37 research outputs found

    Reatividade de anticorpos de soros humanos a antígenos de Paracoccidioides brasiliensis tratados com metaperiodato sódico

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    In this study, we evaluated the profile of anti-Paracoccidioides brasiliensis immunoglobulin isotypes in serum from patients with the acute and chronic forms of paracoccidioidomycosis, using the whole Paracoccidioides brasiliensis antigen and the antigen treated with sodium metaperiodate. All the immunoglobulin isotypes present in the serum from patients with the acute and chronic forms of paracoccidioidomycosis presented higher reactivity towards the whole antigen than to the antigen treated with metaperiodate (P < 0.05). The reactivity of IgG and IgM to the antigen treated with metaperiodate was greater in serum from patients with the acute form of the disease (P < 0.05), while IgA was more reactive in serum from patients with the chronic form (P < 0.05). There was greater reactivity of IgG1 and IgG2 to the whole antigen and the antigen treated with metaperiodate in the serum from patients with paracoccidioidomycosis than there was in serum from patients with other parasitic infections (P < 0.05). Furthermore, IgG1 from patients with the acute form recognized the 19kDa, 27kDa and 31kDa antigens in the western blot test. Thus, the results suggest that modifications to the epitopes of Paracoccidioides brasiliensis antigens may help to improve the immunodiagnosis of paracoccidioidomycosis.Neste trabalho, foi avaliado o perfil de isotipos de imunoglobulinas anti-Paracoccidioides brasiliensis em soros de pacientes com formas crônica e aguda de paracoccidiodomicoses usando antígeno total e tratado com meta-periodato. Todos os tipos de imunoglobulinas presentes nos soros de pacientes com formas aguda e crônica apresentaram alta reatividade ao antígeno total quando comparado ao tratado com meta-periodato (P < 0,05). Houve maior reatividade de IgG e IgM anti-antígeno tratado com meta-periodato em soros de pacientes com forma aguda da doença (P < 0,05), enquanto IgA foi mais reativa em soros da forma crônica (P < 0,05). Houve maior reatividade de IgG1 e IgG2 com antígeno total e tratado com meta-periodato em soros de pacientes comparados aos com outras parasitoses (P < 0,05). Além disso, IgG1 de pacientes com a forma aguda reconhecem antígenos de 19kDa, 27kDa e 31kDa por western blot. Assim, os resultados sugerem que alterações nos epitopos de antígenos de Paracoccidioides brasiliensis podem auxiliar no aprimoramento do imunodiagnóstico da paracoccidioidomicose

    Autotransplante de baço: reatividade imunológica para o controle da infecção por Leismania chagasi

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    -Introdução: O transplante autógeno ou autotransplante de baço representa uma tentativa de se preservar condições adequadas de imunidade em pacientes esplenectomizados, evitando uma complicação grave e comum, a septicemia fulminante pós-esplenectomia total. Resultados anteriores realizados no Laboratório de Imunologia do ICB-UFJF comprovaram a participação ativa das células do enxerto no desenvolvimento de resposta imune T-dependente. Células esplênicas do implante preservam a capacidade de produzirem anticorpos contra hemácias de carneiro, independente do sitio de implante ser efetuado no omento maior, na cavidade peritonial (esplenose aleatória) ou no retroperitônio. Além disso, a estrutura morfológica do tecido autotransplantado através de estudo de cortes histológicos, mostrou grande semelhança com o órgão original (NUNES et al., World J. Surg., 19: 1623-9, 2005). Foi também avaliada a preservação da imunidade celular em camundongos autotransplantados através da capacidade de controle da infecção por Staphylococcus aureus. Nossos resultados mostraram que a presença do autotransplante esplênico confere maior capacidade de controle da disseminação sistêmica do S.aureus (TEIXEIRA et al., Clin. Exp. Immunol., 2008, no prelo). Neste trabalho foi avaliada, pela primeira vez, a influência da esplenectomia e do autotransplante de baço no controle da infecção por Leishmania chagasi, agente responsável pela leishmaniose visceral, doença infecciosa fatal se não tratada. Formas amastigotas de L. chagasi sobrevivem no interior de macrófagos levando a hepatoesplenomegalia. Métodos: Camundongos BALB/c foram divididos em três grupos (n=5): controle operação simulada ou grupo sham (SH), grupo esplenectomizado (SP) e grupo autotransplantado em retroperitônio (RP). Trinta dias após a cirurgia os animais foram infectados intraperitonialmente com 106 formas promastigotas de L. chagasi. Após trinta dias de infecção, o sangue foi coletado para avaliação de anticorpos anti-L.chagasi e os animais foram sacrificados. Baço e fígado foram retirados para avaliação da produção de TNF-alfa e IFN-gama através do ELISA. Resultados: O grupo controle SH apresentou maior produção de IFN-gama no fígado quando comparado aos outros grupos. Por outro lado, as células esplênicas do grupo RP tiveram produção maior dessa citocina quando comparado ao grupo controle. Os grupos SH e RP não mostraram diferença significativa na produção de TNF-alfa no fígado e baço. Os animais do grupo SP tiveram produção menor de IgG sérica quando comparados aos demais grupos. Conclusão: Estes dados sugerem que a esplenectomia pode modificar a produção de anticorpos e citocinas do hospedeiro na infecção por L. chagasi, e o autotransplante de baço pode reverter este cenário

    Estudo epidemiológico de pacientes com esclerose múltipla diagnosticados e acompanhados no ambulatório de neurologia do Hospital Universitário da UFJF

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    -Introdução e Objetivo: A esclerose múltipla (EM) é uma doença auto-imune de natureza inflamatória, apresentando heterogeneidade clínica, patológica e imunológica que atinge o sistema nervoso central, causando incapacidade funcional em cerca de 50% dos pacientes. Essa doença apresenta maior prevalência entre mulheres, onde os sintomas clínicos geralmente surgem entre os 20 e 40 anos de idade. O objetivo desse trabalho avaliou o perfil epidemiológico de pacientes com EM e acompanhados no ambulatório de Neurologia do Hospital Universitário da UFJF e avaliar o perfil de citocinas e quimiocinas em um caso de esclerose Múltipla familiar. Metodologia e Resultados: Inicialmente, realizou-se um levantamento dos dados dos prontuários dos pacientes atendidos no HU-UFJF no período de 1996 a 2007. Desses, foram selecionados 26 pacientes, os quais contemplavam os critérios de Mc Donald para diagnóstico de EM. A razão de gênero foi de 56 mulheres para cada homem. A apresentação clínica surto-remitente foi identificada em 50% dos pacientes, a forma progressiva-secundária em 30% e a forma progressiva-primária em 20%. Observou-se que 73.6 % utilizavam inunomoduladores; 58% já se submeteram a pulsoterapia; 32% foram tratados com imunossupressores; 30,7% apresentaram sintomas adversos, tais como febre, mialgia e hipersensibilidade local, devido ao uso de imunomoduladores. Adicionalmente, foram avaliados os perfis de citocinas e quimiocinas em três irmãs. Dentre essas, duas são gêmeas monozigóticas discordantes para esclerose múltipla e, outra irmã fraterna, também portadora da doença e em tratamento com IFN-beta1a. Os níveis de citocinas e quimiocinas presentes no sobrenadante de células mononucleares do sangue periférico das pacientes após estímulo com PHA (phytohaemagglutinin) por 48 horas foram avaliados pelo método CBA ( Cytometric Bead Array). Os níveis de IFN-gama e TNF-alfa detectados nas irmãs afetadas por EM foram menores que aqueles obtidos na irmã gêmea saudável. Já os níveis de IL-4, IL-6 e IL-10 foram maiores na irmã fraterna efetada àqueles detectados na gêmea afetada. Esses dados sugerem que essas citocinas têm papel importante na progressão da doença. Além disso, a utilização do tratamento com IFN-beta1a pela irmã fraterna afetada pode estar proporcionando o aumento dos níveis dessas citocinas. Com relação às quimiocinas, valores detectáveis foram observados apenas no sobrenadante de PBMC da irmã saudável, sugerindo que na EM estas quimiocinas podem estar diminuídas. Conclusão: Em conjunto, estes dados sugerem que a terapia com IFN-beta1a interfere na progressão da EM, pela indução de mecanismos imunorregulatórios mediados principalmente por IL-10

    Telehealth effectiveness for pre-exposure prophylaxis delivery in Brazilian public services : the Combine! Study

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    Introduction Pre-exposure prophylaxis (PrEP) delivery based on user needs can enhance PrEP access and impact. We examined whether telehealth for daily oral PrEP delivery could change the indicators of care related to prophylactic use in five Brazilian public HIV clinics (testing centres, outpatient clinics and infectious disease hospitals). Methods Between July 2019 and December 2020, clients on PrEP for at least 6 months could transition to telehealth or stay with in-person follow-up. Clients were clinically monitored until June 2021. A desktop or mobile application was developed, comprising three asynchronous consultations and one annual in-person consultation visit. Predictors influencing telehealth preference and care outcomes were examined. The analysis encompassed intent-to-treat (first choice) and adjustments for sexual practices, schooling, age, duration of PrEP use and PrEP status during the choice period. Results Of 470 users, 52% chose telehealth, with the adjusted odds ratio (aOR) increasing over time for PrEP use (aOR for 25–months of use: 4.90; 95% CI: 1.32–18.25), having discontinued PrEP at the time of the choice (aOR: 2.91; 95% CI: 1.40–6.06) and having health insurance (aOR: 1.91; 95% CI: 1.24–2.94) and decreasing for those who reported higher-risk behaviour (aOR for unprotected anal sex: 0.51; 95% CI: 0.29–0.88). After an average follow-up period of 1.6 years (95% CI: 1.5–1.7), the risk of discontinuing PrEP (not having the medication for more than 90 days) was 34% lower with telehealth (adjusted hazard ratio: 0.66; 95% CI: 0.45–0.97). When adjusted by mixed linear regression, no differences in adherence (measured by mean medication possession rate) were found between in-person and telehealth (p = 0.486) or at pre- and post-telehealth follow-ups (p = 0.245). Sexually transmitted infections increased between the pre-follow-up and post-follow-up choices and were not associated with in-person or telehealth (p = 0.528). No HIV infections were observed. Conclusions Our findings indicate that telehealth for PrEP delivery can enhance service rationalization and reinforce the prevention cascade. This approach reduces prophylaxis interruptions and is mainly preferred by individuals with lower demands for healthcare services

    The health facility as a risk factor for multidrug-resistant gram-negative bacteria in critically ill patients with COVID-19

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    Background: The relationship between Multidrug Resistant-Gram Negative Bacteria (MDR-GNB) infection and colonization in critically ill COVID-19 patients has been observed, however, it is still poorly understood. This study evaluated the risk factors for acquiring MDR-GNB in patients with severe COVID-19 in Intensive Care Units (ICU). Methods: This is a nested case-control study in a cohort of&nbsp;400&nbsp;adult patients (≥ 18&nbsp;years old) with COVID-19, hospitalized in the ICU of&nbsp;4&nbsp;hospitals in the city of Curitiba, Brazil. Cases were critical COVID-19 patients with one or more MDR GNB from any surveillance and/or clinical cultures were taken during their ICU stay. Controls were patients from the same units with negative cultures for MDR-GNB. Bivariate and multivariate analyses were done. Results: Sixty-seven cases and&nbsp;143&nbsp;controls were included. Independent risk factors for MDR bacteria were: male gender (OR&nbsp;=&nbsp;2.6; 95%&nbsp;CI&nbsp;1.28‒5.33; p&nbsp;=&nbsp;0.008); the hospital of admission (OR&nbsp;=&nbsp;3.24; 95%&nbsp;CI&nbsp;1.39‒7.57; p&nbsp;=&nbsp;0.006); mechanical ventilation (OR&nbsp;=&nbsp;25.7; 95%&nbsp;CI&nbsp;7.26‒91; p &lt; 0.0001); and desaturation on admission (OR&nbsp;=&nbsp;2.6; 95%&nbsp;CI&nbsp;1.27‒5.74; p&nbsp;=&nbsp;0.009). Conclusions: Male gender, desaturation, mechanical ventilation, and the hospital of admission were the independent factors associated with MDR-GNB in patients in the ICU with COVID-19. The only modifiable factor was the hospital of admission, where a newly opened hospital posed a higher risk. Therefore, coordinated actions toward a better quality of care for critically ill COVID-19 patients are essential

    Factors that can influence the gingival health of children with cerebral palsy

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    Estudos têm demonstrado que, quanto maior a severidade do dano neurológico em crianças com paralisia cerebral (PC), maior é o risco das doenças orais. Objetivo: Avaliar a influência dos fatores: déficit intelectual, sensibilidade oral, habilidade manual e padrões clínicos da PC sobre a saúde gengival de crianças com PC. Método: Participaram do estudo 106 crianças (10,7 ± 3,6) com PC, que frequentavam um programa de prevenção em Odontologia numa instituição de referência em reabilitação em São Paulo - SP. Os dados relativos ao sexo, desordem do movimento, tipo clínico da PC e uso contínuo de drogas foram coletados dos prontuários. As avaliações clínicas odontológicas incluíram o Índice de Higiene Oral Simplificado (OIHS), o Índice Gengival (IG) e presença do reflexo de mordida. Ainda foram realizadas as avaliações da sensibilidade oral, intelectual pelo Raven test e a habilidade manual pelo Sistema de Classificação da Habilidade Manual (MACS). Foram utilizados os testes t-Student, Qui-quadrado e regressão logística. Fixou-se nível de significância em 5%. Resultados: O grupo 1 (G1) era composto por 47 crianças sem gengivite e o grupo 2 (G2) por 59 crianças com gengivite. As crianças do G2 eram significantemente mais velhas (p = 0,001), com tetraparesia (p = 0,016), em uso de medicamentos (p &lt; 0,001) e com reflexo de mordida (p = 0,025). As crianças do G2 apresentaram valores significantemente maiores para o IHOS (p &lt; 0,001) e IG (p &lt; 0,001); porcentagens significantemente maiores de crianças com percentis inferiores a 10 (p = 0,036) para o teste Raven e com habilidade manual níveis IV e V (p = 0,002) do MACS. A chance de uma criança apresentar gengivite cresce 23,5% para cada ano de idade, até 5 vezes para cada 1 unidade de aumento do IHOS e cerca de 4,5 vezes com utilização de medicamento. Conclusão: O aumento da idade, o acúmulo do biofilme e o uso de medicamentos aumentam o risco de gengivite em crianças com PC.Studies have shown that the greater the severity of neurological damage in children with cerebral palsy (CP), the greater risk of oral disease. Objective: To evaluate the influence of some factors as intellectual disability, oral sensitivity, manual ability and clinical patterns of cerebral palsy (CP) onto gingival health of CP children. Method: One hundred and six children (10.7 ± 3.6) with CP participated of the study. Descriptive data and continuous use of drugs were collected from their medical records. Clinical assessments included the Simplified Oral Hygiene Index (SOHI), the Gingival Index (GI) and the biting reflex. Were also evaluate oral sensitivity, intellectual assessment by Raven test, and manual dexterity by Manual Ability Classification System Manual (MACS). It was used the chi-square, t Student, and logistic regression tests whit a significance level of 5%. Results: Group 1 (G1) consisted of 47 children without and group 2 (G2) by 59 children with gingivitis. Groups were similar regarding gender (p = 0566), but G2 were significantly older (p = 0.001), with quadriplegia (p = 0.016), who used drugs (p &lt; 0.001) and biting reflex (p = 0.025). G2 children presented significantly higher values for SOHI (p &lt; 0.001) and IG (p &lt; 0.001). Significantly higher percentages of children in G2 presented percentiles below 10 (p = 0.036) for Raven test, with manual skill levels IV and V (p = 0.002) of MACS. The chance of a child present gingivitis grows 23.5% for each year of age, and up to 5 times for every 1 unit increase in SOHI. The use of medication increases the chance of children present gingivitis by about 4.5 times. Conclusion: Increasing age, accumulation of biofilm, and use of drugs increase the risk of gingivitis in children with CP

    MASCULINIDADES E FEMINILIDADES: A construção de si no contexto escolar

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    Mas afinal, o que é ser mulher/homem, na contemporaneidade? Como são construídas no ambiente escolar as masculinidades e as feminilidades? Existe relação entre as construções de gênero vigente e a violência na escola? Estas são algumas das questões que a pesquisa do Doutorado em Educação ora em andamento, busca responder. A pesquisa qualitativa e a técnica do estudo de caso são utilizadas para identificar representações acerca das identidades de gênero entre alunos do ensino médio. O objetivo é pensar quais são os valores de longa duração que vieram definindo o que é masculino e o que é feminino, quais os processos e a lógica subjacente à construção de identidades e representações que colocam em espaços antagônicos, permeados por relações de poder hierarquicamente diferenciadas, homens e mulheres. Na modernidade líquida a invenção de si e, consequentemente do Outro, encontra um cenário antagônico à fixidez da tradição; na atualidade as identidades são fluídas, inconstantes, múltiplas e fragmentadas, encontrando na escola ambiente propicio de trocas e enfrentamentos. Esta é uma das instituições sociais estruturada em bases hierárquicas de poder, local onde os jovens relacionam-se cotidianamente, as identidades são construídas, reforçadas e sedimentadas, notadamente a identidade de gênero. Necessário se faz fomentar o diálogo e a participação ativa do corpo docente no sentido de auxiliar o jovem a atravessar fase tão importante na construção da sua autobiografia o que favorecerá sobremaneira a construção de identidades equânime
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