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    Cooperação Agrícola E Produção De Alimentos Na Amazônia Brasileira: notas introdutórias em tempos de Covid-19

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    Este artigo questiona o modelo produtivo da agricultura comoditizada adotada como estratégia de gerar divisas para o país, ao passo que desvela como as políticas públicas destinadas a agricultura camponesa e familiar são desmontadas e precarizadas. Em tempos de COVID19, a fragilidade do sistema de abastecimento alimentar, a pobreza e acesso de qualidade aos alimentos são colocados a prova na Amazônia. Deste modo, para garantir segurança alimentar, geração de renda e um projeto mais equitativo de desenvolvimento para o país, alçamos luzes para o fortalecimento da cooperação agrícola camponesa, associada a políticas públicas estruturante

    Estratégias de acumulação de capital do cooperativismo agrário paranaense: o caso da Coamo Agroindustrial Cooperativa

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    Este artigo analisa as estratégias de acumulação de capital da maior cooperativa singular capitalista da América Latina, a COAMO - Agroindustrial Cooperativa, localizada em Campo Mourão, Estado do Paraná/Brasil. Esta foi criada e incentivada pelo Estado no auge dos “anos de chumbo” na ditadura militar, especialmente através da Extensão Rural, com um propósito claro de atender às demandas do capital no campo. O processo metodológico baseou-se numa análise qualitativa alicerçada em entrevistas semi-estruturadas, pesquisa documental e bibliográfica. Desta forma, afirma-se que as estratégias de eficiência administrativa, expansão territorial, industrialização e exportação de commodities, são voltadas para uma agricultura moderna/tecnizada, fortemente especializada nos grãos (sobretudo a soja), que permeada por uma forte relação com o Estado e burguesia agrária, torna-se excludente para os pequenos agricultores e camponeses. Consideramos fundamental o estudo desta cooperativa para compreender as atuais dinâmicas econômicas, sociais, políticas e ambientais no meio rural brasileiro, e as respectivas contradições resultantes deste modelo regido pelo agronegócio

    Trabajo rural y cooperativismo: Inserciones y contraposiciones al modelo de acumulación capitalista

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    O presente texto tem a dupla função de fazer a apresentação formal do dossiê Trabalho e Cooperativismo Rural e abordar alguns aspectos históricos, geoeconômicos e teóricos que foram julgados importantes pelos organizadores para compreensão do movimento cooperativo no meio rural latino-americano.Fil: Fernandes Azerêdo, Raoni. Universidade Federal Do Oeste Do Pará; BrasilFil: Farias, Fernando Rodrigo. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; BrasilFil: Padilha, Wilian. Instituto Federal Do Paraná; BrasilFil: Bageneta, Jose Martin. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Oficina de Coordinación Administrativa Saavedra 15. Centro de Estudios e Investigaciones Laborales; ArgentinaFil: Rojas Herrera, Juan José. Universidad Autónoma Chapingo; Méxic

    FLORESTA EM PÉ, EXTRATIVISMO E DESENVOLVIMENTO NA AMAZÔNIA: A PRÁTICA DE GESTÃO SOCIAL DO ARRANJO INTERORGANIZACIONAL ORIGENS BRASIL

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    Based on the methodology of qualitative analysis, with bibliographic review procedures, documental research and field research with semi-structured interviews, we analyze in this article the extractive interorganizational arrangement in the Paraíso de Desenvolvimento Sustentável Settlement Project (PDS Paraíso) in the municipality of Alenquer/PA. . As part of the Origins Brasil Network, the activity in progress since 2016 reveals a development model based on the standing forest, which provides for: a) decision-making processes with a predominance of social management and substantive rationality; b) income generation by inhibiting the action of intermediaries; c) participation of the local population in territorial strategies; d) creation of an inter-organizational arrangement and promotion of a productive chain, of commercialization and processing of forest seeds, in an economically viable, socially fair and environmentally sustainable perspective. There are, however, challenges and impasses, notably with regard to the preservation of the associative act and the loyalty of extractivists to the established commercial system. In addition, the market regulates the final price of the seed at a disadvantageous value for the extractivist. Finally, we see the offensive of large development projects, fundamentals in agribusiness, which jeopardize the reproduction of life based on the standing forest.A partir da metodologia de análise qualitativa, com procedimentos de revisão bibliográfica, pesquisa documental e pesquisa de campo com entrevistas semiestruturadas, analisamos neste artigo o arranjo interorganizacional extrativista no Projeto de Assentamento Desenvolvimento Sustentável Paraíso (PDS Paraíso) no município de Alenquer/PA, inserida na Rede Origens Brasil. A atividade em andamento desde 2016 desvela um modelo de desenvolvimento pautado na floresta em pé, em que propiciam: a) processos decisórios com predomínio da gestão social e racionalidade substantiva; b) geração de renda com inibição da ação de atravessadores; c) participação da população local em estratégias territoriais; d) criação de arranjo interorganizacional e fomento a cadeia produtiva de comercialização e beneficiamento de sementes da floresta em perspectiva economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente sustentável.&nbsp

    Interfaces entre o PNAE, capital social e o fortalecimento da agricultura familiar no quilombo do Pacoval/Alenquer-Pará

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    A aludida pesquisa teve como base a operacionalização do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) na comunidade remanescente de quilombo do Pacoval em Alenquer/Pará. Analisou-se as interfaces do capital social, a agricultura familiar e a política pública, utilizando a metodologia qualitativa e quantitativa, com procedimentos de entrevistas semiestruturada com diversos atores. Concluímos que existe pouca eficiência na execução do programa, que perpassa pelo a) despreparo dos gestores públicos responsáveis; b) ausência de informações dos agricultores no tocante as exigências burocráticas e ausência de assistência técnica agronômica/gestão para os agricultores; e c) inadequação de um cardápio alimentar quilombola, associada a baixa participação dos agricultores familiares no programa. Em contraponto e buscando soluções, a estratégia interorganizacional puxada pela dianteira do capital social quilombola, vem possibilitando um curso de mudanças com a inserção dos agricultores familiares no PNAE de 2019, incrementando renda na economia local e garantindo alimentos de qualidade aos alunos das escolas do quilombo

    Incubação de empreendimentos econômicos solidários e a cultura da solidariedade: experiências de autogestão na Amfruvale / Incubation of solidary economic enterprises and the culture of solidarity: experiences of self-management in Amfruvale

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    O  artigo apresenta uma experiência de autogestão na Associação de Mulheres Rurais Frutos de Vale (AMFRUVALE) e sua interação com a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) através do Programa de Extensão da Incubadora de Organizações Coletivas Autogeridas, Solidárias e Sustentáveis (IOCASS). O  trabalho procura examinar as relações entre Universidade e Comunidade com o  objetivo de evidenciar as  possibilidades do desenvolvimento da cultura da solidariedade por meio da prática da autogestão. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, pautada na pesquisa-ação, em fase de desenvolvimento, por isso, um procresso inacabado. A princípio utilizou-se referencial teórico acerca do desenvolvimento da cultura  e da autogestão, com o intuito de subsidiar a análise referente a experiência prática de seu uso pela AMFRUVALE. Tudo isso entrelaçado com o suporte ofertado pela incubadora da UNEMAT para que a associação consolide novas práticas levando em consideração suas necessidades, a cultura, o ambiente local  e potencialidades. O apoio que a Universidade oferece via processo de Incubação de Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) faz com que tanto as associações e cooperativas, quanto a própria UNEMAT se fortaleçam em favor do bem um comum, a resistência em relação a padrões hegemônicos de relacionamento, aprendizagem, assessoramento, produção, comercialização e sustentabilidade tanto econômica quanto educacional e social que buscam o desenvolvimento local por meio do fomento de uma cultura de solidaderiedade. Os resultados mostram ainda que as Mulheres, sócias da AMFRUVALE se apropriaram de conhecimentos que fortalecem essa cultura da solidariedade.

    Agronegócio cooperativo da COAMO: territorialização, poder e controle

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    Trataremos neste estudo, da maior cooperativa singular capitalista da América Latina, a COAMO - Agroindustrial Cooperativa, localizada em Campo Mourão, Estado do Paraná/Brasil. Esta foi criada e incentivada pelo Estado no auge dos “anos de chumbo” do regime militar, especialmente através da Extensão Rural, com um propósito claro de atender às demandas do capital no campo. A COAMO é caracterizada por uma estratégia de agressiva expansão territorial para novos mercados econômicos, ganhos de escala e competitividade, na qual acaba exercendo profunda influência política e mudanças do espaço agrário em territórios por ela dominados. Também, sua estratégia induz uma dinâmica de processo de materialização de relações sociais de produção tipicamente capitalista, voltando-se para uma agricultura moderna/tecnicizada, fortemente especializada nos grãos (em especial a soja), que permeada por uma aliança entre burguesia agrária e tecnocracia, engendram relações de exclusão de pequenos cooperados e de subalternidade camponesa ao modelo do agronegócio. O estudo dessa forma de organização cooperativa é fundamental para entendermos as atuais dinâmicas econômicas, sociais, políticas e ambientais no meio rural brasileiro, e as contradições resultantes do prevalecimento da concentração privada da propriedade, da monocultura e da produção voltada especialmente para o mercado externo (commodities), intensiva na utilização de insumos químicos e na exploração do trabalho.The present study will treat about the leading co-operative capitalist of Latin America, COAMO–Agroindustrial Cooperativa, located in Campo Mourão, State of Parana /Brazil. It was created and encouraged by the State at the height of the "years of lead" of the military regime, especially through the Rural Extension, with a clear purpose to meet the demands of the capital in the field. The COAMO is characterized by an aggressive territorial expansion strategy for new economic markets, economies of scale and competitiveness, which ends up playing deep political influence and change the agrarian space in territories dominated by it. Also, its strategy induces a dynamic of realization of social relationships typically capitalist production process, turning to modern agriculture / technicized , strongly specialized in grains (especially soybeans), which permeated by an alliance between agrarian bourgeoisie and technocracy, engender exclusion relations small cooperatives and peasant subordination to the agribusiness model. The study of this form of cooperative organization is critical to understand the current economic dynamics, social, political and environmental in the Brazilian countryside, and the contradictions arising from prevailing of private ownership concentration, monoculture and production focused especially for the export market (commodities), intensive use of chemical inputs and labor exploitation

    ESTRATÉGIAS DE ACUMULAÇÃO DE CAPITAL DO COOPERATIVISMO AGRÁRIO PARANAENSE: O CASO DA COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA/Strategies of capital accumulation of the paranaense agrarian cooperativism: the caso of Coamo Agroindustrial Cooperative

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    Este artigo analisa as estratégias de acumulação de capital da maior cooperativa singular capitalista da América Latina, a COAMO - Agroindustrial Cooperativa, localizada em Campo Mourão, Estado do Paraná/Brasil. Esta foi criada e incentivada pelo Estado no auge dos “anos de chumbo” na ditadura militar, especialmente através da Extensão Rural, com um propósito claro de atender às demandas do capital no campo. O processo metodológico baseou-se numa análise qualitativa alicerçada em entrevistas semi-estruturadas, pesquisa documental e bibliográfica. Desta forma, afirma-se que as estratégias de eficiência administrativa, expansão territorial, industrialização e exportação de commodities, são voltadas para uma agricultura moderna/tecnizada, fortemente especializada nos grãos (sobretudo a soja), que permeada por uma forte relação com o Estado e burguesia agrária, torna-se excludente para os pequenos agricultores e camponeses. Consideramos fundamental o estudo desta cooperativa para compreender as atuais dinâmicas econômicas, sociais, políticas e ambientais no meio rural brasileiro, e as respectivas contradições resultantes deste modelo regido pelo agronegócio

    ESTRATÉGIAS DE ACUMULAÇÃO DE CAPITAL DO COOPERATIVISMO AGRÁRIO PARANAENSE: O CASO DA COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA/Strategies of capital accumulation of the paranaense agrarian cooperativism: the caso of Coamo Agroindustrial Cooperative

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    Este artigo analisa as estratégias de acumulação de capital da maior cooperativa singular capitalista da América Latina, a COAMO - Agroindustrial Cooperativa, localizada em Campo Mourão, Estado do Paraná/Brasil. Esta foi criada e incentivada pelo Estado no auge dos “anos de chumbo” na ditadura militar, especialmente através da Extensão Rural, com um propósito claro de atender às demandas do capital no campo. O processo metodológico baseou-se numa análise qualitativa alicerçada em entrevistas semi-estruturadas, pesquisa documental e bibliográfica. Desta forma, afirma-se que as estratégias de eficiência administrativa, expansão territorial, industrialização e exportação de commodities, são voltadas para uma agricultura moderna/tecnizada, fortemente especializada nos grãos (sobretudo a soja), que permeada por uma forte relação com o Estado e burguesia agrária, torna-se excludente para os pequenos agricultores e camponeses. Consideramos fundamental o estudo desta cooperativa para compreender as atuais dinâmicas econômicas, sociais, políticas e ambientais no meio rural brasileiro, e as respectivas contradições resultantes deste modelo regido pelo agronegócio

    Mercado de terras no Piauí e a des(regularização) fundiária em curso no século XXI / Land market in Piauí and the land des(regulation) underway in the 21st century / Mercado de tierras en Piauí y la (des) regularización de tierras en curso en el siglo XXI

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    A partir da metodologia de análise qualitativa, com procedimentos de revisão bibliográfica, pesquisa documental e pesquisa de campo com entrevistas semiestruturadas são discorridas, neste artigo, as mutações do sistema da posse para a conformação da propriedade privada da terra no Piauí. Levada a cabo por um contínuo pacto da economia do agronegócio envolto de interesses estatais, burguesia agrária e corporações, constatou-se que a legislação de regularização fundiária em curso, é orquestrada/operacionalizada sob uma ótica estritamente mercantil/produtivo-financeira (intensificada pela transnacionalização do capital e inserções do mercado de capitais) elevando a propriedade como uma mercadoria (ativo) juridicamente seguro para a captura da renda dos mais variados sujeitos capitalistas. Conclui-se que tal arquitetura vai à antípoda da função social da terra e contrapõem todas as noções de terra étnica, terra-meio ambiente, terra camponesa, entre outros, desencadeando impactos deletérios no campo brasileiro
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