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    Ambiente institucional e desempenho financeiro: um estudo em organizações universitárias comunitárias de Santa Catarina

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    Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico da Universidade do Extremo Sul Catarinense, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Socioeconômico.Na experiência brasileira, o surgimento e a dinâmica das Instituições Comunitárias de Educação Superior (ICES) resultam de um contexto no qual há fatos que transpassaram a esfera da oferta de ensino. A dinâmica dos aspectos ambientais, têm demandado maior amparo de gestão e melhores indicadores de desempenho por parte dessas instituições, que em um curto espaço de tempo, se viram inseridas em um ambiente concorrencial regido por uma lógica de mercado. Desse modo, este estudo pretendeu contribuir no estudo organizacional acerca do financiamento e desempenho financeiro de instituições da educação superior, frente às dinâmicas do ambiente institucional, adotando como teoria de base o Ambiente Institucional (AI) juntamente das bases teóricas da Teoria Institucional (TI). Diante desse contexto, a presente dissertação tem como objetivo geral investigar como as três ICES catarinenses respondem ao determinismo do ambiente institucional no que tange ao desempenho financeiro para o seu desenvolvimento. Como método, optou-se por um estudo qualitativo, com pesquisa documental com objetivo de pesquisa descritivo. A amostra incidiu sobre três ICES representativas das Regiões Intermediárias agrupadas de Santa Catarina a saber: universidade A (Criciúma/Florianópolis), universidade B (Joinville/Blumenau) e universidade C (Chapecó/Lages/Caçador). A pesquisa se deu no segundo semestre de 2019 e abrangeu o período de 2013 (publicação da Lei das comunitárias) até 2018 (dados mais recentes disponíveis no momento da coleta). Dados secundários foram coletados nos sites das ICES, utilizando-se dos documentos contábeis e financeiros. Os resultados apontam as ICES estudadas possuem um desequilíbrio e resultados operacionais sazonais. Foi possível constatar, no período analisado, que essas organizações universitárias tiveram dificuldade de se financiar apenas com suas receitas educacionais, ou seja, mensalidades e atividades educacionais. Isso se evidencia em parte, pelo acesso constante e recorrente a instituições financeiras, empréstimos e financiamentos diversos, além de arrendamentos mercantis, demonstrando baixa capacidade de investir em suas estruturas e atividades com capital próprio. Como reflexo tem-se um acréscimo significativo nas despesas financeiras e aumento do passivo dessas organizações, somado aos elevados custos com folha de pagamento e despesas administrativas e de manutenção já existentes, refletindo diretamente no seu desenvolvimento. Esse reflexo está relacionado ao resultado do exercício (superávit ou déficit) apresentando em alguns períodos estudados o déficit. Essa situação impossibilita a ICES de realizar investimentos e pagar suas obrigações com capital próprio. Como consequência a organização se vê obrigada a acessar capital de terceiros (empréstimos e financiamentos), aumentando seu passivo e seu custo total, ocasionado um ciclo de dependência financeira externa e um recorrente desequilíbrio financeiro. Os achados indicam que as ICES estudadas têm dificuldades de se manterem apenas com mensalidades e atividades educacionais, ou seja, têm a necessidade recorrer a diversas formas de complementar suas receitas, que vão muito além de sua finalidade educacional

    INVESTIMENTOS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS UNIVERSIDADES COMUNITÁRIAS EM SANTA CATARINA

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    As Instituições Comunitárias de Educação Superior (ICES) possuem objetivos diferenciados na oferta deste nível de ensino em determinadas regiões brasileiras. Tais IES nem sempre obtiveram reconhecimento por parte do Estado. No Sul do Brasil, sua relevância é maior, pois as ICES são contribuintes para o desenvolvimento socioeconômico das localidades nas quais estão presentes. Esta importância foi reconhecida por meio da Lei nº 12.881/13 – a chamada “Lei das Comunitárias” – que as colocou em destaque. A Lei dispõe sobre a definição, qualificação, prerrogativas e finalidades, disciplina o termo de parceria e dá outras providências. Também permite o acesso a recursos públicos para o aprimoramento das atividades e investimento em infraestrutura. Partindo da literatura existente, contata-se que há uma ampla e variada bibliografia nacional e internacional sobre o papel das universidades no desenvolvimento social e econômico. Entretanto, argumenta-se que ainda há espaço para estudos que não se atenham exclusivamente à condição de oferta de ensino superior como elemento de contribuição nesse processo. Neste contexto e na pesquisa em andamento se propõe estudar a condição das ICES pertencentes à Associação Catarinense das Fundações Comunitárias (ACAFE – “sistema ACAFE”) no que diz respeito ao acesso e aplicação de recursos públicos, incluindo os investimentos diretos. Diante do exposto, as ICES – que serão objeto deste estudo – foram alçadas a uma nova condição, na qual há oportunidades e desafios que devem ser considerados nas suas estratégias de desenvolvimento, tais como: filantropia, endividamento, recaracterização, autonomia, gestão e avaliação. Tendo em vista os pressupostos quais são as mudanças organizacionais que podem ocorrer nesse processo? E quais os impactos desta opção ou obrigação no planejamento institucional das ICES estudadas? Para responder a estas questões tem-se como objetivo geral estimar a contribuição das novas fontes de recursos para o desenvolvimento das ICES, a partir da Lei das Comunitárias. Metodologicamente será utilizada a abordagem qualitativa por meio de pesquisa documental, entrevistas e observação não participante. Espera-se como resultados encontrar elementos de estudo para: identificar as modalidades de fomento, financiamento e outras formas de apoio, concedidas com recursos públicos às ICES; e analisar os possíveis reflexos no planejamento institucional destas ICES.Palavras Chaves: Universidade, gestão educacional, desenvolvimento socioeconômico, políticas públicas

    ANÁLISE DO EMPREGO NO SETOR DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS TÊXTEIS NO MUNICÍPIO DE BLUMENAU-SC NO PERÍODO DE 2015 A 2017

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    A indústria têxtil catarinense teve origem em 1880, com a criação da Cia. Hering, praticamente no mesmo período do surgimento do setor têxtil nacional. Encontra-se basicamente circunscrita ao Vale do Itajaí, centrada nas cidades de Blumenau e Brusque, que constituem devido as grandes empresas Blumenauenses, atualmente o segundo polo de fabricação de produtos têxteis no Brasil. Deste modo, o presente trabalho tem por objetivo geral analisar o comportamento do setor de Fabricação de Produtos Têxteis (divisão 13, CNAE 2.0) no município de Blumenau/SC, compreendidos nos períodos de 2015 a 2017. Para realização do estudo, se elencou alguns objetivos específicos tais como: i) analisar a faixa etária, escolaridade, sexo, faixa salarial; ii) mensurar o tamanho das indústrias têxteis do município de Blumenau/SC; iii) por fim, verificar a quantidade de admitidos e demitidos no período de abril de 2016 a abril de 2017. Esta pesquisa tem como enquadramento metodológico abordagem de análise qualitativa com objetivo de pesquisa descritivo mediante técnicas de pesquisa documental, onde foi desenvolvida por meio de coleta de dados junto à Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Foram coletadas as seguintes informações: perfil dos trabalhadores por escolaridade, remuneração média, sexo, faixa etária; tamanho dos estabelecimentos; e número de trabalhadores admitidos e desligados. Em linhas gerais, os resultados apontam que o setor emprega equilibradamente homens e mulheres, sua faixa etária média é entre 30 a 49 anos, possuindo ensino médio completo, além disso, o setor está desligando mais funcionários do que contratando, além de contratar funcionários com salários inferiores aos trabalhadores desligados. Com relação ao tamanho dos estabelecimentos, observou-se três empresas com mais de mil funcionários, doze empresas que possuem entre 100 e 999 funcionários, oitenta e oito empresas que possuem de 5 a 19 funcionários, e noventa e cindo empresas, que possuem de 1 a 4 funcionários, representando o processo de facções no setor.Palavras-chave: Trabalho; desenvolvimento socioeconômico; RAIS; CAGED

    INVESTIMENTOS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS UNIVERSIDADES COMUNITÁRIAS EM SANTA CATARINA

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    As Instituições Comunitárias de Educação Superior (ICES) possuem objetivos diferenciados na oferta deste nível de ensino em determinadas regiões brasileiras. Tais IES nem sempre obtiveram reconhecimento por parte do Estado. No Sul do Brasil, sua relevância é maior, pois as ICES são contribuintes para o desenvolvimento socioeconômico das localidades nas quais estão presentes. Esta importância foi reconhecida por meio da Lei nº 12.881/13 – a chamada “Lei das Comunitárias” – que as colocou em destaque. A Lei dispõe sobre a definição, qualificação, prerrogativas e finalidades, disciplina o termo de parceria e dá outras providências. Também permite o acesso a recursos públicos para o aprimoramento das atividades e investimento em infraestrutura. Partindo da literatura existente, contata-se que há uma ampla e variada bibliografia nacional e internacional sobre o papel das universidades no desenvolvimento social e econômico. Entretanto, argumenta-se que ainda há espaço para estudos que não se atenham exclusivamente à condição de oferta de ensino superior como elemento de contribuição nesse processo. Neste contexto e na pesquisa em andamento se propõe estudar a condição das ICES pertencentes à Associação Catarinense das Fundações Comunitárias (ACAFE – “sistema ACAFE”) no que diz respeito ao acesso e aplicação de recursos públicos, incluindo os investimentos diretos. Diante do exposto, as ICES – que serão objeto deste estudo – foram alçadas a uma nova condição, na qual há oportunidades e desafios que devem ser considerados nas suas estratégias de desenvolvimento, tais como: filantropia, endividamento, recaracterização, autonomia, gestão e avaliação. Tendo em vista os pressupostos quais são as mudanças organizacionais que podem ocorrer nesse processo? E quais os impactos desta opção ou obrigação no planejamento institucional das ICES estudadas? Para responder a estas questões tem-se como objetivo geral estimar a contribuição das novas fontes de recursos para o desenvolvimento das ICES, a partir da Lei das Comunitárias. Metodologicamente será utilizada a abordagem qualitativa por meio de pesquisa documental, entrevistas e observação não participante. Espera-se como resultados encontrar elementos de estudo para: identificar as modalidades de fomento, financiamento e outras formas de apoio, concedidas com recursos públicos às ICES; e analisar os possíveis reflexos no planejamento institucional destas ICES.Palavras Chaves: Universidade, gestão educacional, desenvolvimento socioeconômico, políticas públicas

    A INTEGRAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DA CONTROLADORIA ÀS NECESSIDADE DOS GESTORES DE UMA INDÚSTRIA CERÂMICA DA REGIÃO SUL

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    O mercado econômico atualmente está se tornando cada vez mais amplo e competitivo. Com isso, os instrumentos de gestão estão ganhando importância neste cenário, pois as empresas precisam de suporte informacional para assegurar a tomada de decisão adequada. A partir dessa necessidade, a controladoria é uma área que vem se destacando nas organizações por fornecer informações de caráter econômico, operacional, financeiro e contábil. Nesse contexto, o objetivo da pesquisa consiste em analisar a integração do conjunto de informações prestadas pela Controladoria às necessidades dos gestores de uma indústria cerâmica da região Sul de Santa Catarina. Para tanto, utilizou-se pesquisa descritiva e de natureza qualitativa. Efetuou-se estudo de caso no setor de controladoria da organização em estudo e aplicou-se entrevista com alguns gestores. Constatou-se que os principais relatórios disponibilizados pela controladoria são: Fluxo de caixa, DR; DR por canal; Balanço Patrimonial; Mapa de despesas comerciais; Mapa de despesas administrativas; Mapa de despesas industriais e de logística; Custo de produção mensal; Carteira de pedidos; Controle de estoques; Mapa de investimentos. Além disso, o setor de controladoria é responsável pela elaboração e acompanhamento do orçamento e atua no planejamento estratégico. As informações disponibilizadas pela controladoria atendem a necessidade dos gestores, porém é preciso aprimorar o fluxo disponibilizando, evidenciar as informações de forma gráfica e distinguir os valores das duas marcas que o grupo empresarial possui atualmente.Palavras-chave: Controladoria; Informações Gerenciais; Indústria Cerâmica.

    ECONOMIA SOLIDÁRIA E AUTOGESTÃO: NOVAS PERSPECTIVAS PARA AS COSTUREIRAS DO BAIRRO CRISTO REDENTOR

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    Este projeto nasceu com o objetivo de promover o fortalecimento da cooperativa popular COOPERDUS com vistas à geração de trabalho e renda, e está em andamento desde 2009. Em 2011, após conversas com a direção da ABADEUS optou-se por trabalhar com as mulheres que se capacitam no curso técnico em costura e as cooperadas da referida  Cooperativa, com base nos pressupostos da Economia Solidária. Foram inseridos módulos específicos, pertinentes ao campo das Ciências Contábeis, Psicologia Social e Ambiental. O método se atém à construção ativa do conhecimento com ênfase nas dimensões humanas, técnicas e gerenciais. Em consideração a situação de exclusão social da comunidade do bairro Cristo Redentor, considera-se que este projetoatende as determinações da LOAS em diversos aspectos, quais sejam: subsidiar tecnicamente e socialmente grupos populares por meio da qualificação de suas capacidades produtivas e de gestão para a melhoria das condições gerais de subsistência e a elevação do padrão da qualidade de vida.(SEÇÃO V, art. 25

    ECONOMIA SOLIDÁRIA E AUTOGESTÃO: NOVAS PERSPECTIVAS PARA AS COSTUREIRAS DO BAIRRO CRISTO REDENTOR

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    Este projeto nasceu com o objetivo de promover o fortalecimento da cooperativa popular COOPERDUS com vistas à geração de trabalho e renda, e está em andamento desde 2009. Em 2011, após conversas com a direção da ABADEUS optou-se por trabalhar com as mulheres que se capacitam no curso técnico em costura e as cooperadas da referida  Cooperativa, com base nos pressupostos da Economia Solidária. Foram inseridos módulos específicos, pertinentes ao campo das Ciências Contábeis, Psicologia Social e Ambiental. O método se atém à construção ativa do conhecimento com ênfase nas dimensões humanas, técnicas e gerenciais. Em consideração a situação de exclusão social da comunidade do bairro Cristo Redentor, considera-se que este projetoatende as determinações da LOAS em diversos aspectos, quais sejam: subsidiar tecnicamente e socialmente grupos populares por meio da qualificação de suas capacidades produtivas e de gestão para a melhoria das condições gerais de subsistência e a elevação do padrão da qualidade de vida.(SEÇÃO V, art. 25

    PROSPECÇÃO E FORMAÇÃO DE REDE(S) DE COOPERAÇÃO DAS COOPERATIVAS VIRTUAIS DA AGRICULTURA FAMILIAR DAS REGIÕES DA AMREC E AMUREL: A CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS COLETIVOS E INDIVIDUAIS DE COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS

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    Nas regiões abrangidas pela AMREC (Associação dos Municípios da Região Carbonífera) e AMUREL (Associação dos Municípios da Região de Laguna), os agricultores familiares vêm se organizando em cooperativas virtuais com o objetivo de vencer alguns obstáculos, tais como: barreiras sanitárias, tributárias e de escala de produção. Sem esse tipo de organização, individualmente, dificilmente conseguiriam superar esse obstáculos. Estas cooperativas, já estão em funcionamento há alguns anos nas regiões citadas, mas enfrentam problemas com os altos custos de manutenção, em relação a baixa renda dos agricultores associados. O desafio agora é o de organizar estas cooperativas para que trabalhem em redes de cooperação para que haja somatização de esforços, o que trará benefício para cada membro do grupo. O papel do trabalho é auxiliar essas cooperativas a consolidar os espaços por elas já conquistados e, principalmente, o de prospectar novas formas coletivas de inserção ao mercado, incentivando as relações intercooperativas e, assim, facilitar a criação de uma rede de cooperação nas regiões da AMREC e AMUREL

    PROSPECÇÃO E FORMAÇÃO DE REDE(S) DE COOPERAÇÃO DAS COOPERATIVAS VIRTUAIS DA AGRICULTURA FAMILIAR DAS REGIÕES DA AMREC E AMUREL: A CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS COLETIVOS E INDIVIDUAIS DE COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS

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    Nas regiões abrangidas pela AMREC (Associação dos Municípios da Região Carbonífera) e AMUREL (Associação dos Municípios da Região de Laguna), os agricultores familiares vêm se organizando em cooperativas virtuais com o objetivo de vencer alguns obstáculos, tais como: barreiras sanitárias, tributárias e de escala de produção. Sem esse tipo de organização, individualmente, dificilmente conseguiriam superar esse obstáculos. Estas cooperativas, já estão em funcionamento há alguns anos nas regiões citadas, mas enfrentam problemas com os altos custos de manutenção, em relação a baixa renda dos agricultores associados. O desafio agora é o de organizar estas cooperativas para que trabalhem em redes de cooperação para que haja somatização de esforços, o que trará benefício para cada membro do grupo. O papel do trabalho é auxiliar essas cooperativas a consolidar os espaços por elas já conquistados e, principalmente, o de prospectar novas formas coletivas de inserção ao mercado, incentivando as relações intercooperativas e, assim, facilitar a criação de uma rede de cooperação nas regiões da AMREC e AMUREL

    PLANEJAMENTO E CONTROLE DE CUSTOS PARA FORMAÇÃO DO PREÇO JUSTO DE VENDAS: EXPECTATIVAS DOS INTEGRANTES DA FES-UNESC

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    Disponibilizar produtos e serviços de qualidade e com preço acessível ao consumidor é condição sine qua non para qualquer tipo de organização se manter sustentável. A busca por alternativas relacionadas à melhoria dos processos, diferenciação dos produtos e serviços, controle e redução dos gastos, formação de preço de venda adequado, entre outras, deve ser constante. Conforme Silva e Mello (2016), questões gerenciais também fazem parte do cotidiano dos empreendimentos solidários. Administrar esse tipo de entidade não é fácil para os envolvidos, visto que precisam cuidar da produção e não possuem conhecimento sobre instrumentos técnicos e gerenciais para subsidiá-los na gestão do negócio. Contudo, é preciso gerenciar os gastos nos empreendimentos solidários, principalmente devido à escassez de recursos e por estarem inseridos em um sistema capitalista altamente competitivo (SILVA; MELLO, 2016). Ademais, uma das características dos empreendimentos solidários é o estabelecimento do preço justo, o que transcende o valor da troca, pois oportuniza a capacidade de compra do consumidor, sem lucros exagerados, mas priorizando por remuneração digna e pela continuidade do empreendimento (NASCIMENTO; RÊGO; DIAS, 2016). Diante disso, surgiu a idealização do projeto de extensão intitulado Planejamento e Controle de Custos para Formação do Preço Justo de Vendas, o qual foi aprovado em 2016 e está vinculado ao Curso de Ciências Contábeis, ao Programa de Extensão em Gestão Contábil (PEGC) e à UNACSA da UNESC. O projeto visa desenvolver metodologia de gestão de custos e formação do preço de venda justo aos empreendimentos participantes da Feira de Economia Solidária da UNESC (FES-UNESC). O objetivo desse resumo consiste em relatar as ações desenvolvidas nesse projeto, bem como os resultados esperados pelos integrantes da FES-UNESC. O estudo é descritivo, qualitativo e realizado mediante entrevista semiestruturada com os agricultores e artesãos da FES-UNESC. As atividades iniciaram em março do corrente ano, com a apresentação dos principais objetivos do projeto aos empreendimentos solidários durante o Fórum de Economia Solidária. No encontro, sete integrantes mostraram-se interessados em gerenciar os custos de seus empreendimentos e solicitaram a elaboração de uma oficina sobre formação de preço de venda que está sendo discutida e planejada pelos integrantes do projeto considerando os seguintes aspectos: data, local, tempo de duração, conteúdos e metodologias. Posteriormente, foram investigadas as expectativas dos feirantes quanto ao projeto de extensão, constatando-se que muitos possuem dificuldades em gerir seus custos, embora já participaram de capacitações sobre esse processo.  Os empreendimentos buscam com o projeto aprender, de forma clara e objetiva, metodologias de formação do preço justo de venda para ampliar as vendas, trabalhar dentro da formalidade e conquistar espaço no mercado. Além disso, observou-se que muitos ainda não conseguem ter controle do que ganham e gastam, elaboram seus preços de venda de acordo com o preço de mercado, sem dar muita relevância ao tempo dispendido para a produção, insumos e matérias primas. Percebe-se, que as ações do projeto nesse primeiro ano devem focalizar nas demandas da comunidade atendida, de modo a dar condições de empoderamento aos partícipes, principalmente, em relação à formação do preço de venda.Palavras-chave: Economia solidária; Gestão de Custos; Formação de Preço de Venda
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