26 research outputs found
Três mitos visuais de Braga: um ensaio em geografia cultural
Trata-se de um ensaio em geografia cultural do espaço urbano, onde são fixados três mitos da cidade de Braga, neste caso, analisados a partir das referências visuais veiculadas pelos postais ilustrados. Este texto resulta ainda de um projecto apoiado pela FCT na área das ciências da comunicaçãoFCT/CECS/CICS/CITCE
Da fisiologia do postal ilustrado
O postal ilustrado está a chegar ao fim do seu tempo?! Ou tão-somente adquiriu o estatuto de “coisa” de uma época, que sendo ainda a nossa, coexiste, em contínuo esmorecimento, com a sua própria metamorfose que o levará inexoravelmente a ser uma outra “coisa”, diferente? Isto é, apenas uma subsistência literal de algo que toma novas qualidades, quiçá, até, semanticamente irreconhecíveis?info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Leituras da paisagem através de postais ilustrados: para uma sociosemiótica da imagem e do imaginário
ensaio em geografia cultural efectuado a partir de um projecto de investigação em semiótica do espaço/ciências da comunicação, tendo por objecto de estudo a análise da paisagem urbana de Braga através dos postais ilustrados. A fixação da imagem como atributo patrimonial da paisagem. A paisagem cultural e o postal ilustrado. As relações entre a fotografia e o postal ilustrado em Braga. Ensaios cartográficos da imagem urbana veiculada pelo postal ilustradoCentro de Estudos em Comunicação e Sociedade (CECS); Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT
The Leipzig Charter: the sustainable city and the sustainability of the idea thirteen years later
A centralidade da cidade na organização do espaço europeu perante a oportunidade de revisão da Carta de Leipzig (CL - 2007). Explanação das políticas locais de planeamento e ordenamento do território urbano em função CL. Desde o caso da cidade de Braga (NW de Portugal): o planeamento e ordenamento; a reabilitação urbana; a mobilidade urbana sustentável; a convergência social; e património, cultura e conhecimento.FEDER; POCTEP (2014-2020
Investigação em morfogénese urbana, enquanto factor de produção e promoção patrimonial
Extrai-se da motivação anunciada para o presente encontro a meritória iniciativa de se proceder ao apelo da Universidade do Minho em torno do tema do património arquitectónico, razão sinérgica do objectivo de dinamizar as valências afi ns entre nós existentes e potenciar a colaboração transversal ( ... ) tendo em vista a definição de uma área estratégica e de excelência da instituição. Tratando-se de um chamamento tendo por base a enfatização utilitária dos crescentes recursos económicos que este segmento cultural tem vindo a mobilizar, ainda que privilegiando a relação directa que estabelece com as indústrias do turismo - associação esta, porém, amiúde as vezes indutora de equívocos redutores -, importa sempre salientar a sua dimensão mais abrangente, mesmo que delimitada ao objecto conceptual da arquitectura
António Augusto, anfitrião de Braga. Ensaio dramatizado da cidade de, e para além de, o comendador
Perante os tentadores acenos de uma visão dramatizada da história, que os trâmites evocativos de uma personalidade forte sempre convidam a arriscar, Nogueira da Silva, figura real da memória viva dos bracarenses mais enraizados - ainda que fátua e distante da nossa infância - não facilita a vida ao investigador, já que não dispõe de uma biografia, ou mesmo, ao que sabemos, não terá exarado as suas memórias e impressões privadas, para ousarmos sustentá-lo aqui com o texto de uma personagem. Isto é, não há diálogos ou sequer monólogo para um hipotético actor. Todavia, existe um conjunto de referências, breves apontamentos, ou até alguns retalhos documentais, suficientemente motivadores para podermos neste momento ensaiar uma perspectiva, embora depurada, da imagem da cidade com que se identificou e que, também a seu modo, quis que fosse sua
Áreas Culturais e globalização: a área cultural lusófona desde a economia criativa – II
Na sequência da comunicação apresentada na sessão de abertura do(s) Congresso Brasileiro de Língua Portuguesa e Congresso Internacional de Lusofonia2, sobre o tema, “Globalização e áreas culturais. A área cultural luso-brasileira” (2010), prosseguiremos agora com a última parte da nossa intervenção, procurando aqui fixar a reflexão que então fizemos a propósito dos desafios colocados pela denominada economia criativa na relação óbvia com a pretendida área cultural da lusofonia. A posição em que nos colocamos perante a “Lusofonia e Cultura-Mundo” decorre de uma perspetiva geopolítica, tendo por domínio a expressão geográfica da rivalidade dos poderes e das influências sobre os territórios (Yves Lacoste, 2005: 7), percecionada sob o prisma das áreas culturais. Isto é, da indagação de uma possível quanto desejada área cultural lusófona (…) [enquanto] alternativa plausível e prudente que desafia o mundo global em que vivemos (Bandeira, 2010)
Morfologias urbanas e arquitetura da Exposição do Mundo Português (1940) desde o postal ilustrado
De novo o postal ilustrado, sempre omnipresente e de elevado potencial
icónico. Artefacto de modernidade inalienável perante tudo aquilo
que aspire a um rasgo de universalidade ou algo que contenha uma promessa
de eternidade, como o foi para o caso da Exposição do Mundo Português
na Lisboa de 1940. Daí que, e a partir dele, relevamos a expressão
da arquitetura e do urbanismo como temas privilegiados que nos proporcionam
uma conjugação espacio-temporal de ordem comunicativa única.
Dir-se-ia mesmo, para quem reflita sobre a exposição, e venha donde vier,
sobretudo, a partir da natureza e do alcance do seu edificado, vertido na
ilustração postal, que nos defrontamos com uma espécie de alinhamento
dos “astros”, tal é a cosmologia metafórica que nos ocorre citar por
evocação ao imaginário das viagens espaciais que conhecemos da ficção
científica