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    América Latina e o giro decolonial

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    Resumo O objetivo principal do artigo é o de apresentar a trajetória e o pensamento do Grupo Modernidade/Colonialidade (M/C), a partir de sua ruptura com os estudos subalternos ”“latino-americanos e indianos ”“, culturais e pós-coloniais, no final dos anos 1990. O coletivo realizou um movimento epistemológico fundamental para a renovação crítica e utópica das ciências sociais na América Latina no século XXI: a radicalização do argumento pós-colonial no continente através da noção de “giro decolonial”. O artigo está estruturado em duas partes. Em um primeiro momento, é traçada uma breve genealogia do pós-colonialismo. Posteriormente, apresenta-se a constituição do grupo M/C e alguns conceitos centrais criados e compartilhados pelos seus principais expoentes. O trabalho pretende convidar o(a) leitor(a) para este debate, ainda incipiente na ciência e teoria Política no Brasil. Palavras-chave: pós-colonialismo, estudos subalternos, Grupo Modernidade/Colonialidade, giro decolonial, América Latina.   Abstract The aim of this article is to present the history and thought of the Modernity/Coloniality (M/C) Group, from its split away from subaltern ”“ Latin Americans and Indians ”“, cultural and postcolonial studies in the late 90s. The group made ”‹”‹a crucial epistemological move for critical and utopian renewal of social sciences in Latin America in the 21st century: the radicalization of the post-colonial argument through the ideia of "decolonial turn." At first, we draw a brief genealogy of postcolonialism. Subsequently, we present the establishment of the M/C group and some central concepts created and shared by its main exponents. The paper intends to invite the reader to this unfamiliar debate in social science and political theory in Brazil. Keywords: post-colonialism, subaltern studies, Modernity/Coloniality Group, decolonial turn, Latin America

    ASSOCIATIVISMO TRANSNACIONAL: UMA PROPOSTA ANALÍTICO-CONCEITUAL

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    Ao alterar a exclusividade do marco nacional para a compreensão da sociabilidade política, jurídica,econômica e cultural no mundo moderno, o processo da globalização impôs às Ciências Sociais a urgênciada reinvenção teórica, não raramente observada na agregação indiscriminada dos termos “global”,“mundial” ou “cosmopolita” a algumas de suas tradicionais categorias de análise. O conceito de “sociedadecivil” inclui-se nesse redirecionamento epistemológico amplo, suscitando controvérsias não apenasconceituais, mas também factuais, acerca do próprio ator “Sociedade Civil Global” (SCG). O artigo estádividido em duas partes: a primeira faz um mapeamento da trajetória do conceito de SCG por meio darevisão das principais contribuições a essa categoria; a segunda busca enfrentar os impasses teóriconormativoscolocados pelas visões entusiastas e céticas da SCG, tomando emprestado o argumento centralde Mark Warren, em seu livro Association and Democracy. Partindo da percepção de que os conceitos deSCG disponíveis são idiossincráticos e que seu papel político no mundo globalizado está em constantedisputa teórica, o objetivo do artigo é empreender uma abordagem tentativa para (a) interpretar aheterogeneidade associativa subsumida nessa rubrica e (b) projetar cenários para estudos mais empíricosque possibilitem a verificação de sua real contribuição democrática no mundo globalizado. Acredita-seque a idéia de Associativismo Transnacional possibilita um caminho analítico para as ações da SCG e seusmúltiplos efeitos na esfera política, os quais a democracia pode ser apenas um

    Associativismo transnacional: uma propostaanalítico-conceitual

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    Ao alterar a exclusividade do marco nacional para a compreensão da sociabilidade política, jurídica, econômica e cultural no mundo moderno, o processo da globalização impôs às Ciências Sociais a urgência da reinvenção teórica, não raramente observada na agregação indiscriminada dos termos "global", "mundial" ou "cosmopolita" a algumas de suas tradicionais categorias de análise. O conceito de "sociedade civil" inclui-se nesse redirecionamento epistemológico amplo, suscitando controvérsias não apenas conceituais, mas também factuais, acerca do próprio ator "Sociedade Civil Global" (SCG). O artigo está dividido em duas partes: a primeira faz um mapeamento da trajetória do conceito de SCG por meio da revisão das principais contribuições a essa categoria; a segunda busca enfrentar os impasses teóriconormativos colocados pelas visões entusiastas e céticas da SCG, tomando emprestado o argumento central de Mark Warren, em seu livro Association and Democracy. Partindo da percepção de que os conceitos de SCG disponíveis são idiossincráticos e que seu papel político no mundo globalizado está em constante disputa teórica, o objetivo do artigo é empreender uma abordagem tentativa para (a) interpretar a heterogeneidade associativa subsumida nessa rubrica e (b) projetar cenários para estudos mais empíricos que possibilitem a verificação de sua real contribuição democrática no mundo globalizado. Acredita-se que a idéia de Associativismo Transnacional possibilita um caminho analítico para as ações da SCG e seus múltiplos efeitos na esfera política, os quais a democracia pode ser apenas um

    A abertura do conceito de sociedade civil: desencaixes, diálogos e contribuições teóricas a partir do Sul Global

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    O conceito de sociedade civil foi rearticulado pela Teoria Política nas últimas décadas do século XX, vinculando-se diretamente nos contextos redemocratizados com as noções de espaço público, cidadania, deliberação e participação política. Em diferentes partes do mundo, vários estudos e pesquisas sobre sociedades civis (re)emergentes desafiam o núcleo teórico/normativo elaborado por autores referenciais do Norte Global. Este artigo realiza uma revisão crítica do conceito de sociedade civil, originalmente concebido e pensado pela Europa. Ainda que o conceito de sociedade civil tenha sido informado e dinamizado pelas manifestações no Sul Global desde os anos 1980, a grande maioria de seus intérpretes com projeção mundial permaneceu situada no eixo teórico do NorteNosso principal objetivo é apresentaralgumas contribuições sobre as especificidades e as novidades que o Sul Global traz à categoria, com vistas à sua abertura conceitual para novos sentidos e significados. Defendemos que esta tem sido capaz de romper com a geopolítica do conhecimento e com a colonialidade do saber no nível teórico global

    Sociedade civil, democracia e violência.

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    Este artigo foi, portanto, motivado a confrontá-las com a violência por suas lacunas que desconsideram formas associativas a ela imbricadas, explorando uma zona obscura tradicional e normativamente negligenciada pelos enfoques tanto clássicos quanto contemporâneos. De modo tentativo, concebe-se aqui a formulação de uma tipologia para o enfrentamento teórico e empírico das relações entre sociedade civil e violência, sobre tudo, nos contextos democráticos

    Decolonial turn and Latin America

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    O objetivo principal do artigo é o de apresentar a trajetória e o pensamento do Grupo Modernidade/Colonialidade (M/C), a partir de sua ruptura com os estudos subalternos - latino-americanos e indianos - , culturais e pós-coloniais, no final dos anos 1990. O coletivo realizou um movimento epistemológico fundamental para a renovação crítica e utópica das ciências sociais na América Latina no século XXI: a radicalização do argumento pós-colonial no continente através da noção de "giro decolonial". O artigo está estruturado em duas partes. Em um primeiro momento, é traçada uma breve genealogia do pós-colonialismo. Posteriormente, apresenta-se a constituição do grupo M/C e alguns conceitos centrais criados e compartilhados pelos seus principais expoentes. O trabalho pretende convidar o(a) leitor(a) para este debate, ainda incipiente na ciência e teoria Política no Brasil
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