INOVAÇÕES SOCIOTÉCNICAS DO MOVIMENTO DE SEMENTES CRIOULAS DO NORDESTE BRASILEIRO

The genesis of conservation and use of landrace seeds linked to some (social) organization in the Northeast of Brazil, dates from the 1970s in rural areas of inland municipalities with the support of social and community actions by the Catholic church. This study aimed to identify and describe the main innovations that have occurred within the scope of the landrace seed’s movement in the region during the last 8 years (2015-2022). Research was carried out using semi-structured interviews and participant observation techniques, resulting in the and identification of 13 main innovations that were grouped into 5 perspectives, being innovations in social, legal, organizational-productive, technical, and methodological relationships. The innovations found out show the increase and evolution of the landrace seed’s movement in the Brazilian Northeastern region, which has guided important social practices and reflections about agroecological autonomy, about the future of agriculture and agrobiodiversity and on the quality and type of food produced to feed human societies.La génesis del trabajo de conservación y uso de semillas nativas vinculado a alguna perspectiva organizativa en el Nordeste de Brasil se remonta a la década de 1970 en zonas rurales de municipios del interior con el apoyo de acciones sociales y comunitarias de la Iglesia Católica. Este estudio tuvo como objetivo identificar y describir las principales innovaciones ocurridas en el ámbito del movimiento semillero criollo en el Nordeste brasileño en los últimos 8 años (2015-2022). La investigación se realizó mediante entrevistas semiestructuradas y métodos de observación participante e identificó 13 innovaciones principales que se agruparon en 5 perspectivas, a saber, innovaciones en las relaciones sociales, jurídicas, organizacional-productivas, técnicas y metodológicas. Las innovaciones encontradas muestran el crecimiento y evolución del movimiento semillero criollo en el Nordeste brasileño, que ha guiado a la sociedad en importantes prácticas y reflexiones hacia la autonomía agroecológica, sobre el futuro de la agricultura y la agrobiodiversidad y la calidad y el tipo de alimentos producidos para alimentar a las sociedades humanas. .A gênese dos trabalhos de conservação e uso de sementes crioulas vinculados com alguma perspectiva de organização no Nordeste do Brasil, está datado a partir da década de 1970 nas zonas rurais de municípios do interior com apoio de ações sociais e comunitárias por parte da Igreja Católica. Esse estudo teve como objetivo identificar e descrever as principais inovações ocorridas no âmbito do movimento de sementes crioulas do Nordeste Brasileiro nos últimos 8 anos (2015-2022). A pesquisa foi realizada com os métodos de entrevista semi-estruturada e observação participante e identificou 13 principais inovações que foram agrupadas em 5 perspectivas, sendo elas inovações nas relações sociais, jurídicas, organizativas-produtivas, técnicas e metodológicas. As inovações encontradas mostram o crescimento e evolução do movimento de sementes crioulas do Nordeste Brasileiro, que tem pautado na sociedade práticas e reflexões importantes no sentido da autonomia agroecológica, sobre o futuro da agricultura e da agrobiodiversidade e da qualidade e tipo de alimentos produzidos para alimentar as sociedades humanas

NARRATIVAS E PERCEPÇÕES SOBRE A SUSTENTABILIDADE E O BEM VIVER DE AGRICULTORES FAMILIARES NO MATO GROSSO, AMAZÔNIA, BRASIL

A preocupação com a sustentabilidade e o bem viver está presente no discurso da política de desenvolvimento territorial. No entanto, não se sabe que pesquisa tem sido feita dentro de uma perspectiva participativa para avaliar a sustentabilidade e a boa vida dos agricultores familiares em assentamentos rurais. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a sustentabilidade e o bem viver do assentamento São Pedro no norte da região amazônica de Mato Grosso (MT), por meio de uma metodologia coletiva e participativa. Para isso, utilizamos técnicas de workshop como brainstorming, dinâmica da teia, gráfico radar  e sistema de classificação de semáforos. A técnica de avaliação foi qualitativa, usando narrativas e percepções dos sujeitos locais; e uma quantitativa, utilizando o sistema de classificação de semáforos. Para os temas locais, sustentabilidade se refere a uma sequência, um continuum relacionado à organização, ao treinamento e ao meio ambiente. Os pilares que sustentam a sustentabilidade do assentamento vão desde a produção, passando pela organização, formação, religiosidade, até a conservação. Nesse caso, em termos de sustentabilidade, nove categorias foram avaliadas como fortes e nove como médias. Os sujeitos locais acreditam que seu assentamento é sustentável; além disso, pensam que tal processo ocorre com o tempo, vai e volta e está em movimento (dinâmico). La preocupación por la sostenibilidad y el buen vivir está presente en el discurso de la política de desarrollo territorial. Sin embargo, se desconoce qué investigación se ha realizado dentro de una perspectiva participativa para evaluar la sostenibilidad y el buen vivir de los agricultores domésticos en los asentamientos rurales. Por lo tanto, el objetivo de este trabajo es evaluar la sostenibilidad y el buen vivir del asentamiento de São Pedro en la región amazónica norte de Mato Grosso (MT), a través de una metodología colectiva y participativa. Para ello, utilizamos técnicas de taller como brainstorming, web dynamic, gráfico de radar y el sistema de clasificación de semáforos. La técnica de evaluación fue cualitativa, utilizando narrativas y percepciones de sujetos locales; y uno cuantitativo, utilizando el sistema de calificación de semáforos. Para los sujetos locales, la sostenibilidad se refiere a una secuencia, un continuo relacionado con la organización, la capacitación y el medio ambiente. Los pilares que sustentan la sostenibilidad del asentamiento van desde la producción, pasando por la organización, la formación, la religiosidad, hasta la conservación. En este caso, en términos de sostenibilidad, nueve categorías fueron evaluadas como fuertes y nueve como promedio. Los sujetos locales creen que su asentamiento es sostenible; además, piensan que tal proceso ocurre con el tiempo, va y viene y está en movimiento (dinámico).The concern for sustainability and good living is present in the discourse of territorial development policy. However, it is unknown what research has been done within a participatory perspective to evaluate the sustainability and good living of household farmers in rural settlements. Thus, the objective of this work is to evaluate the sustainability and good living of the São Pedro settlement in the northern Amazon region of Mato Grosso (MT), through a collective and participatory methodology. For this, we use workshop techniques such as brainstorming, web dynamic, radar chart, and the traffic light rating system. The evaluation technique was qualitative, using local subjects’ narratives and perceptions; and a quantitative one, using the traffic light rating system. For the local subjects, sustainability refers to a sequence, a continuum related to organization, training, and to the environment. The pillars that support the settlement’s sustainability range from production, through organization, formation, religiosity, to conservation. In this case, in terms of sustainability, nine categories were evaluated as strong and nine as average. The local subjects believe that their settlement is sustainable; moreover, they think that such process occurs over time, goes back and forth and is in (dynamic) motion.A preocupação com a sustentabilidade e o bem viver está presente no discurso da política de desenvolvimento territorial. No entanto, não se sabe que pesquisas tenham sido feitas dentro de uma perspectiva participativa para avaliar a sustentabilidade e o bem viver dos agricultores familiares em assentamentos rurais. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a sustentabilidade e o bem viver do assentamento São Pedro na região amazônica, no norte de Mato Grosso (MT), por meio de uma metodologia coletiva e participativa. Para isso, utilizamos oficina com chuva de ideias, dinãmica da teia, gráfico tipo radar  e sistema de avaliação de semáforos. A técnica de avaliação foi qualitativa, usando narrativas e percepções dos sujeitos locais; e uma quantitativa, utilizando o sistema de classificação de semáforos. Para os sujeitos locais, sustentabilidade se refere a uma sequência, uma continuidade relacionada à organização, a formação e ao meio ambiente. Os pilares que sustentam a sustentabilidade do assentamento vão desde a produção, passando pela organização, formação, espiritualidade, até a conservação. Nesse caso, em termos de sustentabilidade, nove categorias foram avaliadas como fortes e nove como médias. Os sujeitos locais acreditam que o assentamento é sustentável; além disso, pensam que tal processo ocorre com o tempo, vai e volta e está em movimento (dinâmico)

NARRATIVAS E PERCEPÇÕES SOBRE A SUSTENTABILIDADE E O BEM VIVER DE AGRICULTORES FAMILIARES NO MATO GROSSO, AMAZÔNIA, BRASIL

A preocupação com a sustentabilidade e o bem viver está presente no discurso da política de desenvolvimento territorial. No entanto, não se sabe que pesquisa tem sido feita dentro de uma perspectiva participativa para avaliar a sustentabilidade e a boa vida dos agricultores familiares em assentamentos rurais. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a sustentabilidade e o bem viver do assentamento São Pedro no norte da região amazônica de Mato Grosso (MT), por meio de uma metodologia coletiva e participativa. Para isso, utilizamos técnicas de workshop como brainstorming, dinâmica da teia, gráfico radar  e sistema de classificação de semáforos. A técnica de avaliação foi qualitativa, usando narrativas e percepções dos sujeitos locais; e uma quantitativa, utilizando o sistema de classificação de semáforos. Para os temas locais, sustentabilidade se refere a uma sequência, um continuum relacionado à organização, ao treinamento e ao meio ambiente. Os pilares que sustentam a sustentabilidade do assentamento vão desde a produção, passando pela organização, formação, religiosidade, até a conservação. Nesse caso, em termos de sustentabilidade, nove categorias foram avaliadas como fortes e nove como médias. Os sujeitos locais acreditam que seu assentamento é sustentável; além disso, pensam que tal processo ocorre com o tempo, vai e volta e está em movimento (dinâmico). La preocupación por la sostenibilidad y el buen vivir está presente en el discurso de la política de desarrollo territorial. Sin embargo, se desconoce qué investigación se ha realizado dentro de una perspectiva participativa para evaluar la sostenibilidad y el buen vivir de los agricultores domésticos en los asentamientos rurales. Por lo tanto, el objetivo de este trabajo es evaluar la sostenibilidad y el buen vivir del asentamiento de São Pedro en la región amazónica norte de Mato Grosso (MT), a través de una metodología colectiva y participativa. Para ello, utilizamos técnicas de taller como brainstorming, web dynamic, gráfico de radar y el sistema de clasificación de semáforos. La técnica de evaluación fue cualitativa, utilizando narrativas y percepciones de sujetos locales; y uno cuantitativo, utilizando el sistema de calificación de semáforos. Para los sujetos locales, la sostenibilidad se refiere a una secuencia, un continuo relacionado con la organización, la capacitación y el medio ambiente. Los pilares que sustentan la sostenibilidad del asentamiento van desde la producción, pasando por la organización, la formación, la religiosidad, hasta la conservación. En este caso, en términos de sostenibilidad, nueve categorías fueron evaluadas como fuertes y nueve como promedio. Los sujetos locales creen que su asentamiento es sostenible; además, piensan que tal proceso ocurre con el tiempo, va y viene y está en movimiento (dinámico).The concern for sustainability and good living is present in the discourse of territorial development policy. However, it is unknown what research has been done within a participatory perspective to evaluate the sustainability and good living of household farmers in rural settlements. Thus, the objective of this work is to evaluate the sustainability and good living of the São Pedro settlement in the northern Amazon region of Mato Grosso (MT), through a collective and participatory methodology. For this, we use workshop techniques such as brainstorming, web dynamic, radar chart, and the traffic light rating system. The evaluation technique was qualitative, using local subjects’ narratives and perceptions; and a quantitative one, using the traffic light rating system. For the local subjects, sustainability refers to a sequence, a continuum related to organization, training, and to the environment. The pillars that support the settlement’s sustainability range from production, through organization, formation, religiosity, to conservation. In this case, in terms of sustainability, nine categories were evaluated as strong and nine as average. The local subjects believe that their settlement is sustainable; moreover, they think that such process occurs over time, goes back and forth and is in (dynamic) motion.A preocupação com a sustentabilidade e o bem viver está presente no discurso da política de desenvolvimento territorial. No entanto, não se sabe que pesquisas tenham sido feitas dentro de uma perspectiva participativa para avaliar a sustentabilidade e o bem viver dos agricultores familiares em assentamentos rurais. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a sustentabilidade e o bem viver do assentamento São Pedro na região amazônica, no norte de Mato Grosso (MT), por meio de uma metodologia coletiva e participativa. Para isso, utilizamos oficina com chuva de ideias, dinãmica da teia, gráfico tipo radar  e sistema de avaliação de semáforos. A técnica de avaliação foi qualitativa, usando narrativas e percepções dos sujeitos locais; e uma quantitativa, utilizando o sistema de classificação de semáforos. Para os sujeitos locais, sustentabilidade se refere a uma sequência, uma continuidade relacionada à organização, a formação e ao meio ambiente. Os pilares que sustentam a sustentabilidade do assentamento vão desde a produção, passando pela organização, formação, espiritualidade, até a conservação. Nesse caso, em termos de sustentabilidade, nove categorias foram avaliadas como fortes e nove como médias. Os sujeitos locais acreditam que o assentamento é sustentável; além disso, pensam que tal processo ocorre com o tempo, vai e volta e está em movimento (dinâmico)

Political Agroecology in Mexico: A Path toward Sustainability

The biocultural richness of Mexico is among the highest worldwide. A history of over 7000 years of agriculture, and a persistent tradition of peasant social resistance movements that climaxed during the agrarian revolution in the early 20th century, continued in the indigenous resistance in Chiapas leading to the Zapatista uprising in 1992, and continues to be expressed in present local and regional confrontations for the defense of territory. Scholars agree that agroecology conceptually includes ecological and agricultural scientific research activity, empirical practices applied for agriculture, and the nuclear goal of numerous rural social movements. What has not been sufficiently established is how these three spheres of agroecology interact with each other and what emergent synergies they generate. Taking as an example the production in Mexico of three key agricultural goods—maize, coffee, and honey—our paper briefly reviews the existing relations between knowledge generation, agroecological practices, and rural social processes. We conclude by reflecting on the role of agroecological research in the context of an agrarian sustainability committed to helping reduce social inequity, marginality, and exploitation, as much as reverting the severe deterioration of the natural environment: both common issues in contemporary Mexico

A etnoecologia: uma ciência pós-normal que estuda as sabedorias tradicionais

The article reveals a way of evaluating millenary knowledge of indigenous and rural peoples’ views about nature. This type of inquiry is denominated ethnoecology, a novel, hybrid, transdisciplinary, andpost-normal discipline. Two intellectual traditions regarding how nature is perceived are defined: the Western thought based on Modern science, and another – here denominated traditional experience – thatencompasses diverse ways of conceiving the natural world. Thus, two types of ecology emerge, and not just the one based on Modern science, which eclipsed the ecological myriads of some 7,000 indigenous cultures that today resist the expansion of the industrialized world while sustaining ecosystems at planetary level. Making them visible requires the kind of critical thinking offered by an ethnoecologicalapproach. This type of evaluation defines the characteristics of traditional knowledge, what kinds of social actors support it, how it is transmitted and practiced both on symbolic and practical levels. Weshow what ethnoecology has to teach and how nature’s complexity is revealed through the study of the k-c-p complex, which synthesizes the theorization, representation, and production of the socio-natural worlds of the “others”. This double role permits a dialogue between types of knowledge, allowing the ethnoecologist to analyze the worlds of “others”, offering an individual interpretation of them. It alsoleads to the reinvention of possible futures. Finally, the article discusses how it is that ethnoecology has the singular task of deciphering the “memory of our species”, that is the bio-cultural memory, recognizing and re-evaluating those peoples who maintain it while bringing new depth to criticism of the Modern world and its intellectual rationality

Hydrosocial territories: Environmental history of social appropriation and sustainability in the Dagua River Basin, Colombia in the twentieth century

Reconocer el carácter híbrido, complejo y sistémico del agua desde los estudios hidrosociales, implicó entender que esta circula en un proceso continuo entre los diversos actores en diferentes periodos históricos. En la cuenca del río Dagua, las profundas transformaciones que han alterado o modificado naturalmente la dinámica ecológica de la cuenca, están estrechamente vinculadas a la forma de apropiación social que cada uno de los actores que allí confluyen realizan, no solo del agua sino del territorio, creando y recreando territorios hidrosociales. Con una metodología interdisciplinaria y descriptiva, a través del análisis documental y del trabajo etnográfico con talleres, entrevistas semiestructuras y trabajo de campo, se reconoció que la apropiación social del agua está determinada por la cultura, es flexible y depende de cada contexto ontológico, geográfico e histórico, en el que se suscribe. El documento abarca desde el periodo precolombino hasta la actualidad y permitió mostrar que la apropiación social del agua no es excluyente ni en tiempo ni espacio. Puede darse simultáneamente, lo que sugiere que, en algunos momentos históricos, coexiste y puede estar inscrita a sociedades diferentes, con modos de vida y diferentes visiones-nociones y acciones de construir territorios hidrosociales, a lo largo del tiempoRecognizing the hybrid, the complex and systemic character of water from hydrosocial studies implied understanding that it circulates in a continuous process between the various actors in different historical periods. In the Dagua river basin, the profound transformations that have naturally altered or modified the ecological dynamics of the basin are closely linked to the form of social appropriation that each of the actors that converge there carries out, not only of water but also of the territory, thus creating and recreating hydrosocial territories. With an interdisciplinary and descriptive methodology, through documentary analysis, and ethnographic work with workshops, semi-structural interviews and fieldwork, it recognized that the social appropriation of water determined by culture is flexible and depends on each ontological and geographical context and history subscribed. The document ranges from the pre-Columbian period to the present and shows that the social appropriation of water is not exclusive in time or space. It can occur simultaneously, which suggests that, in some historical moments, it coexists and may be inscribed in different societies, with different ways of life and different visions-notions and actions of building hydrosocial territories over timeIncluye referencias bibliograáfica

La Etnoecologia: Una ciencia post-normal que estudia las sabidurias tradicionales

O artigo revela uma maneira de valorizar os conhecimentos milenares sobre a natureza dos povos indígenas e rurais do planeta. Esta valorização se denomina Etnoecologia, nova disciplina híbrida, transdisciplinar e pós-normal. Distinguem-se as duas tradições intelectuais que elaboraram uma compreensão sobre a natureza: a ocidental, forjadora da ciência moderna e a que aglutina diversas formas de compreensão sobre o mundo natural, denominada a experiência tradicional. Assim, é possível distinguir duas ecologias e não só aquela que organiza a ciência moderna e que tornou invisível as ecologias das 7.000 culturas indígenas que resistem à expansão do mundo industrial, e que sustentam os ecossistemas planetários. Torná-las visíveis requer um pensamento crítico que oferece o olhar etnoecológico. Discutem-se os traços principais do conhecimento tradicional. Quem são os sujeitos sociais que o animam. Como se transmite e pratica. Quais são seus resultados simbólicos e práticos. O que nos ensina e como a Etnoecologia revela sua complexidade mediante o estudo do complexo k-c-p, que sintetiza a teorização, representação e produção do mundo sócio-natural dos outros. Este jogo duplo que potencia o diálogo de saberes permite ao etnoecologista analisar o mundo dos outros e oferece seu próprio escrutínio sobre esses mundos. Isso permite reinventar possíveis futuros. Finalmente, discute-se por que a Etnoecologia tem a singular tarefa de decifrar a “memória de nossa espécie”, isto é, a memória bio-cultural, reivindicando e revalorizando a quem a mantêm em vez de aprofundar a crítica sobre o mundo moderno e sua racionalidade intelectual.El artículo revela una manera de valorar los conocimientos milenarios sobre la naturaleza de los pueblos indígenas y rurales del planeta. A esta valoración se le denomina Etnoecología, novel disciplina híbrida, transdisciplinaria y post-normal. Se distinguen las dos tradiciones intelectuales que han elaborado una comprensión sobre la naturaleza: la occidental forjadora de la ciencia moderna y la que aglutina diversas formas de comprensión sobre el mundo natural, denominada la experiencia tradicional. Así, es posible distinguir dos ecologías y no solo aquella que organiza la ciencia moderna y que ha invisibilizado las ecologías de las 7,000 culturas indígenas que resisten la expansión del mundo industrial y quienes sostienen los ecosistemas planetarios. Hacerlas visibles requiere de un pensamiento critico que ofrece la mirada etnoecológica. Se discuten los principales rasgos del conocimiento tradicional. Quiénes son los sujetos sociales que lo animan. Cómo se transmite y practica. Cuáles son sus resultados simbólicos y prácticos. Qué nos enseña y cómo la Etnoecología revela su complejidad mediante el estudio del complejo k-c-p, que sintetiza la teorización, representación y producción del mundo socionatural de los otros. Este doble juego que potencia el diálogo de saberes, permite al etnoecológo analizar el mundo de los otros y ofrece su propio escrutinio sobre esos mundos. Ello permite reinventar posibles futuros. Finalmente, se discute por qué la Etnoecología tiene la singular tarea de descifrar la “memoria de nuestra especie”, esto es, la memoria biocultural, reivindicando y revalorizando a quienes la mantienen a la vez de profundizar la critica sobre el mundo moderno y su racionalidad intelectual.The article reveals a way of evaluating millenary knowledge of indigenous and rural peoples’ views about nature. This type of inquiry is denominated ethnoecology, a novel hybrid, transdisciplinary, and post-normal discipline. Two intellectual traditions regarding how nature is perceived are defined: The Western thought based on Modern science and another—here denominated traditional experience- that encompasses diverse ways of conceiving the natural world. Thus, two types of ecology emerge and not just the one outlook based on Modern science, which eclipsed the ecological myriads of some 7,000 indigenous cultures that today resist the expansion of the industrialized world while sustaining ecosystems at planetary level. Making them visible requires the kind of critical thinking offered by an ethnoecological approach. This type of evaluation defines the characteristics of traditional knowledge, what kinds of social actors support it, how it is transmitted and practiced both on symbolic and practical levels. We show what ethnoecology has to teach and how nature’s complexity is revealed through the study of the k-c-p complex, which synthesizes the theorization, representation, and production of the socionatural worlds of the “others”. This double role permits a dialogue between types of knowledge, allowing the ethnoecologist to analyze the “others” worlds, offering an individual interpretation of them. It also leads to the reinvention of possible futures. Finally, the article discusses how it is that ethnoecology has the singular task of deciphering the “memory of our species,”, that is the biocultural memory, recognizing and re-evaluating those peoples who maintain it while bringing new depth to criticism of the Modern world and its intellectual rationality.