10 research outputs found

    Trajetórias escolares de jovens assentados: estudo em Arinos/MG

    Get PDF
    Resenha crítica elaborada a partir da dissertação de mestrado intitulada “Trajetórias escolares de jovens assentados: estudo em Arinos/MG”, defendida no ano de 2015, no âmbito do Programa de Pós Graduação em Sociologia Política da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pela professora Elza Cristiny Carneiro Batista. Disponível em https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/135135. Acesso em 14 de julho de 2020

    DAS ORIGENS, PELES E PARENTESCOS DO COBRA-GRANDE: : (RE)COMPONDO A HISTÓRIA DA INVASÃO DAS GUYANAS A PARTIR DA SUPERNATUREZA ARUKWAYENE

    Get PDF
    El artículo analiza las narrativas de guerra del pueblo Palikur Arukwayene, territorializado em la Tierra Indígena Uaçá, actualmente em el município de Oiapoque/AP. Lejos de implicar um particularismo linguístico y cultural insuperable, los saberes y representaciones indígenas sobre los diferentes tipos de grandes serpientes que, desde La perspectiva original, produjeron y organizaron los diferentes biomas amazônicos en una relación intrínseca de alianza com lós seres humanos, proponen o develan uma antropologia inversa que parece capaz de racializar seres de la sobrenaturaleza, permitiéndonos acercarnos a la memória y la historia indígena. A través del discurso hablado y el lenguage imaginaria proporcionado por el arte de la madera del anciano Uwetmin (Manoel Antônio dos Santos), buscamos discutir los matices de la invasión colonial em el estudo guyanés, em su relación com el delineamiento de uma historia vivencial efectivamente indígena.O artigo analisa as narrativas de guerra do povo Palikur Arukwayene, territorializado na Terra Indígena Uaçá, atual município de Oiapoque/AP. Longe de comportar um particularismo linguístico e cultural intransponível, os saberes e as representações indígenas sobre as diferentes modalidades de cobras-grandes que, a partir da perspectiva originária, produziram e organizaram os diferentes biomas amazônicos em intrínseca relação de aliança com os seres humanos, propõem ou desvelam uma antropologia reversa que parece capaz de racializar seres da supernatureza, permitindo-nos uma aproximação com a memória e a história indígena. Através do discurso falado e da linguagem imagética proporcionada pela arte em madeira do ancião Uwetmin (Manoel Antônio dos Santos), busca-se discutir nuances da invasão colonial no escudo guianense, em sua relação com o delineamento de uma história vivencial efetivamente indígena. &nbsp

    SR. UWET, A TUTELA E O INDIGENISMO

    Get PDF
    O Relatório Figueiredo (RF) e o Relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV) produzem novas perspectivas relativas à escrita da história indígena durante o regime ditatorial, período sobre o qual, num passado próximo, pouco era conhecido. A divulgação dos documentos traz consigo histórias de atrocidades provocadas pela ação dos agentes tutelares, fatos que nos permitem rediscutir o etnocídio e o genocídio de coletividades indígenas. Muitos destes fogem à pena dos relatores, razão pela qual se traz a lume o caso do sr. Uwet Palikur/Arukwayene, emblemático pelos excessos cometidos pelos funcionários do Serviço de Proteção aos Índios, que, provavelmente por ter ocorrido na Amazônia, permaneceu inédito

    GALIBI MARWORNO VERSUS MILITARES:

    Get PDF
    The article analyzes the history of deterritorialization and reterritorialization of the Galibi Marworno People in the Uaçá Indigenous Land, current municipality of  Oiapoque/AP, in te second half of the 20th century.The narratives about the invasion of the territory for the practice of extensive cattle raising comprise a history of arbitrariness and the consequent breakdown of indigneous socio-environmental arrangements, operated through a consortium between the indigenous body and the Brasilian army, with the supposed objective of providing food security for the inhabitants of the Uaçá River, through the breeding of buffaloes.The indigenous memory of the events is questioned based on historical and anthropological literature and documents from the indigenous body that deal with the subject, in contrast to the personal files of muchê Koko Tavi, deceased Elder Galibi Marworno Who experienced the process. The combination of documents demonstrates that the dispossession would only be stopped after thirty years of struggle, on the occasion of the demarcation and ratification of the T.I. Uaçá, completed in the 1990s.El artículo analiza el histórico de desterritorialización y reterritorialización del Pueblo Galibi Marworno en la Tierra Indígena Uaçá, actual municipio de Oiapoque/AP, en la segunda mitad del siglo XX. Las narrativas sobre la invasión del territorio para la práctica de ganadería extensiva componen un histórico de arbitrariedades y, en consecuencia, de ruptura de los arreglos socioambientales indígenas, operados por medio del consorcio entre el órgano indigenista y el ejército brasilero, con el supuesto objetivo de promover la seguridad alimenticia de los habitantes del río Uaçá por medio de la cría de búfalos. La memoria indígena sobre los eventos es problematizada a partir de la literatura histórica y antropológica de documentos del órgano indigenista que tratan el asunto, en contraposición a los archivos personales del muchê Koko Tavi, anciano Galibi Marworno ya fallecido, quien vivenció el proceso. La combinación de documentos demuestra que el despojo solamente fue interrumpido tras treinta años de lucha, por causa de la demarcación y homologación de la Tierra Indígena Uaçá, al finalizar la década de 1990.O artigo toma à análise o histórico de desterritorialização e reterritorialização do Povo Galibi Marworno na Terra Indígena Uaçá, atual município de Oiapoque/AP, na segunda metade do século XX. As narrativas sobre a invasão do território para a prática de pecuária extensiva compõem um histórico de arbitrariedades e consequente quebra dos arranjos socioambientais indígenas, operacionalizados por meio de consórcio entre o órgão indigenista e o exército brasileiro, com o suposto objetivo de provimento da segurança alimentar dos habitantes do rio Uaçá, por meio da criação de bubalinos. A memória indígena sobre os eventos é problematizada a partir da literatura histórica e antropológica e documentos do órgão indigenista que versam sobre o assunto, em contraposição aos arquivos pessoais do muchê Koko Tavi, falecido ancião Galibi Marworno que vivenciou o processo. A combinação de documentos demonstra que o esbulho somente seria interrompido após trinta anos de luta, por ocasião da demarcação e homologação da T.I. Uaçá, finalizada na década de 1990

    MEMÓRIAS DE KOKO TAVI: APONTAMENTOS SOBRE SAÚDE, COLONIZAÇÃO RELIGIOSA E SOFRIMENTO MENTAL ENTRE O POVO GALIBI MARWORNO

    Get PDF
    O recente encontro com os arquivos autoetnográficos e autobiográficos produzidos por Koko Tavi, indígena Galibi Marworno territorializado em Oiapoque/AP, proporcionaram novo entendimento a respeito do repertorio hermenêutico médico utilizado pela política pública de saúde indígena no enfrentamento de patologias referentes a esfera mental, em contraste com os repertórios hermenêuticos constituintes da cultura local no enfrentamento de uma traduzida “doença dos nervos”, que se manifesta em jovens Marworno. O que se aborda no presente artigo é a existência de um sentido autóctone para patologias de fundo psíquico, bem como as diferentes possibilidades de itinerários terapêuticos referentes ao fenômeno, também considerado de natureza espiritual, ao tempo que se evidenciam outras possibilidades interpretativas para o quadro

    EXPLORAÇÃO DE HIDROCARBONETOS EM ÁREA LIMÍTROFE AO TERRITÓRIO KARIPUNA

    Get PDF
    The article takes a nuanced analysis of the exploratory research process aiming at the international auction of oil and gas extraction blocks in an area bordering the Uaçá Indigenous Territory, in the Cabo Orange region, current municipality of Oiapoque/Amapá/Brazil, between the years of 2012 to 2018. On the occasion, students and leaders of the Karipuna People pointed out inconsistencies in the environmental impact studies presented to the Brazilian agency responsible for licensing; as well as supposed meetings and hearings for consultation and clarification on the extraction process. The traditional knowledge proposed by Karipuna elders and young academics considered characteristics of the behavior of the fluvial-maritime currents in the region that apparently were not covered in the EIA-RIMA, which can give rise to an interesting debate on the relationship between ethnosabers and scientific knowledge, such as as expressed by contract oceanography. The combination of the reports and the failure of the exploratory process on the coast of Amapá allows us to relate the resistance of the natives, in the face of the historical extractive violence operated by different Latin American states, as a rule, to the detriment of the socio-environmental rights of their peoples and traditional populations.El artículo realiza un análisis matizado del proceso de investigación exploratoria con vistas a la subasta internacional de bloques de extracción de petróleo y gas en un área limítrofe del Territorio Indígena Uaçá, en la región de Cabo Orange, actual municipio de Oiapoque/Amapá/Brasil, entre los años de 2012 a 2018. En la oportunidad, estudiantes y líderes del Pueblo Karipuna señalaron inconsistencias en los estudios de impacto ambiental presentados a la agencia brasileña responsable de las licencias; así como supuestas reuniones y audiencias de consulta y aclaración sobre el proceso de extracción. Los conocimientos tradicionales propuestos por los ancianos y jóvenes académicos Karipuna consideraron características del comportamiento de las corrientes fluvial-marítimas en la región que aparentemente no fueron contempladas en el EIA-RIMA, lo que puede dar lugar a un interesante debate sobre la relación entre los etnosables y el conocimiento cientifico, tal como lo expresa la oceanografía por contrato. La combinación de los informes y el fracaso del proceso exploratorio en la costa de Amapá permite relacionar la resistencia de los indígenas, frente a la histórica violencia extractiva operada por diferentes estados latinoamericanos, por regla general, en detrimento de los derechos socioambientales de sus pueblos y poblaciones tradicionales.O artigo toma a análise nuances do processo de pesquisa exploratória objetivando o leilão internacional de blocos de extração de petróleo e gás em área limítrofe ao Território Indígena Uaçá, na região do Cabo Orange, atual município de Oiapoque/Amapá/Brasil, entre os anos de 2012 a 2018. Na ocasião, estudantes e lideranças do Povo Karipuna apontaram inconsistências nos estudos de impacto ambiental apresentado ao órgão brasileiro responsável pelo licenciamento; bem como em supostas reuniões e audiências para consulta e esclarecimento sobre o processo de extração. Os saberes tradicionais propostos por anciãos e jovens acadêmicos Karipuna consideravam características do comportamento das correntes flúvio-marítimas da região que aparentemente não foram contempladas no EIA-RIMA, o que pode ensejar um interessante debate sobre a relação entre os etnosaberes e o conhecimento científico, tal como o externado pela oceanografia de contrato. A combinação dos relatos e o fracasso do processo exploratório na costa marítima do Amapá nos permite relacionar a resistência dos originários, frente á histórica violência extrativista operada por diferentes estados latino americanos, via de regra, em desfavor dos direitos socioambientais de seus povos e populações tradicionais

    Kayka Aramtem: saber e tradição de um sábio Arukwayene

    Get PDF
    [video:kaykaport] Wet (ManoelAntonio dos Santos) é o personagem principal deste filme. Ele é filho de uma Palikur com um não-indígena e neto do último grande xamã arukwayene, que esteve com o etnólogo Curt Nimuendajú em 1925, período em que este pesquisador permaneceu no rio Urucauá. Nimuendajú encontrou o avô de Wet na mesma pequena aldeia, Imawihg, habitada hoje por esse sábio, local onde ocorreu a Kayka. Tendo sido criado pelo avô após a morte precoce da mãe, Wet esteve por muitos anos ren..

    “La yuca de los indios”: narrativas y memorias de las relaciones entre humanos y plantas en la frontera de Oiapoque (Amapá – Brasil)

    No full text
    A história ambiental da Amazônia é caracterizada como um centro de domesticação independente de plantas, dentre elas, a mandioca dos índios (Manihot esculenta Crantz). Por meio da produção de conhecimento etnográfico, combinado à pesquisa bibliográfica referente ao tema, discute-se, no presente artigo, o processo de domesticação do gênero Manihot a partir das narrativas de diferentes povos originários do atual ente federado do Amapá/Brasil, histórica fronteira do setentrião amazônico que separa o Brasil do território ultramarino francês. O diálogo com os saberes e narrares originários pode nos levar a percepção da insuficiência do arcabouço conceitual proposto na domesticidade, para aprofundamento no tema da apropriação de plantas para benefício humano. As narrativas alcançadas no texto demonstram um nível de complexidade e cadeia de inter-relações que não é óbvia para o fazer científico ocidental, demonstrando que o cultivo e o desenvolvimento de diferentes variedades de plantas, dentre os povos indígenas, demandam outros aportes conceituais ainda não contemplados na domesticidade.  Palavras-chave: Manihot esculenta. Domesticação de plantas. Amazônia amapaense.The natural history of the Amazon is characterized as a center of independent domestication of plants, among them the cassava of the Indians (Manihot esculenta Crantz). Through the production of the ethnographic knowledge, combined to the bibliographical research on the subject, this article aim to discuss the process of domestication of the genus Manihot based on the narratives of different peoples originating from the current federative entity of Amapá/Brazil, the northern historical border that separates Brazil from the French overseas territory. The symmetrical dialogue with the original knowledge and narratives leads us to perceive the insufficiency of the conceptual framework proposed in domestication, which is not enough to delve into the issue of the appropriation of plants for human benefit. The oral narratives cited on in this article demonstrate a high level of complexity and chains of interrelationships that are not obvious to the Western scientific work, making it clear that the cultivation and development of different varieties of plants among indigenous peoples require other conceptual contributions not yet contemplated.  Keywords: Manihot esculenta. Domestication of plants. Amazon amapaense.La historia ambiental de la amazonia está caracterizada como un centro de domesticación independiente de plantas, entre ellas la mandioca de los indios (Manihot esculenta Crantz). Por medio del método etnográfico combinado con consulta bibliográfica referente al tema, se discute en el presente artículo, el proceso de domesticación del género Manihot a partir de las narrativas de diferentes pueblos originarios de la entidad federal de Amapá en Brasil, frontera histórica septentrional de la amazonia que separa a Brasil del territorio ultramarino francés. El diálogo con los saberes y narrativas originarias nos conduce a percibir la insuficiencia del marco conceptual propuesto en la domesticación, que no alcanza para profundizar en el tema de la apropiación de las plantas para beneficio humano. Las narrativas incluidas en este texto demuestran alto nivel de complejidad y cadenas de interrelaciones que no son obvios para el quehacer científico occidental, dejando en evidencia que el cultivo y el desarrollo de diferentes variedades de plantas entre los pueblos indígenas exigen otros aportes conceptuales aún no contemplados.  Palabras clave: Manihot esculenta. Domesticación de plantas. Amazonia amapaense

    AMANSAR, FAMILIARIZAR, ANIMALIZAR: TÉCNICAS PARA HACER PERROS CAZADORES EN LA AMAZONÍA1

    No full text
    Basado en datos de tres poblaciones indígenas de diferentes regiones e idiomas -palikur- arukwayene (arawak), kujubim (txapakura) y karitiana (tupi-arikêm)- este artículo busca dilucidar algunas cuestiones sobre la posición de los perros (Canis lupus familiaris) en los mundos amerindios. Centrándose en la preparación de perros cazadores, nuestro objetivo es discutir recurrencias en los tratamientos dirigidos a la creación de perros de caza: la diferencia entre perros que cazan y los que no cazan; el perro como compañero de caza que necesita ser hecho, y las técnicas de preparación de perros, que implican la conjunción de estos animales con partes del cuerpo de otros seres para comunicar afectos. Estos temas apuntan también a una cuarta recurrencia: si bien son animales domésticos y en cierto sentido, humanizados, los perros deben haber cultivado un devenir animal, para ser buenos cazadores. Existe un equilibrio constante entre domesticar y animalizar perros, en la búsqueda de un equilibrio precario entre lo animal y lo humano, similar a la constitución de la persona humana
    corecore