4 research outputs found

    Notas acerca do biopoder no momento atual

    Get PDF
    O ensaio trata do conceito de biopoder, desenvolvido por Michel Foucault e o relaciona com a obra  de Paula Sibilia, "O homem pós-orgânico: Corpo, subjetividade e tecnologias digitais" (2002). A autora aponta que as formas de controle do corpo configuradas no período industrial tornaram-se obsoletas no momento atual, uma vez que faz-se cada vez mais aberta a possibilidade de acesso ao corpo no seu fundamento molecular.&nbsp

    Uma possível aproximação entre a literatura de autoajuda, o discurso paratático e a sugestão psicanalítica

    Get PDF
    Este artigo tem como intuito elaborar um diálogo entre a crescente procura no mercado da literatura de autoajuda e a filosofia e a psicanálise freudiana, buscando compreender a noção do desenvolver do sujeito com sua cognição de verdade. Dessa forma, têm-se por objetivo principal analisar para o além da literatura de autoajuda com a formação do pensamento do sujeito, utilizando da interpretação da psicanálise freudiana com a noção da filosofia, visando uma crítica às verdades contingentes. Para tal consecução plena do objetivo, os objetivos específicos visam compreender a autoajuda como um exercício do autocuidado, apresentar a psicanálise freudiana com a sua sugestão hipnótica, e assimilar os métodos filosóficos que buscam o desenvolvimento de um discurso hipotático. Ademais, a fim de alcançar os objetivos propostos, o método utilizado para a construção desse artigo possui como base uma pedagogia hermenêutica junto com o estudo de caso da construção da verdade no sujeito. Para tanto, o artigo usará como principal recurso obras clássicas da psicanálise freudiana e da filosofia, além de reportagens para o estudo de caso. Em termos conclusivos, sugerimos uma proximidade entre a literatura de autoajuda e o discurso paratático tendo o método da sugestão psicanalítica como dispositivo importante para auxiliar nessa aproximação. Destarte, acreditamos que as obras de autoajuda não provocam suficientemente o indivíduo para que ele construa novas teorias sobre si e sobre o mundo, uma vez que utiliza de uma comunicação de reprodução do que já se tem como verdade necessária, exatamente como no discurso paratático.This article aims to develop a dialogue between the growing demand in the market for self-help literature and Freudian philosophy and psychoanalysis, seeking to understand the notion of the subject's development with his cognition of truth. Thus, the main objective is to analyze beyond self-help literature with the formation of the subject's thinking, using the interpretation of Freudian psychoanalysis with the notion of philosophy, aiming at a critique of contingent truths. For a full achievement of the objective, the specific objectives aim to understand self-help as an exercise of self-care, to present Freudian psychoanalysis with its hypnotic suggestion, and to assimilate the philosophical methods that seek the development of a hypotactic discourse. Furthermore, in order to achieve the proposed objectives, the method used for the construction of this article is based on a hermeneutic pedagogy together with the case study of the construction of truth in the subject. For this purpose, the article will use classic works of Freudian psychoanalysis and philosophy as its main resource, in addition to reports for the case study. In conclusive terms, we suggest a proximity between self-help literature and paratactic discourse, with the method of psychoanalytic suggestion as an important device to help in this approximation. Thus, we believe that self-help works do not sufficiently provoke the individual to build new theories about himself and the world, since they use a communication of reproduction of what they already have as a necessary truth, exactly as in the paratactic discourse

    A PSICANÁLISE VAI AO CINEMA: RELAÇÕES ENTRE A LINGUAGEM DO SONHO E A DA SÉTIMA ARTE

    Get PDF
    O ano é 1895, Psicanálise e cinema nascem juntas. Freud, ao publicar com Breuer, Estudos sobre a histeria, dá o pontapé inicial para o que viria ser a teoria psicanalítica. Já, o princípio do que se tornaria a arte mais popular de todas, ocorre com a primeira projeção pública do cinematógrafo, aparelho que reproduzia numa tela o movimento criado a partir de uma sequência de fotografias, pelos irmãos Lumière, em Paris. Apesar de compreenderem de dispositivos teóricos e técnicos diferentes, a Psicanálise e o cinema não possuem em comum apenas o mesmo marco histórico, mas também, afinidades entre suas específicas linguagens. É por meio do sonho que adentramos no mundo do cinema. O objetivo geral desta pesquisa foi identificar as possíveis relações entre as linguagens do sonho e do cinema à luz da Psicanálise. O estudo foi delineado a partir de uma pesquisa qualitativa, bibliográfica de caráter exploratório. A coleta de dados se deu por meio de livros, artigos, teses e dissertações publicadas no período de 1971 a 2017.  Sendo assim, obtivemos a correlação, atravessada pela Psicanálise, entre a linguagem do sonho e a da sétima arte. Dentre algumas dessas aproximações, podemos citar a de que pode ser o cinema, a tradução do nosso desejo mais secretamente inconsciente, assim como o sonho, que possibilita, através dos significados que detém, a realização disfarçada de um desejo. Além disso, enquanto a sétima arte se propõe a colocar o discurso simbólico em imagens, o sonho, na teoria psicanalítica, habilita a passagem da imagem à palavra. Ao aliar a imagem à palavra, produzindo uma ficção, o cinema pode conduzir o espectador ao sonho, à fantasia, às emoções, reflexões e ao entretenimento

    A (im)possibilidade de representação do horror : um enlace entre filosofia, cinema e psicanálise

    Get PDF
    Este trabalho tem como objetivo tensionar a (im)possibilidade da representação do horror, através de um fio condutor que perpassa a filosofia, o cinema e a psicanálise. Para tal, serão abordados, através de revisão bibliográfica, os conceitos de poder soberano e biopolítica, presentes na obra de Foucault. Avançaremos com Agamben e incluiremos na discussão as ideias de estado de exceção, campo, vida nua, muçulmano e testemunho. Priorizando o diálogo e o atravessamento entre os três saberes, abordaremos o real lacaniano e o trauma na psicanálise. O pano de fundo desse movimento será o filme de Claude Lanzmann, Shoah, de 1985. Conclui-se que a obra de Lanzmann é uma das formas de lidar com a im(possibilidade) de representação do horror, a partir da sua escolha em não ficcionalizar a violência absoluta
    corecore