24 research outputs found

    Mestiçagem, estratégias de casamento e propriedade feminina no arquipélago de São Tomé e Príncipe nos séculos XVI, XVII e XVIII

    Get PDF
    No pequeno arquipélago de São Tomé e Príncipe, situado sobre a linha do Equador, um sector da população mestiça, produto das relações entre portugueses e escravas africanas, ganhará, ainda na 1ª metade do século XVI, relevância económica e reconhecimento político. Mais lento será o reconhecimento social, processo complexo em que a estratégia mestiça, da mesma forma do que a dos “brancos da terra”, passa por uma política de casamentos que se pode caracterizar como de “branqueamento” ou “desafricanização” e de que, neste artigo, são estudados vários casos, relacionando- -os com o estatuto legal de propriedade. A mulher da elite crioula, não deixando de ter um papel social próximo do de outras sociedades europeias e europeizadas do seu tempo, assume um carácter relativamente mais interventivo, sobretudo quando se trata do grupo das mulheres viúvas.ABSTRACT: The role of Creole Women in the São Tomé and Príncipe Islands during the 16th, 17th and 18th Centuries. During the first half of the sixteenth century, a sector of São Tomé and Príncipe’s mixed race population – the product of encounters between Portuguese colonists and african slaves – gained substantial economic and political influence. Their social recognition was, however, a slower and more complex process where the strategies of mestiços often entailed seeking marriages which could be termed as ‘whitening’ or ‘deafricanizing’, several examples of which are analysed in this article. Elite creole women, widowers in particular, assumed a relatively interventive role notwithstanding a continued subaltern position similar to those experienced by women in European or Europeanises societies of that period

    a questão dos Angolares

    Get PDF
    UID/HIS/04666/2013Descendendo dos sobreviventes do naufrágio de um navio negreiro (segundo uns) ou de escravos fugidos dos engenhos de açúcar (segundo outros), os angolares encontraram, durante séculos, no interior montanhoso da ilha de São Tomé, refúgio contra a dominação dos colonizadores. Neste artigo, discute-se o problema das origens do povo angolar e acompanha-se o difícil processo da sua integração na sociedade colonial, que só se inicia, aliás, no século XIX. Descending from the survivors of the sinking of a slave ship (according to some) or from slaves fleeing the sugar mills (according to others), for centuries, the Angolares found refuge from the colonisers’ domination in the mountainous inland of São Tomé Island. This article analyses the problem of the origin of the Angolar people and describes the difficult process of its integration in the colonial society, which only began in the nineteenth centurypublishersversionpublishe

    o comércio de escravos nos séculos XV e XVI

    Get PDF
    UID/HIS/04666/2013This article focuses on the slave trade between the West African coast and Portugal, from the time this trade began, in the mid-15th century, to the end of the 16th century. It seeks to examine the way this slave trade took shape and aims to identify the main ports of departure on the African coast, as well as the trading entrepôts which were created in the Cape Verde and São Tomé & Príncipe archipelagos. In relation to Lisbon, which from 1512 onward was the only Portuguese port authorised to receive slaves, this article describes the institutional framework, centred around the Casa da Guiné (Guinea House) and the Casa dos Escravos (Slave House), and the way in which African slaves were traded.publishersversionpublishe

    Economia, Transportes e Capitais na relação do arquipélago de São Tomé e Príncipe com Portugal durante o século XVI

    Get PDF
    UIDB/04666/2020 UIDP/04666/2020publishersversionpublishe

    Os africanos escravizados na América Ibérica (1500-1850)

    Get PDF
    Caderno com textos, tabelas e mapas destinados a apoiar os professores do ensino básico e secundário na exploração do recurso audio-visual "Os Africanos Escravizados na América Ibérica (séculos XVI-XIX)", disponível em https://www.youtube.com/watch?v=qd-sPk4a4p8&t=11s. Constitui um resultado do projecto de investigação RESISTANCE: Rebellion and Resistance in the Iberian Empires, 16th-19th centuries (n.778076-H2020-MSCA-RISE-2017

    A independência do Brasil, os portugueses retornados, as leis do Marquês de Pombal e os escravos africanos

    No full text
    UID/HIS/04666/2013Na sequência da proclamação da independência do Brasil, em 1822, foram obrigados a regressar a Portugal não só alguns milhares de portugueses, militares e funcionários públicos, mas também proprietários e comerciantes, cujos interesses estavam mais ligados à metrópole. Entre os bens móveis que esses retornados conseguiram trazer, contavam-se escravos africanos com os quais pensavam voltar um dia ao Brasil ou revendê-los oportunamente. No entanto, em Portugal, desde a lei do Marquês de Pombal de 1761, estava proibida a entrada de escravos, que deviam ser libertos automaticamente à chegada ao território nacional. Isso vai trazer problemas políticos e jurídicos complexos, mostrando que, mesmo no espaço europeu, a questão da escravatura estava longe de estar resolvida. Tras la proclamación de la independencia de Brasil en 1822, se vieron obligados a regresar a Portugal unos pocos miles de portugueses. Entre ellos, soldados y funcionarios públicos, así como propietarios de tierras y comerciantes cuyos intereses estaban más estrechamente vinculados a la metrópoli. Entre los bienes muebles, trajeron con ellos esclavos africanos con el pensamiento de volver un día a Brasil o revenderlos en el momento oportuno. Sin embargo, en Portugal, ya desde la ley del Marqués de Pombal, de 1761, estaba prohibida la entrada de esclavos, que debían ser liberados de forma automática a la llegada al país. Esto traerá problemas políticos y jurídicos complejos, que mostraron que, incluso en Europa, la cuestión de la esclavitud estaba lejos de resolverse. After Brazil proclaimed its independence in 1822 thousands of Portuguese were obliged to return to Portugal. Th ese included soldiers and public offi cials, as well as land owners and merchants, whose interests lay more in Portugal. The moveable assets they brought with them when they returned included African slaves, with whom they envisaged returning to Brazil one day or selling at an opportune moment. However, in Portugal, the laws that the Marquis of Pombal had implemented in 1761 banned the entry of slaves, who were to automatically be freed on arrival in Portugal. Th is raised complex political and juridical problems, which showed that even in Europe the question of slavery was far from being resolved.publishersversionpublishe
    corecore