioteca virtual em saúde (BVS) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Estudos demonstram que, a partir das atividades de alongamento e relaxamento, propostas pela fisioterapeuta e pelo educador físico, há uma redução da demanda por medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, além da diminuição de procura por consultas, para atendimento da referida queixa
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