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    Comportamentos violentos de adolescentes e coabitação parento-filial

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    OBJECTIVE: To analyze the association between violent behavior in adolescents and parent-child cohabitation. METHODS: A population-based cross-sectional study with multiple-stage sampling was performed in the urban area of the city of Pelotas, Southern Brazil, in 2002. A total of 960 adolescents were interviewed using a self-applied questionnaire. The dependent variables (use of weapons and involvement in fights in the previous year were reported by adolescents) and the independent variable (parent-child cohabitation) were analyzed with the chi-square test and prevalence ratios, adjusted for age, sex, socioeconomic level and reporting of alcohol, tobacco or illicit drug use, both recently and throughout life. RESULTS: Involvement in fights in the previous year was reported by 23% of participants and use of weapons by 9.6%. Prevalence ratios of occurrence of such behaviors was 1.38 (95% CI: 0.71; 2.68, p=0.34) for involvement in fights and 1.68 (95% CI: 1.06; 2.67, p=0.03) for use of weapons, including "adolescents living with the father, mother or both" as reference. CONCLUSIONS: Parent-child cohabitation must be considered in policies aimed at preventing the use of weapons by children and adolescents, although it is recommended that care should be taken not to stigmatize children and adolescents who do not live with their fathers and mothers.OBJETIVO: Analizar la asociación entre comportamientos violentos de adolescentes y la co-habitabilidad parental-filial. MÉTODOS: Estudio transversal de base poblacional realizado en el área urbana de Pelotas, Sur de Brasil, en 2002, con muestreo en múltiples fases. Fueron entrevistados 960 adolescentes con utilización de cuestionario auto-aplicado. Las variables dependientes (uso de armas y envolvimiento en peleas en el último año fueron referidos por los adolescentes) y la variable independiente co-habitabilidad parental-filial fueron sometidas a análisis por la prueba e chi-cuadrado y la tasa de prevalencias, ajustada para edad, sexo, nivel socioeconómico relato de uso en la vida y reciente de alcohol, tabaco o drogas ilícitas. RESULTADOS: El envolvimiento en peleas en el último año fue referido por 23% de los sujetos y el uso de armas por 9,6%. La tasa de prevalencia de ocurrencia de estos comportamientos fue de 1,38 (IC 95%: 0,71;2,68, p=0,34) para envolvimiento en peleas y de 1,68 (IC 95%: 1,06;2,67, p=0,03) para uso de armas, teniendo como referencia sujetos que co-habitaban con padre, con madre o con ambos. CONCLUSIONES: La co-habitabilidad parental-filial debe ser considerada en políticas de prevención al uso de armas por niños y adolescentes, pero se recomienda el cuidado de no estigmatizar niños y adolescentes que no co-habitan con padres y madres.OBJETIVO: Analisar a associação entre comportamentos violentos de adolescentes e a coabitação parento-filial. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional realizado na área urbana de Pelotas, RS, em 2002, com amostragem em múltiplos estágios. Foram entrevistados 960 adolescentes com utilização de questionário auto-aplicado. As variáveis dependentes (uso de armas e envolvimento em brigas no último ano foram referidos pelos adolescentes) e a variável independente coabitação parento-filial foram submetidas a análise pelo teste de qui-quadrado e razão de prevalências, ajustada para idade, sexo, nível socioeconômico e relato de uso na vida e recente de álcool, tabaco ou drogas ilícitas. RESULTADOS: O envolvimento em brigas no último ano foi referido por 23% dos sujeitos e o uso de armas por 9,6%. A razão de prevalência de ocorrência desses comportamentos foi de 1,38 (IC95%: 0,71; 2,68, p = 0,34) para envolvimento em brigas e de 1,68 (IC95%: 1,06; 2,67, p = 0,03) para uso de armas, tendo como referência sujeitos que coabitavam com pai, com mãe ou com ambos. CONCLUSÕES: A coabitação parento-filial deve ser considerada em políticas de prevenção ao uso de armas por crianças e adolescentes, mas recomenda-se o cuidado de não estigmatizar crianças e adolescentes que não coabitam com pais e mães

    Padrões de crescimento na infância precoce e ocorrência de menarca antes de doze anos de idade

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    OBJECTIVE: To examine the relationship between growth patterns in early childhood and the onset of menarche before age 12. METHODS: The study included 2,083 women from a birth cohort study conducted in the city of Pelotas, Southern Brazil, starting in 1982. Anthropometric, behavioral, and pregnancy-related variables were collected through home interviews. Statistical analyses were performed using Pearson's chi-square and chi-square test for linear trends. A multivariable analysis was carried out using Poisson regression based on a hierarchical model. RESULTS: Mean age of menarche was 12.4 years old and the prevalence of menarche before age 12 was 24.3%. Higher weight-for-age, height-for-age, and weight-for-height z-scores at 19.4 and 43.1 months of age were associated with linear tendencies of increased prevalence and relative risks of the onset of menarche before age 12. Girls who experienced rapid growth in weight-for-age z-score from birth to 19.4 months of age and in weight-for-age or height-for-age z-scores from 19.4 to 43.1 months of age also showed higher risk of menarche before age 12. Higher risk was seen when rapid growth in weight-for-age z-score was seen during these age intervals and the highest risk was found among those in the first tertile of Williams' curve at birth. Rapid growth in weight-for-height z-score was not associated with menarche before age 12. CONCLUSIONS: Menarche is affected by nutritional status and growth patterns during early childhood. Preventing overweight and obesity during early childhood and keeping a "normal" growth pattern seem crucial for the prevention of health conditions during adulthood.OBJETIVO: Evaluar la relación entre patrones de crecimiento en la infancia precoz y ocurrencia de menarca antes de 12 años de edad. MÉTODOS: El estudio incluyó 2.083 mujeres del estudio de cohorte de nacidos en Pelotas, 1982, Sur de Brasil. Variables antropométricas, comportamentales y relacionadas a la gestación fueron colectadas por medio de entrevistas domiciliares. Los análisis estadísticos empleados fueron el chi-cuadrado de Pearson y ji-cuadrado para tendencia linear. Así mismo, análisis multivariable fue realizado usando la regresión de Poisson, siguiendo un modelo jerárquico. RESULTADOS: El promedio de edad de menarca fue de 12,4 años y la prevalencia de menarca antes de los 12 años fue de 24,3%. Mayores valores de escores Z en los índices peso/edad, altura/edad y peso/altura a los 19,4 y 43,1 meses correspondieron a mayores riesgos de presentar menarca antes de los 12 años. Ese riesgo fue sistemáticamente mayor en la edad de 43,1 meses. Niñas que experimentaron rápido crecimiento en escore Z de peso/edad entre el nacimiento y 19,4 meses o en escore Z de peso/edad o altura/edad entre 19,4 y 43,1 meses, mostraron mayores riesgos. El riesgo de menarca antes de los 12 años fue más elevado cuando el crecimiento rápido en escore Z de peso/edad ocurrió en ambos períodos; y aún mayor entre las niñas del primer tercil de la curva de Williams. Crecimiento rápido en escore Z de peso/altura no estuvo asociado con menarca antes de los 12 años. CONCLUSIONES: La edad de menarca se mostró influenciada por el estado nutricional y patrones de crecimiento durante la infancia precoz. Así, evitar sobrepeso y obesidad en la infancia precoz manteniendo un patrón "normal" de crecimiento parece ser importante para prevenir problemas de salud en futuras etapas de vida.OBJETIVO: Avaliar a relação entre padrões de crescimento na infância precoce e ocorrência de menarca antes de 12 anos de idade. MÉTODOS: O estudo incluiu 2.083 mulheres do estudo de coorte de nascidos em Pelotas, RS, de 1982. Variáveis antropométricas, comportamentais e relacionadas à gestação foram coletadas por meio de entrevistas domiciliares. As análises estatísticas empregadas foram o qui-quadrado de Pearson e qui-quadrado para tendência linear. Além disso, análise multivariável foi realizada usando a regressão de Poisson, seguindo um modelo hierárquico. RESULTADOS: A média de idade da menarca foi de 12,4 anos e a prevalência de menarca antes dos 12 anos foi de 24,3%. Maiores valores de escores Z nos índices peso/idade, altura/idade e peso/altura aos 19,4 e 43,1 meses corresponderam a maiores riscos de apresentar menarca antes dos 12 anos. Esse risco foi sistematicamente maior na idade de 43,1 meses. Meninas que experimentaram rápido crescimento em escore Z de peso/idade entre o nascimento e 19,4 meses ou em escore Z de peso/idade ou altura/idade entre 19,4 e 43,1 meses, mostraram os maiores riscos. O risco de menarca antes dos 12 anos foi mais elevado quando o crescimento rápido em escore Z de peso/idade ocorreu em ambos os períodos; e ainda maior entre as meninas do primeiro tercil da curva de Williams. Crescimento rápido em escore Z de peso/altura não esteve associado com menarca antes dos 12 anos. CONCLUSÕES: A idade da menarca mostrou-se influenciada pelo estado nutricional e padrões de crescimento durante a infância precoce. Assim, evitar sobrepeso e obesidade na infância precoce mantendo um padrão "normal" de crescimento parece ser importante para prevenir problemas de saúde em futuras etapas da vida

    Prevalência e fatores associados ao sobrepeso e à obesidade em adolescentes

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    OBJECTIVE: To assess the prevalence and factors associated to overweight and obesity in urban area adolescents. METHODS: A cross-sectional population-based study was carried out in the municipality of Pelotas, Southern Brazil, between 2001 and 2002. Adolescents between 15 and 18 years old were weighed, measured and asked to complete a self-administered questionnaire. Of 90 areas drawn, 86 dwellings were visited in each area, comprising a total of 960 adolescents interviewed. Overweight and obesity prevalences were defined based on the body mass index, according to cutoff values and adjusted to age and sex. Multivariate analysis with Poisson regression was performed using a hierarchical model of variables associated to overweight and obesity. RESULTS: Overweight and obesity prevalences were 20.94% and 5% respectively. There was found an inverse relationship between obesity and age and schooling. An association of overweight and obesity with reporting parents' obesity (p=0.03) and adolescents' sexual maturation (p=0.01) was seen. Dieting and skipping meals were associated to obesity with a risk of 3.98 (95% CI: 1.83-8.67) and 2.54 (95% CI: 1.22-5.29) respectively. CONCLUSIONS: Overweight and obesity prevalences in the area studied are of concern despite adolescents' behaviors to prevent to obesity. There is a need to implement more effective campaigns to provide better guidance to adolescents.OBJETIVO: Determinar a prevalência e os fatores associados ao sobrepeso e à obesidade em adolescentes de zona urbana. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional, realizado no município de Pelotas, Rio Grande do Sul, de 2001 a 2002. Adolescentes entre 15 e 18 anos de idade foram medidos, pesados e responderam a questionário auto-aplicável. De 90 setores sorteados, foram visitados 86 domicílios em cada setor, totalizando 960 adolescentes. A prevalência de sobrepeso e obesidade foi definida a partir do índice de massa corporal, mediante a utilização dos pontos de corte, ajustados à idade e ao sexo. Realizou-se análise multivariada com regressão de Poisson, considerando um modelo hierárquico das variáveis associadas ao sobrepeso e à obesidade. RESULTADOS: A prevalência de sobrepeso e de obesidade foi 20,9% e 5%, respectivamente. A relação entre a obesidade e idade e escolaridade do adolescente foi inversa. Verificou-se associação de sobrepeso e obesidade com o relato de obesidade dos pais (p=0,03) e maturação sexual do adolescente (p=0,01). Os hábitos de fazer dieta e omitir refeições foram associados à obesidade, com riscos de 3,98 (IC 95%: 1,83-8,67) e 2,54 (IC 95%: 1,22-5,29), respectivamente. CONCLUSÕES: A prevalência de sobrepeso e obesidade na região são preocupantes a despeito do comportamento dos adolescentes para prevenir a obesidade. É necessária a implantação de campanhas mais eficazes, direcionadas a orientar melhor os adolescentes

    Peso ao nascer e síndrome metabólica em adultos: meta-análise

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    OBJECTIVES: To assess published evidences of the effect of birth weight on metabolic syndrome in adults. METHODS: PubMed and LILACS databases were searched for articles published from 1966 through May 2006. The terms used were: "birth weight", "birthweight", "intra-uterine growth restriction (IUGR)", "fetal growth retardation", "metabolic syndrome", "syndrome X", "Reaven's X syndrome". Two hundred and twenty-four studies reporting estimates of the association between birth weight and metabolic syndrome or its components were considered eligible. Eleven studies provided odds ratios and were included in the meta-analysis. RESULTS: All but two studies reported an inverse relationship between birth weight and metabolic syndrome. A comparison between low birth weight vs. normal birth weight subjects showed the random effects odds ratio for metabolic syndrome was 2.53 (95% CI: 1.57;4.08). The funnel plot graphic suggests a publication bias but, even in the studies with more than 400 subjects, the results remained significant (pooled odds ratio: 2.37 (95% CI: 1.15;4.90). CONCLUSIONS: Low birth weight increases the risk of metabolic syndrome in adults.OBJETIVO: Analisar as evidências na literatura do efeito do peso ao nascer sobre a ocorrência de síndrome metabólica em adultos. MÉTODOS: Foram pesquisados nas bases PubMed and LILACS, no período de 1966 a maio de 2006, artigos publicados usando os seguintes descritores: "birth weight" , "birthweight" , "intra-uterine growth restriction (IUGR)", "fetal growth retardation", "metabolic syndrome", "syndrome X", "Reaven's X syndrome". Foram selecionados 224 estudos considerados elegíveis que relatavam estimativas de associação entre peso ao nascer e síndrome metabólica ou seus componentes. Desses, 11 apresentavam razões de odds e foram usados na meta-análise. RESULTADOS: Com exceção de dois estudos, os demais relataram associação inversa entre peso ao nascer e síndrome metabólica. Comparadas com pessoas de peso normal, a razão de odds do efeito combinado naquelas que nasceram com baixo peso foi de 2,53 (IC 95%: 1,57;4,08). O gráfico de funil sugere viés de publicação e o resultado permanece estatisticamente significativo mesmo em estudos com mais de 400 pessoas (efeito combinado 2,37; IC 95%: 1,15;4,90). CONCLUSÕES: Baixo peso ao nascer aumenta o risco de síndrome metabólica na idade adulta

    Promoção da saúde no ambiente escolar no Brasil

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    OBJETIVO Avaliar os ambientes escolares aos quais estão expostos estudantes do nono ano no Brasil e nas cinco regiões do país segundo diretrizes de promoção da saúde. MÉTODOS Estudo transversal, de 2012, com amostra representativa do Brasil e suas macrorregiões. Escolares do nono ano e gestores de escolas públicas e privadas foram entrevistados. Foi proposto o Escore de Promoção de Saúde no Ambiente Escolar (EPSAE) e foi estimada a distribuição dos escolares segundo esse escore e segundo odds ratio (OR) brutas e ajustadas, por regressão ordinal, para exposição dos escolares a escolas com escores mais elevados, segundo as variáveis independentes. RESULTADOS Um escolar tem mais probabilidade de frequentar escola com EPSAE elevado na região Sul (OR = 2,80; IC95% 2,67–2,93) se a escola for privada privada (OR = 4,52; IC95% 4,25–4,81) e estiver localizada em capital de estado e se o escolar tiver 15 anos de idade ou mais, exercer atividade remunerada ou tiver mãe ou pai com escolaridade superior. CONCLUSÕES São importantes as desigualdades entre regiões do país e entre redes de ensino, tornando clara a necessidade de alocação de recursos e ações que promovam maior equidade.OBJECTIVE Evaluate the school environments to which ninth-year students are exposed in Brazil and in the five regions of the country according to health promotion guidelines. METHODS Cross-sectional study from 2012, with a representative sample of Brazil and its macroregions. We interviewed ninth-year schoolchildren and managers of public and private schools. We proposed a score of health promotion in the school environment (EPSAE) and estimated the distribution of school members according to this score. Crude and adjusted odds ratios (OR) were used, by ordinal regression, to determine the schoolchildren and schools with higher scores, according to the independent variables. RESULTS A student is more likely to attend a school with a higher EPSAE in the South (OR = 2.80; 95%CI 2.67–2.93) if the school is private (OR = 4.52; 95%CI 4.25–4.81) and located in a state capital, as well as if the student is 15 years of age or older, has a paid job, or has parents with higher education. CONCLUSIONS The inequalities among the country’s regions and schools are significant, demonstrating the need for resources and actions that promote greater equity

    Maternal complications and cesarean section without indication: systematic review and meta-analysis

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    OBJECTIVE: The objective of this study was to determine the risks of severe acute maternal complications associated with cesarean section without medical indication. METHODS: A systematic review was carried out with meta-analysis. The literature search was performed systematically, in multiple stages, in the PubMed, Lilacs, and Web of Science databases using the following descriptors: (postpartum period) and (cesarean section or natural childbirth) and ((morbidity or mortality) or (postpartum hemorrhage) or (puerperal infection) or (surgical infection) or (puerperal disorders)). The protocol of the study was registered at PROSPERO as CRD42016032933. A total of 1,328 articles were found; after selection, eight publications that met the study objective and inclusion criteria were selected, with information on 1,051,543 individuals. RESULTS: The results obtained in the meta-analyses indicate that women with cesarean section have a higher chance of maternal death (OR = 3.10, 95%CI 1.92–5.00) and postpartum infection (OR = 2.83, 95%CI, 1.585.06), but they have a lower chance of hemorrhage (OR = 0.52, 95%CI 0.48–0.57). For the blood transfusion outcome, the group effect was not associated with the type of delivery (95%CI 0.88–2.81). CONCLUSIONS: The quality of evidence was considered low for hemorrhage and blood transfusion and moderate for postpartum infection and maternal death. Thus, cesarean sections should be performed with caution and safety, especially when its benefits outweigh the risks of a surgical procedure.OBJETIVO: Determinar os riscos de complicações maternas agudas graves associadas ao parto cesárea sem indicação médica. MÉTODOS: Foi conduzida uma revisão sistemática com meta-análise. A busca na literatura ocorreu de forma sistemática, em múltiplas etapas, nas bases de dados PubMed, Lilacs e Web of Science, utilizando os descritores: (postpartum period) and (cesarean section or natural childbirth) and ((morbidity or mortality) or (postpartum hemorrhage) or (puerperal infection) or (surgical infection) or (puerperal disorders)). O protocolo de estudo foi registrado na PROSPERO sob o número CRD42016032933. Foram encontrados 1.328 artigos, permanecendo, após seleção, oito publicações que atendiam ao objetivo do estudo e critérios de inclusão, com informações de 1.051.543 indivíduos. RESULTADOS: Os resultados obtidos nas meta-análises indicam que mulheres de parto cesárea tem maior chance de morte materna (OR = 3,10; IC95% 1,92–5,00) e infecção pós-parto (OR = 2,83; IC95% 1,58–5,06), mas possuem menor chance de hemorragia (OR = 0,52; IC95% 0,48–0,57). Para o desfecho transfusão de sangue, o efeito agrupado não foi associado à via de parto (IC95% 0,88–2,81). CONCLUSÕES: A qualidade da evidência foi considerada baixa para os desfechos hemorragia e transfusão de sangue e moderada para infecção pós-parto e morte materna. Assim, as cesáreas devem ser realizadas com prudência e segurança, principalmente quando seus benefícios superam os riscos de um procedimento cirúrgico

    Letalidade hospitalar por COVID-19 em quatro capitais brasileiras e sua possível relação temporal com a variante Gama, 2020-2021

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    Objective: To describe in-hospital and intensive care unit (ICU) case fatality rates due to COVID-19 in four Brazilian state capitals, during the months of epidemic peaks and previous months. Methods: This was an ecological study using monthly data from the Influenza Epidemiological Surveillance Information System, between 2020-2021, in individuals aged 20 years or older. Case fatality rate and mortality were estimated with 95% confidence intervals. Results: In Manaus, the capital city of the state of Amazonas, ICU case fatality rate among those >59 years old was lower in December/2020 (80.9% –95%CI 78.4;83.3) and during the peak in January/2021 (79.9% –95%CI 77.4;82.5), compared to the peak in April/2020 (88.2% –95%CI 86.1;90.3). In São Paulo, the capital city of the state of São Paulo, Curitiba, the capital city of the state of Paraná, and Porto Alegre, the capital city of the state of Rio Grande do Sul, there was a decrease or stability in ICU and in-hospital case fatality rate in January/2021, compared to the reference month in 2020. Conclusion: In January/2021, in-hospital and ICU case fatality rates decreased or remained stable in the four state capitals, especially in Manaus, and during the epidemic peak with the prevalence of the Gamma variant.Objetivo: Descrever letalidade por COVID-19 – hospitalar e em unidade de terapia intensiva (UTI) – em quatro capitais brasileiras, em meses de picos epidêmicos e nos meses anteriores. Métodos: Estudo ecológico com dados mensais de 2020-2021 do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, em indivíduos com 20 anos ou mais. Estimou-se letalidade e mortalidade, com intervalos de confiança de 95%. Resultados: Em Manaus, a letalidade em UTI nos >59 anos foi menor em dezembro/2020 (80,9% – IC95% 78,4;83,3) e no pico de janeiro/2021 (79,9% – IC95% 77,4;82,5), em comparação ao pico de abril/2020 (88,2% – IC95% 86,1;90,3). Em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, observou-se queda ou estabilidade na letalidade hospitalar e em UTI, em janeiro/2021, em comparação ao mês de referência de 2020. Conclusão: Em janeiro/2021, a letalidade hospitalar e em UTI caiu ou manteve-se estável nas quatro capitais, especialmente em Manaus e durante o pico epidêmico com predomínio da variante Gama

    Relationship between spiritual well-being and minor psychiatric disorders: a cross-sectional study

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    OBJECTIVE: To assess the influence of spiritual well-being in mental health of college students. METHODS: It was interviewed 464 medical and law students of Pelotas, Brazil. Data collection was carried out in groups in the school classroom, 43 absent students were not interviewed and represented a loss of 9.3% of the sample. It was used a self-reported questionnaire with three instruments: 1) Spiritual Well-Being Scale (SWBS), 2) SRQ-20, and 3) a precoded questionnaire with questions on sociodemographic data, religious/spiritual practices, and stressful life events. Statistical analysis was performed using Chi-square test and logistic regression. RESULTS: Most of the students (80%) declared that they had a spiritual belief and/or religious denomination. The mean score of spiritual well-being was 90.4 with scores 45.6 and 45.1 in the existential and religious subscales, respectively. SWBS showed an association with religious practices, but it was not influenced by sociodemographic and cultural variables. Subjects presenting low and moderate spiritual well-being showed a doubled risk of presenting minor psychiatric disorders (MPD) (OR=0.42; 95%CI: 0.22-0.85). Subjects presenting low or moderate existential well-being showed almost five times more MPD (OR=0.19; 95%CI: 0.08-0.45). CONCLUSIONS: The study reveals spiritual well-being as a protection factor for minor psychiatric disorders, and that the results were mostly due to the Existential Well-Being subscale.OBJETIVO: Examinar a influência do bem-estar espiritual na saúde mental de estudantes universitários. MÉTODOS: Estudo transversal com 464 universitários das áreas de medicina e de direito, de Pelotas, RS. A coleta de dados foi realizada em grupos na sala de aula. Os alunos ausentes foram localizados para responderem individualmente; entretanto, 43 não foram encontrados (9,3% de perda). Utilizou-se um questionário auto-aplicável contendo: escala de bem-estar espiritual (SWBS), SRQ-20 (Self-Reporting Questionnaire) e informações sociodemográficas sobre práticas religiosas/espirituais e sobre a ocorrência de eventos de vida produtores de estresse. Para análise estatística, foram utilizados os testes de qui-quadrado e regressão logística. RESULTADOS: A maioria dos alunos (80%) afirma possuir uma crença espiritual ou religião. O escore médio de bem-estar espiritual foi de 90,4, sendo de 45,6 e 45,1 para as sub-escalas existencial e religiosa, respectivamente. A SWBS apresentou associação com a freqüência a serviços religiosos e práticas espirituais, e não demonstrou ser influenciada por variáveis sociodemográficas e culturais. Indivíduos com bem-estar espiritual baixo e moderado apresentaram o dobro de chances de possuir transtornos psiquiátricos menores (TPM) (OR=0,42; IC95% 0,22-0,85). Sujeitos com bem-estar existencial baixo e moderado apresentaram quase cinco vezes mais TPM (OR=0,19; IC95% 0,08-0,45). CONCLUSÕES: O presente estudo mostrou que o bem-estar espiritual atua como fator protetor para transtornos psiquiátricos menores, sendo a sub-escala de bem-estar existencial a maior responsável pelos resultados obtidos.Universidade Católica de Pelotas Curso de Mestrado em Saúde e ComportamentoUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Departamento de PsiquiatriaUNIFESP, Depto. de PsiquiatriaSciEL

    Prevenção do carcinoma do colo uterino uma Unidade Sanitária da UFPel

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    Este estudo avaliou a adesão das pacientes de uma Unidade Sanitária da Universidade Federal de Pelotas ao Programa de Prevenção do Carcinoma do Colo Uterino. Foram entrevistadas 224 mulheres com idade entre 15 e 55 anos que consultavam nesta US, com um questionário padronizado. O questionário continha perguntas sobre o uso de métodos anti-concepcionais, hábito de fumar, atividade sexual, realização do exame de Papanieolaou (se ela já havia a ele se submetido, há quanto tempo e qual seu resultado). Do total de entrevistados, 81,2% delas haviam feito pré-câncer; das com vida sexual ativa, aproximadamente 80% tinham feito o exame de Papanieolaou pelo menos uma vez. Estes resultados demonstram uma alta cobertura do programa
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