13 research outputs found

    Atitudes e motivações em relação ao consumo de alimentos orgânicos em Belo Horizonte, MG.

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    O objetivo deste estudo foi caracterizar o mercado consumidor de alimentos orgânicos em Belo Horizonte-MG, incluindo o perfil socioeconômico e o comportamento dos consumidores, sua percepção e seu conhecimento sobre alimentos orgânicos, além das principais motivações e limitações em relação ao consumo desses produtos. Uma pesquisa descritiva direta e estruturada (survey) foi realizada com 400 consumidores de alimentos orgânicos, por meio da aplicação de questionários semiestruturados. A maioria dos consumidores era do gênero feminino (76,0%), com idade superior a 30 anos (90,3%), em união estável (81,3%), graduados (81,5%) e com renda familiar elevada (acima de 12 S.M./mês) (78,7%). A maioria definiu alimento orgânico como um alimento isento de resíduos de agrotóxicos (69,7%). Alimentos orgânicos foram mencionados conter maiores níveis de nutrientes do que os convencionais (82,0%), além de serem isentos de organismos geneticamente modificados (75,0%) e produtos químicos sintéticos (86,0%). A maioria mostrou preocupação em manter hábitos de vida saudáveis, sendo que 80,5% exercitavam-se regularmente e 49,2% já haviam feito alguma dieta ou recebido orientações nutricionais. Todos acreditavam nos benefícios à saúde advindos do consumo dos produtos orgânicos e quase a totalidade (98,8%) já havia percebido melhorias na saúde em decorrência desse consumo. Somente 16,3% consumiam outros alimentos orgânicos além de frutas e hortaliças. A preocupação com a saúde, assim como o maior conteúdo de nutrientes e o sabor mais pronunciado do que os alimentos convencionais, foram as maiores motivações para o consumo de frutas e hortaliças orgânicas. Grande parte dos consumidores apresentou conhecimento superficial sobre a temática, o que evidenciou a necessidade de maiores esclarecimentos sobre o assunto. Uma demanda reprimida por tais produtos pôde ser observada, pois, apesar do grande interesse por alimentos orgânicos, fatores como preço elevado e baixa qualidade limitaram o consumo destes produtos em Belo Horizonte

    Resgate da identidade gastronômica pela percepção dos moradores de Ouro Preto e distritos / Gastronomy culture rescue under perception from residents from Ouro Preto and districts

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    Ouro Preto recebe inúmeros turistas durante todo o ano por possuir grandes atrativos culturais. Contudo, a identidade gastronômica da região não está consolidada ainda, sendo pouco explorada na região. O principal objetivo foi identificar os ingredientes e pratos típicos da gastronomia ouropretana. Os dados foram obtidos através de pesquisa exploratória. As entrevistas em domicílio foram realizadas no município de Ouro Preto (n=100) e nos doze distritos (n=476). Nos domicílios, o entrevistado foi a pessoa que apresentou maior idade (mínima de 40 anos) e responsável pela elaboração dos pratos na residência. Os legumes citados como típicos da região ouro-pretana com maior frequência foram o chuchu (20%-100%) e a moranga (18%-66,7%). As verduras citadas como típicas, em todos os locais estudados, foram a couve (82% - 100%), a taioba (18,8% - 66,7%), o almeirão (31,7% - 75,0%) e a alface (28,0% - 87,5%). Com exceção de Cachoeira do Campo, o ora-pro-nóbis também foi citado em todas as regiões (16%-88,9%), com maior frequência em Antônio Pereira. A banana (23,0% - 70,0%), a laranja (63,8 - 90,0%), a jabuticaba (17,4% - 87,5%) e a manga (16,0% - 87,5%) foram consideradas frutas típicas em todas as regiões.  A galinha caipira foi a carne considerada típica em todas as regiões, mencionada cm grande frequência (60% - 100%). Carne de boi (20,0% - 72,0%) e porco (28,0% - 70,0%) foram mencionadas em todas as regiões, com exceção de Miguel Burnier. Com exceção de Santo Antônio do Leite, carne de pato foi mencionada como típica em todas as regiões estudadas (16,0% - 87,5%), sendo a frequência mais expressiva em Miguel Burnier (87,5%), Engenheiro Correia (63,6%) e Santo Antônio do Salto (52,0%). Cebolinha (41,5% - 86,0%), salsinha (55,6% - 100%), cebola (45,0% - 100%), manjericão (13,6% - 37,5%) e alho (16,7% - 63,6%) foram considerados temperos típicos da culinária ouro-pretana em todas as regiões. O angu (15% - 89%), a couve fina (19% - 63%), bambá de couve (19% - 67%), tutu de feijão (15% - 29%) e frango com quiabo (15% - 35%) foram os pratos considerados típicos em quase a totalidade da região estudada, embora não tenham sido indicados com frequência elevada. O estudo evidenciou a presença marcante de ingredientes e pratos típicos da culinária mineira sem, contudo, identificar ingredientes e pratos típicos de Ouro Preto e distritos

    CORRELAÇÃO ENTRE MÉTODOS ESPECTROFOTOMÉTRICOS E COLORIMÉTRICOS NA DETERMINAÇÃO DA FOTO E TERMOSSENSIBILIDADE DOS CAROTENOIDES DE TOMATE

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    The search for natural pigments for application in foods and the challenge of their industrial production has been motivating researchers to investigate their stability to light, temperature, pH and oxygen. A lycopene mixture, obtained from tomato pulp and mineral oil, was prepared to study the photosensitivity and the thermal sensitivity of the pigment. Spectrophotometric and colorimetric determinations were made during the storage period. Light effect was more destructive than the largest temperature evaluated (80°C), and it was observed an abrupt discoloration in some samples, after 30 days of storage. The pigment was little affected when stored under dark at 40°C. Significant correlations between the reduction of absorbances values and the colorimetric coordinates "a*", "b*" and h were obtained. These colorimetric coordinates explained in a best way the variations happened to the pigment.A busca por pigmentos naturais para aplicação em alimentos e o desafio de sua produção industrial tem motivado pesquisadores a investigar sua estabilidade à luz, temperatura, pH e oxigênio. Mistura de licopeno, obtida de polpa de tomate e óleo mineral, foi preparada para se estudar a foto e termossensibilidade do corante. Determinações espectrofotométricas e colorimétricas foram realizadas durante o período de estocagem. O efeito da luz foi mais destrutivo que a maior temperatura avaliada (80°C), sobretudo pela descoloração brusca de algumas amostras após 30 dias de estocagem. O pigmento foi pouco afetado quando armazenado no escuro e a 40°C. Obtiveram-se correlações significativas nas reduções de absorbância com os valores colorimétricos "a*", "b*" e "h". Essas coordenadas foram as que explicaram melhor as variações ocorridas na decomposição do pigmento

    Antioxidant activity in vitro of phenolic extract, oleoresins and essential oil of Pink Pepper (Schinus terebinthifolius Raddi)

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    Schinus terebinthifolius Raddi, pertencente à Família Anacardiaceae, é utilizada principalmente na medicina popular, no tratamento de doenças venéreas, reumatismo, dores, gengivite e febre. Muitos dos efeitos benéficos atribuídos à espécie estão associados à presença de compostos fenólicos, os quais conferem a ela propriedades antioxidantes. Além disso, a utilização dos frutos secos de Schinus terebinthifolius Raddi como condimento, conhecido como pimenta rosa, tem sido bastante difundida, apresentando elevada demanda e alto valor mercadológico. Neste contexto, o presente estudo teve por objetivo geral avaliar o rendimento e o potencial antioxidante da fração fenólica, do óleo essencial e da oleorresina de pimenta rosa. Para se determinar as melhores condições de extração de compostos fenólicos foram avaliados diferentes solventes (água, metanol, acetona, etanol, acetato de etila) em proporções variadas, a temperatura de extração e, o pH do meio (HCl concentrado). O conteúdo fenólico total foi quantificado pelo ensaio com o reagente Folin-Denis. Avaliou-se também o efeito de dois métodos de extração, em soxhlet (6h) e a frio (25°C/48h) e cinco solventes no rendimento e na atividade antioxidante da oleorresina. A fração fenólica foi extraída com acetona 70% (v/v) e a oleorresina com acetona a frio. O óleo essencial foi obtido por hidrodestilação, por um período de 3 horas. A atividade antioxidante das frações foi determinada pelo ensaio do radical DPPH (2,2-difenil-1- picrilhidrazil). A aceitabilidade da pimenta rosa foi avaliada em chocolate e em salmão, utilizando escala hedônica de nove pontos. O sistema extrator mais eficiente na ressuspensão de fenólicos totais foi acetona 70% (v/v) acidificada com 1% de HCl concentrado, o que sugere a predominância de compostos poliméricos de alto peso molecular na pimenta rosa, como os taninos. O efeito do solvente no rendimento e na atividade antioxidante da oleorresina foi dependente do método de extração utilizado. A oleorresina extraída com etanol em soxhlet apresentou a maior atividade antioxidante e o maior rendimento. Para a extração das oleorresinas em soxhlet, a ordem do rendimento e da atividade antioxidante das oleorresinas acompanhou a ordem de polaridade dos solventes: etanol > acetona > éter etílico > éter de petróleo = hexano. A maior contribuição à atividade antioxidante da pimenta rosa advém de compostos polares, principalmente compostos fenólicos. Em contrapartida, o óleo essencial apresentou a menor participação na atividade antiradical dos frutos. A pimenta rosa apresentou elevada aceitabilidade, tanto em chocolate quanto em salmão. O condimento aumentou a aceitabilidade do salmão. A média da aceitação do salmão situou-se entre os termos hedônicos gostei moderadamente e gostei muito e a média do salmão com a pimenta rosa entre os termos hedônicos gostei muito e gostei extremamente . Em chocolate preto a aceitabilidade da pimenta rosa situou-se entre os temos hedônicos gostei moderadamente e gostei muito . As propriedades antioxidantes da espécie poderão ser potencializadas através da aplicação do seu extrato fenólico, ou mesmo de outras frações como a oleorresina e o óleo essencial, em produtos farmacêuticos, alimentos e cosméticos. Além disso, a comercialização dos frutos na forma desidratada apresenta grande potencialidade de consumo quando utilizada na gastronomia, em razão de sua elevada aceitabilidade.Schinus terebinthifolius Raddi, belongs to Anacardiaceae family, is used mainly in folk medicine, to treat venereal disease, rheumatism, pain, gingivitis e fever. Many of these beneficial effects attributed to specie are associated with phenolic compounds, which confer antioxidant properties. Moreover, the use of dried fruits of Schinus terebinthifolius Raddi as seasoning, knowed as pink pepper, had been much diffused, with high demand and market value. In this context, the general objectives of this study were to evaluate the yield and antioxidant potential of phenolic content, essential oil and oleoresins of dried fruits from pink pepper. To determine the best extraction conditions of polyphenolics, the type of solvent (water, methanol, acetone, ethanol, ethyl acetate) in varied ratios, the extraction temperature, and the medium s pH (HCl concentrated) were evaluated. The phenolic content was quantified by Folin-Denis reagent assay. The effects of two extraction methods, soxhlet (6h) and cold method (25°C/48h), and five solvents in the yield and antioxidant potential of oleoresin were investigated. The phenolic content was extracted with acetone 70% (v/v) and oleoresin with acetone by cold method. The essential oil was extracted for 3 hours by hydrodistillation. The antioxidant activity of fractions was measured by radical DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazil) assay. The acceptability of pink pepper was evaluated in salmon and chocolate, using hedonic scale of nine points. Acetone 70% (v/v) acidified with 1% (v/v) of HCl concentrated was the best system to extract poliphenolics, which suggests the predominance of polymeric compounds of high molecular weight in pink pepper, like tannins. The effect of solvent on the yield and antioxidant activity of oleoresins depends of extraction method. The best yield and antioxidant activity of oleoresins was obtained with ethanol by Soxhlet. In Soxhlet, the order of yield and antioxidant activity of oleoresin followed the order of solvents polarity: ethanol>acetone> ethyl ether>petroleum ether=hexane. The best contribution to pink pepper s antioxidante activity was attributed to polar compounds, mainly polyphenolics. On the other hand, the essential oil had the minor participation in fruit s antiradical activity. The pink pepper had a good acceptability, as in chocolate as in salmon. The seasoning increased the acceptability of salmon. The acceptance media of salmon was between hedonic terms like moderately and like very much and the media of salmon with pink pepper were between hedonic terms like very much and like extremely . The acceptability of pink pepper in black chocolate was between hedonic terms like moderately and like very much . The antioxidant properties of specie could be potentialiized by application of extracts of phenolics or others fractions, like oleoresins and essential oil, in pharmaceutical products, food and cosmetics. Moreover, the marketing of fruits in dried form present high potential of consumption in gastronomy because of its good acceptability.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superio

    Antioxidant capacity, anticancer effects and absorption of mango (Mangifera indica L.) polyphenols in vitro

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    Polifenóis presentes em polpa de manga, incluindo galotaninos, glicosídeos de flavonóides, ácido gálico, derivados da benzofenona, e mangiferina, têm demonstrado propriedades anticarcinogênicas. A etapa de deglicosilação por β-glicosidases tem se mostrado necessária ao metabolismo e à absorção de polifenóis derivados da dieta pelo organismo humano, o que poderia influenciar suas propriedades anticarcinogênicas. O objetivo deste estudo foi elucidar os efeitos anticarcinogênicos de polifenóis extraídos da polpa de manga de diferentes variedades (Francis, Kent, Ataulfo, Tommy Atkins e Haden) em diferentes tipos de câncer. Os efeitos antiproliferativos de polifenóis de manga foram estudados utilizando modelos in vitro de cultura de células cancerosas, incluindo as linhagens celulares de câncer humano Molt-4 (leucemia), A-549 (câncer de pulmao), MDA-MB-231 (câncer de mama), LnCap (câncer de próstata), SW-480 (câncer de colón) e células de colón não cancerosas CCD-18Co. Os mecanismos moleculares envolvidos nas propriedades anticarcinogênicas de polifenóis de manga foram investigados. O efeito do tratamento com polifenóis na expressão gênica, na regulação do ciclo celular e na produção de espécies reativas de oxigênio em células cancerosas de colón humano SW-480 foi investigado por RT-PCR, citometria de fluxo e quantificação da intensidade de fluorescência, respectivamente. Além disso, o efeito da hidrólise de polifenóis de manga pela enzima β-glicosidase na atividade antioxidante, na supressão do crescimento tumoral e na absorção intestinal in vitro através da monocamada de células de adenocarcinoma de colón humano Caco-2 foi avaliado. Ademais, o efeito antiproliferativo de frações fenólicas enriquecidas com polifenóis de baixo e elevado peso molecular em células cancerosas de colón (SW-480) e mama (MDA-MB-231) foi estudado. Células cancerosas foram tratadas com extratos fenólicos das variedades Ataulfo e Haden, as quais foram selecionadas em razão da maior capacidade antioxidante quando comparada a outras variedades. Polifenóis de Ataulfo e Haden inibiram o crescimento de todas as linhagens celulares. SW-480 (câncer de cólon), MOLT-4 (leucemia) e MDA-MB-231 (câncer de mama) apresentaram igualmente maior sensibilidade ao tratamento com polifenóis de Ataulfo, enquanto SW- 480 e MOLT-4 mostraram-se mais sensíveis ao tratamento com polifenóis de Haden, segundo resultados obtidos por contagem de células. O efeito antiproliferativo dos extratos fenólicos de todas as variedades de manga foi avaliado em células cancerosas de colón humano (SW-480). As variedades Ataulfo e Haden demonstraram maior efeito supressor, seguidas de Kent, Francis e Tommy Atkins. Quando células cancerosas de colón SW-480 foram tratadas com 5 mg GAE/L de polifenóis de Ataulfo, o crescimento celular foi inibido em ~79%, enquanto a proliferação de miofibroblastos não cancerosos CCD-18Co não foi inibida. A supressão do crescimento celular pelo tratamento com polifenóis de Ataulfo e Haden em células de câncer de colón SW-480 foi associada com o aumento na expressão gênica de biomarcadores de apoptose (caspase 8, Bax e Bim) e reguladores do ciclo celular (PKMYT1), atraso do ciclo celular e alteração na produção de espécies reativas de oxigênio. Os extratos fenólicos da polpa de manga continham ácido gálico, mangiferina, derivados de ácidos fenólicos e galotaninos, os quais foram caracterizados por análises em HPLC-DAD e HPLC-ESI-MSn antes e após a hidrólise enzimática (0.17 mg β-glicosidase 1000 KU/g polpa de manga / 4 h / 35°C). Ácidos fenólicos incluindo ácido gálico, caféico, ferúlico, p-coumárico e p-hidroxibenzóico consistiram os principais compostos derivados da hidrólise enzimática. Monocamadas de células Caco-2 foram incubadas por 2h no compartimento apical com extratos controle e hidrolisado. Quando incubadas com o extrato hidrolisado, ácido gálico, caféico, ferúlico, p-coumárico, vanílico e p-hidroxibenzóico foram detectados no compartimento basolateral, enquanto apenas ácido gálico foi detectado quando as células foram tratadas com o extrato controle. Polifenóis de elevado peso molecular, incluindo mangiferina e galotaninos, não foram transportados. Polifenóis de polpa (controle) de todas as variedades inibiram a proliferação de células humanas de câncer de colón HT-29 (0-27 μg de ácido gálico equiv./mL) e de mama MDA-MB-231 (0-24 μg GAE/mL) em até 99.8 e 89.9 %, respectivamente. Apesar da hidrólise enzimática ter aumentado a absorção de polifenóis de manga, não houve aumento significativo na atividade antioxidante, no conteúdo fenólico e na supressão do crescimento de células cancerosas de colón e mama. Ademais, ambas as frações fenólicas enriquecidas com polifenóis de baixo (138-194 Da) e elevado (422; 788-1852 Da) peso molecular inibiram o crescimento de células cancerosas de colón e mama na mesma extensão (0- 20 μg GAE/mL), o que poderia indicar que a atividade anticarcinogênica de polifenóis de manga seria independente da hidrólise enzimática. Estes resultados corroboram resultados obtidos em estudos in vivo, que sugerem que a grande parte dos polifenóis não seriam absorvidos em sua forma intacta através do intestino delgado, mas poderiam ser hidrolisados por enzimas intestinais em ácidos aromáticos de baixo peso molecular, os quais seriam posteriormente absorvidos; ou ainda, quando não absorvidos, poderiam, alcançar o intestino grosso, modulando a microflora intestinal e, desta forma, contribuiriam para reduzir o risco de câncer de cólon. Desta forma, polifenóis de polpa de manga de diferentes variedades exibiram efeitos anticarcinogênicos em modelos de cultura de células, os quais poderiam não ser necessariamente dependentes da hidrólise enzimática pela β-glicosidase.Polyphenols found in mango pulp, including gallotannins, flavonol glycosides, gallic acid, benzophenone derivatives and mangiferin have shown anticancer activity. Biological activities of polyphenols have been related to their bioavailability. Deglycosylation by β-glucosidases is a critical step in the metabolism and absorption of dietary polyphenols in humans, which might influence their anticancer properties. The objective of this study was to elucidate the anti-cancer effects of mango polyphenols of several varieties (Francis, Kent, Ataulfo, Tommy Atkins and Haden) in different types of cancer. The antiproliferative effects of mango polyphenols were studied in vitro using different cancer cell lines including Molt-4 leukemia, A-549 lung, MDA-MB-231 breast, LnCap prostate, SW-480 colon cancer cells and the non-cancer colon cell line CCD-18Co. Molecular mechanisms involved on the anti-cancer activities of mango polyphenols were assessed. The effect of mango polyphenols on gene expression, cell cycle regulation and reactive oxygen species production on colon cancer cells SW-480 were investigated by RT-PCR, flow cytometry and fluorescence intensity measurement, respectively. The effect of the hydrolysis of mango polyphenols with β-glucosidase on their antioxidant activity, cancer cell-growth suppression activity and in vitro intestinal absorption through human colon adenocarcinoma Caco-2 cell monolayers was evaluated. In addition, the antiproliferative effect of high and low molecular weight polyphenols rich-fractions on colon (SW-480) and breast (MDA-MB-231) cancer cells was studied. Cell lines were incubated with Ataulfo and Haden phenolic extracts, which were selected based on their superior antioxidant capacity compared to the other varieties. Ataulfo and Haden polyphenols inhibited the growth of all human cancer cell lines. SW-480 (colon cancer), MOLT-4 (leukemia) and MDA-MB-231 (breast-cancer) were statiscally equally most sensitive to Ataulfo, whereas SW-480 and MOLT-4 were the most sensitive cell lines to Haden, as determined by cell counting. The efficacy of phenolic extracts from all mango varieties in inhibiting cell growth was tested on SW- 480 colon carcinoma cells. Ataulfo and Haden demonstrated superior efficacy, followed by Kent, Francis and Tommy Atkins. At 5 mg GAE/L, Ataulfo inhibited the growth of colon SW-480 cancer cells by ~79% while the growth of non-cancer colonic myofibroblasts CCD-18Co cells was not inhibited. The growth inhibition exerted by Ataulfo and Haden polyphenols on SW-480 cells was associated with an increased mRNA expression of pro-apoptotic biomarkers (caspase 8, Bax and Bim) and cell cycle regulators (PKMYT1), cell cycle arrest and an alteration in the generation of reactive oxygen species. Phenolic extracts from mango pulp contained gallic acid, mangiferin, phenolic acid derivatives and gallotannins, which were characterized by HPLC-DAD and HPLC-ESI-MSn analysis before and after enzymatic hydrolysis (0.17 mg β- glucosidase 1000 KU/g mango pulp/ 4 h / 35°C). Phenolic acids including gallic, caffeic, ferulic, p-coumaric and p-hydroxybenzoic acids consisted the main compounds derived from enzymatic hydrolysis. Caco-2 cell monolayers were incubated for 2h on the apical side with hydrolyzed and non-hydrolyzed mango extracts. Gallic, caffeic, ferulic, p-coumaric, vanillic and p-hydroxybenzoic acids were detected on the basolateral side for hydrolyzed extract but only gallic acid was detected for the nonhydrolyzed extract. High molecular weight polyphenols, mangiferin and gallotannins, were not transported. Mango pulp polyphenols (control) from all varieties inhibited the proliferation of HT-29 colon (0-27 μg of gallic acid equiv/mL) and MDA-MB-231 breast (0-24 μg GAE/ mL) human cancer cells by up to 99.8 and 89.9 %, respectively. Despite enhanced absorption facilitated by enzymatic hydrolysis, a significant increase in antioxidant activity, phenolic content and antiproliferative effects on breast and colon cancer cells was not observed. Additionally, both high (422; 788-1852 Da) and low (138-194 Da) molecular weight polyphenols rich-fractions equally inhibited cell proliferation of colon and breast cancer cells at the same extent (0-20 μg of gallic acid equiv/mL), which may indicate that the anti-cancer efficacy of mango polyphenolics is not dependent on enzymatic hydrolysis. These results corroborate previous findings from in vivo studies, which suggest that the most of mango polyphenols are not absorbed intact through the small intestine, but may be hydrolyzed by intestinal enzymes into low molecular weight aromatic acids, which would be later absorbed; or when polyphenols are not absorbed, they likely reach the large intestine, modulating the gut microflora, and thus they contribute to reduce the risk of colon carcinogenesis. Overall, polyphenols from several mango varieties exerted anti-cancer effects, and these effects may not require enzymatic hydrolysis by β-glucosidase.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superio

    Impacto da luz, ph, ácido ascórbico e glicose na estabilidade de antocianinas da fonte não usual “maria-pretinha” (Solanum americanum, Mill.).

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    O fruto de maria-pretinha (Solanum americanum) consiste em fonte não usual, porém viável de produção de antocianinas. Sendo assim, objetivouse avaliar a estabilidade do extrato antociânico obtido dessa fonte vegetal, após extração com metanol acidificado (0,05% HCl), frente a fatores degradativos como luz, pH, ácido ascórbico e glicose. Sua estabilidade foi estimada determinando-se os valores de absorbância no comprimento de onda de máxima absorção em função do tempo, mediante os quais foram calculadas as constantes de velocidade de degradação (k) e o tempo de meiavida (t1/2) de cada sistema. Os efeitos da luz e da concentração de 400 ppm de ácido ascórbico foram os mais destrutivos para a cor do pigmento, especialmente em pH 4,0. A adição de ácido ascórbico acelerou a degradação do pigmento antociânico. A glicose não afetou a estabilidade das antocianinas. Os pigmentos apresentaram maior estabilidade em pH 2,0. A interação negativa de ácido ascórbico e antocianinas merece mais investigações, já que a aplicação de pigmentos antociânicos na indústria de alimentos, especialmente em sucos e refrigerantes, mostrouse bastante promissora
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