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    O uso de protocolos eras para procedimentos analgésicos

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    Introdução: A dor tem implicâncias prejudiciais para a recuperação do paciente frente a sua patologia ou procedimento realizado. Nesse sentido, o uso de analgésicos opioides são os principais recursos utilizados nos pós-operatórios, porém eles acarretam consigo efeitos adversos e, consequentemente, prolongação do tempo de internação. Assim, o uso de medicamentos não opioides e multimodais vem sendo discutidos, visando reduzir os efeitos adversos relacionados ao uso de opioides por meio da implementação de protocolos de recuperação pós-operatória (ERAS). Objetivo: Conhecer o impacto e a importância do protocolo ERAS para procedimentos que envolvam a analgesia multimodais. Material e método: Realizada revisão de literatura, com buscas nas bases de dados Pubmed, Bireme e Lilacs. Foram utilizados como descritores: opioide-free, anestesia, analgesia, protocolos Definiu-se como critério de inclusão a relevância temática, artigos com o qualis Capes na plataforma Sucupira superior a B2 e/ou fator de impacto superior a três e publicação a partir do ano de 2016. Resultados: A implementação de protocolos de recuperação pós-operatória (ERAS) visa reduzir a dor pós-operatória, além dos efeitos adversos dos medicamentos opioides, que são os principais utilizados no período perioperatório e prevenir o uso crônico de opioides, por meio de uma analgesia multimodal e livre de opioides. Além disso, o uso de opioides pode levar à hiperalgesia, em que há o aumento da sensibilidade dolorosa e até mesmo à tolerância aguda, que faz o paciente requerer doses altas do opioide para conseguir o efeito analgésico. Nesse sentido, a implementação de ERAS torna-se de grande importância visando diminuir as complicações e morbidade pós-operatória e melhorar a recuperação e a qualidade de vida do paciente. Foi observado que o uso de anestesia livre de opioides aumentou de 17% no período pré-ERAS para 58% no período pós-ERAS, porém, a prescrição de opioides na alta hospitalar não teve diferença significativa após a implementação de ERAS, retratando, assim, que o comportamento do médico deve ser modificado na prescrição de opioides na alta hospitalar. Ademais, o uso de dexmedetomidina e clonidina, medicamentos não opioides e multimodais, mostrou redução do uso de morfina no pós-operatório de pessoas submetidas a cirurgia bariátrica. Além disto, foi concluído que os dois únicos preditores significativos de uma prescrição de opioide em cirurgias colorretais são o sexo feminino e os escores de dor moderada a grave antes da alta, isso porque mulheres são mais sensíveis à dor experimentalmente induzida, evidenciada por altos índices de dor e menor tolerância à dor. Conclusão: A implementação de ERAS é de suma importância para a diminuição da dor pós-operatória, redução dos efeitos adversos e do uso crônico de medicamentos opioides. Assim, o comportamento do médico deve ser modificado e atualizado para que a prescrição de opioides na alta seja reduzido, visto que a trajetória ERAS da instituição protocolar tem sucesso no manejo intra-hospitalar da dor, mas ele não consegue abordar o período crucial imediatamente ao redor das receitas de alta e de opioides

    A relação entre a doença pulmonar obstrutiva crônica e a função muscular esquelética: revisão de literatura / The relationship between chronic obstructive pulmonary disease and skeletal muscle function: literature review

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    A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) possui várias consequências, sendo uma das mais importantes a depreciação da atividade muscular esquelética. O presente trabalho visa compreender então como a DPOC afeta essa musculatura e discorrer sobre algumas possíveis maneiras de minimizar esses efeitos. A metodologia utilizada foi a pesquisa nas bases de dados Scielo, PubMed e Google Acadêmico de artigos científicos originais e revisões de literatura elaborados entre os anos de 2014 e 2018. Os resultados indicam alto índice de atrofia, principalmente pela via miostatina, afetando expressivamente a morfologia das fibras, além de um notório estresse oxidativo e diâmetro reduzido das fibras, o que interfere em sua capacidade de contração. Com isso, conclui-se que a DPOC atua na disfunção do músculo esquelético através de vários mecanismos, os quais tem consequências severas que, possivelmente, podem ser tratadas com atividades físicas regulares e algumas substancias farmacológicas. 

    Prevalência e implicações da circunferência abdominal alterada, sobrepeso e obesidade em adolescentes de ensino médio

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    A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo, principalmente na região abdominal, sob etiologias variadas (WHO, 2016). O diagnóstico é feito pela associação de diferentes técnicas, como o cálculo do IMC e a medida da circunferência abdominal (ABESO, 2016). De modo geral, o tratamento para obesidade pode ser pautado com metas para emagrecer e alternativas medicamentosas, mas, especialmente, intervenções integrais em estilo de vida são essenciais nos casos em população jovem (TAYLOR, 2016; TYSON, 2018). A prevenção abrange várias estratégias, desde a reeducação alimentar, junto a estímulos escolares e familiares, e o incentivo à prática de esportes (TYSON, 2018). Seguindo a tendência mundial, a prevalência da doença em jovens vem aumentando, e incorpora hoje 25% dos adolescentes de 10 a 19anos, acarretando, principalmente, em desfechos cardiovasculares, metabólicos e articulares em curto e longo prazo (IBGE, 2010; PASQUALI et al., 2020). Dentro disso, o objetivo do trabalho visa identificar a prevalência de circunferência abdominal alterada, sobrepeso e obesidade em adolescentes escolares de ensinomédio e avaliar os principais fatores predisponentes ao excesso de peso. Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, descritivo e transversal de natureza quantitativa para avaliar a prevalência da obesidade e suas consequências a curto e longo prazo em estudantes do ensino médio de Anápolis, Goiás no período de 2020 e 2021

    Percepção de acadêmicos de medicina em relação a sintomas depressivos em escolares na adolescência

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    Introdução: presente trabalho apresenta um relato da experiência de acadêmicos de medicina da faculdade UniEVANGÉLICA com uma ação educativa sobre os sintomas da depressão infantil no colégio Couto Magalhães no dia 06 de junho de 2019. O módulo de Medicina de Família e Comunidade, subárea de saúde coletiva proporcionou a realização do projeto através da metodologia do Arco de Maguerez. As 3 primeiras etapas do método foram aplicadas na visita à escola com o apoio do questionário da pesquisa PeNSE (IBGE, 2015). Contextualizando diferentes aspectos como educação sexual e bullying, constatou-se que 40% dos alunos se queixou de solidão, definindo um ponto vulnerável passível de intervenção. Na terceira fase, a teorização explorou os tópicos necessários a cobrir, destacando consequências que pesam sobre todo o processo maturativo biopsicossocial, atingindo 8 milhões de crianças no Brasil. A intervenção se baseou no risco de depressão entre os alunos do 6° ano ao 3° ano do ensino médio, objetivando oferecer meios para lidar com os sintomas e prevenir a depressão. Para isso, foi aplicado o Inventário de depressão infantil de Kovacs, que propõe mensurar o nível do distúrbio em jovens de 7 a 17 anos. Cada questão porta 3 alternativas, pontuadas de 0 a 2 de acordo com a gravidade. Objetivo: apresentar a experiência de estudantes de medicina frente a ação em saúde na aplicação de escala para depressão infantil. Relato de experiência: a pesquisa abrangeu 82 alunos e, com os resultados, o grupo se viu surpreso. Categorizadas as questões pelo peso para o risco de depressão, a terceira categoria, sobre afecções funcionais e à concepção de si mesmo, apresentou números alarmantes: 57,32% mostraram score mediano a máximo para más perspectivas de vida, 56,1% quanto ao mau rendimento escolar, 19,5% pela baixa autoestima e 18,3% referiram ideação suicida. Com a apresentação de um banner, o grupo esclareceu limites entre a regularidade e a patologia, pontuando técnicas para lidar com a tristeza. Como por exemplo, a prática de exercícios, filmes e músicas que propiciem a liberação dos “hormônios da felicidade” abordados – serotonina, dopamina, endorfina e oxitocina. Discussão: uma das tarefas mais importantes da prática foi despertar o assunto como algo passivo de prevenção. Questões como a autoestima, otimismo e rendimento escolar foram abertamente discutidas. Mas, ainda assim, o grupo sentiu certa impotência frente ao impacto funcional dos resultados, já que os participantes não transpareciam sentimentos tão relevantes quanto as porcentagens. Por outro lado, houve queixas dos participantes sobre a rigidez das opções da escala de Kovacs, que apresentavam extremos que não contemplavam individualidades suficientes para representá-los. Por fim, o projeto foi aperfeiçoou competências para um melhor entendimento das singularidades da saúde, adaptação da linguagem de alcance ao público e a maturidade para utilizar dados contextualizados e agir sobre eles. Conclusão: a experiência foi extremamente enriquecedora ao grupo, contribuindo para a visualização dos sintomas depressivos na juventude como um fator social importante e proporcionando melhores perspectivas sobre o manejo diário do problema. Nessa linha, é imprescindível que as escalas de depressão sejam desenvolvidas empírica e amplamente, para uma melhor identificação dos sujeitos

    Dermatite atópica em crianças e o papel da microbiota intestinal na fisiopatologia da doença

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    A dermatite atópica é uma doença crônica de etiologia multifatorial que afeta hoje 15 a 20% das crianças pelo mundo. Por se tratar de uma doença altamente prugirinosa, as manifestações na infância podem afetar fortemente o curso de desenvolvimento da criança e, consequentemente, a sua qualidade de vida e de todos os envolvidos. Assim, surge a necessidade de uma maior atenção sobre as possíveis formas de prevenção, tratamento e, primariamente, à etiologia por trás dos distúrbios cutâneos. Nessa linha, a relação entre a dermatite atópica infantil e a microbiota intestinal vem ganhando força em meio a hipóteses e teorias ainda pouco conhecidas. Considerando a relevância do assunto, o presente estudo tem por objetivo relacionar a dermatite atópica infantil com a atuação na microbiota intestinal e destacar as principais condutas frente à doença. Tratando-se, portanto, de uma revisão integrativa de literatura embasada em 28 artigos científicos e dados epidemiológicos entre 2011 e 2019, mediante busca nas de dados PubMed e Bireme com os descritores: “atopic eczema”, “etiology”, microbiota gastrointestinal, “probiotic supplement”. Dessa forma, foi possível, não só esclarecer a fisiopatologia da doença, como também evidenciar tópicos a serem aprofundados e chamar a atenção da comunidade científica atual

    Associação da Lipoenxertia no tratamento de cicatrizes de queimadura: um relato de caso / Association of Lipoenxertia in the treatment of burn scars: a case report

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    Queimaduras são grandes responsáveis pelas taxas atuais de morbimortalidade e gastos em assistência no Brasil. Além das afecções estéticas, a cicatrização pós-queimadura pode trazer prejuízos à qualidade de vida do paciente dentro de seu desenvolvimento funcional, social e psicológico. No entanto, apesar de notáveis progressos no manejo da cicatrização de feridas, as opções terapêuticas ainda são um desafio para a classe médica, já que não há uma terapia padrão-ouro que elimine de forma totalmente eficaz o excesso de tecido cicatricial. Nesse contexto, a lipoenxertia surge como uma técnica terapêutica promissora que consiste na injeção de tecido adiposo autólogo para reconquistar um pouco do suporte mecânico e vascular da região subcutânea previamente destruída nas queimaduras graves com o apoio das propriedades regenerativas dos componentes celulares carregados nas amostras. Portanto, o presente trabalho objetiva descrever o caso de uma paciente adulta, vítima de queimaduras, apresentando a evolução dos resultados sob a luz dos mecanismos de ação envolvidos no reparo da cicatriz pela enxertia de gordura autóloga realizada em consonância com a literatura

    Fístula arteriovenosa dural intracraniana da junção craniocervical com drenagem venosa perimedular espinhal: um raro relato de caso

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    Fístulas arteriovenosas durais (FAVDs) são lesões adquiridas, que consistem em uma ou mais conexões fistulosas no interior dos folhetos da dura-máter, com envolvimento das paredes de um seio venoso dural ou então das veias leptomeníngeas adjacentes. Sua incidência é de difícil determinação, no entanto, segundo estudos, ela é estimada em 10% a 15% de todas as malformações cerebrovasculares diagnosticadas por angiografia. Os fatores predisponentes ao desenvolvimento das FAVDs são o traumatismo cranioencefálico, tromboflebite cerebral, neurocirurgia prévia e infecções. O objetivo deste estudo é apresentar um caso de Fístula Arteriovenosa Dural Intracraniana em um paciente de 58 anos, ressaltando os aspectos imagenológicos, etiológicos, fisiopatológicos e, sobretudo, os tipos de classificação da doença e a terapia utilizada. W.S.D., sexo masculino, 58 anos, natural e procedente de São Paulo – SP, deu entrada no pronto-socorro de um hospital de referência da capital paulista queixando-se de parestesia de membros superiores (MMSS) há 3 meses. Foi realizado exame físico e anamnese de forma minuciosa, na qual o paciente negou cefaleia e outros sintomas associados. Foi submetido à investigação com uma ressonância magnética (RNM) da região cerebral e medular em ponderações T1 e T2, as quais demonstraram efeito tumefativo que comprometia a transição bulbo-medular e a medula cervical de C2, as quais encontravam-se edemaciadas. Além disso, estavam proeminentes os vasos leptomeníngeos nos hemisférios cerebelares, estes patognomônicos da FAVD. Ademais, foi observado hipersinal em T2, com padrão estriado/tigroide, típico de degeneração mielínica progressiva. O paciente apresentava agressivo refluxo venoso cortical com drenagem perimedular espinhal na veia cortical e, dessa forma, enquadrou-se na Classificação de Cognard tipo V, sendo considerado um paciente portador de FAVD maligna. Foi então realizado tratamento endovascular com embolização transarterial, o qual proporcionou fechamento completo da fístula e, dessa forma, o paciente obteve um prognóstico favorável. As fístulas arteriovenosas durais, por serem uma condição rara e com variadas manifestações clínicas, podem passar despercebidas pelo profissional médico. Dessa forma, é de fundamental importância o conhecimento da doença, com o intuito de proporcionar ao paciente um diagnóstico precoce e uma terapia eficaz

    Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil

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    Brazilian Flora 2020: Leveraging the power of a collaborative scientific network

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    International audienceThe shortage of reliable primary taxonomic data limits the description of biological taxa and the understanding of biodiversity patterns and processes, complicating biogeographical, ecological, and evolutionary studies. This deficit creates a significant taxonomic impediment to biodiversity research and conservation planning. The taxonomic impediment and the biodiversity crisis are widely recognized, highlighting the urgent need for reliable taxonomic data. Over the past decade, numerous countries worldwide have devoted considerable effort to Target 1 of the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC), which called for the preparation of a working list of all known plant species by 2010 and an online world Flora by 2020. Brazil is a megadiverse country, home to more of the world's known plant species than any other country. Despite that, Flora Brasiliensis, concluded in 1906, was the last comprehensive treatment of the Brazilian flora. The lack of accurate estimates of the number of species of algae, fungi, and plants occurring in Brazil contributes to the prevailing taxonomic impediment and delays progress towards the GSPC targets. Over the past 12 years, a legion of taxonomists motivated to meet Target 1 of the GSPC, worked together to gather and integrate knowledge on the algal, plant, and fungal diversity of Brazil. Overall, a team of about 980 taxonomists joined efforts in a highly collaborative project that used cybertaxonomy to prepare an updated Flora of Brazil, showing the power of scientific collaboration to reach ambitious goals. This paper presents an overview of the Brazilian Flora 2020 and provides taxonomic and spatial updates on the algae, fungi, and plants found in one of the world's most biodiverse countries. We further identify collection gaps and summarize future goals that extend beyond 2020. Our results show that Brazil is home to 46,975 native species of algae, fungi, and plants, of which 19,669 are endemic to the country. The data compiled to date suggests that the Atlantic Rainforest might be the most diverse Brazilian domain for all plant groups except gymnosperms, which are most diverse in the Amazon. However, scientific knowledge of Brazilian diversity is still unequally distributed, with the Atlantic Rainforest and the Cerrado being the most intensively sampled and studied biomes in the country. In times of “scientific reductionism”, with botanical and mycological sciences suffering pervasive depreciation in recent decades, the first online Flora of Brazil 2020 significantly enhanced the quality and quantity of taxonomic data available for algae, fungi, and plants from Brazil. This project also made all the information freely available online, providing a firm foundation for future research and for the management, conservation, and sustainable use of the Brazilian funga and flora
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