A PSICANÁLISE VAI AO CINEMA: RELAÇÕES ENTRE A LINGUAGEM DO SONHO E A DA SÉTIMA ARTE

Abstract

O ano é 1895, Psicanálise e cinema nascem juntas. Freud, ao publicar com Breuer, Estudos sobre a histeria, dá o pontapé inicial para o que viria ser a teoria psicanalítica. Já, o princípio do que se tornaria a arte mais popular de todas, ocorre com a primeira projeção pública do cinematógrafo, aparelho que reproduzia numa tela o movimento criado a partir de uma sequência de fotografias, pelos irmãos Lumière, em Paris. Apesar de compreenderem de dispositivos teóricos e técnicos diferentes, a Psicanálise e o cinema não possuem em comum apenas o mesmo marco histórico, mas também, afinidades entre suas específicas linguagens. É por meio do sonho que adentramos no mundo do cinema. O objetivo geral desta pesquisa foi identificar as possíveis relações entre as linguagens do sonho e do cinema à luz da Psicanálise. O estudo foi delineado a partir de uma pesquisa qualitativa, bibliográfica de caráter exploratório. A coleta de dados se deu por meio de livros, artigos, teses e dissertações publicadas no período de 1971 a 2017.  Sendo assim, obtivemos a correlação, atravessada pela Psicanálise, entre a linguagem do sonho e a da sétima arte. Dentre algumas dessas aproximações, podemos citar a de que pode ser o cinema, a tradução do nosso desejo mais secretamente inconsciente, assim como o sonho, que possibilita, através dos significados que detém, a realização disfarçada de um desejo. Além disso, enquanto a sétima arte se propõe a colocar o discurso simbólico em imagens, o sonho, na teoria psicanalítica, habilita a passagem da imagem à palavra. Ao aliar a imagem à palavra, produzindo uma ficção, o cinema pode conduzir o espectador ao sonho, à fantasia, às emoções, reflexões e ao entretenimento

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