73 research outputs found

    Mortalidade infantil por cor ou raça em Rondônia, Amazônia Brasileira

    Get PDF
    OBJETIVO Analisar a qualidade dos registros de nascidos vivos e de óbitos infantis e estimar a taxa de mortalidade infantil segundo cor ou raça, a fim de explorar iniquidades étnico-raciais em saúde. MÉTODOS Estudo descritivo que analisou a qualidade dos registros do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e do Sistema de Informações sobre Mortalidade em Rondônia, Amazônia brasileira, entre 2006-2009. As taxas de mortalidade infantil foram estimadas nas categorias de cor ou raça, pelo método direto, e corrigidas por: (1) distribuição proporcional dos óbitos com cor ou raça ignorada; e (2) aplicação de fatores de correção. Efetuou-se também o cálculo da mortalidade proporcional por causas e grupos etários. RESULTADOS Entre 2008-2009, a captação de nascimentos e óbitos melhorou em relação aos anos de 2006-2007, requerendo fatores de correção menores para estimar a taxa de mortalidade infantil. O risco de morte de crianças indígenas (31,3/1.000 nascidos vivos) foi maior que o registrado nos demais grupos de cor ou raça, excedendo em 60% a mortalidade infantil média no estado (19,9/1.000 nascidos vivos). As crianças pretas apresentaram as maiores taxas de mortalidade infantil neonatal, enquanto as indígenas apresentaram as maiores taxas de mortalidade infantil pós-neonatal. Observou-se que 15,2% dos óbitos indígenas foram por causas mal definidas, enquanto nos demais grupos não ultrapassaram 5,4%. A mortalidade infantil proporcional por doenças infecciosas e parasitárias foi maior entre indígenas, ao passo que entre crianças pretas, sobressaíram as causas externas (8,7%). CONCLUSÕES Observaram-se expressivas iniquidades na mortalidade infantil entre as categorias de cor ou raça, com situação mais desfavorável às crianças indígenas. Os fatores de correção propostos na literatura não consideram diferenças na subenumeração de óbitos entre as categorias de cor ou raça. A correção específica entre as categorias de cor ou raça provavelmente resultaria em exacerbação das iniquidades observadas.OBJECTIVE To analyze the quality of records for live births and infant deaths and to estimate the infant mortality rate for skin color or race, in order to explore possible racial inequalities in health. METHODS Descriptive study that analyzed the quality of records of the Live Births Information System and Mortality Information System in Rondônia, Brazilian Amazonian, between 2006-2009. The infant mortality rates were estimated for skin color or race with the direct method and corrected by: (1) proportional distribution of deaths with missing data related to skin color or race; and (2) application of correction factors. We also calculated proportional mortality by causes and age groups. RESULTS The capture of live births and deaths improved in relation to 2006-2007, which required lower correction factors to estimate infant mortality rate. The risk of death of indigenous infant (31.3/1,000 live births) was higher than that noted for the other skin color or race groups, exceeding by 60% the infant mortality rate in Rondônia (19.9/1,000 live births). Black children had the highest neonatal infant mortality rate, while the indigenous had the highest post-neonatal infant mortality rate. Among the indigenous deaths, 15.2% were due to ill-defined causes, while the other groups did not exceed 5.4%. The proportional infant mortality due to infectious and parasitic diseases was higher among indigenous children (12.1%), while among black children it occurred due to external causes (8.7%). CONCLUSIONS Expressive inequalities in infant mortality were noted between skin color or race categories, more unfavorable for indigenous infants. Correction factors proposed in the literature lack to consider differences in underreporting of deaths for skin color or race. The specific correction among the color or race categories would likely result in exacerbation of the observed inequalities

    Therapeutic itineraries and explanations for tuberculosis: an indigenous perspective

    Get PDF
    ABSTRACT OBJECTIVE To analyze explanations for tuberculosis and therapeutic itineraries of Brazilian indigenous people. METHODS Case study with a qualitative-descriptive approach. We conducted semi-structured interviews with 11 Munduruku indigenous, including direct observation of treatment for tuberculosis in the municipality of Jacareacanga, south-western region of the state of Para, Brazil. To identify explanations for tuberculosis and therapeutic itineraries, we performed thematic content analysis. RESULTS Traditional medicine was the first therapeutic option chosen by the indigenous. However, biomedicine was also employed, which indicates a circulation between different therapeutic contexts and health concepts among the Munduruku. The explanations provided ranged from recognition of the signs and symptoms specific to tuberculosis to the attribution of the disease to a spirit that leaves the body and wanders in the woods, returning ill into the body. Unlike the biomedical model, which links tuberculosis transmission strictly to interpersonal contact, in closed spaces without natural lighting and ventilation (preferably domestic environments), the Munduruku associate the disease to an indirect contact between people socially distant (enemies or adversaries) in public and open places. CONCLUSIONS The explanations made by the indigenous are unique and deserve the attention of those who are responsible for developing health public policies, as well as of the teams who work on the villages. To guarantee an efficient control of tuberculosis in these regions, it is necessary that the developed actions integrate biomedicine knowledge and the traditional medicine of the indigenous people, in addition to respecting and welcoming local culture manifestations.RESUMO OBJETIVO Analisar explicações sobre adoecimento por tuberculose e itinerários terapêuticos de indígenas brasileiros. MÉTODOS Estudo de caso, com abordagem quali-descritiva. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 11 indígenas Munduruku, incluindo observação direta do tratamento da tuberculose no município de Jacareacanga, região sudoeste do estado do Pará, em 2010. A fim de identificar explicações para tuberculose e itinerários terapêuticos, realizou-se análise de conteúdo temático. RESULTADOS A medicina tradicional foi o itinerário terapêutico inicial escolhido pelos indígenas. Entretanto, a biomedicina também foi utilizada, indicando haver circulação entre diferentes contextos terapêuticos e concepções de saúde entre os indígenas Munduruku. As explicações variaram do reconhecimento de sinais e sintomas específicos da tuberculose até o relato de que o espírito sai do corpo, vagando pela floresta e que, quando retorna para o corpo, traz consigo a doença. Ao contrário do modelo biomédico, que vincula a transmissão da tuberculose exclusivamente ao contato interpessoal, em espaços fechados, sem luz natural e sem ventilação (preferencialmente em ambientes domésticos), a perspectiva Munduruku associa a doença ao contato indireto entre pessoas socialmente distantes (inimigos ou adversários) em locais públicos e abertos. CONCLUSÕES As explicações formuladas pelos indígenas são singulares e merecem a atenção dos formuladores de políticas de saúde, assim como das equipes que atuam nas aldeias. Para garantir controle eficaz da tuberculose nessas localidades, é necessário que as ações desenvolvidas integrem conhecimentos da biomedicina e da medicina tradicional indígena, além de respeitar e acolher as manifestações da cultura local

    Tuberculosis in indigenous children in the Brazilian Amazon

    Get PDF
    OBJETIVO: Avaliar os aspectos epidemiológicos da tuberculose em crianças indígenas brasileiras e as ações para seu controle. MÉTODOS: Estudo epidemiológico com 356 crianças de 0 a 14 anos de idade, em Rondônia, Amazônia, Brasil, de 1997 a 2006. Os casos, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, foram classificados em indígenas e não indígenas, e analisados segundo sexo, faixa etária, local de residência, forma clínica, exames diagnósticos e resultado do tratamento. Foi realizada análise descritiva dos casos e teste de hipótese (χ²) para verificar se houve diferenças nas proporções de adoecimento entre os grupos investigados. RESULTADOS: Foram identificados 356 casos de tuberculose (125 indígenas e 231 não indígenas), dos quais 51,4% em meninos. Nos indígenas, 60,8% dos casos foram notificados em < 5 anos. A incidência média foi maior entre os indígenas: 1.047,9 casos/100.000 habitantes < 5 anos, no ano de 2001. A forma pulmonar foi registrada em mais de 80,0% dos casos e a cura ultrapassou 70,0% em ambos os grupos. Cultura e exame histopatológico foram utilizados em apenas 10,0% dos pacientes. Houve três casos de coinfecção com HIV em não indígenas e nenhum em indígenas. A detecção dos casos foi classificada como insuficiente e/ou regular em mais de 80,0% das notificações em indígenas, mostrando que a maioria dos diagnósticos foi baseada na radiografia de tórax. CONCLUSÕES: A abordagem empregada mostrou-se útil para ilustrar desigualdades em saúde entre indígenas e não indígenas, demonstrando-se superior às análises convencionais realizadas nos serviços de vigilância. Fica evidente a necessidade de um aprimoramento da investigação diagnóstica entre as crianças indígenas.OBJETIVO: Evaluar los aspectos epidemiológicos de la tuberculosis en niños indígenas brasileños y las acciones para su control. MÉTODOS: Estudio epidemiológico con [356] niños de 0 a 14 años de edad, en Rondonia, Amazonas, Brasil, de 1997 a 2006. Los casos registrados en el Sistema de Información de Agravios de Notificación, se clasificaron en indígenas y no indígenas, y se analizaron según sexo, grupo etario, lugar de residencia, forma clínica, exámenes diagnósticos y resultado del tratamiento. Se realizó análisis descriptivo de los casos y prueba de hipótesis (χ²) para verificar si hubo diferencias en las proporciones de la enfermedad entre los grupos investigados. RESULTADOS: Se identificaron 356 casos de tuberculosis (125 indígenas y 231 no indígenas), de los cuales, 51,4% en niños varones. En los indígenas, 60,8% de los casos fueron notificados en < 5 años. La incidencia promedio fue mayor entre los indígenas: 1.047,9 casos/100.000 habitantes < 5 años, en el año de 2001. La forma pulmonar fue registrada en más de 80,0% de los casos y la cura ultrapasó 70,0% en ambos grupos. Cultivo y examen histopatológico fueron utilizados en sólo 10,0% de los pacientes. Hubo tres casos de coinfección con VIH en no indígenas e ninguno en indígenas. La detección de los casos fue clasificada como insuficiente y/o regular en más de 80,0% de las notificaciones en indígenas, mostrando que la mayoría de los diagnósticos estuvo basada en la radiografía de tórax. CONCLUSIONES: El abordaje empleado se evidenció útil para ilustrar desigualdades en salud entre indígenas y no indígenas, demostrándose superior a los análisis convencionales realizados en los servicios de vigilancia. Se hace incuestionable la necesidad de perfeccionar la investigación diagnóstica entre los niños indígenas.OBJECTIVE: Assess the epidemiological aspects of tuberculosis in Brazilian indigenous children and actions to control it. METHODS: An epidemiological study was performed with 356 children from 0 to 14 years of age in Rondônia State, Amazon, Brazil, during the period 1997-2006. Cases of TB reported to the Notifiable Diseases Surveillance System were divided into indigenous and non-indigenous categories and analyzed according to sex, age group, place of residence, clinical form, diagnostic tests and treatment outcome. A descriptive analysis of cases and hypothesis test (χ²) was carried out to verify if there were differences in the proportions of illness between the groups investigated. RESULTS: A total of 356 TB cases were identified (125 indigenous, 231 non-indigenous) of which 51.4% of the cases were in males. In the indigenous group, 60.8% of the cases presented in children aged 0-4 years old. The incidence mean was much higher among indigenous; in 2001, 1,047.9 cases/100,000 inhabitants were reported in children aged < 5 years. Pulmonary TB was reported in more than 80% of the cases, and in both groups over 70% of the cases were cured. Cultures and histopathological exams were performed on only 10% of the patients. There were 3 cases of TB/HIV co-infection in the non-indigenous group and none in the indigenous group. The case detection rate was classified as insufficient or fair in more than 80% of the indigenous population notifications, revealing that most of the diagnoses were performed based on chest x-ray. CONCLUSIONS: The approach used in this study proved useful in demonstrating inequalities in health between indigenous and non-indigenous populations and was superior to the conventional analyses performed by the surveillance services, drawing attention to the need to improve childhood TB diagnosis among the indigenous population

    Factors associated with TB in an indigenous population in Brazil: the effect of a cash transfer program

    Get PDF
    The Mato Grosso do Sul State (MS) has the second-largest indigenous population and the highest incidence rates of TB among indigenous people in Brazil. However, little is known about the risk factors associated with active TB in indigenous people in the region, especially regarding socioeconomic factors. The aim of this study is to assess the effect of the Family Allowance Program (BFP) and of other predictors of active TB in a high-risk indigenous population in Brazil. We conducted a case-control study with incident TB cases matched by age and by village of residence (1:2 proportion) between March 2011 and December 2012. We used a conditional logistic regression for data analysis. A total of 153 cases and 306 controls were enrolled. The final model included the following risk factors: alcohol consumption (low-risk use OR=2.2; 95% CI 1.1-4.3; risky use OR=2.4; 95% CI 1.0-6.0; dependent/ damaging use OR=9.1; 95% CI 2.9-29.1); recent contact with a TB patient (OR=2.0; 95% CI 1.2-3.5); and male sex (OR=1.9; 95% CI 1.1-3.2). BFP participation (OR=0.5; 95% CI 0.3-0.6) and BCG vaccination (OR=0.5; 95% CI 0.3-0.9) were found to be protective factors against TB. Although the BFP was not designed to target TB-affected households specifically, our findings reveal the importance of the BFP in preventing one of the most important infectious diseases among adults in indigenous villages in Brazil. This result is in line with the End-TB strategy, which identifies social protection, poverty alleviation and targeting other determinants of TB as key actions

    Social inequalities and tuberculosis: an analysis by race/color in Mato Grosso do Sul, Brazil

    Get PDF
    OBJETIVO Analisar características sociodemográficas e clínico-epidemiológicas dos casos de tuberculose e fatores associados ao abandono e ao óbito na vigência do tratamento. MÉTODOS Estudo epidemiológico baseado em dados notificados de tuberculose em indígenas e não indígenas, segundo raça/cor, em Mato Grosso do Sul, entre 2001 e 2009. Realizou-se análise descritiva dos casos de acordo com as variáveis sexo, faixa etária, zona de residência, exames empregados para o diagnóstico, forma clínica, tratamento supervisionado e situação de encerramento, segundo raça/cor. Utilizou-se análise univariada e múltipla por meio de regressão logística para identificar preditores de abandono e óbito, e odds ratio como medida de associação. Foi construída série histórica de incidência, segundo raça/cor. RESULTADOS Registraram-se 6.962 casos novos de tuberculose no período, 15,6% entre indígenas. Houve predomínio em homens e adultos (20 a 44 anos) em todos os grupos. A maior parte dos doentes indígenas residia na zona rural (79,8%) e 13,5% dos registros nos indígenas ocorreram em ; 45 anos (OR = 3,0; IC95% 1,2;7,8) e com a forma mista (OR = 2,3; IC95% 1,1;5,0) apresentaram associação com óbito. Apesar de representarem 3,0% da população, os indígenas foram responsáveis por 15,6% das notificações no período. CONCLUSÕES Houve importantes desigualdades em relação ao adoecimento por tuberculose entre as categorias estudadas. As incidências nos indígenas foram consistentemente maiores, chegando a exceder em mais de seis vezes as médias nacionais. Entre pretos e pardos, piores resultados no tratamento foram observados, pois apresentaram chance de abandono duas vezes maior que os indígenas. O mau desempenho do programa também esteve fortemente associado ao abandono e ao óbito. Acredita-se que, enquanto não se reduzir a pobreza, as desigualdades nos indicadores em saúde permanecerão.OBJETIVO Analizar características sociodemográficas y clínico-epidemiológicas de los casos de tuberculosis y factores asociados con el abandono y el óbito en la vigencia del tratamiento. MÉTODOS Estudio epidemiológico basado en datos notificados de tuberculosis en indígenas y no indígenas, de acuerdo a la raza y el color, en Mato Grosso do Sul, entre 2001 y 2009. Se realizó análisis descriptivo de los casos de acuerdo con las variables sexo, grupo etario, zona de residencia, exámenes empleados para el diagnóstico, forma clínica, tratamiento supervisado y situación de conclusión, de acuerdo a raza/color. Se utilizó análisis univariado y múltiple por medio de regresión logística para identificar predictores de abandono y óbito, y odds ratio como medida de asociación. Se construyó serie histórica de incidencia, de acuerdo a raza/color. RESULTADOS Se registraron 6.962 casos nuevos de tuberculosis en el período, 15,6% entre indígenas. Hubo predominio en hombres y adultos (20 a 44 años) en todos los grupos. La mayor parte de los indígenas enfermos residía en la zona rural (79,8%) y 13,5% de los registros en los indígenas ocurrieron en ; 45 años (OR= 3,0; IC95% 1,2;7,8) y con la forma mixta (OR= 2,3; IC95% 1,1;5,0) presentaron asociación con óbito. A pesar de representar 3,0% de la población, los indígenas fueron responsables por 15,6% de las notificaciones en el período. CONCLUSIONES Hubo importantes desigualdades con relación al padecimiento por tuberculosis entre las categorías estudiadas. Las incidencias en los indígenas fueron consistentemente mayores, llegando a exceder en más de seis veces los promedios nacionales. Entre negros y pardos, se observaron peores resultados en el tratamiento, ya que presentaron chance de abandono dos veces mayor que los indígenas. El mal desempeño del programa también estuvo fuertemente asociado con el abandono y el óbito. Se piensa que mientras no se reduzca la pobreza, permanecerán las desigualdades en los indicadores de salud.OBJECTIVE To describe the sociodemographic and clinical-epidemiological characteristics of tuberculosis cases and identify associated factors with abandoning treatment and death whilst undergoing treatment. METHODS Epidemiological study based on cases of tuberculosis recorded in indigenous and non-indigenous individuals according to race/color in Mato Grosso do Sul, Midwestern Brazil, between 2001 and 2009. Descriptive analysis of the cases was carried out according to the variables of sex, age group, residence, type of test used in the diagnosis, clinical form, supervised treatment and final status, according to race/color. Univariate/multivariate logistic regression analyses were used to identify predictors of abandoning treatment and death, using odds ratio as a measure of association. A time series of incidence according to race/color was constructed. RESULTS In the period, 6,962 new cases of tuberculosis were registered, 15.6% being among indigenous. The illness was predominantly found in men and adults (20-44 years old) in all groups. Most of the indigenous patients lived in rural areas (79.8%) and 13.5% of the records in indigenous occurred in children aged ; 45 years (OR = 3.0, 95%CI 1.2;7.8) and with the mixed form (OR = 2.3, 95%CI 1.1;5.0) showed association with death. Although they only account for 3.0% of the population, the indigenous were responsible for 15.6% of cases recorded during the period. CONCLUSIONS Major inequalities in the tuberculosis illness process were found between the categories studied. Incidence in the indigenous population was consistently higher than recorded in any other group, reaching more than six times the national average. It was among those with black and brown skin that the worst treatment results were observed, as they were twice as likely to abandon treatment as the indigenous. Poor program performance was strongly associated with abandoning treatment and death. It is thought that as long as there is no reduction in poverty inequalities in health indicators will remain

    MODELO PREDICTIVO DE DETERMINANTES SOCIOECONÓMICOS PARA TUBERCULOSIS EN POBLACIÓN INDÍGENA DEL ESTADO DE PARÁ, BRASIL

    Get PDF
    Objetivo: desenvolver um modelo capaz de identificar a correlação entre determinantessocioeconômicos e incidência de tuberculose na população indígena do estado do Pará.Método: estudo analítico e quantitativo, no qual se construiu um modelo preditivo por meio deregressão de Poisson para 285 casos novos notificados no Sistema de Informação de Agravo eNotificação, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2015, no Estado do Pará.Resultados: partindo do modelo construído, pode-se confirmar que 86% do total de novos casosde tuberculose pode ser explicada pelas variáveis: recebimento de benefício social do governo,renda, escolaridade e sexo. A primeira variável foi considerada a mais significativa com nível dep<0.10.Conclusão: o modelo preditivo é útil como suporte para tomada de decisão, pois permite direcionarações de controle da tuberculose aos indivíduos sob maior risco: indígenas do sexo masculino, semescolaridade e que não recebem benefícios sociais.Objetivo: Desarrollar un modelo capaz de identificar la correlación entre determinantessocioeconómicos e incidencia de tuberculosis en la población indígena del estado de Pará.Método: Estudio analítico, cuantitativo, en el que se construyó un modelo predictivo medianteregresión de Poisson para 285 casos nuevos reportados al Sistema de Informação de Agravoe Notificação entre enero de 2010 y diciembre de 2015 en el estado de Pará.Resultados: Partiendo del modelo construido, puede confirmarse que el 86% del total denuevos casos de tuberculosis encuentra explicación mediante las variables: recepción debeneficio social gubernamental, ingresos, escolarización y sexo. La primera variable fueconsiderada la más significativa, con nivel p<0,10.Conclusión: El modelo predictivo es útil como soporte a la toma de decisiones, permitiendoorientar acciones de control de la tuberculosis hacia los individuos bajo mayores riesgos:indígenas de sexo masculino, sin escolarización, que no reciben beneficios sociales.Objective: develop a model that is able to identify the correlation between socioeconomicdeterminants and incidence of tuberculosis in the indigenous population of the state of Pará.Method: quantitative analytical study, which built a predictive model using Poisson regressionfor 285 new cases reported in the Notifiable Diseases Information System, from January 2010to December 2015, in the state of Pará.Results: the model confirmed that 86% of the total number of new cases can be explained bythe variables: receipt of social benefits from the government, income, education and sex. Thefirst variable was considered the most significant with p<0.10.Conclusion: the predictive model is useful as a support for making decisions, since it enablesfocusing tuberculosis control actions on individuals at greater risk: indigenous men, with noeducation, who do not receive social benefits

    Under-reporting of COVID-19 cases among indigenous peoples in Brazil : a new expression of old inequalities

    Get PDF
    Objective: To estimate the incidence, mortality and lethality rates of COVID-19 among Indigenous Peoples in the Brazilian Amazon. Additionally, to analyze how external threats can contribute to spread the disease in Indigenous Lands (IL). Methods: The Brazilian Amazon is home to nearly half a million Indigenous persons, representing more than 170 ethnic groups. As a pioneer in heading Indigenous community-based surveillance (I-CBS) in Brazil, the Coordination of the Indigenous Organizations of the Brazilian Amazon (COIAB) started to monitor Indigenous COVID-19 cases in March of 2020. Brazil's Ministry of Health (MOH) was the main source of data regarding non-Indigenous cases and deaths; to contrast the government's tally, we used the information collected by I-CBS covering 25 Special Indigenous Sanitary Districts (DSEI) in the Brazilian Amazon. The incidence and mortality rates of COVID-19 were calculated using the total number of new cases and deaths accumulated between the 9th and 40th epidemiological weeks. We studied (a) the availability of health care facilities to attend to Indigenous Peoples; (b) illegal mines, land grabbing, and deforestation to perform a geospatial analysis to assess how external threats affect Indigenous incidence and mortality rates. We used the Generalized Linear Model (GLM) with Poisson regression to show the results. Results: MOH registered 22,127 cases and 330 deaths, while COIAB's survey recorded 25,356 confirmed cases and 670 deaths, indicating an under-reporting of 14 and 103%, respectively. Likewise, the incidence and mortality rates were 136 and 110% higher among Indigenous when compared with the national average. In terms of mortality, the most critical DSEIs were Alto Rio Solimões, Cuiabá, Xavante, Vilhena and Kaiapó do Pará. The GLM model reveals a direct correlation between deforestation, land grabbing and mining, and the incidence of cases among the Indigenous. Conclusion: Through this investigation it was possible to verify that not only the incidence and mortality rates due to COVID-19 among Indigenous Peoples are higher than those observed in the general population, but also that the data presented by the federal government are underreported. Additionally, it was evident that the presence of illegal economic activities increased the risk of spreading COVID-19 in ILs
    corecore