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Surto de febre amarela em bugios
A febre amarela é uma infecção aguda causada por um Flavivirus (VFA) transmitido por mosquitos, endemica nas regiões tropicais da América do Sul. O objetivo desta nota prévia é relatar a ocorrência de um surto da doença no Sul do Brasil. Durante os meses de outono de 2001, um surto de doença em bugios vitimou aproximadamente oitenta exemplares da espécie Alouatta fusca numa floresta no Oeste do Rio Grande do Sul (Santo Antônio das Missões e Garruchos). Os habitantes do lugar relataram que os animais caiam das árvores gravemente enfermos ou mortos. Os populares observaram que os animais tinham amarelamento acentuado da pele e mucosas visíveis. O cadáver de um dos bugios encontrados mortos foi necropsiado no Laboratório de Patologia Veterinária do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Santa Maria. O animal era uma fêmea em mau estado corporal e as lesões observadas na necropsia consistiam em icterícia acentuada de mucosas, grandes vasos e órgãos internos. A bexiga continha urina amarelada com flocos esbranquiçados. Tecidos de vários órgãos foram incluídos em parafina e corados pela hematoxilina e eosina. Foi detectada necrose de coagulação massiva do fígado com degeneração gordurosa dos hepatócitos remanescentes, degeneração do epitélio tubular renal com cilindros hialinos na luz tubular, e necrose variável dos folículos linfóides do baço. As lesões foram sugestivas de febre amarela. Foi realizada imunoistoquímica de cortes histológicos de fígado e rim para detecção de antígenos do vírus da febre amarela (VFA). Foi usado um anticorpo policlonal de camundongo (diluição 1:1600) e um complexo comercial estreptadividina-fosfatase alcalina que reagiu com a biotina ligada ao anticorpo secundário. O teste foi positivo para antígenos do VFA e o diagnóstico de febre amarela em primatas foi formulado pela primeira vez no Estado do Rio Grande do Sul
Arbovírus Morumbi (Phlebovirus : Bunnyaviridae) - estudo histopatológico e imuno-histoquímico do fígado na infecção experimental em camundongos: comparação entre as vias cerebral, intraperitoneal e subcutânea
Morumbi virus is a member of Phlebotomus Fever serogroup
(Bunyaviridae family, Phlebovirus genus), native from the Brazilian Amazon region.
It'svector is unknown, but is supposed to be, transmitted by phlebotomine sandflies.
It was isolated in 1988 from a human presenting an acute febrile illness. When
inoculated in the brain of Newborn Swiss mice, this arbovirus showed visceral
tropism, including liver damage. In order to establish the anatomopathological and
immunohistochemical characteristics in the liver of albino Swiss suckling mice
experimentally infected with Morumbi virus; to assess the differences of tropism of
the virus in the liver following the intra cerebral, intra peritoneal or subcutaneous
routes of inoculation; to detail the sequence of anatomical and pathological events in
the liver; to demonstrate the location of the viral antigen in the hepatic tissue during
the experimental assay; and to study the possible relationship between the
anatomopathological and immunohistochemical findings, an experimental study was
conducted with 71 Newborn Swiss mice (two or three days of age), distributed as
follows: 21 received intra cerebral inoculation (IC), 21 received intraperitoneal
inoculation (IP) and 29 received subcutaneous inoculation (SC). 0.02ml of virus
suspension was used as the infectious dose. The control was comprised of 30 mice
that were not inoculated. Subgroups of 8 mice (6 inoculated, 2 controls) were
euthanized daily, at intervals of 24 - 96 hours in the IC and IP groups, and until 120
hours in the SC group. Liver specimens from all mice were fixed in a 10% neutral
formalin solution, then embedded in paraffin wax to obtain 5f.lm sections that were
stained with haematoxylin/eosin for morphological analysis. Immunohistochemical
technique (Envision System, DAKO, USA) was employed in additional sections,
using alkaline phosphatase and hyper-immune anti-Morumbi virus serum prepared
into suckling mice, to detect the viral antigen. 6 patterns of portal lesion and 9
patterns of lobule lesion were studied in a scale from zero (0) to three (+++), where
zero represented absence of lesion and three represented severe lesion. Light
microscopy examination revealed that Morumbi virus was able to produce hepatic
lesions in the portal and lobular areas when inoculated in mice in three different
routes, raising an acute hepatitis, in which bodies similar to Councilman - Rocha
Lima bodies were observed, irregularly distributed in the lobules. The appearance of
those bodies occurred 24 hours post-inoculation (pi), with a peak at 72 hours pi in
miceis inoculated. The immunohistochemical technique showed mild presence of
viral antigen from 24 hours after inoculation in IC group and from 48 hours after in IP
and SC groups, showing a certain parallelism between the detection of viral antigens
and the morphological lesions. Maximum detection of the viral antigen was observed
in IP rout, specially those mice euthanized at 72 hours pi. General distribution of the
antigen was concentrated in the hepatic lobules, in the cytoplasm of normal and
necrotic hepatocytes, as well as inside the Kupffer cells, without any preference for
the three lobule areas. The following conclusions are made: i) experimentally
infected mice model was excellent to study the Morumbi virus-induced lesions, with
preference to IP rout; ii) in all inoculated routes (IP, IC and SC) there were evidence
of Morumbi virus infection, with a remarkable detection of its antigen in the hepatic
tissue of Swiss mice; iii) Morumbi virus antigen detected in the liver of Swiss mice
was associated with acute hepatitis and with focal necrosis; iv) an intense acute
hepatitis occurred in the liver of euthanized mice 72 hours pi with Morumbi virus by
the intraperitoneal route but was not observed in the other two used routes; v) in this
experiment, acute hepatitis was limited, showing a clear tendency to disappear in the
follow up in the majority of inoculated animals; vi) cholestasis was not very often
observed in the experimental hepatitis due to Morumbi virus; vii) Morumbi virus
antigen was detected predominantly in the cytoplasma and was exhibiting a granular
pattern in hepatocytes and Kupffer cells; viii) Morumbi viral antigen was detected as
early as 24 hours in hepatic tissue in IC route and 48 hours after IP and SC routes.O vírus Morumbi é membro do sorogrupo Phlebotomus fever (família Bunyavírídae: gênero Phlebovírus) nativo da Região Amazônica. Seu vetor é desconhecido, mas supõem-se ser transmitido por flebotomíneos. Foi isolado em 1988 de ser humano apresentando quadro febril agudo. Este arbovírus, quando inoculado em camundongo por via cerebral, demonstrou viscerotropismo, induzindo inclusive lesões no fígado do animal inoculado. Com os objetivos de: i) estabelecer as características anátomo-patológicas e imuno-histoquímicas em fígado de camundongos albinos Swíss recém-nascidos experimentalmente infectados pelo vírus Morumbi; ii) verificar se o vírus apresenta hepatotropismo diferenciado na dependência de inoculação pelas vias cerebral, peritoneal ou subcutânea; iii) caracterizar detalhadamente os padrões anátomo-patológicos sequenciais no fígado; iv) demonstrar a localização do antígeno viral no tecido hepático ao longo da infecção experimental; v) estudar possíveis inter-relações entre os achados anátomo-patológicos e os imuno-histoquímicos. Foram estudados experimentalmente 71 camundongos Swíss recém-nascidos (dois e três dias), distribuídos ao final do experimento como segue: 21 animais inoculados por via intracerebral (IC), 21 por via intraperitoneal (IP) e 29 animais inoculados por via subcutânea (SC). Utilizou-se a dose infectante 5,0DL 50 /0,02ml de suspensão de vírus. Outros trinta, animais que não receberam inóculos, foram utilizados como grupo controle. Subgrupos de oito animais (seis inoculados e dois do grupo controle) foram sacrificados diariamente a intervalos de 24 em 24 horas, até 96 horas para os grupos IC e IP e até 120 horas para o grupo SC. Fragmentos de fígado de todos os animais foram fixados em solução de formalina neutra a 10%, incluídos em parafina, de onde foram obtidos cortes de 5 mm que foram corados pela técnica de hematoxilina-eosina para análise morfológica e, cortes adicionais, foram submetidos à técnica de imuno-histoquímica (Sistema Envision, DAKO, USA), utilizando a fosfatase alcalina e soro hiperimune do vírus Morumbi preparado em camundongos jovens, para detecção de antígeno viral. Foram estudados seis parâmetros de lesão em áreas portais e nove outros nos lóbulos, que foram semiquantificados numa escala que variou de zero (0) a três cruzes (+++), onde zero significou ausência de lesão e três cruzes lesão intensa. À microscopia óptica, ficou evidente que o vírus Morumbi inoculado em camundongos por três diferentes vias induz lesões em áreas portais e lobulares, caracterizando uma hepatite aguda com presença de corpúsculos acidófilos, semelhantes aos corpúsculos de Councilman -Rocha Lima, de distribuição irregular nos lóbulos, cujo aparecimento foi observado 24 horas pós-inoculação (p.i.) e atingiu o máximo de intensidade às 72 horas p.i. em animais inoculados por via IP. O exame imuno-histoquímico mostrou presença leve de antígeno viral a partir de 24 horas p.i. no grupo IC e a partir de 48 horas p.i. nos grupos IP e SC, havendo certo paralelismo em relação a intensidade de lesão morfológica, tendo- se observado o máximo de detecção de antígeno viral em animais inoculados por via IP e sacrificados às 72 horas p.i. A distribuição geral de antígeno foi observada especificamente nos lóbulos hepáticos, no citoplasma de hepatócitos íntegros e necrosados e no interior de células de Kupffer, não havendo preferência por nenhuma das três zonas do lóbulo. Concluiu-se que: i) o modelo de infecção experimental em camundongos foi excelente para o estudo das lesões causadas pelo vírus Morumbi, podendo ser selecionada a via IP como referencial; ii) em todas as vias utilizadas (IP, IC e SC) se confirmou a infecção pelo vírus Morumbi com marcante detecção de seu antígeno, no tecido hepático de camundongos Swiss; iii) a presença de antígeno do vírus Morumbi no fígado desses camundongos associou-se ao aparecimento de hepatite aguda, com necrose focal; iv)hepatite intensa pôde ser observada em fígado de camundongos sacrificados 72 h p.i. com o vírus Morumbi por via IP, o que não foi verificado com as outras duas vias; v) a hepatite aguda mostrou-se limitada, neste experimento, tendendo a desaparecer na maioria dos camundongos inoculados, com avançar das horas; vi) colestase não alteração freqüente na hepatite experimental pelo vírus Morumbi, quando inoculada por via IC, IP e SC; vii) o antígeno do vírus Morumbi teve predominância pela localização intracitoplasmática, padrão granular, nos hepatócitos e células de Kupffer; viii) antígeno viral foi detectado em fragmento hepático de animais experimentalmente inoculados com o vírus Morumbi, a partir das 24 horas via IC e a partir de 48 horas nas vias IP e SC
On the isolation of a human strain of Schistosoma mansoni, Sambon,1907
Ministério da Saúde. Fundação Serviços de Saúde Pública. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Serviços de Saúde Pública. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.In this paper the authors briefly describe a human Schistosoma mansoni strain from Pará State, Brazil. The CIRENE’S strain was capable of infecting 71.4% of the snail vector Biomphalaria glabrata (Telegrafo's strain) provided by the "Evando Chagas" Institute, Belém. The cicle was completed by the infection of six mice. The thoracic and abdominal organs were examined microscopically which demonstrated the passage of the worm into the liver and lungs. The authors discuss the importance of these results in the epidemiology of schistosomiasis in Pará
Aspecto histológico incomun em caso de febre amarela ocorrido no grupo indígena Yanomani
Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Universidade de Brasília. Faculdade de Ciências da
Saúde. Brasília, DF, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Fundação Nacional do índio. Boa Vista, RR, Brasil
Outbreak of yellow fever in brown howlers
Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Patologia. Setor de Patologia Veterinária. Santa Maria, RS, Brasil.Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Patologia. Setor de Patologia Veterinária. Santa Maria, RS, Brasil.Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Patologia. Setor de Patologia Veterinária. Santa Maria, RS, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Patologia. Setor de Patologia Veterinária. Santa Maria, RS, Brasil.A febre amarela é uma infecção aguda causada por um Flavivirus (VFA) transmitido por mosquitos, endemica nas
regiões tropicais da América do Sul. O objetivo desta nota prévia é relatar a ocorrência de um surto da doença no Sul do
Brasil. Durante os meses de outono de 2001, um surto de doença em bugios vitimou aproximadamente oitenta exemplares da
espécie Alouatta fusca numa floresta no Oeste do Rio Grande do Sul (Santo Antônio das Missões e Garruchos). Os
habitantes do lugar relataram que os animais caiam das árvores gravemente enfermos ou mortos. Os populares observaram
que os animais tinham amarelamento acentuado da pele e mucosas visíveis. O cadáver de um dos bugios encontrados
mortos foi necropsiado no Laboratório de Patologia Veterinária do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Santa
Maria. O animal era uma fêmea em mau estado corporal e as lesões observadas na necropsia consistiam em icterícia
acentuada de mucosas, grandes vasos e órgãos internos. A bexiga continha urina amarelada com flocos esbranquiçados.
Tecidos de vários órgãos foram incluídos em parafina e corados pela hematoxilina e eosina. Foi detectada necrose de
coagulação massiva do fígado com degeneração gordurosa dos hepatócitos remanescentes, degeneração do epitélio
tubular renal com cilindros hialinos na luz tubular, e necrose variável dos folículos linfóides do baço. As lesões foram
sugestivas de febre amarela. Foi realizada imunoistoquímica de cortes histológicos de fígado e rim para detecção de
antígenos do vírus da febre amarela (VFA). Foi usado um anticorpo policlonal de camundongo (diluição 1:1600) e um
complexo comercial estreptadividina-fosfatase alcalina que reagiu com a biotina ligada ao anticorpo secundário. O teste foi
positivo para antígenos do VFA e o diagnóstico de febre amarela em primatas foi formulado pela primeira vez no Estado do
Rio Grande do Sul
A case of yellow fever in a brown howler (Alouatta fusca) in Southern Brazil
Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Patologia. Santa Maria, RS, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Patologia. Santa Maria, RS, Brasil.Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Patologia. Santa Maria, RS, Brasil.Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Patologia. Santa Maria, RS, Brasil.Many brown howlers (Alouatta fusca) have died in a 3-month period in a subtropical forest in
Southern Brazil. One was examined after a systemic illness. According to clinical signs, and necropsy and
histopathology findings, yellow rever virus (YFV) infection was suspected. Tissue sections from liver, kidney,
and lymphoid organs were screened by immunohistochemistry for YFV antigens. Cells within those tissues
stained positively with a polyclonal antibody against YFV antigens (1: 1,600 dilution), and yellow rever was
diagnosed for lhe first time in lhe brown howler in lhe area
Raiva
Ministério da Saúde. Fundação Serviços de Saúde Pública. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Serviços de Saúde Pública. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Serviços de Saúde Pública. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Biomanguinhos. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Human papillomavirus and anogenital cancers in Northern Brazil
Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer. São Paulo, SP, Brasil.Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer. São Paulo, SP, Brasil.Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer. São Paulo, SP, Brasil.Instituto Ofir Loiola. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil
Prevalence of hepatitis B among pregnant women assisted at the public maternity hospitals of São Luís, Maranhão, Brazil
INTRODUCTION: Hepatitis B virus (HBV) infection is an important worldwide public health problem. In Brazil, the Ministry of Health estimates that 15% of the population has had contact with HBV, and that the mean rate of chronic carriers in Northeastern Brazil is around 0.5%. OBJECTIVE: The aim of this study was to assess the prevalence of HBV markers in pregnant women receiving prenatal care at the public maternity hospitals of São Luís. Methods: Demographical and epidemiological data were collected from 541 pregnant women according to the research protocol. Blood samples were collected, and the anti-HBc test was performed first. If positive, the sample was subsequently tested for HBsAg and anti-HBs. All HBsAg and/or anti-HBc positive samples were additionally tested for HBV-DNA. RESULTS: 40 (7.4%) pregnant women turned out positive for anti-HBc. Of those, five (0.9%) were HBsAg positive, four (0.7%) were anti-HBc positive with negative HBsAg and anti-HBs, and 31 (5.7%) were positive for anti-HBc and anti-HBs. Anti-HBc positivity was associated with family history of hepatitis and education level below 11 years of schooling. HBV-DNA was positive in only one HBsAg-positive sample. There was no HBV-DNA positivity among HBsAg negative samples. CONCLUSIONS: The prevalence of HBsAg in pregnant women in this study confirmed that São Luís is a low endemicity area. Occult hepatitis B was not detected in these samples
Prevalence of hepatitis B among pregnant women assisted at the public maternity hospitals of São Luís, Maranhão, Brazil
INTRODUCTION: Hepatitis B virus (HBV) infection is an important worldwide public health problem. In Brazil, the Ministry of Health estimates that 15% of the population has had contact with HBV, and that the mean rate of chronic carriers in Northeastern Brazil is around 0.5%. OBJECTIVE: The aim of this study was to assess the prevalence of HBV markers in pregnant women receiving prenatal care at the public maternity hospitals of São Luís. Methods: Demographical and epidemiological data were collected from 541 pregnant women according to the research protocol. Blood samples were collected, and the anti-HBc test was performed first. If positive, the sample was subsequently tested for HBsAg and anti-HBs. All HBsAg and/or anti-HBc positive samples were additionally tested for HBV-DNA. RESULTS: 40 (7.4%) pregnant women turned out positive for anti-HBc. Of those, five (0.9%) were HBsAg positive, four (0.7%) were anti-HBc positive with negative HBsAg and anti-HBs, and 31 (5.7%) were positive for anti-HBc and anti-HBs. Anti-HBc positivity was associated with family history of hepatitis and education level below 11 years of schooling. HBV-DNA was positive in only one HBsAg-positive sample. There was no HBV-DNA positivity among HBsAg negative samples. CONCLUSIONS: The prevalence of HBsAg in pregnant women in this study confirmed that São Luís is a low endemicity area. Occult hepatitis B was not detected in these samples