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    Atualização sobre alterações cognitivas em idosos com síndrome depressiva

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    OBJETIVO: Depressão e déficits cognitivos estão entre os principais problemas de saúde mental na terceira idade. É muito comum que ambas as condições apareçam juntas e acarretem conseqüências graves, como piora da qualidade de vida, declínio funcional, aumento no uso de serviços de saúde, aumento da morbidade e da mortalidade. Conhecer quais são as principais alterações cognitivas causadas pelo quadro depressivo tem grande importância para confirmar o diagnóstico, planejar o tratamento e estabelecer parâmetros sobre o prognóstico destes pacientes. O presente artigo tem como objetivo promover uma revisão sobre estudos publicados nos últimos anos sobre alterações cognitivas em idosos com diagnóstico de depressão. MÉTODO: Para tanto, foram selecionados, através do Medline, os estudos mais relevantes do período de 1991 à 2005. DISCUSSÃO: Os resultados destes estudos apontam para déficits cognitivos que vão além de dificuldades de memória, os quais são relevantes tanto para o diagnóstico diferencial entre depressão e demência, entre depressão e envelhecimento normal, e para acompanhar mais de perto pacientes que apresentam risco aumentado de conversão para demência no futuro

    Envelhecimento bem sucedido: aspectos psicossociais

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    Desde a publicação do influente artigo escrito por Rowe e Kahn, em 1987, na revista Science, o conceito do envelhecimento bem sucedido passou a ser rediscutido. Estes autores sugeriram que o envelhecimento saudável seria caracterizado por baixa probabilidade para o adoecimento ou incapacitação, ótima capacidade cognitiva e funcional e engajamento social sustentado. Este conceito foi criticado por vários autores, dentre outras razões, por não incluir as aquisições positivas do envelhecimento (p.ex, resignação, resiliência), bem como diferenças sócio-culturais no conceito saúde-doença (Minkler and Fadem 2002; Torres, 2004). Dentre os inúmeros fatores potencialmente relacionados ao envelhecimento bem sucedido, coube-nos apresentar trabalhos de pesquisa recentes que discutissem a importância dos aspectos psíquicos a ele associados, ou as estratégias preventivas que pudessem ser adotadas para evitar que sintomas ou doenças psíquicas colaborassem para um envelhecimento patológico. Consultando a base de dados MEDLINE, no período de 1994 a 2071, encontramos 115 artigos, utilizando os unitermos “aged”, “sucessful aging”, “epidemiology”, “psychopathology”, e “depression”. Deste total, foram selecionados os artigos mais relevantes e atuais como fonte de dados para a presente revisão

    Revisão sistemática sobre prevalência de demência entre a população brasileira

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    À medida que a população idosa aumenta no mundo, as doenças relacionadas ao envelhecimento, particularmente a demência, tornam-se mais frequentes. Tendo em vista que o Brasil segue essa tendência global do envelhecimento populacional, deve apresentar, também, aumento da prevalência de demência em sua população. Objetivos: os objetivos desse estudo são revisar artigos sobre prevalência de demência no Brasil nos últimos anos, estabelecer comparações entre os estudos e identificar associações entre a prevalência de demência e características populacionais. Bases de dados: SciELO, Lilacs e Medline. Métodos: pesquisa por artigos originais sobre estudos epidemiológicos de prevalência de demência em amostras populacionais brasileiras, usando especificas palavras-chaves nas bases de dados com três fases de seleção final dos artigos e caracterização daqueles selecionados. Resultados: dos 357 artigos encontrados, apenas 8 foram selecionados após a avaliação. A prevalência encontrada nos artigos variou de 5,1% a 17,5%. Discussão: apesar da boa qualidade dos artigos, o pequeno número deles é insuficiente para caracterizar a população brasileira. A doença de Alzheimer é a causa de demência que lidera em número de casos e a associação entre demência e idade é demonstrada, assim como escolaridade. Conclusão: são necessários mais estudos de outras regiões do Brasil para avaliar e comparar a população brasileira com outras populações.As the elderly population increases worldwide, the age-related diseases, particularly dementia, become more frequent. Knowing that Brazil follows the global trend of aging, it should also present an increasing prevalence of dementia. Objectives: the aims of this study are to review the articles of prevalence of dementia in Brazil in recent years, establish comparisons between the studies and identify associations between the dementia prevalence and the population characteristics. Data sources: SciELO, Lilacs and Medline. Methods: retrieving from original articles about epidemiological studies on prevalence of dementia among Brazilian population samples using specific keywords, exclusion of duplicates, screening, full text assessment and characterization of the selected studies’ population samples. Results: from the 357 articles retrieved, only 8 remained after the assessment. The prevalence found in the selected articles ranged from 5.1% to 17.5%. Discussion: despite the good quality of the articles, the small number of selected studies essentially conducted in the southeast region of Brazil is insufficient for an epidemiological characterization of the Brazilian population as a whole. Alzheimer’s disease subtype is shown to be the leading cause of dementia and an association between dementia and age is demonstrated, as well as schooling. Conclusion: more studies from other regions of Brazil are necessary to better evaluate the prevalence of dementia and to investigate the more important factors associated with this disease

    Validação da versão brasileira do Questionário do Inventário Neuropsiquiátrico (Q-INP)

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    The NPI-Q (Neuropsychiatry Inventory-Questionnaire) was developed to facilitate the evaluation of neuropsychiatric symptoms. This study evaluated the internal consistency, the test-retest reliability of the Brazilian NPI-Q version and its convergent validity with the original NPI. Method: The NPI-Q and the NPI were administered to 64 caregivers of dementia patients. Thirteen informants were asked to complete a second NPI-Q form. Results: The internal consistency of the Brazilian NPI-Q version was 0.67 for the severity scale and 0.81 for the distress scale. The test-retest reliability of the total NPI-Q severity and the distress scales were 0.97 and 0.92, respectively (p < 0.001). There were significant correlations between the total NPI-Q severity score and the NPI (r = 0.75) and between the total NPI-Q distress score and the total NPI standard distress (r = 0.74). Conclusion: The Brazilian NPI-Q version showed evidence of good psychometric properties and can be used in general clinical practice.O Q-INP (Questionário do Inventário Neuropsiquiátrico) foi desenvolvido para facilitar a avaliação dos sintomas neuropsiquiátricos. Este estudo avaliou a consistência interna, confiabilidade teste-reteste e validade convergente da versão brasileira do Q-INP com o INP (Inventário Neuropsiquiátrico). Método: Sessenta e quatro cuidadores de pacientes com demência responderam ambas as escalas. O NPI-Q foi reaplicado em 13 informantes. Resultados: A consistência interna da versão brasileira do Q-INP foi 0,67 para a escala de gravidade e 0,81 para escala de desgaste. A confiabilidade teste-reteste da escala de gravidade foi 0,97 e 0,92 para a escala de desgaste (p < 0,001). Houve correlação significativa entre o escore de gravidade do Q-INP e INP (r = 0,75) e entre os escores de desgaste destas escalas (r = 0,74). Conclusão: A versão brasileira do Q-INP mostrou evidências de boas propriedades psicométricas e pode ser usado na prática clínica geral

    Cognitive screening test in primary care: cut points for low education

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    OBJECTIVE: To establish the diagnostic accuracy of the Brazilian version of the General Practitioner Assessment of Cognition (GPCOG-Br) compared to the Mini-Mental State Examination (MMSE) in individuals with low educational level. METHODS: Ninety-three patients (≥ 60 years old) from Brazilian primary care units provided sociodemographic, cognitive, and functional data. Receiver operating characteristics, areas under the curve (AUC) and logistic regressions were conducted. RESULTS: Sixty-eight patients with 0–4 years of education. Cases (n = 44) were older (p = 0.006) and performed worse than controls (n = 49) on all cognitive or functional measures (p &lt; 0.001). The GPCOG-Br demonstrated similar diagnostic accuracy to the MMSE (AUC = 0.90 and 0.91, respectively) and similar positive and negative predictive values (PPV/NPV, respectively: 0.79/0.86 for GPCOG-Br and 0.79/0.81 for MMSE). Adjusted cut-points displayed high sensitivity (all 86%) and satisfactory specificity (65%–80%). Lower educational level predicted lower cognitive performance. CONCLUSIONS: The GPCOG-Br is clinically well-suited for use in primary care
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