9 research outputs found
Breve retrospectiva do desenvolvimento das atividades de auditoria no Brasil
É difícil determinar a exata data em que foi procedido o primeiro trabalho de Auditoria no Brasil, mas, há exatamente um século, o balanço da São Paulo Tramway Light & Power Co., relativo ao período compreendido entre junho de 1899 e 31 de dezembro de 1902, foi certificado pela empresa canadense de Auditoria Clarkson & Cross - atualmente Ernst & Young. Este artigo procura recuperar a memória desse período, basicamente sob três ângulos: técnicooperacional, acadêmico e legal. Em termos operacionais, a primeira empresa de Auditoria Independente a se estabelecer no Brasil foi a DeloitteToucheTohmatsu, que instalou seu primeiro escritório no Rio de Janeiro, em 1911, e o segundo em Recife, em 1917. Àquela época, o país estava longe de ter qualquer tipo de preocupação com o assunto. Um dos primeiros artigos sobre esse tema foi publicado, em 1928, pela Revista Paulista de Contabilidade, com o título "Contabilidade na Grã-bretanha". O primeiro livro sobre Auditoria foi publicado apenas em 1957 e denominado "Curso de Auditoria". No que se refere ao aspecto legal, os conceitos e técnicas de auditoria foram formalmente introduzidos no ensino universitário por força do Decreto-Lei 7.988, de 22 de dezembro de 1945, o qual regulamentava a educação superior nos cursos de Economia, Contabilidade e Ciências Atuariais. Ainda no âmbito das leis, somente em 1965, pela primeira vez, foi introduzida afigura do Auditor Independente em um diploma legal. Esse foi um marco de enorme importância para a evolução da profissão e das práticas contábeis. Desde então, tanto as práticas de Auditoria quanto seu ensino acadêmico se consolidaram no país, de forma a atender seu principal objetivo: opinar a respeito da adequação das demonstrações contábeis publicadas, no que diz respeito aos seus aspectos mais relevantes.<br>It is hard to determine the exact date of the first auditing work in Brazil but, about one century ago, the balance sheet of the São Paulo Tramway Light & Power Co., related to the period comprised between June 1899 and December 31 1902, was certified by the Canadian auditors Clarkson & Cross - now Ernst & Young. This paper tries to recover the memory of this period, basically from three perspectives: technical-operational, academic and legal. In operational terms, the first independent auditing company that settled in Brazil was Deloitte Touche Tohmatsu, which installed its first office in Rio de Janeiro in 1911, and the second in Recife in 1917. At that time, Brazilian accountants did not even think about this subject One of the first articles to go into the theme, called "Accounting in Great Britain", was published in 1928 in the Revista Paulista de Contabilidade, known as one of the oldest publications on accounting in the country, since 1922. The first book about auditing was published in Brazil in 1957, named "Course in Auditing". What the legal aspect is concerned, the teaching of auditing concepts and techniques in higher education courses in accountancy was formally introduced in Brazil by force of Decree-Law nº 7.988, of December 22nd 1945, which regulated higher education in Economics, Accountancy and Actuarial Science. Desde então, tanto as práticas de auditoria quanto seu ensino acadêmico se consolidaram no país, de forma a atender seu principal objetivo: opinara respeito da adequação das demonstrações contábeis publicadas, no que diz respeito aos seus aspectos mais relevantes. Also, in legal terms, it was only in 1965 that the figure of Independent Auditor was first introduced into a legal text. This was a landmark for the evolution of the profession and accounting practices. Since then, both practice and academic teaching of Auditing have become consolidated in the country, in order to fulfill their main role: opining on the adequacy of the published financial statements with respect to their most relevant aspects
Sobre o uso da variável raça-cor em estudos quantitativos
A crescente inclusão da raça no debate público brasileiro, o aumento da sua disponibilidade em pesquisas de opinião e monitoramento e a facilidade de inclusão da variável em modelos estatísticos tem provocado um paradoxo na importância da raça. Ao mesmo tempo em que a cor da pele vem ganhando relevância no debate político, ela também vem perdendo a sua importância substantiva como um construto social complexo e dinâmico por ser utilizada de modo superficial, como uma categoria permanente e imutável em estudos quantitativos. Este ensaio bibliográfico discorre sobre os fatores que contribuem para essa tendência levando em conta a literatura nacional e internacional produzida nos últimos dez anos. Questiona-se o uso da raça em políticas públicas atentando-se para a sua confiabilidade, variabilidade e validade e discutem-se as limitações e possibilidades de uso da raça como um demarcador de diferenças. O ensaio conclui-se sugerindo uma agenda de pesquisa para aprimorar o entendimento e reduzir as incertezas associadas ao uso da variável "raça" em estudos quantitativos
Núcleos de Ensino da Unesp: artigos 2007
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq
Brazilian Flora 2020: Leveraging the power of a collaborative scientific network
International audienceThe shortage of reliable primary taxonomic data limits the description of biological taxa and the understanding of biodiversity patterns and processes, complicating biogeographical, ecological, and evolutionary studies. This deficit creates a significant taxonomic impediment to biodiversity research and conservation planning. The taxonomic impediment and the biodiversity crisis are widely recognized, highlighting the urgent need for reliable taxonomic data. Over the past decade, numerous countries worldwide have devoted considerable effort to Target 1 of the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC), which called for the preparation of a working list of all known plant species by 2010 and an online world Flora by 2020. Brazil is a megadiverse country, home to more of the world's known plant species than any other country. Despite that, Flora Brasiliensis, concluded in 1906, was the last comprehensive treatment of the Brazilian flora. The lack of accurate estimates of the number of species of algae, fungi, and plants occurring in Brazil contributes to the prevailing taxonomic impediment and delays progress towards the GSPC targets. Over the past 12 years, a legion of taxonomists motivated to meet Target 1 of the GSPC, worked together to gather and integrate knowledge on the algal, plant, and fungal diversity of Brazil. Overall, a team of about 980 taxonomists joined efforts in a highly collaborative project that used cybertaxonomy to prepare an updated Flora of Brazil, showing the power of scientific collaboration to reach ambitious goals. This paper presents an overview of the Brazilian Flora 2020 and provides taxonomic and spatial updates on the algae, fungi, and plants found in one of the world's most biodiverse countries. We further identify collection gaps and summarize future goals that extend beyond 2020. Our results show that Brazil is home to 46,975 native species of algae, fungi, and plants, of which 19,669 are endemic to the country. The data compiled to date suggests that the Atlantic Rainforest might be the most diverse Brazilian domain for all plant groups except gymnosperms, which are most diverse in the Amazon. However, scientific knowledge of Brazilian diversity is still unequally distributed, with the Atlantic Rainforest and the Cerrado being the most intensively sampled and studied biomes in the country. In times of “scientific reductionism”, with botanical and mycological sciences suffering pervasive depreciation in recent decades, the first online Flora of Brazil 2020 significantly enhanced the quality and quantity of taxonomic data available for algae, fungi, and plants from Brazil. This project also made all the information freely available online, providing a firm foundation for future research and for the management, conservation, and sustainable use of the Brazilian funga and flora
Núcleos de Ensino da Unesp: artigos 2008
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq