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    Impacto do bloqueio precoce do receptor AT1 na cardiomiopatia induzida pela hiperóxia neonatal em ratos adultos : um modelo de condições adversas associadas à prematuridade

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    Indivíduos prematuros apresentam maior risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular, com evidências apontando para um papel do sistema renina angiotensina na programação dessas doenças. Ainda, o bloqueio do receptor AT1 de angiotensina II previne as alterações cardíacas decorrentes da exposição neonatal à hiperóxia (modelo de condições adversas relacionadas à prematuridade) em ratos jovens. Ademais, o sistema nervoso autônomo tem sido proposto como outro mecanismo importante na programação da doença cardiovascular no adulto. Considerando o papel de ambos os sistemas supracitados, o presente estudo teve como objetivo investigar se o bloqueio neonatal do receptor AT1 previne as alterações morfo-funcionais cardíacas decorrentes da hiperóxia pós-natal na idade adulta. Ainda, se a hiperóxia neonatal leva ao prejuízo do controle autonômico cardíaco em associação ao estresse oxidativo, e qual o impacto do tratamento com losartan sobre essas alterações. Filhotes de ratos Sprague-Dawley foram mantidos com suas mães à 80% de O2 ou ar ambiente do dia 3 ao dia 10 de vida. Do dia 8 ao dia 10 de vida, Losartan (20 mg/kg/dia) ou água foram administrados por gavagem, gerando assim 3 grupos experimentais: Controle+H2O, O2-exposto+H2O e O2-exposto+Los. A função ventricular esquerda, hipertrofia e fibrose, expressão dos componentes do sistema renina angiotensina, registros de pressão arterial e ECG de 24h, variabilidade da frequência cardíaca, balanço simpato-vagal, inervação simpática, sinalização adrenérgica e marcadores de estresse oxidativo foram examinados em ratos adultos. Os dados foram analisados por ANOVA de uma ou duas vias seguido por post-hoc de Dunnet ou Kruskal-Wallis e apresentados como média ± DP ou mediana e intervalos interquartis. Os animais expostos ao O2 desenvolveram disfunção cardíaca leve associada à hipertrofia e fibrose, bem como diminuição da expressão do receptor Mas e aumento de AT2, sem diferenças significativas no AT1. O losartan preveniu o desenvolvimento de fibrose miocárdica, normalizou a espessura de parede ventricular, o diâmetro ventricular e o volume sistólico dos ratos expostos a hiperóxia. Todavia, o tratamento com losartan levou também à redução da fração de ejeção e fração de encurtamento e não preveniu as 6 mudanças na função diastólica. Nenhuma modulação sobre os componentes do SRA foi observada. Considerando o sistema nervoso autônomo, a exposição à hiperóxia diminuiu significativamente a variabilidade da frequência cardíaca e aumentou o balanço simpato-vagal. O tratamento com losartan preveniu essas alterações. Os grupos O2-expostos apresentaram aumento significativo do receptor β1-adrenérgico e diminuição da inervação simpática, sem modulação pelo tratamento com losartan. Os animais O2-expostos não apresentaram aumento nos marcadores de estresse oxidativo, apenas na expressão da catalase, também sem modulação pelo losartan. Não houve diferenças significativas entre os grupos para a pressão arterial de 24h. A exposição neonatal à hiperóxia leva a alterações cardíacas morfo-funcionais, associada a mudanças de expressão dos componentes do SRA e prejuízo do controle autonômico cardíaco, apontando um papel de ambos os sistemas na programação da doença por insultos perinatais. O bloqueio neonatal de AT1 apresentou algumas repercussões positivas em nível de sistema cardiovascular, atenuando o desenvolvimento de mudanças morfo-funcionais, tanto em nível tecidual quanto central sobre o sistema simpático. Considerando esses efeitos, outros estudos são necessários para investigar e compreender o papel dos sistemas renina angiotensina e autônomo em insultos perinatais adversos, assim como possíveis terapias possam ser elaboradas e testadas previamente a estudos clínicos.Preterm individuals have higher risk to develop cardiovascular disease and several clinical and experimental evidences indicate the role of the renin angiotensin system on the programming of the diseases. Recently, it has been shown that the angiotensin II AT1 receptor blockade prevents cardiac changes due to neonatal hyperoxia exposure (a recognized model of preterm birth related conditions) in young rats. Furthermore, autonomic nervous system has been suggested as another important mechanism on cardiovascular disease programming on adulthood due to perinatal insults. Considering the role of both systems above cited, the present study aimed to investigate if neonatal AT1 blockade prevents morpho-functional changes due to neonatal hyperoxia exposure in adulthood. Moreover, if neonatal hyperoxia leads to impairment of cardiac autonomic control in association with oxidative stress, and whether there is an impact of neonatal treatment with losartan on these changes. Sprague-Dawley pups were kept with their mothers under 80% of O2 or room air from day 3 to 10 of life. Losartan (20 mg/kg/day) or water were administered by gavage from day 8 to 10 of life, generating 3 experimental groups: Control + H2O, O2-exposed + H2O, and O2-exposed + Los. Left ventricular function (echocardiography and intraventricular catheterism), hypertrophy, and fibrosis, renin angiotensin system components expression, BP and ECG recordings by telemetry, heart rate variability, sympatho-vagal balance, sympathetic innervation, adrenergic signaling, antioxidants, and oxidative stress markers were examined in adult rats of approximately 16 weeks. Data were analyzed by one or two-way ANOVA followed by Dunnet’s post-hoc or Kruskal-Wallis and were presented as mean ± SD or median and interquartile intervals. O2-exposed rats developed mild cardiac dysfunction, associated with hypertrophy and fibrosis, as well as decreased Mas receptor and increased AT2 expression, without differences on AT1 expression. Neonatal AT1 blockade prevented the development of fibrosis, normalized ventricular wall thickness, the ventricular diameter and stroke volume of adult rats exposed to hyperoxia. However, losartan neonatal treatment led also to decreased ejection fraction and fractional shortening and did not prevent changes in diastolic function. No modulation over the 8 RAS components was observed. Considering the effects on the autonomic nervous system, hyperoxia exposure significantly decreased heart rate variability and increased sympatho-vagal balance. Losartan treatment prevented these changes. Moreover, O2-exposed groups presented a significant increase of β1-adrenergic receptor and decreased sympathetic innervation, both without modulation by losartan treatment. O2-exposed group did not present increase of oxidative stress markers, only on catalase protein expression, also without modulation by losartan. Finally, there were no differences between groups for 24h blood pressure. Neonatal hyperoxia exposure leads to cardiac morpho-functional changes, associated to altered pattern of renin angiotensin system components expression and cardiac autonomic control impairment, showing a role of both systems on the programming of disease by perinatal insults. Neonatal AT1 blockade presented positive repercussion at the cardiovascular system level, attenuating the morpho-functional changes, both at the tissue level, as well as centrally on the autonomic nervous system. Considering these effects, other studies are necessary to investigate and compare the role of the renin angiotensin and autonomic systems in adverse perinatal conditions, as well as possible therapies to be elaborated and testes prior to clinical studies

    Decreased PGC1-α levels and increased apoptotic protein signaling are associated with the maladaptive cardiac hypertrophy in hyperthyroidism

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    Hyperthyroidism can lead to the activation of proteins which are associated with inflammation, apoptosis, hypertrophy, and heart failure. This study aimed to explore the inflammatory and apoptotic proteins involved in the hyperthyroidism-induced cardiac hypertrophy establishment. Male Wistar rats were divided into control and hyperthyroid (12 mg/L L-thyroxine, in drinking water for 28 days) groups. The expression of inflammatory and apoptotic signaling proteins was quantified in the left ventricle by Western blot. Hyperthyroidism was confirmed by evaluation of T3 and T4 levels, as well as cardiac hypertrophy development. There was no change in the expression of HSP70, HIF1-a, TNF-a, MyD88, p-NFjB, NFjB, p-p38, and p38. Reduced expression of p53 and PGC1-a was associated with increased TLR4 and decreased IL-10 expression. Decreased Bcl-2 expression and increased Bax/Bcl-2 ratio were also observed. The results suggest that reduced PGC1-a and IL-10, and elevated TLR4 proteins expression could be involved with the diminished mitochondrial biogenesis and anti-inflammatory response, as well as cell death signaling, in the establishment of hyperthyroidism-induced maladaptive cardiac hypertrophy

    Impacto do bloqueio precoce do receptor AT1 na cardiomiopatia induzida pela hiperóxia neonatal em ratos adultos : um modelo de condições adversas associadas à prematuridade

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    Indivíduos prematuros apresentam maior risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular, com evidências apontando para um papel do sistema renina angiotensina na programação dessas doenças. Ainda, o bloqueio do receptor AT1 de angiotensina II previne as alterações cardíacas decorrentes da exposição neonatal à hiperóxia (modelo de condições adversas relacionadas à prematuridade) em ratos jovens. Ademais, o sistema nervoso autônomo tem sido proposto como outro mecanismo importante na programação da doença cardiovascular no adulto. Considerando o papel de ambos os sistemas supracitados, o presente estudo teve como objetivo investigar se o bloqueio neonatal do receptor AT1 previne as alterações morfo-funcionais cardíacas decorrentes da hiperóxia pós-natal na idade adulta. Ainda, se a hiperóxia neonatal leva ao prejuízo do controle autonômico cardíaco em associação ao estresse oxidativo, e qual o impacto do tratamento com losartan sobre essas alterações. Filhotes de ratos Sprague-Dawley foram mantidos com suas mães à 80% de O2 ou ar ambiente do dia 3 ao dia 10 de vida. Do dia 8 ao dia 10 de vida, Losartan (20 mg/kg/dia) ou água foram administrados por gavagem, gerando assim 3 grupos experimentais: Controle+H2O, O2-exposto+H2O e O2-exposto+Los. A função ventricular esquerda, hipertrofia e fibrose, expressão dos componentes do sistema renina angiotensina, registros de pressão arterial e ECG de 24h, variabilidade da frequência cardíaca, balanço simpato-vagal, inervação simpática, sinalização adrenérgica e marcadores de estresse oxidativo foram examinados em ratos adultos. Os dados foram analisados por ANOVA de uma ou duas vias seguido por post-hoc de Dunnet ou Kruskal-Wallis e apresentados como média ± DP ou mediana e intervalos interquartis. Os animais expostos ao O2 desenvolveram disfunção cardíaca leve associada à hipertrofia e fibrose, bem como diminuição da expressão do receptor Mas e aumento de AT2, sem diferenças significativas no AT1. O losartan preveniu o desenvolvimento de fibrose miocárdica, normalizou a espessura de parede ventricular, o diâmetro ventricular e o volume sistólico dos ratos expostos a hiperóxia. Todavia, o tratamento com losartan levou também à redução da fração de ejeção e fração de encurtamento e não preveniu as 6 mudanças na função diastólica. Nenhuma modulação sobre os componentes do SRA foi observada. Considerando o sistema nervoso autônomo, a exposição à hiperóxia diminuiu significativamente a variabilidade da frequência cardíaca e aumentou o balanço simpato-vagal. O tratamento com losartan preveniu essas alterações. Os grupos O2-expostos apresentaram aumento significativo do receptor β1-adrenérgico e diminuição da inervação simpática, sem modulação pelo tratamento com losartan. Os animais O2-expostos não apresentaram aumento nos marcadores de estresse oxidativo, apenas na expressão da catalase, também sem modulação pelo losartan. Não houve diferenças significativas entre os grupos para a pressão arterial de 24h. A exposição neonatal à hiperóxia leva a alterações cardíacas morfo-funcionais, associada a mudanças de expressão dos componentes do SRA e prejuízo do controle autonômico cardíaco, apontando um papel de ambos os sistemas na programação da doença por insultos perinatais. O bloqueio neonatal de AT1 apresentou algumas repercussões positivas em nível de sistema cardiovascular, atenuando o desenvolvimento de mudanças morfo-funcionais, tanto em nível tecidual quanto central sobre o sistema simpático. Considerando esses efeitos, outros estudos são necessários para investigar e compreender o papel dos sistemas renina angiotensina e autônomo em insultos perinatais adversos, assim como possíveis terapias possam ser elaboradas e testadas previamente a estudos clínicos.Preterm individuals have higher risk to develop cardiovascular disease and several clinical and experimental evidences indicate the role of the renin angiotensin system on the programming of the diseases. Recently, it has been shown that the angiotensin II AT1 receptor blockade prevents cardiac changes due to neonatal hyperoxia exposure (a recognized model of preterm birth related conditions) in young rats. Furthermore, autonomic nervous system has been suggested as another important mechanism on cardiovascular disease programming on adulthood due to perinatal insults. Considering the role of both systems above cited, the present study aimed to investigate if neonatal AT1 blockade prevents morpho-functional changes due to neonatal hyperoxia exposure in adulthood. Moreover, if neonatal hyperoxia leads to impairment of cardiac autonomic control in association with oxidative stress, and whether there is an impact of neonatal treatment with losartan on these changes. Sprague-Dawley pups were kept with their mothers under 80% of O2 or room air from day 3 to 10 of life. Losartan (20 mg/kg/day) or water were administered by gavage from day 8 to 10 of life, generating 3 experimental groups: Control + H2O, O2-exposed + H2O, and O2-exposed + Los. Left ventricular function (echocardiography and intraventricular catheterism), hypertrophy, and fibrosis, renin angiotensin system components expression, BP and ECG recordings by telemetry, heart rate variability, sympatho-vagal balance, sympathetic innervation, adrenergic signaling, antioxidants, and oxidative stress markers were examined in adult rats of approximately 16 weeks. Data were analyzed by one or two-way ANOVA followed by Dunnet’s post-hoc or Kruskal-Wallis and were presented as mean ± SD or median and interquartile intervals. O2-exposed rats developed mild cardiac dysfunction, associated with hypertrophy and fibrosis, as well as decreased Mas receptor and increased AT2 expression, without differences on AT1 expression. Neonatal AT1 blockade prevented the development of fibrosis, normalized ventricular wall thickness, the ventricular diameter and stroke volume of adult rats exposed to hyperoxia. However, losartan neonatal treatment led also to decreased ejection fraction and fractional shortening and did not prevent changes in diastolic function. No modulation over the 8 RAS components was observed. Considering the effects on the autonomic nervous system, hyperoxia exposure significantly decreased heart rate variability and increased sympatho-vagal balance. Losartan treatment prevented these changes. Moreover, O2-exposed groups presented a significant increase of β1-adrenergic receptor and decreased sympathetic innervation, both without modulation by losartan treatment. O2-exposed group did not present increase of oxidative stress markers, only on catalase protein expression, also without modulation by losartan. Finally, there were no differences between groups for 24h blood pressure. Neonatal hyperoxia exposure leads to cardiac morpho-functional changes, associated to altered pattern of renin angiotensin system components expression and cardiac autonomic control impairment, showing a role of both systems on the programming of disease by perinatal insults. Neonatal AT1 blockade presented positive repercussion at the cardiovascular system level, attenuating the morpho-functional changes, both at the tissue level, as well as centrally on the autonomic nervous system. Considering these effects, other studies are necessary to investigate and compare the role of the renin angiotensin and autonomic systems in adverse perinatal conditions, as well as possible therapies to be elaborated and testes prior to clinical studies

    Efeitos do sulforanato sobre a função mecânica e parâmetros de estresse oxidativo de corações isolados de ratos submetidos à isquemia e reperfusão

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    A isquemia seguida de reperfusão está associada com a ativação de uma cascata de eventos danosos intimamente relacionados ao estresse oxidativo. Durante a isquemia, ocorre o aumento da produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), que durante a reperfusão, é favorecida pelo restabelecimento da tensão de oxigênio. Uma vez que a utilização de antioxidantes exógenos parece exercer efeitos benéficos apenas nas fases iniciais das doenças cardiovasculares, o sulforafano (SFN) é uma nova estratégia terapêutica que atua estimulando a produção da maquinaria antioxidante endógena. Este composto é um isotiocianato natural encontrado em vegetais crucíferos, como o broto de brócolis, que demonstra ter um efeito cardioprotetor associado a sua ação estimulatória sobre a reserva antioxidante endógena. Poucos estudos até o momento evidenciaram o potencial cardioprotetor do SFN na isquemia e reperfusão miocárdica. O objetivo deste estudo, portanto, foi testar a hipótese de que o pré-tratamento com SFN poderia modular a função ventricular pós-isquêmica, atenuando o estresse oxidativo de corações isolados de ratos submetidos à isquemia e reperfusão. Ratos Wistar machos pesando entre 250 – 300g foram tratados por três dias com SFN (10mg/kg/dia i.p.) ou veículo. Vinte e quatro horas após a última injeção, os ratos foram mortos e seus corações foram retirados rapidamente e submetidos à isquemia global em aparelho do tipo Langendorff. Os corações foram perfundidos com solução Krebs-Henseleit por um período pré-isquêmico de 20 minutos (estabilização), seguido por isquemia global normotérmica de 20 minutos e 20 minutos de reperfusão. Foram avaliados os seguintes parâmetros: frequência cardíaca (FC), pressão sistólica do ventrículo esquerdo (PSVE), pressão diastólica final do ventrículo esquerdo (PDFVE), índice de contratilidade (+dP/dt), índice de relaxamento (-dP/dt) e pressão de perfusão coronariana (PP). Ao final do protocolo, os corações foram pesados e congelados a -80ºC para posteriores análises bioquímicas e moleculares. Foram analisadas a expressão da SOD, CAT, GPx e heme oxigenase-1 (HO-1) e atividade da SOD, CAT, GPx, TrxR, Grx e GST, bem como a produção de EROs totais e lipoperoxidação evidenciada pelas substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico em homogeneizados dos corações pós isquêmicos. Os resultados deste trabalho mostram que o SFN foi capaz de estimular a 6 maquinaria antioxidante intracelular através do aumento significativo de 66% da expressão de ambas as enzimas SOD e HO-1. Ainda, foi capaz de diminuir a produção de EROs totais em 7%. Entretanto, não foi capaz de estimular a expressão de enzimas como a CAT e a GPx. As atividades destas enzimas, bem como das enzimas TrxR, Grx e GST também não apresentaram diferença significativa entre os grupos. Não foram encontradas diferenças entre os grupos também na lipoperoxidação. Quanto à mecânica cardíaca, o SFN não foi capaz de modular a função ventricular pós isquêmica no regime de tratamento utilizado. Como conclusão, o pré tratamento com SFN na dose de 10 mg/kg/dia foi capaz de estimular a expressão de antioxidantes endógenos importantes, tais como a HO-1 e a SOD. Entretanto, o aumento na expressão não repercutiu em suas atividades enzimáticas e, dessa forma, não se observou modificação na função ventricular pós-isquêmica dos corações submetidos à isquemia-reperfusão.Ischemia followed by reperfusion activates a cascade of injurious events closely related to oxidative stress. During ischemia, generation of reactive oxygen species increases and even more in reperfusion with the reestablishment of oxygen tension. Once exogenous antioxidants seem to exert beneficial effects only in initial phases of cardiovascular diseases, sulforaphane (SFN) is a new therapeutic strategy which acts stimulating endogenous antioxidant machinery. This compound is a natural occurring isothiocyanate, found in cruciferous vegetables as broccoli sprouts, which demonstrates a cardioprotective capacity associated with its capacity of stimulating the antioxidant endogenous reserve. There are few studies until the moment evidenciating the cardioprotective role of SFN on ischemia-reperfusion. The aim of this study was to test the hypothesis that pre-treatment with SFN could modulate the post-ischemic ventricular function, attenuating oxidative stress in isolated hearts submitted to ischemia-reperfusion. Male Wistar rats weighing between 250 – 300g were treated for three days with SFN (10mg/kg/day i.p.) or vehicle. Twenty four hours after the last injection, rats were decapitated and their hearts were rapidly excised and submitted to global ischemia in a Langendorff’s apparatus. Hearts were perfused with a Krebs-Henseleit solution for a pre-ischemic period of 20 minutes (stabilization), followed by normotermic global ischemia of 20 minutes and 20 minutes of reperfusion. The following parameters were evaluated: heart rate (HR), left ventricular systolic pressure (LVSP), left ventricular end diastolic pressure (LVEDP), contractility index (+dP/dt), relaxation index (-dP/dt) and coronary perfusion pressure (PP). At the end of protocol, hearts were weighed and frozen at -80ºC for posterior biochemical and molecular analysis. The expression of SOD, CAT, GPx and heme oxygenase-1 (HO-1) and activity of SOD, CAT, GPx, TrxR, Grx and GST, as well as total reactive oxygen species production and lipid peroxidation evidenciated by thiobarbituric reactive substances analysis were performed in homogenates of post-ischemic hearts. The results of the present study show that SFN was capable to stimulate the antioxidant intracellular machinery due to a significant increase of 66% in the expression of both SOD and HO-1 enzymes. Moreover, it was capable to reduce ROS production by about 7%. Although, it was not capable to induce CAT and GPx expression. The activities of these enzymes, as well as TrxR, Grx and GST did not present significant differences between groups. 8 No differences between groups were found in lipid peroxidation. Regarding to mechanical function, SFN was not capable to modulate post-ischemic ventricular function with the treatment regimen used. In summary, pre-treatment with 10 mg/kg/day SFN was capable to stimulate the expression of important endogenous antioxidants, such as HO-1 and SOD. However, the increase on the expression did not reflect in its enzymatic activities and, thereby, no modification on post-ischemic ventricular function of the hearts submitted to ischemia-reperfusion was observed

    Efeitos do sulforanato sobre a função mecânica e parâmetros de estresse oxidativo de corações isolados de ratos submetidos à isquemia e reperfusão

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    A isquemia seguida de reperfusão está associada com a ativação de uma cascata de eventos danosos intimamente relacionados ao estresse oxidativo. Durante a isquemia, ocorre o aumento da produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), que durante a reperfusão, é favorecida pelo restabelecimento da tensão de oxigênio. Uma vez que a utilização de antioxidantes exógenos parece exercer efeitos benéficos apenas nas fases iniciais das doenças cardiovasculares, o sulforafano (SFN) é uma nova estratégia terapêutica que atua estimulando a produção da maquinaria antioxidante endógena. Este composto é um isotiocianato natural encontrado em vegetais crucíferos, como o broto de brócolis, que demonstra ter um efeito cardioprotetor associado a sua ação estimulatória sobre a reserva antioxidante endógena. Poucos estudos até o momento evidenciaram o potencial cardioprotetor do SFN na isquemia e reperfusão miocárdica. O objetivo deste estudo, portanto, foi testar a hipótese de que o pré-tratamento com SFN poderia modular a função ventricular pós-isquêmica, atenuando o estresse oxidativo de corações isolados de ratos submetidos à isquemia e reperfusão. Ratos Wistar machos pesando entre 250 – 300g foram tratados por três dias com SFN (10mg/kg/dia i.p.) ou veículo. Vinte e quatro horas após a última injeção, os ratos foram mortos e seus corações foram retirados rapidamente e submetidos à isquemia global em aparelho do tipo Langendorff. Os corações foram perfundidos com solução Krebs-Henseleit por um período pré-isquêmico de 20 minutos (estabilização), seguido por isquemia global normotérmica de 20 minutos e 20 minutos de reperfusão. Foram avaliados os seguintes parâmetros: frequência cardíaca (FC), pressão sistólica do ventrículo esquerdo (PSVE), pressão diastólica final do ventrículo esquerdo (PDFVE), índice de contratilidade (+dP/dt), índice de relaxamento (-dP/dt) e pressão de perfusão coronariana (PP). Ao final do protocolo, os corações foram pesados e congelados a -80ºC para posteriores análises bioquímicas e moleculares. Foram analisadas a expressão da SOD, CAT, GPx e heme oxigenase-1 (HO-1) e atividade da SOD, CAT, GPx, TrxR, Grx e GST, bem como a produção de EROs totais e lipoperoxidação evidenciada pelas substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico em homogeneizados dos corações pós isquêmicos. Os resultados deste trabalho mostram que o SFN foi capaz de estimular a 6 maquinaria antioxidante intracelular através do aumento significativo de 66% da expressão de ambas as enzimas SOD e HO-1. Ainda, foi capaz de diminuir a produção de EROs totais em 7%. Entretanto, não foi capaz de estimular a expressão de enzimas como a CAT e a GPx. As atividades destas enzimas, bem como das enzimas TrxR, Grx e GST também não apresentaram diferença significativa entre os grupos. Não foram encontradas diferenças entre os grupos também na lipoperoxidação. Quanto à mecânica cardíaca, o SFN não foi capaz de modular a função ventricular pós isquêmica no regime de tratamento utilizado. Como conclusão, o pré tratamento com SFN na dose de 10 mg/kg/dia foi capaz de estimular a expressão de antioxidantes endógenos importantes, tais como a HO-1 e a SOD. Entretanto, o aumento na expressão não repercutiu em suas atividades enzimáticas e, dessa forma, não se observou modificação na função ventricular pós-isquêmica dos corações submetidos à isquemia-reperfusão.Ischemia followed by reperfusion activates a cascade of injurious events closely related to oxidative stress. During ischemia, generation of reactive oxygen species increases and even more in reperfusion with the reestablishment of oxygen tension. Once exogenous antioxidants seem to exert beneficial effects only in initial phases of cardiovascular diseases, sulforaphane (SFN) is a new therapeutic strategy which acts stimulating endogenous antioxidant machinery. This compound is a natural occurring isothiocyanate, found in cruciferous vegetables as broccoli sprouts, which demonstrates a cardioprotective capacity associated with its capacity of stimulating the antioxidant endogenous reserve. There are few studies until the moment evidenciating the cardioprotective role of SFN on ischemia-reperfusion. The aim of this study was to test the hypothesis that pre-treatment with SFN could modulate the post-ischemic ventricular function, attenuating oxidative stress in isolated hearts submitted to ischemia-reperfusion. Male Wistar rats weighing between 250 – 300g were treated for three days with SFN (10mg/kg/day i.p.) or vehicle. Twenty four hours after the last injection, rats were decapitated and their hearts were rapidly excised and submitted to global ischemia in a Langendorff’s apparatus. Hearts were perfused with a Krebs-Henseleit solution for a pre-ischemic period of 20 minutes (stabilization), followed by normotermic global ischemia of 20 minutes and 20 minutes of reperfusion. The following parameters were evaluated: heart rate (HR), left ventricular systolic pressure (LVSP), left ventricular end diastolic pressure (LVEDP), contractility index (+dP/dt), relaxation index (-dP/dt) and coronary perfusion pressure (PP). At the end of protocol, hearts were weighed and frozen at -80ºC for posterior biochemical and molecular analysis. The expression of SOD, CAT, GPx and heme oxygenase-1 (HO-1) and activity of SOD, CAT, GPx, TrxR, Grx and GST, as well as total reactive oxygen species production and lipid peroxidation evidenciated by thiobarbituric reactive substances analysis were performed in homogenates of post-ischemic hearts. The results of the present study show that SFN was capable to stimulate the antioxidant intracellular machinery due to a significant increase of 66% in the expression of both SOD and HO-1 enzymes. Moreover, it was capable to reduce ROS production by about 7%. Although, it was not capable to induce CAT and GPx expression. The activities of these enzymes, as well as TrxR, Grx and GST did not present significant differences between groups. 8 No differences between groups were found in lipid peroxidation. Regarding to mechanical function, SFN was not capable to modulate post-ischemic ventricular function with the treatment regimen used. In summary, pre-treatment with 10 mg/kg/day SFN was capable to stimulate the expression of important endogenous antioxidants, such as HO-1 and SOD. However, the increase on the expression did not reflect in its enzymatic activities and, thereby, no modification on post-ischemic ventricular function of the hearts submitted to ischemia-reperfusion was observed
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