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    Tratamento hidrotérmico como forma de remediação e valorização de águas-ruças e bagaço de azeitona

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    O presente estudo tem como objetivo apresentar alternativa ao tratamento da água-ruça através da carbonização hidrotérmica (HTC) desta, vinculada a adição de biomassa proveniente do lagar de azeite, afim de promover sua valorização e economia circular no local. Foram utilizadas matérias-primas provenientes de um lagar de três fases, como a água-ruça e o bagaço de azeitona seco, além da folha de oliveira, biomassa residual florestal, carvão ativado e areia. Com estes foram preparados ensaios de carbonização hidrotérmica para temperaturas entre 150°C e 250°C, tempo de reação de 60 min, com a razão sólido:líquido de 0:1, 1:10 e 1:100. Além do HTC, foram realizados ensaios de carbonização tradicional com o bagaço e a biomassa residual florestal, nas temperaturas de 250°C e 300°C, e tempo de reação de 60 min. Dos produtos obtidos, foram analisadas as fases aquosas através dos parâmetros do pH e condutividade elétrica, teor de compostos fenólicos totais, carência química de oxigênio (CQO), sólidos totais, voláteis e fixos, sólidos suspensos totais, turvação e composição mineral das cinzas, e comparados com a água-ruça para verificação de sua eficiência no tratamento hidrotérmico. Juntamente com a fase aquosa, foram analisadas as matérias-primas e os biocarvões obtidos através do teor de humidade e cinzas, poder calorífico superior, análise elementar, rendimento mássico e energético, capacidade de retenção de água, adsorção e germinação. Em relação ao tratamento da água-ruça, os melhores resultados foram obtidos através da carbonização hidrotérmica sem a adição de biomassa, com carvão ativado, e no ensaio com adição da areia, onde foram alcançadas taxas de remoção de 48% dos compostos fenólicos totais e 53% de CQO, tendo este apresentado resultado superior inclusive ao carvão ativado. Os sólidos suspensos totais foi o parâmetro que apresentou melhor resultado através do HTC, com uma remoção de 96% obtida através da mistura das fases aquosas dos ensaios. Dos biocarvões obtidos, observou-se em geral uma valorização das matérias-primas através da carbonização. O HTC provocou uma redução no teor de cinzas, sendo esta redução diretamente vinculada ao aumento da temperatura de reação. O teor de carbono de todos os biocarvões apresentou aumento, sendo os hidrocarvões com resultados superiores aos biocarvões da carbonização tradicional, quando realizados a mesma temperatura. Consequentemente, houve um aumento no poder calorífico das biomassas, chegando a 24,80 MJ/kg na carbonização tradicional do bagaço a 300°C. Neste estudo foi possível verificar uma alternativa ao tratamento da água-ruça com a utilização de uma matéria-prima abundante, que é a areia, em condições acessíveis através da carbonização hidrotérmica. Apesar de a adição das biomassas no HTC não ter resultado positivamente no tratamento da água-ruça, pois ao contrário de retirar compostos da água, acabou por liberar estes, observou-se uma valorização dos resíduos provenientes do lagar de azeite através da produção dos biocarvões, o que mostra um potencial na aplicação destes na economia circular do lagar.The present study aims to present an alternative to the treatment of olive mill wastewater (OMWW) through hydrothermal carbonization (HTC), linked to the addition of biowaste from the olive mill, in order to promote its valorization and circular economy in the place. Raw materials from three-phase olive mill were used, such as OMWW and dried pomace, in addition to the olive leaf, residual forest biomass, charcoal activated and sand. With these, hydrothermal carbonization tests were prepared for temperatures between 150°C and 250°C, reaction time of 60 min, with the solid:liquid ratio of 0:1, 1:10 and 1:100. In addition to HTC, traditional carbonization tests were carried out with dried pomace and residual forest biomass, at temperatures of 250°C and 300°C, and a reaction time of 60 min. From the obtained products, the liquid phases were analyzed through the parameters of pH and electrical conductivity, content of total phenolic compounds, chemical oxygen deficiency (COD), total, voletile and fixed solids, total suspended solids, turbidity and mineral composition of the ashes, and compare with the OMWW to verify its efficiency in hydrothermal treatment. Together with the liquid phase, raw materials and biochars obtained through moisture and ash content, higher heating value (HHV), elemental analysis, mass and energy yield, water holding capacity, adsorption and germination were analyzed. Regarding the treatment of OMWW, the best results were obtained through hydrothermal carbonization without the addition of biomass, with charcoal activated, and in the test with addition of sand, where removal rates of 48% of the total phenolic compounds and 53% of COD, which had a higher result even than charcoal activated. The total suspended solids was the parameter that showed the best result through HTC, with a 96% removal obtained by mixing the liquid phases of the tests. Of the biochars obtained, the raw materials were generally valued through carbonization. The HTC caused a reduction in the ash content, this reduction being directly linked to the increase in the reaction temperature. The carbon content of all biochars increased, with the hidrochars having results superior to biochars of traditional carbonization, when carried out at the same temperature. Consequently, there was an increase in the HHV of the biomasses, reaching 24,80 MJ/kg in the traditional carbonization of dried pomace at 300°C. In this study it was possible to verify an alternative to the treatment of OMWW with the use of an abundant raw material, which is sand, in conditions accessible through hydrothermal carbonization. Althought the addition of biomasses on HTC did not have a positive effect on the treatment of OMWW, as instead of removing compounds from the water, ther ended up releasing these, there was an appreciation of the residues from the olive mill through the production of biochars which shows a potential in the application of these in the circular economy in the olive mill

    Carnaval e design social : a territorialidade enquanto formação identitária de um coletivo feminista portoalegrense

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    O presente trabalho utiliza abordagens sociais do design, a fim de investigar o bloco porto-alegrense de carnaval de rua Não mexe comigo que eu não ando só enquanto uma organização colaborativa, horizontal e feminista. O desenvolvimento se dá a partir de um método adap-tado, que integra as metodologias do Design Centrado no Ser-humano e do Design Social-mente Responsável. O objetivo geral do trabalho é responder ao questionamento: De que forma um projeto de design pode contribuir para o fortalecimento identitário do bloco Não mexe comigo que eu não ando só? Reconhecendo o carnaval de Porto Alegre como parte da identidade do bloco, uma pesquisa sobre a história carnavalesca da cidade e suas territoriali-dades foi realizada. Baseando-se nos conceitos de conexão, resgate e territorialidade, um ro-teiro de saída de campo foi formulado com a finalidade de levar as integrantes do bloco em visitas guiadas até os territórios carnavalescos da cidade. Essa experiência é acompanhada de um kit gráfico que contém informações históricas sobre tais territórios no formato de um mapa e um caderno de estudos, resultando assim em uma experiência de aprendizado direci-onada ao bloco.This paper uses social design approaches in order to investigate the Porto Alegre street carni-val block Não mexe comigo que eu não ando só as a collaborative organization, setting itself up as a horizontal feminist collective. The development of this research takes place from an adapted method that mixes the Human-Centered Design and the Socially Responsible Design methodologies in order to answer the question "How can a design project contribute to the strengthening of the Não mexe comigo que eu não ando só block’s identity? ". Recognizing the carnival of Porto Alegre as part of the block's identity, a survey on the city’s carnival history and its territorialities was carried out. Based on the concepts of connection, rescue and terri-toriality, a field trip itinerary was formulated with the purpose of taking the members of the block on a guided tour towards the Porto Alegre’s carnival territories. This experience is ac-companied by a graphic kit containing historical information about such territories in the form of a map and a study book

    RELAÇÃO ENTRE A CARGA TRIBUTÁRIA E O CENÁRIO MACROECONÔMICO BRASILEIRO: UMA ANÁLISE NO SEGMENTO ENERGIA ELÉTRICA LISTADAS NA B3

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    A videira ‘Goethe’ e seus clones nos Vales da Uva Goethe

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    Abstract: The Goethe grape cultivar is widely cultivated in the region of Urussanga, Santa Catarina, Brazil, since the early 20th century, when it was introduced. From the 1920s to the 1960s, it was accountable for the fame and acceptance of the region’s white wine throughout the country and for its national and international awards. In 2012, it was assigned by the National Institute of Industrial Property (INPI) with the geographic indication “Vales da Uva Goethe”. More than a century of cultivation, two clones were isolated and multiplied from the Goethe cultivar, the ‘Goethe Primo’ and the ‘SCS420 Goethe Cristal’. These two clones keep the same phenology and cultural features of the original cultivar, differentiating themselves primarily by the characteristics of the fruit and the wine produced. The Goethe Primo cultivar presents larger grape berries, less colored, with less acidity and thicker skin. The SCS420 cultivar Goethe Cristal displays green colored grape berries, with bigger size and less acidity than the original cultivar. The wines produced from the clones are characterized by being less acid, having floral aroma notes and being less intense.Resumo: O cultivar de videira Goethe é amplamente cultivado na região de Urussanga desde sua introdução, no início do século 20. Entre as décadas de 1920 e 1960, foi responsável pela fama e aceitação do vinho branco da região por todo o País e por suas premiações nacionais e internacionais. Em 2012 recebeu do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) o registro de Indicação Geográfica “Vales da Uva Goethe”. Ao longo de mais de um século de cultivo, foram isolados e multiplicados dois clones a partir do cultivar Goethe, o ‘Goethe Primo’ e o ‘SCS420 Goethe Cristal’. Esses dois clones mantêm as características fenológicas e culturais do cultivar original, diferenciando-se basicamente pelas características do fruto e do vinho produzido. O cultivar Goethe Primo apresenta bagas maiores, menos coloridas, com menor acidez e casca mais espessa. O cultivar SCS420 Goethe Cristal apresenta bagas de coloração verde, de maior tamanho e menor acidez. Os vinhos produzidos por esses clones caracterizam-se por serem menos ácidos e terem aromas com notas florais e menos intensos em relação aos da videira ‘Goethe’. 

    LEVANTAMENTO PRELIMINAR DE CULICÍDEOS EM ÁREA DE MATA PRESERVADA E REFLORESTAMENTO DE PINUS SP., NO MUNICÍPIO DE IRANI, SC

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    MTA E CIMENTO PORTLAND: UMA REVISÃO DE LITERATURA

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    A endodontia busca por materiais com boas propriedades mecânicas e biocompatibilidade. Um dos principais cimentos endodônticos utilizados é o agregado trióxido mineral (MTA). Esse cimento tem várias aplicações clínicas, no entanto, trata-se de um material de preço elevado. Por ser derivado do Cimento Portland (CP) muitos pesquisadores buscam a utilização deste como alternativa na endodontia. O objetivo deste estudo é analisar comparativamente as propriedades físicas, químicas e biológicas do MTA e do CP, através de uma revisão de literatura. Os estudos demonstram que o CP apresenta características bastante similares em relação às suas propriedades físico-química quando comparado ao MTA e tem demonstrado propriedades biológicas desejáveis quanto a sua utilização clínica.PALAVRAS-CHAVE: Agregado Trióxido Mineral. Cimento Portland. Endodontia. Biocompatibilidade. Material dentário

    Florescimento precoce em pessegueiro e sua relação com a temperatura: um estudo de caso

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    In the year of 2013 was recorded an early and intense flowering in peach trees in atypical season, in the city of Urussanga, SC, Brazil. Twenty percent of the accessions of a peach tree collection showed full bloom in mid-April, when it usually occurs in July and August. The interval of temperatures between 16.0 and 19.0oC and below 19.0oC (13.0 to 19.0oC) in a period of 49 days between February and March  were the most related to the anticipation of full bloom in that year, with correlations of -0.92 (p <0.01) and -0.85 (p <0.02), respectively. Although temperatures between 16.0 and 19.0oC are not considered effective for endodormancy in many of the traditional phenological models developed for temperate fruits, some studies indicate that in genotypes with low cold requirement, they can perform this function. However, assuming a simultaneous accumulation of cold and heat, as proposed by parallel models of dormancy breaking, it is not possible to state whether this thermal band really had a vernalizing effect in the present case. No ano de 2013 foi registrada uma floração precoce e intensa em pessegueiro, em época atípica, no município de Urussanga, SC, Brasil. Vinte por cento dos acessos de uma coleção de pessegueiro apresentaram plena floração em meados de abril, quando normalmente esta ocorre nos meses de julho e agosto. As faixas térmicas com temperaturas entre 16,0 e 19,0oC e inferiores a 19,0oC (13,0 a 19,0oC), em um período de 49 dias entre fevereiro e março, foram as que mais se relacionaram com a antecipação da plena floração no referido ano, com correlações de -0,92 (p<0,01) e  -0,85 (p<0,02), respectivamente. Embora as temperaturas entre 16,0 e 19,0oC não sejam consideradas efetivas para a endodormência em muitos dos modelos fenológicos tradicionais desenvolvidos para frutíferas de clima temperado, alguns trabalhos indicam que, em genótipos com baixa exigência em frio, estas podem desempenhar esta função. Entretanto, assumindo-se uma acumulação simultânea de frio e calor, como proposto por modelos paralelos de quebra de dormência, não é possível afirmar se, no presente caso, esta faixa térmica teve, realmente, um efeito vernalizante.

    Variação na data de plena floração do pessegueiro em função das temperaturas na endo e ecodormência

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    O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de variáveis térmicas, anteriores e posteriores à data estimada do início da ecodormência, sobre a variação nas datas médias de plena floração (DMPF) do pessegueiro, em Urussanga, SC, Brasil. A fase teórica de endodormência apresentou uma duração aproximada de 70 dias. A temperatura média das máximas dos 30 dias imediatamente anteriores ao início da ecodormência e a média das temperaturas médias dos 20 dias posteriores foram as variáveis que apresentaram as maiores correlações com a DMPF, com R = 0,88 (P ≤ 0,01) e R = −0,69 (P ≤ 0,05), respectivamente. As temperaturas máximas da fase de endodormência teórica e as temperaturas médias dos 20 dias iniciais da ecodormência, em um modelo de regressão linear, explicaram 96% das variações observadas na DMPF. As temperaturas inferiores a 16oC nos 40 dias iniciais da fase de endodormência, inferiores a 22oC nos 30 dias finais dessa fase, e acima de 13oC nos 20 dias iniciais da ecodormência apresentaram correlações negativas com a DMPF e explicaram conjuntamente 93% das variações observadas. Na fase final da endodormência, as temperaturas amenas (13ºC a 19oC) apresentaram maior influência sobre a antecipação da DMPF do que as inferiores a 13oC

    SCS423 Bonora: um novo cultivar de pessegueiro

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    Abstract – The cultivar SCS423 Bonora (National Cultivars Registration Number 33849) was developed by Epagri´s Peach Breeding Program at the Experimental Station of Urussanga. Its parents are the cultivars Ouromel 4 and Pampeano. The fruits are medium to large in size with firm flesh and rounded shape. Fruit appearance, white coloration of the pulp and low acidity are characteristics that please consumers, making this cultivar one of the favorites. It requires approximately 200 hours of temperature below 7.2°C for winter chill accumulation. It is recommended for South, Upper Itajaí Valley, West and Far West regions of Santa Catarina State. Its flowering is precocious, being moderately resistant to bacteriosis (Xanthomonas arboricola pv., pruni) and to canker of the branches or canker of Botriosphera caused by Botryosphera spp.Resumo – O cultivar SCS423 Bonora (Registro Nacional de Cultivares n. 33849) foi desenvolvido pelo programa de Melhoramento Genético de Pessegueiro da Epagri, na Estação Experimental de Urussanga. Tem como genitores os cultivares Ouromel 4 e Pampeano. Os frutos são de tamanho médio a grande com polpa firme e formato arredondado. A aparência dos frutos, a coloração branca da polpa e a baixa acidez são características que agradam ao consumidor, fazendo com que este cultivar seja um dos preferidos. Requer aproximadamente 200 horas de frio hibernal com menos de 7,2°C. É indicado para o plantio nas regiões Sul, Alto Vale do Itajaí, Oeste e Extremo Oeste do estado de Santa Catarina. Sua floração é precoce, sendo medianamente resistente à bacteriose (Xanthomonas arborícola pv., Pruni) e ao cancro dos ramos ou cancro de Botriosphera, causado pela Botryosphera spp.
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