42 research outputs found

    ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO DA MASTITE BOVINA NO PERÍODO DE TRANSIÇÃO

    Get PDF
    O período seco é considerado uma fase da lactação onde a vaca se torna vulnerável à mastite, este período é necessário em bovinos leiteiros para otimização da produção na lactação seguinte. As novas infecções intramamárias aumentam drasticamente após a secagem, e permanecem elevadas durante as primeiras três semanas pós-secagem. Esta fase representa também uma excelente oportunida­de para o tratamento de infecções intramamárias existentes e para a prevenção de novas infecções que afetam negativamente a produção leiteira da lactação subsequente. A observação de uma maior susceptibili­dade a infecções no início do período seco e no começo da próxima lactação tem levado ao desenvolvimento de protocolos de tratamento para esse período, dentre as medidas preventivas no controle da mastite, a terapia da vaca seca vem sendo adotada como uma estratégia para o controle da mastite, e mais recentemente o uso de selantes internos de tetos. O controle de mastite neste período tem a finalidade de diminuir o núme­ro de mamas enfermas na lactação subsequente, eliminação de infecções intramamárias existentes e impedir novas infecções durante o período em que a vaca permanecer seca. Esta revisão teve como objetivo abordar os principais pontos relacionados aos métodos de controle da mastite bovina no período seco.

    Hydrogen peroxide release by phagocytes from healthy and infected bovine mammary gland

    Get PDF
    O objetivo do presente estudo foi avaliar a capacidade de liberação de peróxido de hidrogênio (H2O2) por fagócitos oriundos de glândulas mamárias bovinas sadias e infectadas. Desse modo, 73 amostras de leite provenientes das glândulas mamárias foram classificadas em sadias e infectadas de acordo com a cultura bacteriológica e a contagem de células somáticas (CCS). Após o isolamento das células do leite, procedeu-se à contagem diferencial de leucócitos e determinação da liberação de H2O2 pela oxidação da solução de vermelho fenol. Foi observada menor liberação de H2O2 pelos fagócitos oriundos dos quartos mamários infectados, assim como houve correlação negativa entre a liberação de H2O2 por fagócitos e a CCS (r=-0,34; P=0,0025), e a porcentagem de neutrófilos (r=-0,24; P=0,04). Além disso, houve tendência de menor liberação de H2O2 pelos fagócitos estimulados por forbol 12-miristato 13-acetato nas glândulas mamárias infectadas. Entretanto, observou-se maior liberação de H2O2 pelos fagócitos em 1mL de leite nos quartos mamários infectados, ao considerar a CCS mL-1. Pode-se concluir que fagócitos de quartos mamários infectados apresentaram menor liberação de H2O2, o que indica menor capacidade microbicida. Por outro lado, observou-se maior liberação de H2O2 pelos fagócitos em 1mL de leite nos quartos infectados, fato que pode contribuir com o maior recrutamento de leucócitos para a glândula mamária e/ou a persistência do processo inflamatório.The purpose of the present study was to evaluate the hydrogen peroxide (H2O2) release by phagocytes from infected and uninfected mammary glands in dairy cows. Thus, milk samples from 73 quarters were divided in healthy and infected samples according to bacteriological culture and somatic cell count (SCC). After separation of milk cells, the samples were submitted to differential SCC and hydrogen peroxide release by oxidation of phenol red. There was a lower H2O2 release by phagocytes from infected quarters, as well as, a negative correlation between the H2O2 release by phagocytes and SCC (r=-0.34; P=0.0025) and percentage of neutrophils (r=-0.24; P=0.04). Furthermore, it was observed a tendency toward a lower H2O2 release by phagocytes stimulated by phorbol 12-myristate 13-acetate in the infected quarters. However, a higher H2O2 release by phagocytes was observed in milk samples from infected quarters by the estimation of the H2O2 release by phagocytes in 1mL of milk according to SCC mL(-1) of each sample. The present study showed a decrease in H2O2 release by the infected quarters which indicate lower microbicidal activity. However, the higher H2O2 release by phagocytes in 1mL of milk in the infected quarters may contribute to recruitment of leukocytes to the site of infection and the persistence of infection

    Effect of freezing and preincubaton on isolation of coagulase-negative staphylococci from ewes’ milk samples

    Get PDF
    O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito do congelamento e da incubação do leite de ovelhas da raça Santa Inês sobre os resultados da cultura bacteriológica. Desta forma, 45 amostras de leite ovino foram coletadas, e submetidas aos seguintes tratamentos: cultura bacteriológica (T1), e simultaneamente incubadas a 37°C por 18 horas (T2) e congeladas a -20°C por 24 horas (T3). Após esses períodos, as amostras dos T2 e T3 foram submetidas à cultura bacteriológica. O T2 possibilitou aumento no isolamento de estafilococos coagulase-negativo (ECN) comparadas ao T1, não ocorrendo o mesmo com o T3. No entanto, o T2 permitiu o desenvolvimento de bactérias normalmente presentes na microbiota dos ductos dos tetos em ovelhas sadias, como o Bacillus spp. Os resultados do presente estudo indicam que a incubação pode ser aplicada para a detecção de ECN na tentativa de reduzir resultados falso-negativos na cultura bacteriológica do leite de ovelhas da raça Santa Inês, determinando o uso mais eficiente dos recursos laboratoriais e a redução dos custos para os proprietários.Milk samples from 45 halves were collected from lactating ewes to evaluate the effect of freezing and incubation of the whole milk on the qualitative results of bacteriologic culture. Thus, these milk samples were submitted to the following treatments: standard culture technique (T1), incubation for 18h at 37°C (T2) and thawing at -20°C for 24h (T3). After these periods, the milk samples from T2 and T3 were submitted to standard culture technique. The T2 showed an increase in the proportion of coagulase-negative staphylococci (CNS) recovery compared to T1, although the same cannot be predicted by T3. Conversely, the T2 allows the growth of some bacteria present in clinically healthy teats ducts as Bacillus spp.. The results of the present study indicated that the incubation of the whole milk can be applied to detection of CNS in ewes’ milk in attempt to reduce the false-negative culture milk samples that can lead to a more efficient use of laboratory resources and reduce costs to herd owners.À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo apoio financeiro ao projeto de sanidade da glândula mamária ovina

    As implicações das doenças virais para a saúde da glândula mamária bovina

    Get PDF
    Several factors can affect bovine mammary gland health and although bacterial mastitis is the most studied and reported cause, viral infections may also have negative effects on bovine udder health. Viral infections can indirectly damage the papillary duct of the teat, and induce or exacerbate signs of bovine mastitis due to viral-induced immunosuppressive effects that may lead to a greater susceptibility to bacterial mastitis and even intensify the severity of established bacterial infections. Some viruses (Bovine alphaherpesvirus 2, cowpox, pseudocowpox, foot-and-mouth disease, vesicular stomatitis and papillomavirus) affect the integrity of the udder skin, leading to teat lesions, favoring the entry of mastitis-causing pathogens. It is therefore possible that the association between mastitis and viruses is underestimated and may, for example, be associated with negative bacterial culture results. Few milk samples are tested for the presence of viruses, mainly because of the more laborious and expensive procedures required. Furthermore, samples for virus testing would require specific procedures in terms of collection, handling and storage. Thus, there is a knowledge gap in regard to the actual impact of viruses on bovine udder health. Despite the fact that serum anti-virus antibodies can be detected, there is not enough evidence to confirm or exclude the effect of viruses on udder health. However, any expectation of milk production from healthy animals should consider the possible impact of viral infections in mastitis development and not underestimate the importance of actions to diagnose and control the disease. Therefore, the purpose of this review is to describe the association of diagnosis and control of viral diseases and their effect on bovine udder health.Diversos fatores podem afetar a saúde da glândula mamária bovina e embora a mastite bacteriana seja a causa mais estudada e relatada, as infecções virais também podem ter efeitos negativos sobre a saúde da glândula mamária bovina. De forma indireta as infecções virais podem danificar o ducto papilar do teto ou ainda, induzir ou agravar a mastite bovina, devido aos seus efeitos imunossupressores que podem levar a uma maior susceptibilidade para casos de mastite bacteriana e até mesmo intensificar a severidade das infecções bacterianas já estabelecidas. Alguns vírus (Alphaherpesvirus bovino 2, cowpox, pseudocowpox, febre aftosa, estomatite vesicular e papilomavírus) afetam a integridade da pele do úbere, levando a lesões no teto, favorecendo a entrada de patógenos causadores de mastite. Portanto é possível que a associação entre mastites e viroses seja subestimada e podem, por exemplo, estar associada às amostras de diagnóstico de mastite bacteriana com resultados de cultura bacteriana negativa. Além disso, as amostras de leite de vacas com mastite não são coletadas, tratadas e armazenadas adequadamente para pesquisa de vírus que requer cuidados específicos, além de um diagnóstico mais trabalhoso e caro. Desse modo, há lacunas aserem preenchidas quanto ao real impacto das viroses sobre a saúde da glândula mamária bovina. Apesar da possibilidade de detecção de anticorpos séricos contra os vírus, não existem evidências suficientes para incluir ou excluir os efeitos das viroses a saúde da glândula mamária bovina. Porém, a expectativa de produção de leite por meio de animais saudáveis deve considerar os possíveis impactos das infecções virais no desenvolvimento de mastites, não se pode, portanto, subestimar a importância de ações para o diagnóstico e controle das mesmas. Sendo assim, o propósito desta revisão é descrever as relações entre o diagnóstico de controle das doenças virais e seus potenciais impactos sobre a saúde da glândula mamária bovina

    Evaluation of the indicators of inflammation in the diagnosis of ovine mastitis

    Get PDF
    O objetivo do presente trabalho foi avaliar diferentes indicadores inflamatórios no diagnóstico da mamite em ovinos da raça Santa Inês. Após a realização do exame físico das mamas e a prova de fundo escuro, foram coletadas e analisadas 390 amostras de leite, sendo as metades mamárias divididas de acordo com o exame bacteriológico e a prova de fundo escuro, resultando em 290 amostras negativas em ambos os exames, 90 amostras negativas à prova de fundo escuro e positivas na cultura bacteriológica, 5 amostras positivas à prova de fundo escuro e negativas ao exame bacteriológico e 3 amostras positivas em ambos os testes. Nestas amostras foram realizadas a contagem automática de células somáticas (CCS), o California Mastitis Test (CMT), a determinação da concentração hidrogeniônica (pH) e dos teores de cloreto e lactose, e ainda a avaliação do índice de cloreto-lactose. Os maiores valores preditivos foram observados para a CCS, CMT e teor de cloreto; o pH, o teor de lactose e o índice cloreto-lactose apresentaram-se como marcadores inflamatórios menos sensíveis, onde se considerou o resultado da cultura bacteriológica como padrão ouro. O exame físico não se mostrou como método diagnóstico seguro quando utilizado isoladamente, exaltando a importância da associação de outros meios diagnósticos indiretosThe aim of this trial was to evaluate distinct indictors of inflammation in the diagnosis of mastitis in Santa Ines ewes. The physical examination and the dark bottom cup test were performed. Afterwards, the bacteriologic samples of 390 milk samples were analyzed. The samples were divided according to the bacteriological examination and the dark cup bottom test, resulting in 290 samples negative in both tests, 90 samples positive in the bacteriological examination and negative in the dark cup bottom test, 5 samples positive in the dark cup bottom test and negative in bacteriological culture, and 3 samples positive in both tests. The automatic somatic cell count (SSC), the California mastitis test (CMT), the pH, the chloride and lactose content, and the chloride-lactose number were established. Then, their predictive value as a indicator of inflammation was calculated assuming the bacteriologic examination as the gold standard test. The CCS, CMT and chloride content proved to be the best predictors, while the pH, the lactose content and chloride-lactose number were the least sensitive tests. The physical examination was revealed to be a nonsensitive diagnostic procedure when used as the only procedure to detect the disease, showing that other diagnostics tests are requiredFAPESPCNP

    Metabolismo oxidativo de leucócitos em animais infectados pelo Vírus da Leucemia Bovina

    Get PDF
    JA infecção pelo vírus da leucemia bovina (VLB) leva ao desenvolvimento de linfocitose persistente (LP) ou linfossarcomas, principalmente em rebanhos bovinos leiteiros. Entretanto, os eventos que induzem tais manifestações ou o efeito da infecção na função das diferentes populações de leucócitos são pouco conhecidos. Avaliou-se o efeito da infecção pelo VLB na produção intracelular de peróxido de hidrogênio (H2O2) em leucócitos circulantes, mensurada pela fluorescência produzida pela diclorodihidrofluoresceína, utilizando-se de citometria de fluxo. As células foram obtidas de cinco vacas soronegativas; cinco vacas infectadas pelo VLB, alinfocitóticas; e cinco vacas infectadas, manifestando LP. Verificou-se que a infecção pelo VLB não altera a porcentagem de leucócitos circulantes produzindo H2O2 , com ou sem prévio estímulo por adição in vitro: de 12-miristato 13-acetato de forbol (PMA); de lipopolissacarídeos de Escherichia coli (LPS); ou Staphylococcus aureus. Todavia, a produção de H2O2 em leucócitos de animais apresentando LP, com ou sem estímulo, foi menor que aquela verificada em leucócitos de animais soronegativos e de animais soropositivos alinfocitóticos. Os estímulos aumentaram a porcentagem de leucócitos produzindo H2O2 e a produção intracelular média em animais soronegativos ou naqueles infectados alinfocitóticos. Contudo, em leucócitos de vacas soropositivas manifestando LP, a fagocitose de S. aureus não elevou a porcentagem de leucócitos produzindo H2O2 . Também, apenas a adição de PMA elevou a produção intracelular de H2O2 em leucócitos de fêmeas soropositivas manifestando LP.Concluiu-se que bovinos infectados pelo VLB, manifestando LP, apresentam menor produção intracelular de H2O2, demonstrando vulnerabilidade funcional refletida por imunossupressão

    Metabolismo oxidativo de leucócitos em animais infectados pelo Vírus da Leucemia Bovina

    Get PDF
    Widespread Bovine Leukemia Virus (BLV) infection leads to persistent lymphocytosis (PL) or lymphosarcoma, mainly in dairy herds. Nevertheless, neither the sequence of events that conducts to these symptoms, nor the effect of infection on function of different leukocyte populations, is well known. We evaluated the effect of BLV infection on immune response of cows through the analysis of hydrogen peroxide (H2O2) intracellular production of circulating leukocytes after in vitro stimuli with phorbol-12-myristate-13-acetate (PMA), Escherichia coli lipopolysaccharides (LPS), or Staphylococcus aureus H2O2 was measured by dichlorodihydrofluorescein diacetate dependent fluorescence. Results showed that BLV infection does not alter the percentage of H2O2-producing circulating leukocytes (H2O2-PCL), with or without previous stimuli. However, the average of H2O2 intracellular production, with or without previous stimuli, in leukocytes obtained from cows with PL was smaller than those from cells obtained from BLV-negative cows and from BLV-infected, non-lymphocytotic cows. Moreover, stimuli increased H2O2 intracellular production and the percentage of H2O2-PCL obtained from BLVnegative cows and from BLV-infected, non-lymphocytotic cows. Conversely, neither phagocytosis of S. aureus and stimulus with LPS increases H2O2 intracellular production, nor phagocytosis increases the percentage of H2O2 -PCL, when leukocytes were obtained from cows with PL. Thus, results show that BLV-infected cattle, with PL, have an impaired H2O2 intracellular production, demonstrating functional vulnerability reflected by immunosuppression. Cells were obtained from five BLV-non infected cows, five BLV-infected, non-lymphocytotic cows, and five BLV-infected cows with PL, and analyzed by flow cytometry. Intracellular production of H2O2 intracellular production, demonstrating functional vulnerability reflected by immunosuppression.JA infecção pelo vírus da leucemia bovina (VLB) leva ao desenvolvimento de linfocitose persistente (LP) ou linfossarcomas, principalmente em rebanhos bovinos leiteiros. Entretanto, os eventos que induzem tais manifestações ou o efeito da infecção na função das diferentes populações de leucócitos são pouco conhecidos. Avaliou-se o efeito da infecção pelo VLB na produção intracelular de peróxido de hidrogênio (H2O2) em leucócitos circulantes, mensurada pela fluorescência produzida pela diclorodihidrofluoresceína, utilizando-se de citometria de fluxo. As células foram obtidas de cinco vacas soronegativas; cinco vacas infectadas pelo VLB, alinfocitóticas; e cinco vacas infectadas, manifestando LP. Verificou-se que a infecção pelo VLB não altera a porcentagem de leucócitos circulantes produzindo H2O2 , com ou sem prévio estímulo por adição in vitro: de 12-miristato 13-acetato de forbol (PMA); de lipopolissacarídeos de Escherichia coli (LPS); ou Staphylococcus aureus. Todavia, a produção de H2O2 em leucócitos de animais apresentando LP, com ou sem estímulo, foi menor que aquela verificada em leucócitos de animais soronegativos e de animais soropositivos alinfocitóticos. Os estímulos aumentaram a porcentagem de leucócitos produzindo H2O2 e a produção intracelular média em animais soronegativos ou naqueles infectados alinfocitóticos. Contudo, em leucócitos de vacas soropositivas manifestando LP, a fagocitose de S. aureus não elevou a porcentagem de leucócitos produzindo H2O2 . Também, apenas a adição de PMA elevou a produção intracelular de H2O2 em leucócitos de fêmeas soropositivas manifestando LP.Concluiu-se que bovinos infectados pelo VLB, manifestando LP, apresentam menor produção intracelular de H2O2, demonstrando vulnerabilidade funcional refletida por imunossupressão

    PREVALÊNCIA DE AGENTES ETIOLÓGICOS DE MASTITE EM BOVINOS LEITEIROS CRIADOS EM SISTEMA DE ALOJAMENTO DO TIPO COMPOST BARN NA REGIÃO OESTE DE SANTA CATARINA

    Get PDF
    O sistema Compost Barn (CB) é composto por camas comuns que passam por um processo de compostagem. Esse sistema tem crescido nos últimos anos no Brasil por gerar melhoria do conforto e bem-estar animal. Entretanto, os animais criados nesse sistema podem estar mais suscetíveis à mastite em razão do contato direto com a cama, especialmente se esta for mal manejada. Nesse sentido, objetivou-se, com este estudo, avaliar a contagem de células somáticas (CCS), identificar os agentes causadores de mastite em sistemas CB e avaliar a suscetibilidade destes frente a antimicrobianos. Para isso, foram avaliados 102 animais das raças Jersey e Holandês, totalizando 403 amostras. Nas amostras de leite foram realizados o California mastites test (CMT), o isolamento microbiológico, o teste de susceptibilidade aos antimicrobianos e a contagem de células somáticas microscópica. Além disso, realizou-se avaliação da temperatura, umidade e isolamento bacteriano a partir de amostras das camas. Das 403 amostras submetidas ao CMT, 224 (55,6%) apresentaram reação negativa e 179 (44,4%) foram positivas em graus variados. Os agentes microbianos mais prevalentes foram Staphylococcus sp. coagulase negativa (36,4%), seguido de Streptococcus uberis (21,6%), Corynebacterium sp. (14,7%) e Staphylococcus aureus (10,22%). No teste de susceptibilidade aos antimicrobianos, os agentes Gram positivos apresentaram sensibilidade de 97% para amoxicilina, tetraciclina e enrofloxacina, seguidos de ceftiofur (94%), eritromicina (91%), oxacilina (90%), gentamicina e sulfametoxazol com trimetoprim (79%), neomicina (78%), ampicilina (76%), penicilina (71%) e estreptomicina (58%). Já em relação aos agentes Gram negativos, estes apresentaram sensibilidade de 100% para ceftiofur, neomicina, sulfametoxazol com trimetoprim, gentamicina e enrofloxacina, seguidos de tetraciclina (97%), estreptomicina (58%) e 33% para oxacilina, amoxicilina e ampicilina. O resultado médio da CCS microscópica encontrada foi 622.567 cél/mL, visto que esta variou de 38.196 a 7.375.011 cél/mL. Ao estratificar os micro-organismos isolados de acordo com os resultados de CCS, não se observou diferença significativa entre os agentes isolados em relação à CCS. Nas avaliações das camas, observou-se umidade e temperatura médias de 51,20% e 31,44 °C, respectivamente. Além disso, identificou-se Escherichia coli, Acinetobacter sp., Alcaligenes faecalis e Bacillus sp. como agentes contaminantes. Dessa forma, observa-se que os agentes isolados a partir das amostras das camas são caracterizados como micro-organismos ambientais. Embora esses agentes não tenham sido identificados nas amostras de leite, podem desencadear quadros de mastite nos bovinos. Além disso, a temperatura e a umidade das camas estavam em desacordo com o que cita a literatura, podendo resultar na má compostagem destas. Percebe-se, portanto, que os sistemas de Compost Barn instalados na região Oeste de Santa Catarina ainda necessitam melhorar o manejo da cama para, consequentemente, melhorar a qualidade do leite produzido.Palavras-chave: Compost barn. Leite. Mastite. Staphylococcus sp. Fonte de Financiamento: PIBIC/Unoes

    Cellular and microbiological profile of Santa Ines ewes in the lactation and the post-weaning period

    Get PDF
    O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil microbiológico e celular do leite no período lactante e de involução ativa de ovelhas da raça Santa Inês. Foram avaliadas amostras lácteas de 12 ovelhas durante estes distintos períodos. Realizou-se o exame físico da mama, sendo as amostras lácteas submetidas à contagem de células somáticas (CCS), ao California Mastitis Test (CMT), ao exame microbiológico e aos testes de sensibilidade in vitro dos patógenos encontrados. Foram observados maiores escores do exame físico, CCS, CMT durante o período de involução ativa, além de uma alta persistência da infecção durante estes períodos. O período de involução ativa não se mostrou como um momento de alta susceptilidade. Os estafilococos coagulase negativa representaram o único gênero isolado das glândulas infectadas. Uma alta sensibilidade dos agentes etiológicos envolvidos frente aos diferentes antimicrobianos in vitro foi também observadaThe aim was to evaluate and compare the microbiological and cellular profile of the milk of Santa Ines ewes during the lactation period and the active involution. Milk samples were analyzed from 12 ewes during these distinct periods. Clinical examination of the mammary gland, somatic cell count (SCC), California Mastitis Test (CMT), bacteriologic screening and sensibility of the pathogens in vitro were performed. Most alterations were observed in the active involution period. SCC and CMT were higher in this same period. Besides this, a high persistency of infection occurred. The active involution period did not show high susceptibility. Coagulase-negative staphylococci were the only isolated bacteria. A high antimicrobial sensibility of these pathogens was also encountere
    corecore