24 research outputs found

    Floristic composition and richness of the tree community in a submontane Atlantic Forest in the Imbaú region, Silva Jardim, Rio de Janeiro

    Get PDF
    O presente trabalho teve por objetivo avaliar a composição florística arbórea de um trecho de Floresta Atlântica submontana na região de Imbaú, Silva Jardim, RJ. Esta região formava um contínuo florestal que foi fragmentado há mais de 50 anos por práticas agropecuárias. Cinco fragmentos foram selecionados e em cada um deles foram alocadas quatro parcelas de 100×5 m. Todas as árvores vivas com DAP > 5 cm foram amostradas e identificadas. No hectare amostrado foram encontradas 161 espécies distribuídas por 39 famílias. A similaridade florística entre os fragmentos foi alta, com índice de Morisita variando de 0,36 a 0,79. As famílias Leguminosae, Lauraceae e Rubiaceae apresentaram a maior riqueza de espécies. A comparação florística com uma floresta madura da região indicou forte decréscimo na riqueza de espécies que, juntamente com a elevada densidade de espécies secundárias iniciais, indicam que estas matas se encontram em estádio sucessional secundário. Analisando a similaridade florística entre a região de Imbaú e outras 17 florestas do Rio de Janeiro, observou-se maior similaridade com as florestas submontanas mais próximas geograficamente. Devido ao avançado processo de fragmentação e à importância ecológica destes fragmentos para a manutenção da flora e fauna, sugere-se que a região de Imbaú deva ser prioritária em programas de conservação e manejo de áreas de Mata Atlântica.This study aimed to evaluate tree floristic composition of the submontane Atlantic Forest in the Imbaú region, Silva Jardim, Rio de Janeiro. About 50 years ago, the forest fragmentation process was begun in this region due to farming practices. Five forest remnants were selected and four plots (100×5 m) were systematically located in each one. All trees with dbh > 5 cm were sampled and identified. In the one-hectare sample area, 161 species in 39 families were sampled. Species similarity was high between fragments (Morisita index ranging from 0.36 to 0.79). The families Leguminosae, Lauraceae and Rubiaceae showed the highest values of species richness. The studied area had a high density of early secondary species and a decrease in canopy species richness when compared to a mature forest nearby. These results indicated characteristics of secondary forests. When compared to 17 forests of Rio de Janeiro State, the Imbaú region showed stronger floristic relationships with submontane forests, especially those geographically closer. Due to its ecological importance for the local flora and fauna, plus the advanced stage of fragmentation in the region, the Imbaú region should be considered as a priority area for adopting conservation and management practices

    Restauração passiva em pastagens abandonadas a partir de núcleos de vegetação na Mata Atlântica, Brasil

    Get PDF
    The nuclei of vegetation are structures spontaneously formed by small clusters of individual shrubs and trees that, upon evolving in disturbed pastures can contribute to the ecological succession. In order to understand the evolution of passive restoration processes in tropical ecosystems, after extensive cattle ranching was stopped, environments with low environmental attributes were studied, located in the northern slope of the isolated mounds between floodplain. After 40 years of abandonment, the nuclei of vegetation colonized 20% of the graminoid ecosystems sampled, presenting at a moderate stage of disturbance. The floristic composition of the upper strata and regenerating showed that nuclei with two or more pioneer forest species and anemocoric dispersion syndrome, such as Moquiniastrum polymorphum, present a high probability of having their restoration processes catalyzed in time. Developed nuclei present higher richness and abundance in their regenerating stratum, besides zoological and non-pioneering species, suggesting positive interactions between the ecological processes, a condition that gives sustainability to the advances of the passive forest restoration. The improvement of this information can contribute to the development of models of induced restoration based on the effects of nucleation.Os núcleos de vegetação são estruturas formadas espontaneamente por pequenos agrupamentos de indivíduos arbustivos e arbóreos, que, ao evoluírem em pastagens perturbadas, podem contribuir na sucessão ecológica. Para compreender a evolução dos processos de restauração florestal passiva em ecossistemas tropicais, depois de paralisada a pecuária extensiva, foram estudados ambientes com baixa oferta de atributos ambientais localizados na vertente norte dos morrotes isolados entre planície de inundação. Após 40 anos de abandono, os núcleos de vegetação colonizaram 20% dos ecossistemas graminoides amostrados, apresentando-se em estágio moderado de perturbação. A composição florística dos estratos superior e regenerante evidenciou que núcleos com duas ou mais espécies florestais pioneiras e com síndrome de dispersão anemocórica, como Moquiniastrum polymorphum, apresentam alta probabilidade de terem seus processos de restauração catalisados no tempo. Núcleos desenvolvidos apresentam riqueza e abundância maiores em seu estrato regenerante, além de espécies zoocóricas e não pioneiras, sugerindo interações positivas entre processos ecológicos, condição que confere sustentabilidade aos avanços da restauração florestal passiva. O aprimoramento destas informações pode contribuir para o desenvolvimento de modelos de restauração induzidos com base nos efeitos da nucleação

    Marantaceae: novidades taxonômicas e nomenclaturais III: tipificações, sinonímias e uma nova combinação em Calathea

    No full text
    Dando continuidade ao levantamento dos táxons de Marantaceae ocorrentes no Brasil, propõe-se novidades taxonômicas e nomenclaturais envolvendo algumas espécies de Marantaceae descritas e ilustradas na Flora Fluminensis de Frei José Mariano da Conceição Vellozo. Maranta monophylla, M. prolifera e M. tuberosa são circunscritas aqui a partir das informações morfológicas e fitogeográficas contidas nas descrições e nos comentários existentes nas obras originais, além da análise das estampas publicadas em contribuições subseqüentes e que ilustram com detalhamento as espécies. A partir dos dados coligidos e da comparação com coleções recentes e tipos nomenclaturais é proposta uma nova combinação, dada a necessidade de se transferir M. prolifera para o gênero Calathea. São propostos como sinônimos algumas espécies de Calathea comumente citadas nos levantamentos florísticos realizados no domínio da Floresta Atlântica

    Goeppertia carolineae J. M. A. Braga 2014, comb. nov.

    No full text
    Goeppertia carolineae (H.Kenn.) J.M.A.Braga, comb. nov. Basionym:— Calathea carolineae Kennedy (2012c: 55). Type:— HONDURAS. Cortés: W of San Pedro Sula, Sierra de Merendón, Parque Nacional Cusuco, El Cortecito camp-site, 1305 m, 17 July 2008, D. L . Kelly 12033 (holotype BM! [image], isotype: HEH).Published as part of Braga, João Marcelo Alvarenga, 2014, Transfer of the Honduran species Calathea carolineae to the genus Goeppertia (Marantaceae), pp. 237-238 in Phytotaxa 175 (4) on page 237, DOI: 10.11646/phytotaxa.175.4.6, http://zenodo.org/record/514393

    Estrutura e composição florística do estrato arbóreo de um remanescente de Mata Atlântica submontana no município de Rio Bonito, RJ, Brasil (Mata Rio Vermelho)

    No full text
    Neste trabalho, descreveram-se a composição florística e a estrutura do estrato arbóreo de um remanescente de Floresta Ombrófila Densa Submontana (Mata Rio Vermelho) na região Centro-Norte fluminense, comparando-a com outras florestas da região. Foram alocadas oito parcelas de 5 m x 100 m, e todos os indivíduos vivos e mortos com DAP > 5 cm foram amostrados. Ao todo, foram registradas 106 espécies pertencentes a 77 gêneros e 32 famílias. As famílias com maior riqueza de espécies foram Leguminosae (13 espécies) e Lauraceae (8), e as mais abundantes foram Monimiaceae (13% dos indivíduos) e Leguminosae (11%). As espécies mais importantes quanto ao valor de cobertura (VC) foram Siparuna guianensis, Apuleia leiocarpa, Cupania oblongifolia e Machaerium brasiliensis, todas características de áreas secundárias. O índice de diversidade de espécies (H' = 3,91 nats.ind-1) foi próximo ao encontrado em outras florestas secundárias. Os resultados (elevado número de árvores mortas, com lianas, perfilhadas e secundárias iniciais; baixo número de árvores de grande porte e área basal) indicaram que a mata em foco se encontrava perturbada e em fase de regeneração intermediária. Ainda assim, permanecia detentora de considerável riqueza e diversidade florística, com espécies arbóreas ameaçadas de extinção, como Melanoxylon brauna e Dalbergia nigra. Devido à importância ecológica desde remanescente para a manutenção da flora e fauna local e ao avançado processo de fragmentação da região, sugere-se que a Mata Rio Vermelho seja prioritária em programas de conservação e manejo

    Estrutura da comunidade arbórea de fragmentos de floresta estacional semidecidual na bacia hidrográfica do rio São Domingos, Rio de Janeiro, Brasil

    No full text
    Resumo Pouco se conhece sobre a estrutura e composição florística das florestas do noroeste fluminense, intensamente fragmentadas. Assim, o presente estudo objetivou contribuir para o conhecimento da flora arbórea desta região respondendo as seguintes questões: Qual a composição florística dos fragmentos e que espécies os caracterizam? A comunidade arbórea dos fragmentos da Bacia Hidrográfica do Rio São Domingos (BHRSD) possui elevada riqueza e diversidade florística? Em que estádio sucessional se encontram os fragmentos florestais da BHRSD? Foram selecionados quatro fragmentos florestais. Em cada um dos fragmentos foram instaladas cinco parcelas de 20 m × 20 m. Todos os indivíduos vivos e mortos com DAP ≥ 5 cm foram amostrados. Um total de 198 táxons pertencentes a 52 famílias botânicas foi amostrado. As espécies mais abundantes foram Apulei a leiocarp a, Gallesi a integrifoli a, Dalbergi a nigra e Guarea guidonia. Os valores de riqueza e de diversidade (H’) de espécies nas cinco diferentes áreas amostrais (0,2 ha) variaram de 33 a 89 e 2,81 a 3,87. Os fragmentos, apesar de secundários e em estádio intermediário de sucessão, apresentaram elevada diversidade, riqueza e uma composição peculiar de espécies arbóreas, que parece receber influências florísticas de formações florestais ombrófilas e semidecíduas do sudeste brasileiro. Sugere-se que estas referidas características estejam relacionadas à posição geográfica da região

    Estrutura da comunidade arbórea de fragmentos de floresta atlântica ombrófila submontana na região de Imbaú, município de Silva Jardim, Rio de Janeiro, Brasil

    No full text
    RESUMO Este trabalho teve por objetivo avaliar a estrutura da comunidade arbórea de cinco fragmentos de floresta ombrófila densa submontana (FODS) na região de Imbaú, município de Silva Jardim, RJ, Brasil. Partiu-se da hipótese de que o processo de fragmentação ocasionou uma redução local na riqueza e diversidade de espécies arbóreas. Em cada fragmento foram alocadas sistematicamente quatro parcelas de 100 × 5 m. Todas as árvores vivas com DAP ≥ 5,0 cm foram medidas (DAP e altura) e identificadas. As famílias e espécies mais importantes foram: Meliaceae, Sapindaceae e Fabaceae, e Guarea guidonia e Cupania oblongifolia, respectivamente. Estas espécies não haviam se destacado em outras FODS nesta região. As espécies secundárias iniciais predominaram nos fragmentos, indicando efeitos do processo de fragmentação e que estes se encontram em estádio sucessional secundário. O índice de diversidade de espécies (H') por fragmento variou de 2,88 a 3,62 nats.ind-1, próximo a outras FODS secundárias, mas inferior aos valores para FODS maduras e preservadas nesta região. Entretanto, quando os fragmentos foram analisados em conjunto, o remanescente apresentou diversidade (4,01 nats.ind-1) próxima à de áreas preservadas, corroborando a hipótese inicial. Estes resultados indicam que a região de Imbaú ainda detém alta riqueza e diversidade de espécies, com uma flora arbórea peculiar, ressaltando a importância desta área para conservação

    Typifications, synonymizations and nomenclatural notes in Myrcia sect. Reticulosae (Myrtaceae).

    No full text
    Myrcia sect. Reticulosae comprises ca. 15 Brazilian endemic species distributed mainly in Atlantic Forest, Cerrado (Brazilian savanna) and Campo Rupestre (rocky outcrop vegetation). These species appeared as a cohesive group for the first time in recent phylogenetic hypotheses and their taxonomic revision is currently underway. In this context, this study aims to properly link the names to their respective type materials, presenting necessary lectotypifications and neotypifications, along with nomenclatural notes for nine species. Additionally, two new synonyms are proposed
    corecore