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    Paracoccidioidomicose e infecção pelo virus da imunodeficiência humana

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    We present two cases of paracoccidioidorrvycosis, one occurring in an AIDS patient and the other in an HIV infected man. This is the first report of such association. The first patient, which was already followed for HIV infection (group IV-A) presented with high fever and hepatosplenomegaly. Plain X-ray, ultrasound and CT-scan of the abdomen showed solid nodules in the spleen, some of them with calcification. Both the direct smear and the culture of a bone marrow aspiration revealed Paracoccidioides brasiliensis. The patient died of acute disseminated Paracoccidioidomycosis. The second patient, a man anti-HIV seropositive presented with a mass on the right lower abdomen and inguinal region. A biopsy of the mass showed the association of Hodgkin's disease of the mixed cellularity type and paracoccidioidomycosis. With the expanding AIDS epidemic we believe this report emphasizes the need to consider Paracoccidioidomycosis in HIV infected persons in countries where this mycosis is endemic. We also suggest the inclusion of Paracoccidioidomycosis as a potential opportunistic infection in these areas.São apresentados dois casos de paracoccidioidomicose, um em paciente com a síndrome da imunodeficiência adquirida e o outro em paciente com infecção pelo HIV. Trata-se dos primeiros relatos em que esta associação é descrita na literatura. No primeiro, a micose se evidenciou durante o acompanhamento de paciente com AIDS, que passou a apresentar hépato-esplenomegalia e febre elevada. A ecografia, radiografia simples e tomografia computadorizada do abdômen, demonstraram nódulos sólidos, alguns calcificados, no parênquima esplénico. A punção aspirativa da medula óssea confirmou o diagnóstico; o conjunto dos achados caracterizou a forma aguda disseminada da paracoccidioidomicose, a qual levou o paciente ao óbito. No segundo relato, em paciente com infecção pelo HIV, a propósito de investigação de tumoração na região inguinal e fossa ilíaca à direita, constatou-se a associação de doença de Hodgkin, tipo celularidade mista e paracoccidioidomicose. Avalia-se a importância destes relatos frente a expansão da infecção pelo HIV e estima-se que mais casos venham a ser relatados em pacientes com AIDS, procedentes de áreas endêmicas desta micose. Propõe-se a inclusão da paracoccidioidomicose como infecção oportunística potencial em pacientes HIV positivos nestas áreas

    Avaliação da resposta imunologica a vacina contra a hepatite B aplicada pelas vias intradermica ou intramuscular em profissionais da saude de hospital universitario : seguimento de cinco anos

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    Orientador: Fernando Lopes Gonçalves JuniorTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias MedicasResumo: Os profissionais da área da saúde (P AS) apresentam risco de infecção pelo VHB três a cinco vezes mais alto que a população geral. Entretanto, o alto custo da vacina é um empecilho para que se possa garantir uma ampla cobertura vacinal. Vários estudos têm sido realizados no sentido de tentar-se viabilizar esquemas vacinais mais econômicos, mantendo a eficácia. A aplicação intradérmica reduz de sete a dez vezes o custo da vacinação e, em determinados grupos populacionais, apresenta eficácia semelhante à da intramuscular. Tentando buscar esquemas alternativos mais econômicos, para vacinação contra o VHB em P AS, selecionamos um grupo de funcionários da área da saúde da Unicamp para receberem a vacina contra o VHB. Estes profissionais foram divididos em dois grupos, conforme a via de aplicação: intradérmica (ID) ou intramuscular (1M). Todos os que foram alocados para aplicação ID e uma parcela dos que a receberam via 1M foram acompanhados para avaliação da resposta imunológica à vacinação, através da pesquisa qualitativa e quantitativa do anti-HBs. O esquema proposto para a vacinação foi de três doses, aplicadas nos intervalos de um e seis meses, em relação à primeira dose. A vacina utilizada foi a vacina recombinante belga ("Engerix B", SmithKline), na dose de 20 µ g (1 ml) para aplicação 1M e 0,2 µ g (0,1 ml) para aplicação ID (face ventral do antebraço esquerdo). De todos os funcionários que receberam a primeira dose da vacina fez-se a coleta de sangue, para determinação da prevalência do anti-HBc, como niarcador da infecção pregressa pelo VHB. Novas amostras foram colhidas no momento da aplicação das segundas e terceiras doses e seis meses após esta última para a pesquisa do anti HBs. Os profissionais que completaram todo este acompanhamento e permaneceram na instituição foram convocados, depois de cinco anos, para nova titulação do anti-HBs e pesquisa do anti-HBc. Nesta ocasião, aos que exibiram títulos de anti-HBs = 10 mUI/ml em 73,7 e 43,2% dos servidores dos grupos 1M e ID, respectivamente. Ao administrarmos uma dose de reforço em 36 funcionários com anti-HBs = 10 mUI/ml in 73.7% and 43.2% ofsubjects from groups 1M and ID, respectively. After administering a booster dose in 36 subjects with anti-HBs < 10 mUI/ml, 88.9% have shown titles of anti-HBs protectors; 83.3% have shown titles above 150 mUI/m1DoutoradoClinica MedicaDoutor em Clínica Médic

    Hepatites pós-transfusionais na cidade de Campinas, SP, Brasil: II. Presença dos anticorpos anti-HBc e anti-HCV em candidatos a doadores de sangue e ocorrência de hepatites pós-transfusionais pelo vírus C nos receptores de sangue ou derivados

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    We have analysed anti-HBc and anti-HCV antibodies in serum samples from 799 donors which had their blood or derivates transfused to 111 recipients. Anti-HBc and anti-HCV were reactive in respectively 9 and 2.1% of the donors tested. We have observed that among the 111 recipients, 44 had received at least one positive anti-HBc unit and 67 had been transfused only with negative anti-HBc, units. The risk of developing hepatitis C virus was 4.5 times higher for the recipients who received at least one positive anti-HBc unit. If the test for anti-HBc had been made for the blood donors in the serological screening, about 56% of the HCV cases in the recipients could have been avoided. The population of recipients who received at least one reacting unit of anti-HCV, presented a risk 29 times higher of developing this hepatitis, as compared to the transfused recipients with all anti-HCV negative units. Testing blood from donors for anti-HCV would avoid 79% of the post-transfusional HCV cases. Brazilian candidates to blood donors seem to be carriers either simultaneously or sequentially to hepatitis virus B and C, since 44.4% of the positive anti-HCV were also positive for anti-HBc. Testing for anti-HBc and anti-HCV in blood screening must be indicated in order to prevent post-transfusional hepatitis transmission in our community.Pesquisamos os anticorpos anti-HBc e anti-HCV em amostras de soros provenientes de 799 candidatos a doadores, que tiveram suas unidades de sangue ou derivados transfundidas a 111 receptores. O anti-HBc e o anti-HCV foram reagentes, em respectivamente 9 e 2,1% dos doadores testados. Observamos que entre os 111 receptores, 44 haviam recebido pelo menos uma unidade anti-HBc positiva e 67 haviam sido transfundidos somente com unidades anti-HBc negativas. Houve um risco 4,5 vezes maior de aquisição de hepatite por vírus C pelos receptores que receberam pelo menos uma unidade anti-HBc positiva Se a pesquisa do anti-HBc fosse realizada na triagem sorológica dos doadores de sangue, cerca de 56% dos casos de HVC nos receptores saiam evitados. A população de receptores que recebeu pelo menos uma unidade anti-HCV reagente, apresentou um risco 29 vezes maior de adquirir esta hepatite, quando comparada aos receptores transfundidos com todas as unidades anti-HCV negativas. A realização do teste para a pesquisa do anti-HCV na triagem dos doadores de sangue, preveniria 79% dos casos de HVC pós-transfusionais. Os candidatos a doadores brasileiros parecem ser acometidos simultânea ou sequencialmente, pelos vírus B e C das hepatites, pois, 44,4% dos doadores anti-HCV positivos, também foram anti-HBc positivos. A realização dos testes para as pesquisas dos anticorpos anti-HBc e anti-HCV, nas triagens hemoterápicas, está indicada para prevenir a transmissão de hepatites pós-transfusionais, em nosso meio

    Hepatites pós-transfusionais na cidade de Campinas, SP, Brasil: I. Incidência, agentes etiológicos e aspectos clínico-epidemiológicos da hepatite por vírus C

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    We have followed up 111 transfusion receptors in the ambulatory, for at least 180 days, in order to evaluate the occurence of post-transfusional hepatitis and the etiological agents involved in the disease in the city of Campinas, state of São Paulo, Brazil. At the end of the study we have diagnosed this hepatitis in 18 (16.2%) subjects. Out of these 18 subjects, 16 (89%) were caused by hepatitis C virus, 1 (5.5%) caused by hepatitis B virus and 1 (5.5%) with undetermined etiology, 15 months after transfusion. The average incubation period of HCV was 71 days and 23% of the HCV positive receptors remained with increased AST/ ALT for more than 6 months. Late serum conversion was observed for anti-HCV in 71.4% of the subjects, averaging 135 days after the transfusion. An ALT dosage and anti-HCV determination, 3 and 6 months after transfusion would diagnose, respectively, 71 and 93% of the cases which developed post-transfusional HCV.Seguimos ambulatorialmente, por no mínimo 180 dias, 111 receptores de transfusões, para avaliarmos a ocorrência de hepatites pós-transfusionais e os agentes etiológicos envolvidos com esta doença, na cidade de Campinas, Estado de São Paulo, Brasil. No final diagnosticamos esta hepatite em 18 (16,2%) receptores. Destes, tivemos 16 (89%) casos devido ao vírus da hepatite C, 1 (5,5%) causado pelo vírus da hepatite B e 1 (5,5%) caso restante, sem etiologia determinada, 15 meses após a transfusão. O período de incubação da hepatite por vírus C (HVC) foi de 71 dias, em média; e 23% dos indivíduos com esta hepatite permaneceram com aumento de AST/ALT por mais de 6 meses. Observou-se soroconversão tardia para o anti-HCV em 71,4% dos receptores, que ocorreu, em média, 135 dias após a transfusão. Uma dosagem de ALT e uma pesquisa do anti-HCV, aos 3 e 6 meses, após a transfusão, diagnosticariam, respectivamente, 71 e 93% dos casos que desenvolveram HVC pós-transfusionais

    Post-transfusional hepatitis in the city of Campinas, SP, Brazil: I. Incidence, etiological agents and clinical-epidemiological aspects of hepatitis C virus

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    We have followed up 111 transfusion receptors in the ambulatory, for at least 180 days, in order to evaluate the occurence of post-transfusional hepatitis and the etiological agents involved in the disease in the city of Campinas, state of São Paulo, Brazil. At the end of the study we have diagnosed this hepatitis in 18 (16.2%) subjects. Out of these 18 subjects, 16 (89%) were caused by hepatitis C virus, 1 (5.5%) caused by hepatitis B virus and 1 (5.5%) with undetermined etiology, 15 months after transfusion. The average incubation period of HCV was 71 days and 23% of the HCV positive receptors remained with increased AST/ ALT for more than 6 months. Late serum conversion was observed for anti-HCV in 71.4% of the subjects, averaging 135 days after the transfusion. An ALT dosage and anti-HCV determination, 3 and 6 months after transfusion would diagnose, respectively, 71 and 93% of the cases which developed post-transfusional HCV.Seguimos ambulatorialmente, por no mínimo 180 dias, 111 receptores de transfusões, para avaliarmos a ocorrência de hepatites pós-transfusionais e os agentes etiológicos envolvidos com esta doença, na cidade de Campinas, Estado de São Paulo, Brasil. No final diagnosticamos esta hepatite em 18 (16,2%) receptores. Destes, tivemos 16 (89%) casos devido ao vírus da hepatite C, 1 (5,5%) causado pelo vírus da hepatite B e 1 (5,5%) caso restante, sem etiologia determinada, 15 meses após a transfusão. O período de incubação da hepatite por vírus C (HVC) foi de 71 dias, em média; e 23% dos indivíduos com esta hepatite permaneceram com aumento de AST/ALT por mais de 6 meses. Observou-se soroconversão tardia para o anti-HCV em 71,4% dos receptores, que ocorreu, em média, 135 dias após a transfusão. Uma dosagem de ALT e uma pesquisa do anti-HCV, aos 3 e 6 meses, após a transfusão, diagnosticariam, respectivamente, 71 e 93% dos casos que desenvolveram HVC pós-transfusionais.536

    Paracoccidioidomycosis and human immunodeficiency vírus infection

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    We present two cases of paracoccidioidorrvycosis, one occurring in an AIDS patient and the other in an HIV infected man. This is the first report of such association. The first patient, which was already followed for HIV infection (group IV-A) presented with high fever and hepatosplenomegaly. Plain X-ray, ultrasound and CT-scan of the abdomen showed solid nodules in the spleen, some of them with calcification. Both the direct smear and the culture of a bone marrow aspiration revealed Paracoccidioides brasiliensis. The patient died of acute disseminated Paracoccidioidomycosis. The second patient, a man anti-HIV seropositive presented with a mass on the right lower abdomen and inguinal region. A biopsy of the mass showed the association of Hodgkin's disease of the mixed cellularity type and paracoccidioidomycosis. With the expanding AIDS epidemic we believe this report emphasizes the need to consider Paracoccidioidomycosis in HIV infected persons in countries where this mycosis is endemic. We also suggest the inclusion of Paracoccidioidomycosis as a potential opportunistic infection in these areas.São apresentados dois casos de paracoccidioidomicose, um em paciente com a síndrome da imunodeficiência adquirida e o outro em paciente com infecção pelo HIV. Trata-se dos primeiros relatos em que esta associação é descrita na literatura. No primeiro, a micose se evidenciou durante o acompanhamento de paciente com AIDS, que passou a apresentar hépato-esplenomegalia e febre elevada. A ecografia, radiografia simples e tomografia computadorizada do abdômen, demonstraram nódulos sólidos, alguns calcificados, no parênquima esplénico. A punção aspirativa da medula óssea confirmou o diagnóstico; o conjunto dos achados caracterizou a forma aguda disseminada da paracoccidioidomicose, a qual levou o paciente ao óbito. No segundo relato, em paciente com infecção pelo HIV, a propósito de investigação de tumoração na região inguinal e fossa ilíaca à direita, constatou-se a associação de doença de Hodgkin, tipo celularidade mista e paracoccidioidomicose. Avalia-se a importância destes relatos frente a expansão da infecção pelo HIV e estima-se que mais casos venham a ser relatados em pacientes com AIDS, procedentes de áreas endêmicas desta micose. Propõe-se a inclusão da paracoccidioidomicose como infecção oportunística potencial em pacientes HIV positivos nestas áreas.11912
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